terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Gangue dos Cunhas - Impunidade - EUA - SUÍÇA - HSBC - SwissLeaks




Delatores apontam cinco novas contas de Eduardo Cunha no exterior




ONG denuncia facilidade em lavar dinheiro nos EUA



Washington, 1 Fev 2016 (AFP) - A ONG Global Witness realizou entrevistas com câmeras escondidas com 13 advogados de Nova York para denunciar a facilidade com que o dinheiro potencialmente sujo pode ser transferido e administrado nos Estados Unidos através de empresas de fachada.

Um membro da ONG se fez passar pelo assessor de um ministro de um país africano que havia acumulado vários milhões de dólares a partir de concessões de mineração e queria transferir esse dinheiro discretamente para os Estados Unidos para comprar um jato particular, um iate ou uma casa.

"Criamos deliberadamente uma situação que dava origem à suspeita", explica a Global Witness em seu site.

Todos os advogados, exceto um, foram benevolentes e sugeriram a criação de empresas de fachada nos Estados Unidos, a fim de ocultar o patrimônio do ministro, assegurou a organização.

"Você cria uma empresa em Delaware que será dona do bem imobiliário", declarou um deles nessas conversas filmadas sem seu conhecimento e que a Global Witness publicou na internet.

Vários estados americanos, incluindo Delaware, oferecem a possibilidade de criar empresas de fachada sem que o nome do beneficiário final seja conhecido ou comunicado às autoridades.

"Este é um dos lugares no mundo onde você pode fazer isso legalmente", afirma Global Witness.

Durante as entrevistas, muitos advogados chegaram a propor que o dinheiro do falso ministro africano fosse enviado através das contas bancárias de seus escritórios, a fim de evitar suspeitas entre as autoridades.

Apenas um deles rejeitou o falso representante. "Isso não é para mim, os meus padrões são mais elevados", declarou o advogado Jeffrey Herrmann, que também se recusou a recomendar o cliente falso a outros colegas. "Eles se sentiriam insultados", disse ele.


Justiça francesa confirma acusação do HSBC por fraude fiscal


Paris, 1 Fev 2016 (AFP) - A corte de apelações de Paris confirmou nesta segunda-feira a acusação, em abril de 2015, do banco britânico HSBC por fraude fiscal, indicaram à AFP fontes ligadas ao caso.

O HSBC foi responsabilizado por cumplicidade na ocultação de fraude fiscal e por cumplicidade em venda ilícita. Os juízes consideram que o banco não vigiou suficientemente sua filial suíça, a HSBC Private Bank, acusada de ter posto em andamento um sistema de evasão fiscal dirigido em particular a clientes franceses.

"Estamos decepcionados com o resultado do processo de apelação. Continuaremos nos defendendo vigorosamente", anunciou a HSBC Holdings Plc em um comunicado.

Em abril, os juízes financeiros impuseram uma fiança de um bilhão de euros ao HSBC, mas em junho, a quantia foi reduzida até 100 milhões de euros pela sala de instruções da corte de apelações de Paris.

Os investigadores estão convencidos de que a filial suíça do HSBC propôs entre 2006 e 2007 aos seus clientes várias operações e esquemas financeiros através de paraísos fiscais para dissimular sua renda perante o fisco. Também acreditam que ajudavam os clientes a escapar de uma diretriz europeia para tributar a renda da poupança.

O caso teve início em 2008, quando um ex-analista de sistemas do HSBC Suíça, Hervé Falciani, entregou à França arquivos roubados, que depois permitiram abrir várias investigações também na Espanha e na Bélgica, entre outros países europeus.

Há um ano, uma rede mundial de periódicos (denominada'Swissleaks') acusou o HSBC de ter escondido na Suíça, entre 2006 e 2007, cerca de 180 bilhões de euros de clientes ricos para evitar que pagassem impostos em seus respectivos países.

#Veja mais 4 empresas de lavagem de dinheiro da gangue dos Cunhas



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