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domingo, 25 de abril de 2021

Governo corta R$ 1,5 bi de política habitacional de faixa mais pobre e paralisa obras


'Impacto disso é um filme de terror', diz militante sobre 200 mil unidades que terão obras paradas a partir de maio


Área de habitação sofre cortes frequentes nos últimos anos; em 2020, gestão Bolsonaro sinalizou que não contrataria novas construções, canalizando verbas para projetos já em execução - Bruno Peres/ Min. Cidades


A política habitacional sofreu mais uma desidratação orçamentária nesta semana. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cortou R$ 1,5 bilhão em verbas da área. A tesoura atinge especificamente a chamada “faixa 1” do programa Casa Verde e Amarela, uma tentativa de reedição do Minha Casa, Minha Vida. A política agora terá apenas R$ 27 milhões para as ações deste ano.

A faixa 1 abrange as pessoas mais vulneráveis e com renda familiar de até R$ 1,8 mil, grupo que não consegue acessar políticas de crédito no mercado para financiamento de casa própria. É nesse segmento que estão concentrados cerca de 80% do déficit habitacional do Brasil.

Como consequência do corte do governo, mais de 200 mil unidades habitacionais ainda em construção devem ter os canteiros paralisados a partir de maio, quando não haverá mais verbas para as obras.

“O impacto disso é um filme de terror”, diz a militante Evaniza Lopes, da União dos Movimentos por Moradia (UMM), ao mencionar que o país tem em andamento projetos de construção contratados entre 2016 e 2018.

“Quando se contrata uma obra, você contrata o valor inteiro dela. A liberação [das verbas] é que se dá em parcelas. O governo não pode descumprir um contrato e simplesmente dizer ‘olha, contratei você pra receber R$ 30 milhões, mas este ano você vai receber só R$ 5 milhões e no resto do ano vai ficar sem nada’. É uma situação caótica”.

:: Leia também: Triste fim do Minha Casa Minha Vida: como Bolsonaro extinguiu o programa sem alarde ::

A área de política habitacional vem sofrendo, nos últimos anos, uma crescente asfixia orçamentária. Entre 2019 e 2020, por exemplo, a área sofreu cortes de mais de 40%. Em agosto do ano passado, a gestão Bolsonaro sinalizou que o programa não iria receber recursos para novos contratos de moradia direcionados aos mais pobres, restringindo-se aos processos já em andamento.

“A política do Guedes é esta: tirar o pobre do orçamento. Não tem nada mais explícito do que cortar em políticas sociais que atendem famílias de baixíssima renda. Essa é a política neoliberal de cortar o direito à moradia. As pessoas não têm mais direitos e o Estado lava suas mãos em relação a isso”, critica Evaniza, ao destacar que a agenda de redução de investimentos amplia o contingente de pessoas em situação de risco.

 “Em paralelo a isso, tem gente sendo despejada, seja por falta de pagamento de aluguel por causa do desemprego ou seja porque, sendo despejadas e não podendo bancar aluguel, as pessoas vão ocupar áreas e sofrem reintegração de posse. Um caos, justamente na pandemia. E o slogan da pandemia, qual era? ‘Fique em casa’. E agora vem o governo e sinaliza que as pessoas não vão ter casa’”.

:: Leia também: PSOL entra com ação no STF para impedir que despejos sejam feitos durante pandemia :: 

O presidente da Associação Brasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic), José Carlos Martins, disse, na última sexta-feira (23), que o corte orçamentário nas verbas das obras compromete 250 mil empregos diretos no setor.

Edição: Poliana Dallabrida

Fonte: Brasil de Fato


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segunda-feira, 15 de abril de 2019

COM TCHUTCHUCA E BOZO CONSUMO DOS BRASILEIROS TEM QUEDA RECORDE




247 – Sem dinheiro, sem crédito, sem esperança no futuro e ameaçados por um desemprego cada vez maior, os brasileiros deixaram de consumir até itens básicos. "Pressionado pelo aumento do desemprego e da inflação da comida e também pela queda na renda, o consumo de alimentos, bebidas, produtos de higiene e limpeza dentro da casa dos brasileiros sofreu um baque neste início de ano. Em janeiro e fevereiro, houve uma queda de 5,2% no número de unidades de itens básicos comprados pelas famílias em relação ao mesmo período de 2018, aponta pesquisa da consultoria Kantar. Foi a primeira retração para o período em cinco anos", informa reportagem publicada pela jornalista Marcia de Chiara, no jornal Estado de S. Paulo.

Consumo dos brasileiros despenca no governo Bolsonaro e até papel higiênico tem redução nas vendas



"Também foi a primeira vez desde o início da pesquisa, em 2014, que houve recuo nas compras de todas as cestas de produtos, com retrações importantes em produtos básicos e de difícil substituição. Entre os itens que mais contribuíram para a queda do consumo em unidades das respectivas cestas estão açúcar (alimentos), papel higiênico (higiene), leite de caixinha (lácteos), detergente em pó (limpeza) e cerveja (bebidas)", escreve ainda a jornalista.

"Fiquei chocada com o resultado. É uma queda bem forte que ocorreu em todas as classes sociais e regiões do País", afirma Giovanna Fisher, diretora da consultoria e responsável pela pesquisa.

Segundo a reportagem, a classe C foi a que mais retraiu o consumo. :O que chama também a atenção nos resultados é que, além de ir menos vezes às compras, a cada ida ao supermercado o consumidor levou uma quantidade menor de produtos para casa. Esse movimento traduzido em números significou uma queda de 2,2% na frequência de compras no bimestre em relação ao ano anterior e redução 5,7% no número de unidades adquiridas a cada compra", diz Marcia de Chiara.


#TCHUTCHUCA


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