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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Bolsonaro é criticado por ex-apoiadores na web; página coleta comentários






Desde que Jair Messias Bolsonaro tornou-se o 38º Presidente da República, vencendo com 55,13% dos votos o petista Fernando Haddad no 2º turno das eleições, parte do eleitorado bolsonarista mudou a tônica do “apoio incondicional” ao presidente e passou a criticá-lo abertamente em suas redes sociais.

No Brasil, o fenômeno não é inédito: figurou em parcela de partidários do PT que, decepcionados pelo escândalo do Mensalão e discordantes do rumo do Partido dos Trabalhadores à época, aderiram ao então recém-fundado Psol em 2005 e fortaleceram uma crítica interna na esquerda que, para todos os efeitos, atingiu o 2º mandato do presidente Lula e os 2 de Dilma Rousseff.

Catorze anos depois, munidos de novas ferramentas –como o Facebook, o Twitter e diversos aplicativos de mensagens instantâneas–, a política entrou de vez na boca do povo –e, mais precisamente, em seus dedos.

Dessa forma, com a emergência de acusações apontando para o círculo próximo do filho mais velho do presidente, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), os primeiros sinais de 1 “racha” no sentimento eleitoral bolsonarista apareceram peles redes.

Decisões controversas relacionadas a Bolsonaro –como a promessa de levar a embaixada brasileira em Israel para a cidade de Jerusalémou o cancelamento de uma declaração conjunta com os ministros de governo durante o Fórum Econômico Mundial– não foram perdoadas por simpatizantes do presidente.

Questionamentos, cobranças e até manifestações de arrependimento foram publicadas nos perfis do círculo próximo de Bolsonaro e mesmo nas contas oficiais do presidente.

O Poder360 vasculhou algumas páginas do Facebook e perfis do Twitter em busca de comentários (ou tweets) do eleitorado bolsonarista com críticas relacionadas ao recém-empossado governo.

A principal delas, chamada “Bolsominions Arrependidos” –1 apelido pejorativo referente aos “seguidores” do presidente–, compilou comentários de bolsonaristas decepcionados com medidas tomadas pelo novo governo.

De teor assumidamente oposicionista ao governo de Bolsonaro, o perfil está presente tanto no Twitter quanto no Facebook. Contatada pelo Poder360, a administração da página não respondeu.

Eis algumas das postagens:

























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domingo, 10 de fevereiro de 2019

10 ESCÂNDALOS EM 40 DIAS MOSTRAM A MORAL DOS BOLSONARO




O resultado não poderia ser outro: em apenas 40 dias de governo, pelo menos dez escândalos. A máscara já caiu faz tempo, e apenas os fanáticos bolsominions, aqueles que acreditam até que o planeta Terra é plano, continuam acreditando no governo.

1) CANDIDATA LARANJA

O escândalo mais novo. Luciano Bivar (PSL-PE), recém-eleito segundo vice-presidente da Câmara dos Deputados, 'criou' uma candidata laranja em Pernambuco que recebeu do partido de Boplsonaro R$ 400 mil de dinheiro público na eleição de 2018. A candidata obteve 274 votos.

2) DEPÓSITOS SUSPEITOS

O Coaf aponta pelo menos 48 depósitos suspeitos na conta do senador Flávio Bolsonaro. Não se trata de delação, mas de movimentação financeira comprovada. O filho de Jair resolveu não depor e escondeu-se mais uma vez em entrevistas com jornalistas amigos na Record e no SBT.

3) MICHELLE BOLSONARO

A mulher de Jair Bolsonaro será investigada pela Receita Federal. Precisa investigar os R$ 24 mil pagos em cheques pelo ex-assessor Fabrício Queiroz. Claro, já poderia ter dado essa explicação. Por que não o fez?

4) LARANJAS “MINEIRAS”

Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, do PSL mineiro, patrocinou um esquema de candidaturas laranjas no estado. Com isso, direcionou verbas públicas de campanha para empresas ligadas ao seu gabinete na Câmara dos Deputados. Foi exonerado, mas apenas para tomar posse como federal. Depois, como quem não quer nada, retomou o cargo.

5) A FUGA DOS QUEIROZ

Ninguém acha Queiroz nem os familiares. A menos que seja um jornalista amigo disposto a levantar a bola para o ex-assessor da família Bolsonaro. As filhas e a mulher não fora ao depoimento marcado pelo MP do Rio. Imitaram o próprio Queiroz e também o senador Flávio Bolsonaro. Quem deve, teme!

6) BC AFROUXA FISCALIZAÇÃO

O Banco Central apresentou proposta que exclui parentes de políticos da lista de monitoramento obrigatório das instituições financeiras. Medo das investigações sobre os filhos de Jair Bolsonaro? Imagina...

7) CADÊ O QUEIROZ?

Durante dias, ele sumiu, mesmo com seu nome envolvido como protagonista de escândalo financeiro de grandes proporções. A coisa ficou pior quando ficou-se sabendo que o ex-assessor dos Bolsonaro, Fabrício Queiroz, passou boa temporada escondido em Rio das Pedras, região do Rio controlada por grupos paramilitares milicianos.

8) QUEM MATOU MARIELLE?

Os Bolsonaro detestam quando alguém os associa à morte da ex-vereadora Marielle Franco. Mas a associação é obrigatória. Não bastassem as críticas à vereadora, que teve até placa de homenagem quebrada pelos bolsonarianos, a amizade que liga os Bolsonaro às milícias suspeitas pelo assassinato é grande. O atual presidente chegou a homenageá-las quando deputado.

9) CAIXA 2 SEM PERDÃO

Planilha da JBS mostra que o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, recebeu doações eleitorais via caixa dois. No ano passado, o próprio político já havia admitido ter recebido R$ 100 mil da empresa, não declarados à Justiça Eleitoral. Foi o suficiente para receber o perdão do ministro Sergio Moro...

10) ACESSO À INFORMAÇÃO, MAS NEM TANTO...

O governo Bolsonaro publicou norma que permite a comissionados do governo o sigilo secreto e ultrassecreto a dados públicos. É a lógica usada na ditadura militar: a corrupção é jogada para baixo do tapete e espalha-se a lorota de que não havia corrupção no governo...





Família Queiroz zomba da cara dos bolsominions



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