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terça-feira, 2 de março de 2021

Justiça de MG autoriza idoso a plantar maconha em casa


Homem de 80 anos, que teve um AVC e sofre de câncer, já havia obtido autorização da Anvisa para usar óleo de cannabis em seu tratamento, mas ele não tem condições de arcar com os custos do medicamento



 O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) concedeu a um idoso de 80 anos autorização para plantar maconha e extrair óleo das plantas, em sua casa, para fins medicinais.

A decisão foi proferida em caráter liminar, na última quarta-feira (24), pelo desembargador Nelson Missias de Morais, da 2ª Câmara Criminal do TJ-MG, e o processo corre sob segredo de Justiça.

Com a saúde debilitada, o idoso teve um AVC em 2017 que o deixou com sequelas cognitivas e, posteriormente, sofreu tromboembolismo devido à arritmia cardíaca e foi diagnosticado com câncer. 

Necessitando de cuidados constantes, o homem já havia conseguido junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para importar e comprar o óleo de cannabis que foi utilizado, durante algum tempo, em seu tratamento, e que fez o paciente apresentar melhoras significativas em seu quadro clínico. O idoso e sua família, no entanto, não têm condições de arcar com os altos custos do medicamento.

Leia também: Decisão da Anvisa sobre maconha medicinal divide opiniões nas redes

“Se, por um lado, é dever do Estado garantir o direito à saúde a todos, por outro é manifesta sua ineficiência no atendimento integral, sobretudo quando se trata de medicamento de alto custo, cujo fornecimento, por vezes, depende de judicialização da demanda, sem contar todas as dificuldades encontradas na fase de cumprimento da sentença”, escreveu o desembargador ao proferir sua decisão.

“Diante da grave situação clínica do paciente, vejo que a alternativa mais célere a trazer conforto e dignidade a quem se encontra em estágio terminal é mesmo a permissão para o plantio e cultivo da maconha, a fim exclusivamente de extração do óleo para fins medicinais”, completou o magistrado.

Pela decisão liminar, o idoso fica autorizado a plantar, extrair e consumir o óleo de maconha em sua casa, com a ajuda de sua filha,

Pela decisão liminar, o idoso fica autorizado a plantar, extrair e consumir o óleo de maconha em sua casa, com a ajuda de sua filha, “em quantidade estritamente necessária para dar continuidade a seu tratamento”. A erva não poderá ser repassada para terceiros.

*Com informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG)

Fonte: Revista Fórum


Monja Coen

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Papel de Marisa era central no PT e no governo, diz biógrafo da ex-primeira-dama


Livro será lançado na semana em que a morte de Marisa completa três anos



Nesta segunda-feira (3), completam-se três anos da morte de Marisa Letícia por AVC - Ricardo Stuckert

Marisa Letícia Lula da Silva desempenhou um papel central desde a criação do Partido dos Trabalhadores (PT), em 1980, até os anos em que ocupou o Palácio do Planalto ao lado do ex-presidente Lula nos anos de governo que duraram de 2003 até 2009. Essa é a visão de Camilo Vannuchi, jornalista e escritor, autor da biografia da ex-primeira-dama do Brasil, Marisa Letícia Lula da Silva, que será lançada nesta quarta-feira (5) pela editora Alameda, em evento na sede do PT em São Bernardo do Campo. 

Segundo Vannuchi, o livro não apenas funciona como uma biografia que percorre toda a trajetória de Marisa, desde sua infância até sua morte por um AVC em 3 de fevereiro de 2017, mas também busca ressaltar o protagonismo da ex-primeira-dama em decisões políticas tanto dentro do partido como no governo.

"A Marisa foi a principal conselheira do Lula nesses 40 anos de relacionamento. Há episódios em que o Lula saía de alguma reunião, fosse no PT, no Planalto ou no Instituto [Lula] com uma decisão tomada, mas que no dia seguinte, voltava tendo mudado de ideia por coisas que eles conversavam à noite", disse o autor.

Em entrevista ao Opera Mundi, o biógrafo de Marisa afirmou que a maior dificuldade ao escrever o livro foi manter Lula fora dos holofotes e permanecer fiel à ideia de escrever um livro sobre a ex-primeira-dama. "Em alguns momentos eu pensei em fazer um livro sobre a história do casal, da militância deles como casal. Mas a opção foi contar a história da Marisa junto com a história do Brasil, do sindicalismo e da redemocratização pelo olhar da Marisa. De como ela participou e enxergou esses processos", disse.

Vannuchi ainda destaca que Marisa passou por transformações após a vitória eleitoral de Lula em 2002, quando a circunstância política "exigiu dela uma postura pública". "Ela teve, em 2002, uma mudança marcante. Ela substituiu Lula muitas vezes durante a campanha. Pela primeira vez ela se tornou personagem, participou do programa eleitoral, mudou o cabelo, as roupas e, após a vitória, passou a ter assessoria de imprensa e cumprir uma agenda de eventos", afirmou o autor.


Últimos momentos


O livro de Vannuchi ainda traz os últimos momentos da vida da ex-primeira-dama, já envolvida no clima de perseguição que a Operação Lava Jato ajudou a fomentar contra o PT e contra Lula. Segundo o autor, esse cenário jurídico e midiático pode ter contribuído para a morte de Marisa. "Ela passou a fumar mais, comer mal, beber um pouco mais. Um mês antes de ela ter o AVC, ela estava bastante ansiosa, falando 'não deixem fazer o que eles estão fazendo com minha família'. Então a sensação que eu tenho como biógrafo é que [a Lava Jato] teve influência sim", disse.

Ainda segundo o autor, a reclusão que o casal se submeteu nos últimos meses antes da morte de Marisa, também pode ter contribuído para um quadro de saúde frágil. "A construção do ódio contra o PT, na imprensa e na sociedade, vem de muito antes. Isso junto com a Lava Jato ajudou para colocar Lula e Marisa numa vida reclusa", afirmou.

Assista ao VÍDEO


Fonte: Brasil de Fato


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