Mandado de prisão assinado por Marcelo Bretas se deu na semana em que a troca de farpas entre Maia e Moro chegou ao ápice, com o presidente da Câmara afirmando que o ex-juiz se comporta como presidente da República
O momento da prisão do ex-presidente Michel Temer
Jornal GGN – A operação da Lava Jato no Rio de Janeiro que prendeu, nesta quinta (21), Michel Temer, Eliseu Padilha e Moreira Franco, entre outros nomes ligados à cúpula do MDB, ocorre paralelamente à briga entre Sergio Moro – colega do juiz Marcelo Bretas – e Rodrigo Maia – genro de Moreira Franco – por causa do pacote anticrime apresentado à Câmara.
Na noite anterior ao cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão pela PF, Moro e Maia intensificaram a troca de farpas publicamente. O presidente da Câmara disse à imprensa que o ministro da Justiça está extrapolando sua competência ao se comportar como presidente da República e exigir que a Câmara discuta seu pacote de mundanças na legislação penal.
A mensagem desagradou Moro, que usou o Instagram da esposa, Rosangela Moro, para divulgar uma nota oficial, na noite de quarta (20), insinuando que os deputados fazem corpo mole em relação ao pacote anticrime e que o País já não aguenta mais empurrar corrupção para debaixo do tapete.
O mandado de prisão contra o sogro de Maia e outros emedebistas foi emitido por Bretas em 19 de março. Na véspera, a imprensa noticiava que o presidente da Câmara desacelerou a tramitação do pacote anticrime criando um grupo especial que deverá debater as propostas por pelo menos 90 dias. Somente depois disso é que o projeto será enviado para uma das comissões permanentes da Casa.
Na visão de Moro, o Congresso deve tocar o pacote anticrime e a Reforma da Previdência ao mesmo tempo. Maia, para quem Moro não tem poder de decisão sobre os trabalhos da Câmara, também alegou que a nova previdência é a prioridade.
Prisão de Temer é tentativa da Lava Jato de sair das cordas
LAVA JATO NA PAREDE
Além disso, a operação que leva à prisão mais um ex-presidente da República ocorre no momento em que a Lava Jato está sob forte pressão. O Supremo Tribunal Federal julgou, recentemente, que caixa 2 deve ser julgado pela Justiça Eleitoral, esvaziando denúncias construídas pelos procuradores que atuam na operação. Além disso, a turma de Deltan Dallagnol entrou na mira do STF por causa do fundo bilionário construído com R$ 2,5 bilhões da Petrobras.
Canalhas golpistas descobrem que Temer é um gângster
CONVERSA AFIADA: Olá, tudo bem?
O Brasil assiste ao exercício de um dos traços do nosso celebrado Homem Cordial: a hipocrisia.
A prisão dos gângsters Michel Temer e Moreira Franco permite que os moradores e serviçais da Casa Grande demonstrem sem qualquer pudor essa característica essencial: a dissimulação, o fingimento.
Eles descobriram agora que o Temer e o Moreira são ladrões!
Roubaram R$ 1,8 bilhão!
E, na tentativa de envernizar a biografia, eles passam a saudar a Lava Jato que os prendeu com muitos anos de atraso.
A mesma Lava Jato do Moro que, anos atrás, se recusou a aceitar essa delação que levou agora os dois ao cárcere.
Hoje os dissimulados saúdam a higiene do sistema.
Os safados estão presos!
Como dizia a Dilma, são todos moralistas sem moral.
Na hora de derrubar a Dilma, uma mulher honesta, uma Presidenta honesta, e abrir a porta para instalar o neolibelismo, o Temer e o Moreira eram dois estadistas.
Esses mesmos gatunos de hoje pareciam Winston Churchill.
Rasgaram a Constituição para dar o poder à máfia - e os hipócritas diziam que foi tudo dentro da Constituição...
Ai de quem falasse em Golpe!
Quando o Temer tentou se esconder atrás de pseudo-gênios tucanos - o Ilan, o Pedro Malan Parente e a Maria Silvia -, diziam que ele escalou o dream team, a Seleção Brasileira de 1950.
É porque ele fez um projeto de Reforma da Previdência que eles diziam que curava até dor de corno.
Quando a Câmara não deixou processar o chefe dos malfeitores, ufa, que alívio! Foi preservada a governabilidade, disseram...
Para garantir a Reforma da Previdência dos bancos.
E manter intacta a ponte para o futuro... do salteador Moreira Franco.
Quando o Ministrário Gilmar Mendes despachava no escuro do Palácio Jaburu com a dupla de sicários, a Casa Grande e seus fâmulos se calavam.
Cães danados, agora, todos a eles!
Viva a Lava Jato!
A Pátria está salva!
Não importa se a Constituição tenha sido estuprada para dar o poder a essa Camorra!
Então, como agora, o que interessa é garantir o meu... quer dizer, o dos bancos!
Esse podcast é sobre a hipocrisia.
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