Concorrência encerrada nesta terça-feira só teve vencedor em um item, e com quantidade parcial
BRASÍLIA - A licitação realizada pelo Ministério de Saúde para comprar seringas e agulhas
para a realização da vacinação contra a Covid-19 fracassou. A pasta só
conseguiu garantir 7,9 milhões de unidades enquanto buscava adquirir 331,2
milhões. A informação foi publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo na noite
desta terça-feira e confirmada por O GLOBO.
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O pregão eletrônico foi concluído nesta terça-feira e houve
vencedor em apenas um dos quatro itens da concorrência. E, mesmo assim, o
fornecedor se comprometeu apenas com uma entrega parcial dos itens.
A empresa vencedora garantiu a entrega de somente 7,9 milhões
de unidades em um item do edital que pretendia adquirir 31,2 milhões. Uma
concorrente chegou a ser chamada pelo leiloeiro para negociar se complementaria
o montante desejado, mas não houve avanço. A empresa vencedora ainda terá de
passar pela avaliação da área técnica sobre o material a ser comprado.
Consulte: Veja
a situação do coronavírus em seu estado
Nos outros três itens do edital nada foi comprado. Pelo site
de compras do governo federal não é possível identificar se houve problema de
documentação com as concorrentes ou se a questão se deveu ao preço desejado
pelas empresas.
O governo federal avalia que poderia implementar o plano
nacional de imunização a partir de 20 de janeiro, caso alguma vacina seja
certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em tempo hábil, mas a dificuldade para a compra das
seringas e agulhas pode ser um novo complicador. Geralmente, as compras são
realizadas por estados e municípios, mas na pandemia o governo federal tem
feito processos de compra unificados na busca de garantir melhor preço e a
entrega dos materiais.
Fonte: O Globo