A defesa do ex-presidente Lula apresentou ao STF mensagens comprovando a cooperação ilegal entre agentes do FBI e a Lava Jato no Brasil e afirmou que a análise das conversas "reforça - e deixa inequívoca - a realização de cooperações internacionais fora dos canais oficiais"
247 - A presença de investigadores americanos no
Brasil em uma cooperação ilegal com a Operação Lava Jato em Curitiba (PR) criou
temores de que a ação poderia gerar um "abalo" nas relações entre os
dois países, de acordo com a coluna de Jamil Chade.
As informações sobre a atuação de agentes do Estados Unidos
no Brasil fazem parte de mensagens apresentado pela defesa do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Os diálogos foram obtidos no âmbito da Operação Spoofing, responsável
por investigar o acesso a celulares dos procuradores da força-tarefa da Lava
Jato.
De acordo com a defesa do petista, a análise das conversas
submetidas a perícia "reforça - e deixa inequívoca - a realização de
cooperações internacionais fora dos canais oficiais".
Em outra frente de mensagens, o Intercept Brasil apontou que
agentes do FBI e do Departamento de Justiça americano (DOJ) estavam
interessados nas investigações relativas à Operação Triplo X, que mirou a
empresa de offshores Mossack Fonseca e o tríplex no Guarujá atribuído ao
ex-presidente Lula.
Segundo um diálogo travado no Telegram, a Polícia Federal
(PF) foi procurada pelo FBI um mês antes de a operação ser deflagrada, em
dezembro de 2015, e a cooperação é ilegal, pois um acordo bilateral (conhecido
como MLAT, sigla para Mutual Legal Assistance Treaty) firmado entre Brasil e
Estados Unidos afirma que todos os pedidos de cooperação devem passar pelo Ministério da
Justiça.
Thiago Milfont
Estados Unidos espiona o governo brasileiro e a presidente
Dilma Rousseff - Fantástico - 01/09/2013
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