'Sua saúde está piorando, fisicamente e mentalmente', disse Stella Assange; jornalista expôs crimes de guerra dos EUA
Stella Assange, esposa do ativista Julian Assange, alertou
que o fundador do Wikileaks "morrerá" caso seja extraditado para os
Estados Unidos, onde deve ser julgado sob a acusação de espionagem, o que pode
levar a uma condenação a 175 anos de prisão.
"Sua saúde está piorando, fisicamente e mentalmente.
Sua vida está em perigo a cada dia que ele permanece na prisão e se for
extraditado, ele morrerá", disse Stella Assange em uma coletiva de
imprensa na capital britânica. O fundador do Wikileaks está há quatro anos
na prisão de alta segurança de Belmarsh, a leste de Londres.
Esse não é o primeiro alerta sobre o risco de vida implicado
na extradição de Assange. Em setembro de 2020, o psiquiatra Michael Kopelman,
que testemunhou o julgamento do jornalista em Londres, afirmou que o fundador
do Wikileaks corre “risco muito alto” de suicídio se for extraditado.
Ao longo de 20 exames feitos em Assange, Kopelman disse que
o paciente reclamou de ouvir vozes e música imaginárias enquanto estava detido
na prisão de alta segurança de Belmarsh, no sudoeste da capital
inglesa. Segundo o psiquiatra, há evidências de que Assange tem “depressão
severa” e “sintomas psicóticos”, o que lhe causavam alucinações auditivas,
entre outros sintomas.
Os impulsos suicidas de Assange "surgem de fatores
clínicos, mas é a iminência da extradição que desencadeará a tentativa",
acrescentou Kopelman na ocasião, alertando que "ele se deteriorará
substancialmente" se extraditado.
Última chance para evitar a extradição no Reino Unido
O Tribunal Superior de Justiça de Londres examinará na
próxima semana, terça e quarta-feira, um novo recurso do australiano contra sua
extradição para os Estados Unidos, onde está sendo processado por vazamento em
massa de documentos confidenciais que indicavam crimes de guerra cometidos
pelos estadunidenses.
Dois juízes britânicos irão examinar a decisão do Tribunal
Superior de Justiça de Londres, tomada em 6 de junho, de negar a Assange a
permissão para recorrer de sua extradição para os Estados Unidos, aceita em
junho de 2022 pelo governo britânico.
Se Assange falhar nesta última tentativa perante a justiça
britânica, ele terá esgotado todas as vias de recurso no Reino Unido. No
entanto, um último recurso ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH)
"ainda é possível", afirmou o grupo de apoio "Free Assange"
em um comunicado divulgado em dezembro.
do país norte-americano, especialmente no Iraque e no
Afeganistão. Ele foi detido pela polícia britânica em 2019, após sete anos
confinado na embaixada do Equador em Londres, onde se refugiou para evitar
extradição para a Suécia.
Edição: Lucas Estanislau
‘Sua saúde está piorando, física e mentalmente’ 🔴
— Brasil de Fato (@brasildefato) February 15, 2024
Stella Assange, esposa do ativista Julian Assange, alertou que ele "morrerá" caso seja extraditado para os EUA para ser julgado sob a acusação de espionagem, o que pode levá-lo a uma condenação de 175 anos de prisão.
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Fonte: Brasil de Fato
NOCAUTE - Blog do Fernando Morais
Assange: o Brasil é o país mais espionado pelos EUA e na
América Latina -