Mostrando postagens com marcador Aneel. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Aneel. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Reservatórios de hidrelétricas foram esvaziados para elevar lucros


O volume de água que entrou nos reservatórios das usinas hidrelétricas brasileiras durante o último ano é o quarto melhor ano da última década, equivalente a 51.550 MW médios. No entanto, o volume de energia produzida por hidrelétricas ficou em 47.300 MW médios, ou seja, 4.250 MW médios abaixo da quantidade de água que entrou nos reservatórios no mesmo período, o equivalente a uma usina de Belo Monte.


Reservatório vazio (foto de Fabio Rodrigues Pozzebom, ABr)

“O fato é que entrou mais água nos reservatórios (energia natural afluente) do que saiu pelas turbinas para gerar energia (vazão turbinada)”, denuncia a Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), com base em dados oficiais do Operador Nacional do Sistema (ONS).

“É falso alegar que os reservatórios estão vazios por uma suposta seca no Sudeste brasileiro”, explica o MAB em artigo. Para a entidade, o esvaziamento dos reservatórios das usinas ocorreu em plena pandemia, quando houve uma queda média de 10% no consumo nacional de eletricidade.

“Os reservatórios foram esvaziados sem que houvesse necessidade de atender a um aumento na demanda, uma vez que ela diminuiu.” Segundo o MAB, em diversas usinas, como Itaipu, a operação foi realizada “com evidente interesse de gerar escassez para explodir as tarifas. Toda essa água vertida poderia ter sido armazenada ou transformada em energia, sem aumento dos custos”.

Se algumas usinas jogaram água fora, outras foram acionadas para produzir acima da média, “principalmente as privadas, o que também levou ao esvaziamento”. “Aqui, predomina a lógica de que quanto mais vazios os lagos, mais alto é o preço”, acusa o MAB.

Sem hidreletricidade, acionam-se as termelétricas, muito mais caras. “E sabemos que, em geral, os donos das hidrelétricas também são donos das termelétricas.” Enquanto várias hidrelétricas estatais vendem energia a R$ 65/MWh, térmicas cobram acima de R$ 1 mi. A usina William Arjona (MS) foi autorizada pela Aneel a cobrar R$ 1.520,87/MWh, denuncia a entidade.

 

Chance de racionamento é de 3%

“Teremos racionamento de energia? Risco é menor do que 3%”, calculam Victor Bruke e Maira Maldonado, analistas da XP. Em relatório divulgado nesta sexta-feira, eles afirmam que, no cenário base, não veem necessidade de racionamento de energia nos próximos 12 meses.

“Embora, estimamos que os reservatórios atinjam níveis historicamente baixos (18% em novembro/2021 para o SIN consolidado), há capacidade térmica suficiente para ser utilizada e evitar medidas mais dramáticas.”

“De acordo com nossas estimativas, a probabilidade de a energia natural afluente (ENA) ficar abaixo de 50% (e portanto de termos racionamento) é de 3%”, concluem.

Matheus Albergaria, professor de Economia da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), acredita que uma possível crise hídrica causada pela seca dos reservatórios pode vir a aumentar o preço da energia.

“Se acontecer a seca dos reservatórios, poderá ocorrer um aumento no preço da energia, devido ao choque adverso de oferta. Mas esse aumento pode não ser tão pronunciado, caso ocorra maior abertura da economia. De fato, o próprio processo de abertura ao comércio internacional dependerá dos cenários político e econômico domésticos, ainda atrelados às campanhas de vacinação contra a Covid-19 nos estados e municípios brasileiros”, finaliza Albergaria.

Fonte: Monitor Mercantil


No Twitter


 

 

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Luz mais cara: bandeira 2 vermelha terá 52% de reajuste


A justificativa para o aumento é a crise hídrica que o Brasil enfrenta




 A luz vai ficar 52% mais cara. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou nesta terça-feira (29) que o valor da tarifa da bandeira 2 vermelha será reajustado em 52%.

O preço até este momento cobrado é de R$ 6,24, agora vai para R$ 9,49 pelo consumo de 100 Kw/hora.

A Aneel justifica a alta por conta da crise hídrica. Eles explicam que o Brasil enfrenta a pior estiagem dos últimos 91 anos, o que já levou ao maior acionamento de termelétricas.

O plenário do Senado, por maioria, aprovou na tarde desta quinta-feira (17) a Medida Provisória (MP) 1.031, apresentada pelo governo Bolsonaro, que permite e a privatização da Eletrobras. Ao todo, foram 42 votos a favor do texto principal da MP e 37 contrários.

Como o texto que havia sido aprovado na Câmara foi modificado pelo Senado, a proposta deverá ser analisada novamente pela outra casa legislativa em votação prevista para acontecer na próxima semana. Saiba como foi a votação na Câmara aqui.

A principal justificativa do governo ao querer privatizar a maior empresa de energia elétrica da América Latina é que isso reduziria a conta de luz, argumento que é rechaçado por entidades do setor elétrico. Levantamento divulgado em maio pela Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) aponta que a conta de luz, caso a privatização da estatal seja confirmada, vai aumentar em até 20%.

Senadores de partidos de oposição, como PT, PDT e Rede votaram contra a proposta, enquanto senadores governistas e boa parte dos parlamentares do centrão votaram a favor. Confira, na imagem abaixo, como foi a votação.


Notícias relacionadas




Rede TVT

Nesta terça-feira, 29, a Agência Nacional de Energia Elétrica , a Aneel , aprovou um reajuste de 52% na bandeira tarifária vermelha patamar 2. A cobrança passa de R$ 6,24  para

R$ 9,49 a cada 100 KWh

Assista ao VÍDEO



No Twitter


 

domingo, 13 de junho de 2021

Engenheiros da Eletrobras contestam estudo sobre redução de tarifa com MP


Associação afirma que o governo não apresentou dados suficientes sobre os benefícios da capitalização da companhia


MP da Eletrobras deve ser votada no Senado na próxima semana

A Aesel (Associação dos Engenheiros e Técnicos da Eletrobras) afirmou que o Ministério de Minas e Energia e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) não apresentaram estudos suficientes de que a capitalização da Eletrobras, estabelecida na MP (Medida Provisória) 1.031, diminuirá a tarifa de energia. Eis a íntegra.

A nota foi publicada após levantamento do Ministério de Minas e Energia afirmar que a capitalização da companhia geraria uma redução das tarifas de 6,34%. Na 5ª feira (10.jun.2021), o texto da MP foi elogiado pelo ministro Bento Albuquerque, responsável pela Pasta, e pelo presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp.

Segundo a nota da associação, a Aneel publicou em 2017 levantamento destacando que a capitalização da Eletrobras geraria “efeitos reversos”na tarifa de luz.

Afirma que a “privatização da Eletrobras, detentora de 30% da geração e 45% da transmissão, resultará na formação de oligopólio no setor elétrico brasileiro. Isso é extremamente prejudicial para o país pois concede o poder de formação de preços para poucas empresas com interesses exclusivos de lucratividade para seus acionistas”.

Segundo a Aesel, o cálculo feito pelo Ministério de Minas e Energia desconsidera uma série de fatores para chegar à conclusão de que existirá uma redução nas tarifas. Para a associação, a capitalização gera um aumento de 14% da tarifa ao consumidor.

Afirma que países desenvolvidos e emergentes, como Estados Unidos, China, Canadá e Noruega, “não abrem mão da forte presença estatal” nos setores elétricos. Criticou a separação de Itaipu e a Eletronuclear do Grupo Eletrobras. “É extremamente prejudicial pois reduz a sinergia entre as empresas, integração e economia de escala”.

Fonte: Poder360


Rede TVT

Privatização da Eletrobras agrava risco de apagão - 7 de jun. de 2021

Em entrevista ao Brasil TVT, o presidente do Sindicato dos Energéticos de São Paulo,  Carlos Alberto Alves faz um alerta para o aumento nas tarifas de luz e racionamento de energia com a capitalização da estatal.

Assista ao VÍDEO



No Twitter


 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Depois de aumento de energia, Bolsonaro pede para “apagar a luz” e tomar “banho mais rápido”

 

Salles (Meio Ambiente), Bolsonaro e Bento Albuquerque (Minas e Energia) durante live (Foto Reprodução)

Presidente também disse que governo sabia que cloroquina não tem eficácia comprovada contra Covid: “Quem sabe no futuro tenha”

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, durante sua live desta quinta-feira (3), que os brasileiros devem “apagar a luz” e “tomar banhos mais rápidos”. A “recomendação” foi dada como resposta ao aumento na tarifa de energia neste mês de dezembro.

Desde o dia 1º de dezembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a aplicação da tarifária vermelha patamar 2 nas contas de luz, a mais cara do sistema. Com isso, os consumidores vão pagar R$ 6,243 para cada 100 quilowatts-hora. Isso bem no mês em que tradicionalmente há um aumento de consumo devido às luzinhas de Natal.

Já sabendo que essa alta vai provocar críticas a seu governo, Bolsonaro falou: “Eu apago todas as luzes do Palácio ao Alvorada, não tem o por quê. Tenho certeza que você que está em casa pode apagar uma luz agora. A gente pede que apague uma luz para evitar desperdício, toma banho um pouquinho mais rápido”, disse.

Bolsonaro levou para a live, para tentar justificar a alta, seu ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O auxiliar afirmou que os níveis dos reservatórios nas usinas hidrelétricas da região Sul estão no nível mais baixo desde 2000. Essa baixa nas represas aliada ao aumento no consumo de energia foi a justificativa da Aneel para impor aos aumentos.

“Estávamos esperando as chuvas no final de outubro e começo de novembro, mas não vieram. Acho que estão sinalizando para os próximos dias uma chuva”, afirmou Bolsonaro.

Cloroquina

Bolsonaro retomou o tema da Covid, e disse que, apesar de sempre ter defendido o uso da cloroquina e hidroxicoroquina no tratamento da Covid-19, sabia que o medicamento não tinha eficácia comprovada.

“Sabemos que não tem eficácia comprovada para esse fim. Quem sabe no futuro tenha?”, afirmou.

Fonte: Revista Fórum


Comentários Facebook