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domingo, 14 de junho de 2020

Bolsonaristas simulam bombardeio ao STF com fogos de artifício; assista



  • Em rua vazia: ‘Revolta popular!’

  • Ato vem depois de ação do GDF

  • Acampamentos foram removidos


Por:  PODER360

Um grupo de manifestantes que apoia o presidente da República, Jair Bolsonaro, simulou 1 bombardeio ao STF (Supremo Tribunal Federal) com fogos de artifício na noite deste sábado (13.jun.2020). A ação foi documentada em vídeo. Veja abaixo.



De manhã, apoiadores de Bolsonaro foram retirados de acampamentos na Esplanada dos Ministérios pelo governo de Brasília. À tarde, invadiram o telhado do Congresso Nacional.

“Essa daqui vai pro seu Ibaneis Rocha [MDB-DF, governador de Brasília]. Pela covardia que o senhor fez hoje com os acampamentos. Isso aqui é pro senhor. Isso aqui não são fogos de Copacabana, não são fogos de comemoração. São fogos de revolta. É a revolta”, gritava 1 dos envolvidos na ação.

Os vídeos também mostram 1 manifestante gritando em meio à rua quase vazia que tratava-se “da revolta popular”.

Em outro vídeo, 1 homem afirmava: “Em frente aos bandidos do STF, isso é para mostrar para eles e para o GDF [governo do Distrito Federal] bandido, não vamos arregar!”

O mesmo homem também instruiu os expectadores do vídeo a reparar no ângulo dos fogos, que simulavam 1 ataque de morteiros à Suprema Corte.

“Notaram que o ângulo dos fogos está diferente da última vez? Se preparem, Supremo dos bandidos!”, ameaça. “Estão levando o país ao caos, já levaram para o comunismo, seus bandidos!”. Os fogos parecem explodir no ar, sem chegar ao Tribunal.

O presidente teve diversos atritos com os outros Poderes desde que tomou posse, e é comum entre seus apoiadores o sentimento de que Legislativo e Judiciário não deixam Bolsonaro governar.

O inquilino do Palácio da Alvorada já participou de atos com viés autoritárioNega, porém, que queria fechar Congresso ou Supremo.

“Eu estou revoltado. Revoltado com a ditadura do STF, revoltado com a ditadura dos comunistas, dos governadores comunistas. Assim como o senhor, Ibaneis. Seu safado comunista”, declarava o homem na filmagem mais próxima ao acendimento dos fogos.

É comum em atos de militantes bolsonaristas pedidos de intervenção militar e elogios ao golpe de 1964, que instaurou no Brasil uma ditadura de 21 anos.

A versão dos defensores do regime autoritário, e que encontra pouco respaldo entre historiadores, é que o país estava à beira de uma ditadura comunista. Por isso, teria sido necessário tomar o poder de João Goulart.

Outros países da América Latina sofreram golpes militares na mesma época. No Chile houve uma passagem real que lembra a simulada com os fogos de artifício em Brasília: as Forças Armadas do país bombardearam o palácio La Moneda.


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sábado, 30 de março de 2019

BOLSONARO É PROIBIDO POR JUÍZA DE COMEMORAR GOLPE DE 1964




247 - Decisão da juíza Ivani Silva da Luz, da 6ª Vara da Justiça Federal em Brasília, proibiu que o Jair Bolsonaro e seus auxiliares comemorem o aniversário de 55 anos do golpe de 1964 no próximo domingo (31).

A magistrada atendeu a pedido de liminar da Defensoria Pública da União, que argumentou risco de afronta à memória e à verdade, além do emprego irregular de recursos públicos nos eventos.

"Defiro o pedido de tutela de urgência para determinar à União que se abstenha da ordem do dia alusiva ao 31 de março de 1964, prevista pelo ministro da Defesa e comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica", decidiu a magistrada, de acordo com a reportagem da Folha deS. Paulo.

Leia também reportagem da Agência Reuters sobre o assunto:

Comando Militar do Planalto rememora golpe de 1964 como "momento cívico-militar"

Depois de quase uma década sem comemorações, o golpe de Estado de 1964 voltou a ser relembrado em Brasília nesta sexta-feira, em uma cerimônia de meia hora, no Comando Militar do Planalto, com a presença do comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, e outras autoridades militares.

Apesar da recomendação do Ministério Público Federal para que o golpe de 1964 não fosse comemorado, o Exército decidiu seguir a determinação do presidente Jair Bolsonaro, e “rememorou” os 55 anos do golpe, tratado na cerimônia como um “momento cívico-militar”.

Em meio a reações até mesmo judiciais contra a comemoração ao golpe, a ordem do dia preparada pelo Ministério da Defesa, lida na cerimônia, fala em lições aprendidas, transição para a democracia e atribuiu o golpe de Estado a uma resposta das Forças Armadas aos anseios da população à época, mas evita glorificar o período militar.

“O 31 de março de 1964 estava inserido no ambiente da Guerra Fria, que se refletia pelo mundo e penetrava no país. As famílias no Brasil estavam alarmadas e colocaram-se em marcha. Diante de um cenário de graves convulsões, foi interrompida a escalada em direção ao totalitarismo. As Forças Armadas, atendendo ao clamor da ampla maioria da população e da imprensa brasileira, assumiram o papel de estabilização daquele processo” diz o texto assinado pelo ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva.

O texto inicia com a mesma defesa que Bolsonaro faz do golpe, a versão de que, na verdade, os militares estariam defendendo a democracia. Lembra que o Congresso declarou vaga a Presidência da República em 2 de abril —dois dias depois, portanto, da data usada pelos militares para comemorar o que chamam de revolução— e que o general Castelo Branco foi eleito presidente em escolha indireta pelo Congresso no dia 11 do mesmo mês.

Entre 31 de março e 2 de abril, a movimentação dos militares levou à derrubada do presidente João Goulart, que se viu forçado a deixar o país. Mas o Congresso declarou vaga a Presidência quando Jango, como era conhecido o então presidente, ainda estava no Brasil.

O texto preparado pelo Ministério da Defesa, indiretamente, reconhece a existência de um período de exceção durante os 21 anos em que os militares estiveram no poder —algo sempre negado por Bolsonaro— ao reconhecer que em 1979 iniciou-se uma transição para a democracia e que os anos anteriores foram “tempos difíceis”.

“Em 1979, um pacto de pacificação foi configurado na Lei da Anistia e viabilizou a transição para uma democracia que se estabeleceu definitiva e enriquecida com os aprendizados daqueles tempos difíceis. As lições aprendidas com a história foram transformadas em ensinamentos para as novas gerações. Como todo processo histórico, o período que se seguiu experimentou avanços”, diz a ordem do dia.

A opção por uma ordem do dia única, assinada pelo ministro da Defesa, teria sido para evitar arroubos em textos preparados por comandantes locais que poderia agravar ainda mais a reação à determinação de Bolsonaro.

Desde 2011, quando a então presidente Dilma Rousseff — presa e torturada pela ditadura militar — determinou que o golpe de 1964 não fosse citado nas ordens do dia em 31 de março, as Forças Armadas deixaram de lado a citação. Este ano, no entanto, Bolsonaro determinou a comemoração. Depois, frente às reações, mesmo entre os militares, trocou o comemorar por rememorar 1964.


Bolsonaro, defensor da ditadura militar, fez sua própria comemoração do período, ao participar da cerimônia de troca da bandeira em frente ao Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência. O presidente não deu declarações.

As vítimas da ditadura - Depoimentos




RELATOR DA ONU DIZ QUE BOLSONARO CELEBRAR DITADURA É “DE UMAGRAVIDADE INACEITÁVEL”


Da RFI - A ONU Direitos Humanos divulgou um comunicado nesta sexta-feira (29) no qual pede para que o presidente Jair Bolsonaro “reconsidere” os planos de comemoração do aniversário do golpe militar no Brasil, ocorrido em 31 de março de 1964. Em entrevista à RFI, o relator especial sobre a promoção da verdade, justiça, reparação e garantias de não-repetição, Fabián Salvioli, que assinou o comunicado, disse que os comentários do líder brasileiro a respeito da ditadura são “de uma gravidade inaceitável”.

Nesta semana, Bolsonaro solicitou que o Ministério da Defesa promovesse neste fim de semana “as comemorações devidas” dos 55 anos do golpe, que resultou em uma ditadura de 1964 a 1985. Depois, Bolsonaro recuou e falou em “rememorar” a data, mas até o momento não fez qualquer menção de condenação aos anos de chumbo em vigor no país, durante os quais os partidos políticos foram extintos e as eleições diretas, suspensas.

“Mais de 8.000 indígenas e pelo menos 434 suspeitos de serem dissidentes políticos foram mortos ou desapareceram forçadamente. Estima-se também que dezenas de milhares de pessoas foram arbitrariamente detidas e/ou torturadas”, afirma o texto divulgado nesta tarde. “No entanto, uma lei de anistia promulgada pela ditadura militar impediu a responsabilização pelos abusos”, lembra o comunicado. Leia na íntegra ( AQUI ).


Ouve muitos protestos nas redes sociais contra a postura do presidente fascista Bolsonaro. Confiram abaixo:

TAG: #TorturaNuncaMais





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