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quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Irã emite 'notificação vermelha' contra Trump pelo assassinato do general Soleimani



 Teerã apresentou uma "notificação vermelha" à Interpol que solicita a prisão do presidente Donald Trump e outros 47 funcionários norte-americanos pelo assassinato do major-general iraniano Qassem Soleimani.

"A República Islâmica do Irã está seguindo seriamente a perseguição e o castigo daqueles que ordenaram e executaram este crime", declarou o porta-voz do Judiciário do Irã, Gholamhossein Esmaili, durante coletiva de imprensa.

Na lista também figuram 47 funcionários, entre eles altos comandos militares do Pentágono e do Comando Central dos EUA, identificados como envolvidos no bombardeio que assassinou o comandante iraniano.

Em junho, o Irã emitiu um alerta vermelho contra o líder norte-americano e outros funcionários pelo "envolvimento no assassinato e terrorismo". Na ocasião, a Interpol negou a solicitação e assegurou que sua Constituição proíbe realizar qualquer "intervenção ou atividade de caráter político, militar, religioso ou racial".

Pessoas acendem velas em homenagem ao major-general iraniano Qassem Soleimani e ao líder miliciano iraquiano Abu Mahdi al-Muhandis

Agora, as autoridades iranianas esperam que uma vez que Trump deixe o cargo, no dia 20 de janeiro, seja mais fácil obrigá-lo a enfrentar as consequências do assassinato de Soleimani.

Em uma cerimônia solene realizada pelo primeiro aniversário de morte do comandante, o chefe do poder judiciário do Irã, Ebrahim Raisi, expressou que Trump não deve ser imune devido a seu status político.


  • "Felizmente, a presidência de Trump terminou. Porém, mesmo que não tivesse terminado, seria inaceitável dizer que alguém não deveria ser responsável perante a lei devido a seu cargo administrativo", ressaltou.

A própria Interpol informa que uma notificação vermelha contra uma pessoa não pode ser comparada a uma ordem de prisão e deve passar por um processo de aprovação no país que a emitiu.

Donald Trump e parte de sua equipe na Casa Branca

"É uma solicitação às forças da ordem de todo o mundo para localizar e deter provisoriamente uma pessoa à espera de extradição, entrega ou ação judicial similar", explica a instituição.

Atualmente, há aproximadamente 62.000 notificações vermelhas em vigor, das quais aproximadamente 7.000 são de acesso público.

Soleimani foi morto em um ataque de drones ordenado pelo próprio presidente Donald Trump em 3 de janeiro de 2020, com base em supostas evidências de que o major-general planejava ataques contra as embaixadas americanas na região, apesar de nada ter sido divulgado publicamente. Poucos dias depois, o Irã retaliou com ataques contra duas bases militares iraquianas que hospedavam tropas americanas.

Fonte: Sputnik Brasil


'Dedos no gatilho': Teerã avisa que seu Exército está pronto para responder a qualquer provocação



Recentemente, o Exército iraniano conduziu seus primeiros exercícios de grande escala de dois dias, envolvendo veículos aéreos não tripulados na província de Semnan, no norte do país.

Estes exercícios de treinamento se realizaram em meio a mais um aumento das tensões entre Teerã e Washington, com o Irã aumentando sua retórica de "vingança" relacionada ao aniversário do assassinato de seu importante comandante, o major-general Qassem Soleimani, pelos EUA por ordem de Trump.

O Irã lançou assim um aviso aos EUA de que está preparado para se defender de qualquer agressão vinda das forças inimigas na região.

  • O presidente do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, o general Mohammad Baqeri, advertiu na terça-feira (5) que as Forças Armadas do país "têm os dedos no gatilho" para responder a qualquer provocação. Também referiu que, "embora a República Islâmica do Irã não tenha intenção de realizar um ato de agressão e violação contra qualquer país vizinho, está totalmente pronta [para conter] qualquer ameaça", citado pela mídia estatal. Baqeri criticou o acumulo militar em curso pelos "militares terroristas e criminosos" dos EUA na área enquanto decorriam os exercícios em grande escala do Exército iraniano.


 

Exército do Irã inicia exercícios de drones em grande escala de dois dias, incluindo "centenas de drones de combate, vigilância, reconhecimento e guerra eletrônica". O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas, major-general Mohammad Hossein Baqeri, participou do evento em uma área desértica da província de Semnan.

Assista ao VÍDEO


Antes, o comandante da Divisão Aeroespacial do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), general de brigada Amir-Ali Hajizadeh, alertou certos países árabes da região sobre as consequências adversas da cooperação com os EUA e Israel. Em caso de cooperação com os últimos, seriam esses países árabes a sustentar a maioria dos danos em caso de uma possível guerra na região. "Se algo acontecer aqui [na região] e uma guerra estourar, não faremos distinção entre as bases americanas e os países que as hospedam", declarou Hajizadeh.

Os exercícios são uma resposta à decisão dos EUA de reverter o plano inicial de retornar o porta-aviões USS Nimitz, posicionado no golfo Pérsico, à sua base.

Fonte: Sputnik Brasil


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