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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

EUA contrabandeiam petróleo para fora da Síria durante a noite em 35 caminhões-cisterna, diz mídia

A região do nordeste da Síria contém a maior parte das reservas de petróleo do país e é também o território onde a maioria das tropas dos EUA está concentrada.

Damasco tem repetidamente acusado as forças dos EUA e seus aliados curdos de roubar o petróleo do país, com as informações da inteligência confirmando todos os meses o envio de petróleo avaliado em dezenas de milhões de dólares.

  • Um comboio de 35 caminhões-cisterna saiu da região de Jazira, no nordeste da Síria, para fora do país, seguindo na direção do norte do Iraqueinforma a agência estatal SANA citando fontes locais. O comboio alegadamente saiu da província de Al-Hasakah na quarta-feira (23) à noite.

Junto com a exportação ilegal de petróleo sírio, as forças dos EUA teriam trazido seis veículos militares transportando 50 soldados do Iraque para a Síria, reforçando a presença das forças dos EUA no aeroporto improvisado de Kharab al-Jeer, no nordeste da província de Al-Hasakah.

Protestos contra presença dos EUA

Nesta quinta-feira (24), os residentes do povoado de Tal Sateeh saíram às ruas na zona rural de Qamishli levando consigo bandeiras nacionais, retratos do presidente da Síria, Bashar Assad, e cartazes exigindo que tanto as forças turcas como as forças de "ocupação sionista dos EUA" se retirassem imediatamente da região e parassem com a pilhagem dos recursos de suas terras, tais como petróleo e trigo, escreve agência.

 

Pessoas do povoado de Tal Sateeh na zona rural de Qamishli, Hasakah, organizaram um comício contra a ocupação dos EUA e da Turquia, apelando aos dois ocupantes a saírem da Síria.

Os protestos da população local se intensificaram no mês passado após o assassinato de um soldado do Exército sírio em um posto de controle perto de povoação de Tal al-Zahab. 

Fonte: Sputnik Brasil


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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Turquia provoca risco de guerra com participação do Irã e Rússia



A Turquia encontra-se na situação de impasse, o Ocidente não lhe garante apoio e há o risco potencial de uma guerra com participação do Irã e “o que é ainda pior, da Rússia”, disse à RIA Novosti nesta segunda-feira (15) o presidente do Comitê Internacional do Conselho da Federação da Rússia, Konstantin Kosachev.


“As ações da Turquia são em muitos aspetos explicadas pela situação de impasse no qual se encontram as suas autoridades. O impasse foi provocado pelo fracasso do objetivo principal – a derrubada do regime de Assad e a opressão da população curda daquele país. O primeiro objetivo não é declarado como principal pelos aliados ocidentais de Ancara e o segundo nunca o chegou a ser para eles”, sublinhou Kosachev. Em vez do regime pode cair Aleppo (que está nas mãos de militantes neste momento) e “isto significará a retirada prática da Turquia para fora do processo sírio”, acrescentou.
Segundo Kosachev, as autoridades turcas podem nestas circunstâncias elevar drasticamente a parada e realizar uma agressão direta com apoio saudita.


“Mas a Turquia deve saber que não lhe está garantido apoio do Ocidente (eles apostam em negociações e um agravamento não lhes convém); há risco de haver uma verdadeira guerra — com a participação potencial do Irã e,o que é ainda pior, da Rússia, que já provou as suas capacidades, assim como a prontidão e possibilidade de as usar”, sublinhou o presidente do Comitê Internacional do Conselho da Federação da Rússia (câmara alta do parlamento russo).


Além disso, o exército da Síria, apoiado pela Rússia, terá todos os motivos de prestar pleno apoio a todas as forças que se venham a opor à agressão turca. Em primeiro lugar, trata-se dos curdos, que são provavelmente o jogador mais potente na zona da potencial ofensiva turca, opina Kosachev.

“Se se der armas aos curdos… as suas forças se transformarão em um obstáculo sério aos planos da Turquia até sem intervenção direta da Rússia – com a sua própria guerra de guerrilha no leste da Turquia”, opina o parlamentar.

“É errado pensar que a lógica leva inevitavelmente à guerra. Mas, infelizmente, muito (senão tudo) depende de até onde Erdogan está disposto a levar a Turquia. E isto é o mais perigoso porque a situação depende em 90 por cento do fator subjetivo de uma figura (ed: Erdogan)”, explicou Kosachev acrescentando que há pela frente um trabalho difícil tanto ao nível diplomático quanto militar para persuadir a Erdogan a não atravessar esta linha perigosa.


Lembramos que, no dia 24 de novembro, um caça F-16 turco abateu um bombardeiro Su-24 russo com dois pilotos a bordo no espaço aéreo sírio quando este regressava à base de uma operação antiterrorista. Na ocasião, Ancara alegou que a aeronave russa havia entrado no espaço aéreo da Turquia. Tanto o Estado-Maior russo quando o Comando de Defesa Aérea da Síria confirmaram que o jato russo nunca esteve no espaço aéreo da Turquia. As relações russo-turcas se deterioraram na sequência do abatimento do avião russo.

Nas últimas semanas o Ministério da Defesa da Rússia manifestou suspeitas de que a Turquia possa estar realizando preparativos para invadir a Síria, alegando grande concentração de material bélico turco perto da fronteira com este último país.

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