quinta-feira, 24 de novembro de 2016

A lava jato foi a "ponta de lança" para o golpe e o roubo das riquezas do Brasil




A excelente matéria da repórter Cíntia Alves do GGN pode trazer a tona uma questão que intriga qualquer brasileiro ou brasileira que se debruça sobre os efeitos colaterais da Lava-jato: como pode a justiça do país deixar quebrar a indústria nacional tão facilmente.

Os impactos da operação anticorrupção mais famosa da nossa história - com o espetáculo midiático tão pesado seria difícil não sê-la - causaram, no mínimo, um déficit de 140 bilhões de reais, ou 2,5% do PIB, segundo estudo do “insuspeito” tucano Gesner Oliveira.

E a resposta para o porque da Força Tarefa da Operação não ter ligado muito para a quebra da indústria nacional, desde empreiteiras até micro e pequenas empresas indiretamente com tamanha queda do PIB, esta bem clara no documento (oficial!) que o Wikileaks revelou aos brasileiros em 2009.

Segundo a então diretora relações internacionais da Exxon Mobile, Carla Lacerda: “Petrobrás terá todo controle sobre a compra de equipamentos, tecnologia e a contratação de pessoal, o que poderia prejudicar os fornecedores americanos.”

Repetindo: poderia prejudicar os fornecedores americanos!

Ou seja, com o Pré-Sal e a Lei da Partilha original - que o entreguista do Temer conseguiu alterar na câmara - os fornecedores americanos se sentiram ameaçados e implementaram um Lobby pesado no Senado para acompanhar os trâmites sobre as regras da exploração de águas ultra-profundas. O consulado americano, inclusive, definiu a estratégia de “recrutar novos parceiros para trabalhar no Senado, buscando aprovar emendas essenciais na lei, assim como empurrar a decisão para depois das eleições de outubro” [na época, a esperança era a vitória do Serra em 2010 para mudar a lei].



Pois bem, qual o primeiro projeto do José Serra, citado no telegrama, quando virou senador pelo estado de São Paulo em 2014? Mudar, justamente, as regras da Lei da Partilha que contrariavam as petrolíferas internacionais no telegrama.

Bom, Carla Lacerda, da Chevron, disse em 2009 que “Eles [governo Lula] são os profissionais e nós [lobistas das empresas de petróleo] somos os amadores”.

Parece que as empresas aprenderam direitinho que a joia rara do lobby estava mesmo era no judiciário, pois o legislativo não tem muita credibilidade para trabalhar temas escancaradamente entreguistas contra uma figura da popularidade do ex-presidente Lula.

Assim, Moro e o Ministério Público quebraram a indústria nacional e abram caminho para que os fornecedores americanos pudessem lucrar com o mercado nacional (tem dúvidas? Então veja com carinho que a GE Oil &Gás comprou a Baker Hughes numa operação bilionária em plena crise).

O Tio-Sam usou o Serra enquanto pode, mas se “profissionalizou”  e apostou as fichas mesmo em Moro e Dallagnol para destruir o capital produtivo do país e abrir as portas para as multinacionais estrangeiras continuarem a abusar  do Brasil e impedir que nossa soberania nacional nos fizesse protagonistas no mercado mundial para que continuemos como uma mera colônia a ser explorada pela elite mundial.

A Chrevon de Lacerda aprendeu, afinal, que não deveria ser amadora, pois não há espaço no Brasil para tais pessoas.




Lava Jato e cooperação norte-americana


 A Lava Jato irrompe em meados de março de 2014, a partir de uma interceptação de esquema ilegal do doleiro Alberto Yousseff, que desencadeou a operação que iria apurar irregularidades na gestão da Petrobrás, o que acabou por tornar-se ao longo do tempo em uma operação política contra o Partido dos Trabalhadores, Lula e Dilma.

A Lava Jato tem uma colaboração Jurídica norte-americana para investigar a Petrobrás, “cooperação” entre aspas, que na geopolítica poderia ser considerado como entregar aos americanos, informações comerciais, estratégicas e também uma cooptação maior do Estado Norte-Americano e seu objetivo político.

A tal “associação” entre Lava Jato, pode ser classificada como continuação da espionagem americana, como afirmam petroleiros [ leia aqui ] e deles tem uma influência grande no trato jurídico e político da questão da Petrobrás.

Moro e o treinamento nos EUA




Documentos do governo dos EUA vazados pelo Wikileaks revelam o treinamento de Sergio Moro e mostram como os trabalhos do juiz federal e da Lava Jato sofrem influência daquele país. O informe cita ainda assessoria externa em ‘tempo real’ para os brasileiros. Pontos a serem analisados:

Sergio Moro participou do seminário na condição de palestrante, em outubro de 2009, expondo de acordo com o telegrama recebido pelos governo dos EUA, as “15 questões mais frequentes nos casos de lavagem de dinheiro nas cortes brasileiras”. O que denota a aproximação do juiz em questão com o Departamento de Estado norte-americano.

Para os agentes do EUA envolvidos no projeto, “(…) há necessidade continuada de assegurar treinamento a juízes federais e estaduais no Brasil, e autoridades policiais para enfrentar o financiamento ilícito de conduta criminosa. (…) Idealmente, o treinamento deve ser de longo prazo e coincidir com a formação de forças-tarefa de treinamento. Dois grandes centros urbanos com suporte judicial comprovado para casos de financiamento ilícito, especialmente São Paulo, Campo Grande ou Curitiba, devem ser selecionados como locação para esse tipo de treinamento.”- Cooptação política dos mesmos operadores do direito, o que prova é a Lava Jato mirar unicamente o PT em suas “operações de fato” ( recentemente FHC passou a “ser investigado” mas o processo demora, até a defesa da mulher de Eduardo Cunha teve 4 meses para sua defesa)

" Começa o plano B dos grandes centros financeiros do mundo". Agora começa a Grande Batalha do Atlântico Sul.



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