247 – A reconversão do Brasil em colônia terá um capítulo importante nesta segunda-feira, quando a Casa Branca exigirá do Brasil ações concretas contra Cuba, Nicarágua e Venezuela – países que os Estados Unidos julgam fazer parte de um trio de tirania. Donald Trump também exige de Jair Bolsonaro ações contra o Irã e China, que é o maior parceiro comercial do Brasil. Se ceder a Trump, na prática, os Estados Unidos venderão para a China o que hoje é vendido pelo Brasil, causando prejuízos bilionários ao agronegócio que já se arrepende de ter apoiado um projeto de Brasil Colônia.
Bolsonaro nos EUA: entrega tudo e não pede nada
"O Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, receberá na manhã desta segunda-feira na Casa Branca o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno. Na pauta dos homens fortes dos governos americano e brasileiro estarão Venezuela, Nicarágua, Cuba, China e Irã. A reunião, que terá a participação do assessor internacional da Presidência, Filipe Martins, servirá como um preparatório para o encontro dos presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro na terça-feira",informa a jornalista Jussara Soares, do Globo. "Na prática, os Estados Unidos querem o comprometimento do Brasil em ações efetivas contra Venezuela, Nicarágua e Cuba. O conselheiro de Segurança da Casa Branca classifica o trio como como a 'troika da tirania' na América Latina."
"As relações comerciais com a China também estarão na pauta. Os americanos tentam atrair o apoio de Bolsonaro na guerra comercial contra os chineses, para que o país oriental tenha menos influência na América Latina. A China, no entanto, é o principal parceiro comercial do Brasil", aponta a jornalista.
Sputnik - O presidente brasileiro Jair Bolsonaro assinou um acordo nesta segunda-feira para abrir uma base para o lançamento de satélites aos EUA, enquanto apelava por relações calorosas com Donald Trump em uma visita a Washington.
Sputnik - O presidente brasileiro Jair Bolsonaro assinou um acordo nesta segunda-feira para abrir uma base para o lançamento de satélites aos EUA, enquanto apelava por relações calorosas com Donald Trump em uma visita a Washington.
O líder conservador, que se encontrará com Trump na Casa Branca nesta terça-feira, tem afinidades ideológicas com o líder dos EUA e quebrou o precedente brasileiro dirigindo-se a Washington, e não à Argentina, para sua primeira viagem oficial ao exterior.
Brasil e os EUA assinaram acordo de salvaguardas tecnológicas para permitir o uso comercial do centro de lançamento de Alcântara, no Maranhão. O acordo prevê que os EUA poderão lançar satélites e foguetes da base maranhense. O território continuará sob jurisdição brasileira.— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 18 de março de 2019
O não chancelamento deste acordo, que agora depende da aprovação do Congresso Nacional, faz há muito tempo com que o Brasil perca muito dinheiro por não explorar esta área privilegiada para realização de tal manobra de forma comercial.— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 18 de março de 2019
Promovendo uma abordagem favorável às empresas depois de mais de uma década de presidentes socialistas, Bolsonaro assinou um acordo com empresas americanas sobre salvaguardas técnicas para permitir lançamentos de satélites comerciais da base de Alcântara, no estado do Maranhão.
- "Devemos agradecer a Deus pela recente mudança de ideologia no Brasil", afirmou Bolsonaro na Câmara de Comércio dos EUA. "Queremos ter um ótimo Brasil, assim como Trump quer tornar a América ótima".
Mas o acordo precisa da aprovação do Congresso brasileiro, que bloqueou um acordo similar do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, alegando que o país perderia a soberania para os Estados Unidos.
O ministro brasileiro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, que foi o primeiro astronauta do país, comparou o status proposto de Alcântara a um hotel.
"Imagine que você trouxe a tecnologia para o seu quarto. Você tem a chave e eu, o dono do hotel, posso entrar, se necessário", declarou.
As aspirações do Brasil para Alcântara foram prejudicadas por uma explosão em 2003, na qual 21 técnicos foram mortos.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um acordo para a Ucrânia lançar equipamentos da base, mas o acerto foi encerrado, com o Brasil citando os desenvolvimentos econômicos e tecnológicos.
SÉRGIO MORO - BASE DE ALCÂNTARA
Bolsonaro nos EUA: o que o presidente brasileiro espera receber na Casa Branca? |
Bolsonaro - cujos laços estreitos com os interesses comerciais e agrícolas têm assustado os ambientalistas - disse que esperava investimentos dos EUA além da base espacial.
"Em diferentes áreas, minerais, agricultura, biodiversidade - temos imensa biodiversidade na Amazônia - gostaríamos muito de ter uma parceria com esse país que eu admiro", afirmou sobre os Estados Unidos.
Bolsonaro disse que também falaria com Trump sobre sua campanha conjunta para derrubar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
"Não podemos deixá-los do jeito que estão. Temos que libertar a nação da Venezuela. É por isso que contamos com os Estados Unidos para alcançar esse objetivo", completou.
Achei q a vergonha que passamos na ONU não seria superada.— Beta Bastos (@robertabastosn) 18 de março de 2019
Estava enganada. pic.twitter.com/QaESIJd0Qi
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