Amazônia bate recorde diz Inpe em desmatamento no mês de
junho. (Foto: Vinícius Mendonça/Ibama)
No momento em que o governo brasileiro é caracterizado
interna e externamente como genocida e desmatador, Ibama terá uma drástica
redução dos recursos destinados ao combate do desmatamento na Amazônia. O
planejamento orçamentário do órgão previsto para 2021 traz um corte de 43% das
verbas
247 - O governo Bolsonaro irá cortar 43% das verbas do Ibama
para combate ao desmatamento da Amazônia. Documento prevê a destinação de R$
210 milhões ao órgão no ano que vem, valor bem inferior ao orçamento de R$
316,481 milhões destinados neste ano.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca
que “a realidade é ainda mais amarga quando observada, especificamente, a
previsão de recursos para as ações de fiscalização e combate aos incêndios
florestais, uma das práticas do Ibama que mais demandam investimentos pelo
órgão federal. Pelo plano, o valor disponibilizado para 2021 será de R$ 88,4
milhões, o que significa uma redução de 43% sobre os R$ 154,730 milhões
previstos para 2020.”
A matéria ainda sublinha que “o ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles, disse em nota à reportagem que já solicitou ao chefe da
Economia, Paulo Guedes, que o valor seja recomposto, mas "sem
sucesso". “O Ibama informa que a previsão orçamentária do Ministério do
Meio Ambiente, determinada pelo Ministério da Economia para o ano de 2021, foi
reduzida em 120 milhões de reais. Portanto, todas as áreas precisarão se
adequar ao limite imposto. O MMA solicitou à Economia, sem sucesso, a reposição
desse montante", diz nota enviada pela pasta.”
“O governo brasileiro quer liberar para que empresas
estrangeiras explorem recursos naturais e minerais dentro das terras indígenas,
o que vai promover desmatamento, degradação do solo e desaparecimento dos
rios”. Até quando?
“Vocês não podem ter essa mentalidade preconceituosa,
individualista. O que acontece aqui, na Amazônia, tem um efeito muito maior
onde vocês estão”. Nara Baré lamenta a severa destruição da floresta pelas
queimadas em 2019.
No Twitter
A prática, que já era corriqueira, tornou-se ainda mais comum com a falta de fiscalização e o desmantelamento dos órgãos ambientais. E, aí?! Continuamos deixando essa enorme ameaça para biodiversidade acontecer? pic.twitter.com/D5GpUuximO— Greenpeace Brasil (@GreenpeaceBR) August 8, 2020
É com profunda tristeza e indignação que noticiamos a morte de mais um indígena no Maranhão. Desta vez foi o povo Ka´apor que perdeu um de seus filhos, um de seus guerreiros na luta pela proteção da floresta e da vida. #PovosIndígenas https://t.co/6OcLFuYVWH— Greenpeace Brasil (@GreenpeaceBR) August 7, 2020
O sal da terra - Beto Guedes
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