A mídia, naturalmente, tentou esconder. Mas está lá.
O relatório Panorama Econômico Mundial, divulgado hoje pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), atribui a recessão econômica do Brasil à "incerteza política em meio às sequelas ininterruptas da investigação na Petrobras".
Em espanhol, o texto diz o seguinte: " En términos de la composición por países, las revisiones pueden atribuirse principalmente a Brasil, cuya recesión (causada por la incertidumbre política en medio de las secuelas ininterrumpidas de la investigación de Petrobras) está demostrando ser más profunda y prolongada que lo esperado."
O FMI deveria também alinhar, como causa das incertezas políticas, não apenas a Lava Jato, mas ao golpismo da oposição, ao histerismo apocalíptico da mídia, além da militância dos ministros do TCU.
A irresponsabilidade da força-tarefa da Lava Jato, incluindo aí o justiceiro da Globo, Sergio Moro, já causou prejuízo de dezenas, quiçá centenas de bilhões de dólares ao país.
O gráfico do FMI, com a estimativa para todos os países, é este:
Enfim, a democracia brasileira experimenta, desde que foram divulgados os resultados eleitorais em outubro de 2014, uma dura prova de resistência.
O governo tem culpa no cartório, claro, porque jamais entendeu a importância da política, que foi solenemente subestimada.
Não se criou narrativas, não se produziu agendas positivas, não se usou o poder da palavra e da semiótica para fazer um contraponto, elegante, necessário, à demolição diária da imagem da presidenta e do governo. ( O Cafezinho ).
Vejam o cúmulo da insensatez; Quem realmente deve algo e deveria ser investigado a fundo, esta aí solto e dono de um Apartamento em Paris de mais de ( 11 Milhões de Euros ).
Governo FHC recebeu propina de US$ #FHC100milhoes , corrigido em valores atuais seria R$ 1 bilhão denuncia Nestor Cerveró na compra da Perez Companc pela Petrobras.
Governo FHC recebeu propina de US$ #FHC100milhoes , corrigido em valores atuais seria R$ 1 bilhão denuncia Nestor Cerveró na compra da Perez Companc pela Petrobras.
Prejuízo da Petrobras é barulho para enganar trouxa. Empresa opera com alto lucro.
Com seu ódio mortal à Petrobras, a imprensa brasileira faz um carnaval com o balanço negativo em R$ 3,75 bilhões da Petrobras do terceiro trimestre do ano. Um bilhão de dólares, em números redondos.
Foi um desastre?
Absolutamente não. Tanto que o mercado “after hours” de Wall Street apresenta, no instante em que escrevo, uma alta de 1,5% no valor das ADRs (equivalentes a ações) da empresa, nos EUA.
Mas eles deixam de lado o dado que mostra a saúde da empresa: nos nove primeiros meses do ano o lucro operacional da empresa – o que ela ganha menos o que gasta para funcionar, excluído os pagamentos de financiamentos, subiu 149%.
Os investidores americanos não são bobos como os nossos editores de economia.
A Petrobras saiu-se melhor do que muitas das suas concorrentes no trimestre.
A Shell, por exemplo, teve um prejuízo seis vezes maior – US$ 6,1 bilhões – e seus investidoresbateram palmas, porque ela fez isso assumindo os prejuízos por maus negócios, como o da fracassada exploração no Ártico.
Depois, o resultado veio absolutamente dentro do que estava, já, “precificado” pelo mercado, por conta da desvalorização cambial e da persistência dos preços deprimidos do petróleo: as previsões variavam de um resultado contábil negativo entre US$ 0,5 e US$ 1,8 bilhão. E considerando que a empresa teve despesas extraordinárias de US$ 0,8 bi com a quitação de seus débitos ficais (que foram parcelados, com o pagamento de uma “entrada”) o resultado foi bem próximo de zero.
E seria de lucro, e lucro alto se a empresa não tivesse as pesadas dívidas que tem,
Por que?
Porque as dívidas da Petrobras são em dólar e o dólar, entre o primeiro dia de julho e o último de setembro subiu mais de 26%.
E porque a Petrobras deve tanto? Por causa das roubalheiras de Costa & Companhia por lá? Nem de longe. Eles são ladrões, roubaram uma fortuna que nós, mortais, nem conseguimos imaginar mas, perto do que a Petrobras investia e investe, não tapa nem o buraco da cárie.
A Petrobras deve porque está desenvolvendo o maior projeto exploratório de petróleo no mundo que, se é rentável ao extremo, também exige gastos imensos: cada uma das dezenas de sondas, por exemplo, tem um custo de arrendamento que, na cotação de hoje, é de US$ 518 mil por dia!
E tem de gastar, porque, do contrário, o Brasil terá de entregar seu maior tesouro mineral ao saque internacional.
Parece claro, claríssimo, que à Petrobras não falta senão um processo de estruturação de sua dívida, talvez por um tipo de securitização que encontre, em agentes financeiros internacionais voltados para o fomento econômico, a estabilidade pelo alongamento dos créditos e sua garantia em equivalente-petróleo, porque é um negócio sem risco de xabu a exploração de nosso pré-sal.
Mais cedo ou mais tarde, é o que ocorrerá, se houve lucidez e coragem. É muito melhor que ir vendendo, picados, ativos lucrativos da empresa e fazendo a política de “suspende pagamento” que arruina a indústria nacional voltada para a cadeira de petróleo, sobretudo a naval. ( Tijolaço )
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