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quinta-feira, 21 de março de 2019

Briga entre Moro e Maia tem como "pano de fundo" prisão de caciques do MDB.



Mandado de prisão assinado por Marcelo Bretas se deu na semana em que a troca de farpas entre Maia e Moro chegou ao ápice, com o presidente da Câmara afirmando que o ex-juiz se comporta como presidente da República

O momento da prisão do ex-presidente Michel Temer





Jornal GGN – A operação da Lava Jato no Rio de Janeiro que prendeu, nesta quinta (21), Michel Temer, Eliseu Padilha e Moreira Franco, entre outros nomes ligados à cúpula do MDB, ocorre paralelamente à briga entre Sergio Moro – colega do juiz Marcelo Bretas – e Rodrigo Maia – genro de Moreira Franco – por causa do pacote anticrime apresentado à Câmara.

Na noite anterior ao cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão pela PF, Moro e Maia intensificaram a troca de farpas publicamente. O presidente da Câmara disse à imprensa que o ministro da Justiça está extrapolando sua competência ao se comportar como presidente da República e exigir que a Câmara discuta seu pacote de mundanças na legislação penal.

A mensagem desagradou Moro, que usou o Instagram da esposa, Rosangela Moro, para divulgar uma nota oficial, na noite de quarta (20), insinuando que os deputados fazem corpo mole em relação ao pacote anticrime e que o País já não aguenta mais empurrar corrupção para debaixo do tapete.


O mandado de prisão contra o sogro de Maia e outros emedebistas foi emitido por Bretas em 19 de março. Na véspera, a imprensa noticiava que o presidente da Câmara desacelerou a tramitação do pacote anticrime criando um grupo especial que deverá debater as propostas por pelo menos 90 dias. Somente depois disso é que o projeto será enviado para uma das comissões permanentes da Casa.


Na visão de Moro, o Congresso deve tocar o pacote anticrime e a Reforma da Previdência ao mesmo tempo. Maia, para quem Moro não tem poder de decisão sobre os trabalhos da Câmara, também alegou que a nova previdência é a prioridade.

Prisão de Temer é tentativa da Lava Jato de sair das cordas




LAVA JATO NA PAREDE

Além disso, a operação que leva à prisão mais um ex-presidente da República ocorre no momento em que a Lava Jato está sob forte pressão. O Supremo Tribunal Federal julgou, recentemente, que caixa 2 deve ser julgado pela Justiça Eleitoral, esvaziando denúncias construídas pelos procuradores que atuam na operação. Além disso, a turma de Deltan Dallagnol entrou na mira do STF por causa do fundo bilionário construído com R$ 2,5 bilhões da Petrobras.


Canalhas golpistas descobrem que Temer é um gângster



CONVERSA AFIADA: Olá, tudo bem?


O Brasil assiste ao exercício de um dos traços do nosso celebrado Homem Cordial: a hipocrisia.

A prisão dos gângsters Michel Temer e Moreira Franco permite que os moradores e serviçais da Casa Grande demonstrem sem qualquer pudor essa característica essencial: a dissimulação, o fingimento.

Eles descobriram agora que o Temer e o Moreira são ladrões!

Roubaram R$ 1,8 bilhão!

E, na tentativa de envernizar a biografia, eles passam a saudar a Lava Jato que os prendeu com muitos anos de atraso.

A mesma Lava Jato do Moro que, anos atrás, se recusou a aceitar essa delação que levou agora os dois ao cárcere.

Hoje os dissimulados saúdam a higiene do sistema.

Os safados estão presos!

Como dizia a Dilma, são todos moralistas sem moral.

Na hora de derrubar a Dilma, uma mulher honesta, uma Presidenta honesta, e abrir a porta para instalar o neolibelismo, o Temer e o Moreira eram dois estadistas.

Esses mesmos gatunos de hoje pareciam Winston Churchill.

Rasgaram a Constituição para dar o poder à máfia - e os hipócritas diziam que foi tudo dentro da Constituição...

Ai de quem falasse em Golpe!

Quando o Temer tentou se esconder atrás de pseudo-gênios tucanos - o Ilan, o Pedro Malan Parente e a Maria Silvia -, diziam que ele escalou o dream team, a Seleção Brasileira de 1950.

É porque ele fez um projeto de Reforma da Previdência que eles diziam que curava até dor de corno.

Quando a Câmara não deixou processar o chefe dos malfeitores, ufa, que alívio! Foi preservada a governabilidade, disseram...

Para garantir a Reforma da Previdência dos bancos.

E manter intacta a ponte para o futuro... do salteador Moreira Franco.

Quando o Ministrário Gilmar Mendes despachava no escuro do Palácio Jaburu com a dupla de sicários, a Casa Grande e seus fâmulos se calavam.

Cães danados, agora, todos a eles!

Viva a Lava Jato!

A Pátria está salva!

Não importa se a Constituição tenha sido estuprada para dar o poder a essa Camorra!

Então, como agora, o que interessa é garantir o meu... quer dizer, o dos bancos!

Esse podcast é sobre a hipocrisia.

Podcast Episode

quarta-feira, 20 de março de 2019

AGENTES DA CIA INFILTRADOS NO "BRAZIL," PRENDEM "ADVERSÁRIOS" E QUEBRAM O PAÍS PARA SAQUEÁ-LO.





O advogado Modesto Carvalhosa tem uma ligação mais forte com a autoproclamada "força tarefa" de Curitiba do que a pauta populista que os une. Eles são sócios no negócio de R$ 2,5 bilhões da Petrobras que pretendem empalmar com a criação de uma fundação administrada pelos procuradores da República de Curitiba.

O acordo que os procuradores, em nome do Estado brasileiro, assinaram com o governo americano prevê que metade do dinheiro recebido destina-se à "satisfação de eventuais condenações ou acordos com acionistas que investiram no mercado acionário brasileiro (B3) e ajuizaram ação de reparação, inclusive arbitragens, até a data de 8 de outubro de 2017". E é o escritório de Carvalhosa que representa esses acionistas.

Os sócios minoritários brasileiros, se entusiasmaram com a vitória obtida pelos investidores nos Estados Unidos. No pedido feito na Câmara de Arbitragem do Mercado, da B3, a bolsa de valores de São Paulo, Carvalhosa pede até R$ 80 bilhões de indenização.


Modesto Carvalhosa é um dos que perdem com
 a suspensão dos efeitos do acordo 
entre Petrobras e MPF
Em seus discursos inflamados contra o Supremo Tribunal Federal, o advogado não informou o quanto perdeu com a suspensão dos efeitos doacordo assinado pela Petrobras com o Ministério Público Federal. O acordo garantia aos clientes de Carvalhosa R$ 1,25 bilhão.

Na sexta-feira (15/3), o ministro Alexandre de Moraes suspendeu o acordo por falta de previsão legal para que o MPF agisse como agiu, e muito menos para desviar o destino do dinheiro, que deveria ser o Tesouro, para uma fundação gerida pelos signatários. Para Carvalhosa, no entanto, Alexandre de Moraes fez isso porque "eles não gostam da 'lava jato'".

O advogado vai mais longe: afirma que, mesmo que o acordo seja considerado válido, as arbitragens de acionistas da Petrobras não serão encerradas. Ele espera que esses casos terminem em acordos pelos quais a estatal se comprometa a pagar algo entre R$ 14 bilhões e R$ 20 bilhões de indenização a seus clientes.


O acordo


No Brasil, a Petrobras se diz vítima de um esquema corrupto organizado por alguns de seus ex-diretores e por donos de grandes empreiteiras, para alimentar o sistema político com propinas. Nos EUA, entretanto, a empresa foi considerada responsável pela bandalheira. Para evitar ser julgada por lá, comprometeu-se a pagar US$ 2,95 bilhões para encerrar uma disputa com acionistas minoritários e US$ 832,2 milhões à SEC, agência reguladora do mercado de capitais americano, e com o Departamento de Justiça para encerrar uma investigação.

No acordo com a SEC, ficou combinado que 80% do valor pago serão destinados ao Brasil. Metade desses 80% iriam para a fundação do MPF. A outra metade, para um acordo com acionistas que tiverem iniciado ações judiciais ou arbitrais na câmara arbitral da B3, justamente onde corre a ação patrocinada por Carvalhosa.

Na arbitragem, os acionistas argumentam que, de 2010 a 2015, a estatal divulgou dados falsos em seus balanços e fatos relevantes, levando-os a ter prejuízos.

Em 2014, após a revelação de um esquema de corrupção, a petrolífera registrou prejuízo de R$ 21,6 bilhões – e R$ 6,2 bilhões de perdas com os desvios. No ano anterior, tinha obtido lucro de R$ 23,6 bilhões. Com isso, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) caíram para R$ 12,18 em julho de 2015 – ante R$ 37,32 em janeiro de 2010 – uma queda de mais de dois terços. As ações ordinárias (PETR3) tiveram desvalorização semelhante.


Decisão criticada


Carvalhosa defende a legalidade do acordo bilionário e garante que a "lava jato" está sob ataque. "A maioria dos ministros do Supremo quer prejudicar a ‘lava jato’. Em tudo o que puderem prejudicar, prejudicam", afirma.

"Eles estão querendo liquidar a ‘lava jato’, como ocorreu na Itália com a operação Mani Pulite [mãos limpas]. Agora mesmo decidiram que caixa dois é crime eleitoral para retirar da ‘lava jato’ todos os processos de corrupção. É toda uma série de medidas para terminar a luta contra a corrupção”, disse o advogado à ConJur.

Carvalhosa garante que a decisão de Alexandre de Moraes está errada, porque o dinheiro da Petrobras não é público. Assim, diz, não haveria problema de o MPF geri-lo. Embora a jurisprudência do Supremo diga que o dinheiro deve ir para o ente lesado, no caso a União, e a autoridade responsável por representar o lado brasileiro devesse ser o Ministério da Justiça – conforme prevê o MLat, citado no acordo do MPF com a Petrobras.

Para Carvalhosa, deixar o dinheiro com o MPF seria positivo, "pois daria à sociedade brasileira a possibilidade de gerir recursos sem a conspiração do governo e do STF de acabar com a ‘lava jato’", declara.

REDES SOCIAIS:






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domingo, 3 de março de 2019

PETROBRAS DEPOSITA R$ 2,5 BILHÕES PARA LAVA JATO MONTAR FUNDAÇÃO, APONTA NASSIF




247- Em sua coluna no Jornal GGN, o jornalista Luís Nassif informa que a Lava Jato montou uma fundação de direito privado, não submetida a nenhuma fiscalização pública, com R$ 2,5 bilhões depositado pela Petrobras. "O recurso, maior que o orçamento da própria Procuradoria Geral da República, será utilizado para cursos e campanha em defesa da ética e da moralidade"", afirma



Peça 1 – os delatores da OAS


GGN-A delação da OAS foi central para a condenação de Lula. Agora, executivos da empresa revelam que houve pagamento de R$ 6 milhões para diretores que aceitaram combinar versões com a empresa. Quem definia as condições para a delação era a Lava Jato, procuradores e o juiz Sérgio Moro. E as versões invariavelmente foram no sentido de condenar Lula.

Lula se transformou no toque de Midas da Lava Jato, a condição para indulto plenário a qualquer abuso cometido e a qualquer suspeita levantada. A perseguição a ele teve alguma dose de motivação política pessoal da Lava Jato. Mais que isso, foi a oportunidade para, em um primeiro momento, garantir poder e projeção ao grupo. Em um segundo momento, para abrir mercados promissores.

Peça 2 – o negócio Lava Jato


Graças ao antilulismo, permitiram-se todos os abusos. E, como sempre ocorre com poderes exercidos de forma absoluta, criou-se uma larga cadeia improdutiva da Lava Jato, permitindo ganhos expressivos em várias modalidades de negócio.

Indústria da delação premiada


No início, os acusados recorreram a escritórios de advocacia reconhecidos nacionalmente. Em pouco tempo receberam sinais da Lava Jato, sobre a necessidade de relações de confiança dos advogados com os procuradores.

Da noite para o dia, advogados desconhecidos, sediados no Paraná, se tornaram milionários, tendo como único trunfo o bom relacionamento com os procuradores da Lava Jato e com o juiz Sérgio Moro.

O fato mais ostensivo foi a entrada no mercado de delações premiadas do advogado Marlus Arns. Marlus não tinha nenhuma experiencia no setor. Mas era parceiro de Rosângela Moro que, como diretora jurídica da APAE do Paraná, encaminhava para ele todas as ações das APAES do estado inteiro. As APAES foram presenteadas com verba de R$ 450 milhões, liberada pelo então Secretário de Educação do Paraná, Flávio Arns, o homem que nomeou Rosângela para o cargo de diretora jurídica. E um curso à distância da família Arns, preparatório para concursos para juizes e procuradores, tinha entre seus professores delegados e procuradores do grupo da Lava Jato.

O mercado de delações também foi acessado por irmão de procurador da Lava Jato.

O mercado de palestras
O discurso ideológico – e o medo – abriu para procuradores da Lava Jato e para o juiz Sérgio Moro, o mercado milionário de palestras. No caso de Moro, agenciado pela esposa Rosângela.



A maior parte dos eventos foi bancado por instituições financeiras. De um alto executivo da XP ouvi exclamações de espanto com a ganância de Deltan Dalagnol negociando o cachê.

Quando revelados seus ganhos, o notável procurador anunciou que o dinheiro seria para constituir uma fundação para promover o combate à corrupção. Até hoje nao se sabe do destino de tão benigna iniciativa.



Ao mesmo tempo vazavam informações de que o ex-Ministro da Fazenda Antonio Palocci decidira incluir o sistema financeiro em sua delação. Seja qual for a verdade, o fato é que sua delação foi rejeitada pela Lava Jato e por Sérgio Moro.

O princípio de que “à mulher de César não basta ser honesta: tem que parecer honesta” foi deixado de lado, tal o apoio recebido pela Lava Jato do público e dos grupos interessados em se apossar do poder.

O caso Zucolotto


O advogado Tacla Duran apresentou provas irrefutáveis de uma oferta do primeiro amigo de Sérgio Moro, Carlos Zucolotto, de reduzir a multa de US$ 15 milhões, proposta pela Lava Jato,  para US$ 5 milhões, mediante o seguinte artifício: a Lava Jato imporia a multa de US$ 15 milhões a Tacla, mas relacionaria uma conta dele, no exterior, com saldo baixo, deixando de lado a conta principal. Não encontrando saldo, ele seria multado em US$ 5 milhões, salvando o restante. Da economia de US$ 10 milhões, metade, R$ 5 milhões, seria de honorários.

A proposta foi seguida de um e-mail da Lava Jato, no dia seguinte, com as condições prometidas por Zucolotto. Não havia apenas indícios, mas documentos periciados mostrando o arranjo.

Eram falsos? Eram verdadeiros? Fossem falsos, a própria Lava Jato exigiria nova perícia. Em plena campanha política, juiz e procuradores calaram-se, e a imprensa se calou.

Poderia ser uma caso de abuso de amigo. Mas, mesmo depois de revelada a manobra, o amigo continuou próximo a Moro, viajando juntos para Nova York, se associando a Rosangela no mercado de promoção de palestras e, agora, obtendo o status de lobista oficial, dividindo escritório com ela.

O caso Trafigura


A Lava Jato bateu no mega mercado de venda e transporte de combustíveis. Nele, operavam as empresas mais corruptas do planeta, Trafigura, Glencore, Vitol.


Deteve um membro do board mundial da Trafigura, Mariano Marcondes Ferraz, responsável pela megaoperação de suborno em Angola. A detenção foi noticiada pelos principais jornais do planeta, tal a fama e a dimensão da Trafigura, integrante da lista das 50 maiores empresas globais da Fortune.

Tendo à mão figura chave para desvendar um espaço de corrupção maior do que o das empreiteiras, a Lava Jato preferiu enquadra-lo em corrupção menor, de subornos para a Decal, empresa pequena (perto da Trafigura) que atuava em Suape. O caso foi levantado aqui pelo GGN. Só depois que blogs internacionais, ligados a ONGs, repercutiram a notícia, é que a Lava Jato voltou os olhos para as comercializadoras. Deu um ano de vantagem para a Trafigura apagar pistas e preparar a defesa.

Vezo político, de priorizar o que atingia Lula? Ou outra explicação? “À mulher de César não basta ser honesta”.

Peça 3 – marcando território e ampliando o poder


Com esse exercício amplo e irrestrito de poder e de blindagem, a Lava Jato passou a disputar cada quinhão das investigações.

A 13ª Vara de Curitiba, de Sérgio Moro,  tirou do Ministério Público Estadual paulista o caso do triplex. E, agora, tirou de seus colegas do Ministério Público Federal de São Paulo o caso Paulo Preto, cuja corrupção foi praticada estritamente nos limites do estado de São Paulo.

Ao mesmo tempo, ampliou seu poder de vazamentos e fuzilamento de reputações. A Receita Federal tem uma tradição histórica de profissionalismo e sigilo, assim como o COAF (Conselho de Controle de Operações Financeiras), enquanto sob controle do  Ministério da Fazenda. Bastou a notícia da mudança para o Ministério da Justiça para ocorrerem os primeiros vazamentos, coincidentemente contra adversários da Lava Jato. A operação foi atribuído a um fiscal ligado à Operação Calicute, da Lava Jato do Rio de Janeiro.

Peça 4 – a tacada de 2,5 bilhões de reais




E de ousadia em ousadia, de cumplicidade em cumplicidade, de blindagem dos centros de poder, mídia, Judiciário, em benefício do objetivo maior de anular Lula, a Lava Jato chega ao grande momento. Um acordo firmado entre procuradores regionais de 1ª  instância (!), um juiz de primeira instância (!), permitiu a criação de uma fundação de direito privado, controlada por um procurador nomeado pelo procurador regional da República do Paraná, e convalidado pela 13ª Vara Federal, com recursos de R$ 2,5 bilhões (!) fornecidos pela Petrobras, dentro de um acordo de indenização.

O recurso, maior que o orçamento da própria Procuradoria Geral da República, será utilizado para cursos e campanha em defesa da ética e da moralidade, para avaliações periódicas de compliance de empresas.

Segundo o Código Civil:


Artigo 62. Para criar uma fundação, far-lhe-á o seu instituidor, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la”.

Ou seja, terá plena liberdade para contratar palestrantes, consultores, empresas de auditoria, universidades, cursos à distância, agências de publicidade etc. Bastará que justifique cada projeto como pedagogia contra a corrupção ou benefício social.

Questionada pelo GGN, a Procuradora Geral da República Raquel Dodge disse que nada teria a dizer. Não tem força para se opor à República de Curitiba. Espera-se que o STF e a mídia se dêem conta do absurdo dessa proposta e do caminho que abre para a corrupção institucionalizada.

Do Facebook de Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador que anunciou a aposentadoria para se dedicar ao mercado de compliance:





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sexta-feira, 1 de março de 2019

CASO ILONA SZABÓ CONFIRMA O FIM DE MORO




Fonte: APostagem


MORO, UM FANTOCHE NAS MÃOS DE BOLSONARO: CASO ILONA SZABÓ CONFIRMA O FIM DE MORO


Ilona Szabó. Moro se mostra aquém do cargo!




Convidado por Bolsonaro para dar um tom ‘anticorrupção’ no governo e demarcar uma linha institucional de perseguição ao ex-presidente Lula, Sergio Fernando Moro mergulhou na zona obscura do bolsonarismo manipulável, ostentando um discurso flácido e tutelado por pressões de segmentos ultraconservadores. A desnomeação de Ilona Szabó marca em definitivo sua descida de patamar: Moro encolheu e virou funcionário de Bolsonaro.

O desgaste do ministro da Justiça – que chegou a ser chamado de “super ministro” – é visível não só pelos trending topics no Twitter que debocham de sua subserviência, mas aos gestos e atos do cotidiano incrustado nos interstícios do poder. Moro voltou atrás na sua ex-sólida posição sobre crime de caixa dois, compreensão que, a rigor, serviu apenas para perseguir Lula e ascender a um cargo no Executivo.



Moro está pressionado. Foi-se por completo a leitura de que ele poderia entrar na linha sucessória de Bolsonaro, representando a ‘força’ e a ‘disciplina judicial’. Seu nome cai, agora, no vazio pantanoso dos ministros exóticos de um governo politicamente moribundo. O ex-juiz faz companhia intelectual a Damares Alves, Ricardo Velez Rodriguez e Ernesto Araújo.

O refugo na nomeação de Szabó, a rigor, chocou o que lhe restava de credibilidade, ainda que difusa e decorrente de ressentimento e ódio ao PT. Setores da magistratura brasileira, quase que em unanimidade, rechaçaram seu projeto anticrime como um arremedo técnico e uma senha para explosões de violência em um país já tomado pelo caos na segurança pública.



A carreira política de Sergio Moro entra agora em estado de stand by. Como não é mais um magistrado – uma vez que pediu exoneração da carreira pública para aceitar um cargo político -, resta saber seu destino pós-lambança.

Numa coisa, Moro obteve sucesso pleno: ele faz parte agora em definitivo do governo Bolsonaro. É, por assim dizer, um bolsonarista de carteirinha.

CONVERSA AFIADA


Bolsonaro humilhou Moro


Demissão de Ilona Szabó começou com Olavo de Carvalho

(...) Menor do que entrou Ao exigir que Sergio Moro (Justiça) desligasse a especialista Ilona Szabó do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, Bolsonaro submeteu o ministro a inédito constrangimento interno. Nem na pasta o episódio foi bem digerido.

Com o fígado Segundo aliados do presidente, ele demonstrou profunda irritação com a nomeação de Ilona –especialmente depois de ter passado o dia recebendo mensagens com cobranças de apoiadores. A especialista é defensora do desarmamento. (...)



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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Moro juiz x Moro ministro: a mudança radical de opinião sobre caixa dois




Fonte: EL PAÍS 

Ministro da Justiça e Segurança Pública atenua a gravidade do caixa dois, prática que, no passado, ele mesmo chegou a classificar como "pior que a corrupção" e "trapaça"

A cruzada de Sergio Moro pelo combate à corrupção começou a enfrentar obstáculos desde que ele deixou a toga de juiz e foi nomeado ministro da Justiça e Segurança Pública pelo presidente Jair Bolsonaro. Em um passado recente, o juiz curitibano fora celebrado durante as manifestações contra acorrupção. O Super Moro estampava camisetas e bonecos nas ruas e, enquanto a personificação da Operação Lava Jato, fazia palestras e dava entrevistas condenando veemente crimes como o caixa dois. "É uma trapaça", dizia, sobre essa prática.


Mas agora, à frente do Palácio da Justiça, o ministro mudou seu discurso. Ao apresentar seu pacote de medidas para combater os crimes de corrupção –bandeira que elegeu Bolsonaro–, teve de fatiar em três partes o plano e deixar em separado a proposta que criminaliza a mesma prática de caixa dois condenada no passado porque "vieram reclamações" dos políticos. "Alguns políticos se sentiram incomodados de isso [crime de caixa dois] ser tratado junto com corrupção e crime organizado. Fomos sensíveis", disse o ministro. O Governo sabe que, do contrário, o pacote não seria aprovado. Além disso, ao anunciar o fatiamento, o ministro ainda atenuou a gravidade desse crime, afirmando que "caixa dois não é corrupção".

  • Siga a cronologia da mudança de opinião do ministro:


Agosto de 2016: Caixa dois é “trapaça”


“Eu particularmente sou favorável a essa criminalização [de caixa dois]. Tenho uma posição muito clara: eu acho que o caixa dois muitas vezes é visto como um ilícito menor, mas é trapaça em uma eleição. E há uma carência da nossa legislação de tipificar esse tipo de atividade. E essa carência acaba gerando suas consequências no sentido de que se isso não é criminalizado, é tipo como permitido”. A frase fora proferida pelo juiz durante um debate no Congresso sobre o pacote que promovia as 10 Medidas Contra a Corrupção, que acabou não sendo aprovado.

No mesmo debate, Moro afirmou que o que mais lhe chamou a atenção no decorrer das investigações da Lava Jato foi o fato de os investigados citarem "de forma muito natural" o pagamento e o recebimento de propina. Em um discurso de aproximadamente uma hora, o então juiz também cobrou maior participação do Executivo e do Legislativo no combate à corrupção.

Abril de 2017: "Caixa dois é crime contra a democracia"


“Tem que se falar a verdade, caixa dois nas eleições é trapaça, é crime contra a democracia. Alguns desses processos me causam espécie quando alguns sugerem fazer uma distinção entre corrupção para fins de enriquecimento ilícito, e a corrupção para fins de financiamento de campanha eleitoral. Para mim, a corrupção para financiamento de campanha eleitoral é pior que para o enriquecimento ilícito”. Sérgio Moro falou a uma plateia de estudantes brasileiros na Universidade Harvard no dia 8 de abril de 2017, sobre diversos assuntos. Dentre eles, a corrupção. "Se eu peguei essa propina e coloquei numa conta na Suíça, isso é provável crime, mas esse dinheiro está lá, não está fazendo mais mal a ninguém naquele momento. Agora, eu utilizo isso para ganhar uma eleição? para trapacear numa eleição? Isso pra mim é terrível", seguiu.



Novembro de 2018, sobre caixa dois de Onyx Lorenzoni


“Ele foi um dos poucos deputados que defendeu a aprovação do projeto das 10 Medidas [contra a corrupção] mesmo sofrendo ataques severos da parte dos seus colegas. Quanto a esse episódio do passado, ele mesmo admitiu seus erros e pediu desculpas e tomou as providências para repará-lo”, amenizou Sérgio Moro, no final do ano passado, quando já havia sido anunciado para compor o novo Governo.

Moro deu uma entrevista coletiva em que foi questionado sobre o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Lorenozini, atual ministro-chefe da Casa Civil, admitiu, em maio de 2017, que recebeu 100.000 reais de caixa dois da JBS para a campanha que o elegeu deputado federal em 2014. “Usei sem [fazer a] declaração das contas”, afirmou em entrevista para a rádio Bandeirantes de Porto Alegre. “Quero pedir desculpas ao eleitor que confia em mim pelo erro cometido”, afirmou ele, que foi relator do projeto 10 Medidas Contra aCorrupção.

Fevereiro de 2019: "Caixa dois não é corrupção"


"Não, caixa dois não é corrupção. Existe o crime de corrupção e existe o crime de caixa dois. Os dois crimes são graves. Aí é uma questão técnica". Pressionado pelos parlamentares, Moro fatiou seu projeto, como amenizou o discurso sobre o caixa dois.

  • Protestos nas redes sociais 





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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Odebrecht deu R$ 30 milhões ao Mineirinho






Delator aponta à PF reuniões sobre pagamentos a ‘Mineirinho’


Em depoimento que citou o deputado federal Aécio Neves ( PSDB-MG ), o ex-gerente de Recursos Humanos da Odebrecht Ênio Augusto Pereira e Silva, um dos delatores da Operação Lava Jato, afirmou à Polícia Federal que o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Henrique Valladares se reuniu com o ex-diretor de Furnas Dimas Toledo. Segundo o executivo, Henrique Valladares e Dimas Toledo se encontraram ‘para tratar a respeito de pagamentos’ para ‘Mineirinho’.

Ênio Augusto Pereira e Silva falou à PF em um inquérito que apura o suposto pagamento de R$ 30 milhões da Odebrecht para o tucano – R$ 28,2 milhões em dinheiro entregue em uma sala comercial em Ipanema, no Rio, e US$ 900 mil em pagamentos no exterior. O valor teria sido repassado para que Aécio Neves ‘influenciasse o andamento dos Projetos do Rio Madeira (Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia) atendendo aos interesse do grupo e da Andrade Gutierrez’.

Segundo os delatores da Odebrecht, Dimas Fabiano Toledo operou os pagamentos. Investigadores afirmam que ‘Mineirinho’ é o deputado Aécio.




 Neymar Jr declarando apoio a Aécio Neves



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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

“Não há qualquer prova”, diz advogado sobre condenação de Lula no caso de Atibaia


Nova sentença condenatória é criticada por se basear fundamentalmente em delações premiadas





Manifestação durante posse de parlamentares. Pimenta e Hoffmann (ao centro) rechaçaram nova condenação "baseada unicamente em delação"


A sentença condenatória contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) proferida pela juíza de primeira instância Gabriela Hardt, substituta de Sérgio Moro na Lava Jato de Curitiba, gerou reação imediata de advogados envolvidos na defesa judicial do petista.

Do ponto de vista jurídico, a principal alegação da defesa de Lula é de que a sentença está baseada fundamentalmente no depoimento doempreiteiro Leo Pinheiro da OAS, enquanto tribunais superiores vêm consolidando a jurisprudência de que relatos obtidos através de delações premiadas não são suficientes para uma condenação criminal.

“Não há qualquer prova. A reforma não foi feita por responsabilidade dele. O objetivo é deixar que Lula fique preso”, afirmou Manoel Caetano, advogado de Lula em Curitiba, à TV 247.

Até onde vai a perseguição contra Lula? - De Lucca entrevista Alexandre Padilha




Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça que coopera com a defesa do ex-presidente, no mesmo veículo, afirmou que o caso de Lula dificilmente terá um final positivo para o ex-presidente na esfera do Judiciário, justamente pelo fato de que os processos têm sido utilizados politicamente contra ele.

“Um desfecho favorável do caso Lula será político, não judicial. A acusação e a condenação contra ele são políticos. Não necessariamente partidários, mas fazem parte de um projeto corporativo [de parte do Ministério Público e do Judiciário]”, explicou.


Parlamentares


Gleisi Hoffmann, deputada federal pelo Paraná e presidenta nacional do PT, afirmou que a sentença demonstra que “não há seriedade por parte de setores do Judiciário na condução das investigações”.

Líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS) afirmou que o partido irá “denunciar [a sentença] dentro e fora do país. Há partes da sentença que são verdadeiras aberrações”. Ele lembrou também que “boa parte do processo foi conduzido por Sérgio Moro, que hoje é ministro de adversário do ex-presidente Lula”.

O ex-senador Lindbergh Farias (PT-RJ) se manifestou peloTwitter contra a condenação do ex-presidente: "Querem que o Lula morra na cadeia. Ele é muito perigoso porque representa e fala no coração do povo pobre desse país. O mundo inteiro sabe que Lula é um preso político", escreveu.

Pela mesma rede social, a presidenta do PT lembrou da candidatura de Lula ao Prêmio Nobel da Paz: "A perseguição a Lula não para. Uma segunda condenação a jato foi proferida, exatamente quando cresce a possibilidade de Lula ser Nobel da Paz. Na memória do povo e na história, Lula será sempre maior do que seus carrascos #LulaLivre".


  • CBN: 'São penas severas e sem provas cabais'

Kennedy Alencar fez uma análise sobre a segunda condenação de Lula na Lava-jato. Ele avalia que é uma pena 'muito severa', que reforça uma percepção de uma justiça mais dura e persecutória em relação ao ex-presidente. Para ele, isso tende a vitimizar o petista perante os olhos de muitas pessoas no Brasil e no exterior.

Reinaldo Azevedo comenta a condenação do ex-presidente Lula





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