Mostrando postagens com marcador investigações. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador investigações. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 29 de junho de 2021

Fracasso da caçada a Lázaro mostra que polícias são treinadas para reprimir pobres, não para enfrentar o crime


"Os 4 mil reais de posse do Lázaro são um indício eloquente de que se ele fosse capturado com vida, poderia contribuir com investigações que permitiriam a elucidação de uma possível cadeia de comando por trás dele, e por quais interesses criminosos", escreve o colunista Jeferson Miola


Lázaro Barbosa e operação policial (Foto: Reprodução)

Ao final da notícia sobre a caçada do criminoso Lázaro na cidade de Águas Lindas, em Goiás, o Jornal Nacional mostrou cenas de policiais abraçados, festejando com show de helicópteros e fogos pirotécnicos nos céus sob os olhares efusivos do solo.

A execução de Lázaro com cerca de 40 perfurações por armas de fogo, ao invés da prioridade de capturá-lo com vida, foi bastante festejada. Celebrada como uma grande epopeia policial.

A narrativa difundida pelos órgãos oficiais, inclusive pelo presidente desocupado e adepto da linguagem miliciana que festejou o “cancelamento do CPF”, é de que a operação foi exitosa.

A pergunta que se impõe, contudo, é: com este resultado a operação foi, mesmo, exitosa? Ou toda fanfarra pós-execução visa ocultar aquilo que, à luz de critérios de polícias inteligentes e eficazes de vários países, pode ser entendido como um rotundo fracasso?

Ora, considerar exitosa uma mega-operação que levou 20 dias para caçar um único indivíduo afugentado em território inóspito, mesmo arregimentando cerca de 300 policiais militares, civis, federais e da Força Nacional equipados com drones termo-sensíveis, câmeras para uso noturno, frotas de veículos aéreos e terrestres, dispositivos de telecomunicações, armamento sofisticado e outros recursos tecnológicos, é no mínimo uma afronta ao senso do ridículo.

Este mesmo critério de “êxito”, aliás, foi argumentado pelas polícias da Bahia e do Rio para justificar a execução do miliciano Adriano da Nóbrega em fevereiro de 2020 num sítio isolado no interior da Bahia, quando se sabe que a captura daquele criminoso sócio do clã Bolsonaro com vida teria sido muito mais útil para as investigações.

O extermínio de Adriano, ao contrário, impediu esclarecimentos relevantes sobre o vínculo dos Bolsonaro com as milícias e com o submundo do crime.

Conter Lázaro – vivo ou morto – e sem que ele tivesse possibilidade de assassinar outras vítimas, deveria ser, fora de qualquer dúvida, a prioridade absoluta. A captura de Lázaro com vida, observados os mais eficientes parâmetros para garantia da integridade e da vida dos policiais, seria de maior interesse para a investigação e para a ciência criminal que sua morte.


  • Como divulgou o perfil de twitter Rogerinho do Ingá [@caitomainier], “você cerca um cara que tá sozinho, não tem refém. Está armado, mas não produz munição sozinho. Tem sede e fome. Você se protege e espera. Ele se entrega. Você prende, colhe informações preciosas sobre crimes. Entrega pra justiça. Isso sim seria uma polícia preparada. Minimamente”.

Não faltará quem, com raciocínio plano, levianamente considerará esta opinião como uma ode aos “direitos dos bandidos”.

Os 4 mil reais de posse do Lázaro são um indício eloquente de que se ele fosse capturado com vida, poderia contribuir com investigações que permitiriam a elucidação de uma possível cadeia de comando por trás dele, e por quais interesses criminosos.


  • Follow the money”, sugeriu o deputado Luis Miranda aos senadores na CPI da COVID para rastrearem a corrupção do governo militar na negociata bilionária de vacinas.

A caçada fracassada do Lázaro, neste sentido, evidencia também que as polícias ou são ineptas para, ou são “impedidas”/constrangidas de combater o crime [parêntesis: a fronteira polícia-milícia é cada vez mais tênue].

É um contraste e tanto com a forma como as polícias são de fato treinadas: para promover a violenta e mortal repressão contra o povo pobre, negro e das periferias. Jacarezinho é testemunha do morticínio cotidiano do terror do Estado contra seu próprio povo.

Fonte: Brasil 247


Kell Tube

Lazaro Barbosa estava sendo pago?

Assista ao VÍDEO


No Twitter


 

sábado, 29 de maio de 2021

REPRESSÃO SEM ACORDO! Ministério Público colombiano avança em mais de 300 investigações contra a polícia


O Ministério Público colombiano avança nas investigações contra policiais, devido à brutal repressão contra o povo.




 Uma crítica recorrente de instituições como o Ministério Público e a Polícia colombianas foi o número de capturados por conta dos dias de protesto e revolta que ocorrem após confrontos com o Esquadrão Móvel de Choque (Esmad). Aqueles que questionaram o trabalho do acusador garantiram que a bússola judicial visasse apenas os envolvidos nas manifestações e não contra aqueles que exerciam força em nome do Estado.

O Ministério Público colombiano, respondeu com números e o número de investigações que estão sendo avançadas contra membros da força pública, deixa mais de 300 processos ativos desde 28 de abril, reassurado pela revista Semana.

O acusador garantiu que casos de abuso de autoridade e uso excessivo da força, incluindo o uso de armas proibidas ou a modificação daqueles que eles têm como doação, são investigados. Por exemplo, no caso dos dispositivos Venón, que o gás joga da parte de um tanque, mas que em alguns vídeos postados nas redes sociais, uniformizados do Esmad desceram para usá-los no chão.

Os relatos do Ministério Público neo-grenadine também incluem casos de homicídio em que eles têm três policiais com uma medida de seguro. Casos que foram amplamente documentados pelo acusador e até promoveram um conflito de competência entre justiça comum e criminalidade militar. O promotor Francisco Barbosa alertou que eles farão o possível para manter esses processos sob a competência do acusador, alegando que as condições são atendidas e os casos de assassinato não têm relação com o papel da polícia.

Por sua vez, a Justiça Criminal Militar e Policial definiu seu ponto ou critério legal a esse respeito. Por meio da Diretoria Executiva, eles alertaram que a ideia não é entrar em controvérsia, é dar lugar ao Tribunal Constitucional para direcionar a discussão sobre a concorrência, além de qual jurisdição pretende assumir investigações envolvendo membros da Força Pública no âmbito dos protestos na Colômbia.

Em outros números, o Ministério Público garantiu que até o momento e desde 28 de abril, mais de 792 investigações foram abertas para atos criminosos e que os dias de protesto foram abertos como ocorrência ou relacionamento. Desse número de processos, o Ministério Público alertou que já foram realizadas 203 denúncias e 59 medidas de seguro.

Em relação às decisões dos juízes, o Ministério Público assegurou que, em várias ocasiões e após o trabalho dos investigadores para demonstrar que os capturados representam claramente um perigo para a sociedade, pois são presos quando estão na comissão de ato penal, os juízes acabam deixando-os ir.

O Ministério Público apresentou outros resultados que foram coletados por meio do Posto de Comando Judiciário Unificado que compõem mais de 30 promotores responsáveis pelo recebimento das informações e coleta dos dados que todas as seccionais do órgão acusador se referem. Além dos procedimentos de ocupação para fins de rescisão de domínio e a identificação completa de quem estaria por trás de atos de terrorismo contra cargos públicos.

Fonte: Lechuguinos


RT en vivo

🔴 Seguimos en directo desde Bogotá, donde este viernes 28 de mayo los manifestantes vuelven a tomar las calles de la capital colombiana para expresar su rechazo al Gobierno de Iván Duque.

Assista ao VÍDEO


No Twitter


 

 

 

 

Comentários Facebook