De acordo com Felipe Santa Cruz, a pasta deixou de cumprir
seu papel durante a pandemia para "satisfazer o apetite
conspiratório" do presidente
Por: Revista Fórum
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe
Santa Cruz, afirmou nas redes sociais neste sábado (6) que o Ministério da
Saúde, sob gestão de Eduardo Pazuello, deixou de cumprir seu papel durante a
pandemia do coronavírus para “satisfazer” o presidente Jair Bolsonaro.
Santa Cruz disse ainda que a pasta está “acéfala” e
“militarizada”, o que configura em um “perigoso e letal vexame”. Nesta
sexta-feira (5), o órgão atrasou novamente a divulgação dos dados sobre o
coronavírus, e a TV Globo fez um plantão urgente para noticiar.
“O Ministério da Saúde não adverte mais. Acéfalo e militarizado,
presta-se ao papel de empoeirar e retardar informações sérias sobre a pandemia,
apenas para satisfazer o apetite conspiratório do presidente e sua batalha
pessoal contra a imprensa livre. Um perigoso e letal vexame”, afirmou Santa
Cruz no Twitter.
O Ministério da Saúde não adverte mais. Acéfalo e militarizado, presta-se ao papel de empoeirar e retardar informações sérias sobre a pandemia, apenas para satisfazer o apetite conspiratório do presidente e sua batalha pessoal contra a imprensa livre. Um perigoso e letal vexame.— Felipe Santa Cruz (@felipeoabrj) June 6, 2020
De acordo com a Cofin, comissão do Conselho Nacional de Saúde vinculado ao Ministério da Saúde, responsável por acompanhar a execução do orçamento, a pasta só conseguiu desembolsar até agora cerca de 10% do total de que tem disponível para ações contra o coronavírus.
O recurso se destina à compra de respiradores, equipamentos
de proteção e insumos para o enfrentamento da Covid-19. Dos R$ 10,3 bilhões que
estão no caixa, só R$ 1 bi foi pago. Outros R$ 1,8 bilhão já foram contratados,
mas ainda não pagos.
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