sábado, 13 de fevereiro de 2021

Deltan Dallagnol disse que dona Marisa poderia escolher colônia penal para passar a velhice


Comentário jocoso do procurador aparece em um dos diálogos obtidos pela defesa do ex-presidente Lula nos arquivos da Operação Spoofing



Novos diálogos entre procuradores da Força-Tarefa da Operação Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) revelados nesta sexta-feira (12) reforçam o tratamento jocoso pelo qual os membros da Lava Jato se referiam à ex-primeira-dama Marisa Letícia.

Em conversa obtida pela defesa do ex-presidente Lula que foi periciada e enviada ao Supremo Tribunal Federal em petição apresentada nesta sexta, os procuradores aparecem debochando de Marisa em razão de uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo sobre o Sítio de Atibaia.

Na matéria, o veículo afirma que Marisa teria montado uma horta no imóvel, que é de propriedade de Fernando Bittar, parente do ex-presidente. Segundo a Lava Jato, o sítio seria de Lula.

Sobre a matéria, Deltan Dallagnol faz o seguinte comentário: “Como ela já sabe fazer horta, a Dona Marisa vai poder escolher uma Colônia Penal Agrícola para passar a velhice dela”. Dallagnol dá a entender que teria extraído o comentário de algum lugar, mas compartilha sem o menor pudor no grupo de procuradores.

Em conversas divulgada anteriormente, os procuradores já debochavam da primeira-dama.

“Sem dúvida, o sítio é do Lula, porque a roupa de mulher era muito brega. Decoração horrorosa. Muitos tipos de aguardente. Vinhos de boa qualidade, mas mal conservados. Achei o sítio deprimente. Local para pouso de helicóptero confirmado à esquerda da entrada em campo de futebol, para helicóptero pequeno”, afirmou Januário Paludo no grupo de procuradores da força-tarefa no Telegram.


Fonte: Revista Fórum


UOL27 de ago. de 2019

Integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba ironizaram a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia e o luto do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme revelam mensagens de chats privados no aplicativo Telegram enviados por fonte anônima ao site The Intercept Brasil analisadas em parceria com o UOL. Os diálogos mostram que procuradores divergiram sobre pedido de Lula para ir ao enterro do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, em janeiro passado --quando o ex-presidente já se encontrava preso. As conversas revelam que integrantes da Lava Jato temiam manifestações políticas em favor de Lula. O ex-presidente também foi alvo de crítica na despedida do neto Arthur Araújo Lula da Silva, morto aos 7 anos em março passado.

Assista ao VÍDEO


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