Mostrando postagens com marcador mineração. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mineração. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Garimpeiros invadem o Rio Madeira com 300 balsas para extração de ouro em terras indígenas (vídeo)


Cerca de 300 balsas foram vistas às margens do Rio Madeira (AM) em direção a terras indígenas. Extração de minério é proibida na região


Balsas de garimpo são vistas no rio Madeira (Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real)

247 - O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) está apurando denúncias de invasão do Rio Madeira, próximo à comunidade de Rosário, no município de Autazes, distante 113 quilômetros de Manaus, por garimpeiros. Em um vídeo publicado no Twitter, o perfil Fiscal do Ibama mostra cerca de 300 balsas e dragas descendo o rio em direção a terras indígenas para a extração ilegal de ouro. (veja o vídeo ao final da reportagem)

De acordo com reportagem do G1, as embarcações começaram a chegar ao local há cerca de 15 dias, quando surgiu a informação de que havia ouro na região.

O rio Madeira percorre cerca de 3.300 km desde sua nascente na Bolívia através da floresta no Brasil até desaguar no rio Amazonas.

As balsas de dragagem navegaram rio abaixo da área de Humaitá, onde houve um aumento na extração ilegal de ouro, e foram vistas pela última vez a cerca de 650 quilômetros de distância em Autazes, um município a sudeste de Manaus.

Em entrevista à Reuters, uma porta-voz do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) disse que a dragagem ilegal no rio Madeira não é responsabilidade do governo federal, mas do Estado do Amazonas e do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).

O chefe do Ipaam, Juliano Valente, disse que seu órgão instruiu as forças de segurança estaduais a agirem, mas insistiu que o rio é de jurisdição federal e que a fiscalização cabe à Polícia Federal e à Agência Nacional de Mineração (ANM).

A Polícia Federal e a ANM não responderam de imediato a pedidos de comentário.

Em nota, o Ipaam afirma que além da extração ilegal outros crimes estão sendo cometidos. “Em atividades como a citada, pode haver outras possíveis ilegalidades que devem ser investigadas, tais como: mão de obra escrava; tráfico; contrabando; problemas com a Capitania dos Portos. E, ainda, de ordem econômica, social e fiscal, o que requer o envolvimento de diversas forças para um enfrentamento efetivo do problema”, lista o comunicado.

O texto informa, também, que atividades de exploração mineral naquela região não estão licenciadas, portanto, se existindo de fato, são irregulares.


Leia a nota na íntegra: 

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) informa que tomou conhecimento das denúncias sobre a movimentação de dragas (balsas) de garimpo na região entre os municípios de Autazes e Nova Olinda do Norte, e que será feito um diagnóstico apurando a real situação no local.

O Ipaam informa, também, que atividades de exploração mineral naquela região não estão licenciadas, portanto, se existindo de fato, são irregulares.

Vale ressaltar que há competência de órgãos federais na referida situação, considerando a Lei Federal Complementar 140/201, que trata sobre as ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas.

O Instituto também destaca que, em atividades como a citada, pode haver outras possíveis ilegalidades que devem ser investigadas, tais como: mão de obra escrava; tráfico; contrabando; problemas com a Capitania dos Portos. E, ainda, de ordem econômica, social e fiscal, o que requer o envolvimento de diversas forças para um enfrentamento efetivo do problema.

Desta forma, o Ipaam está buscando informações, com intuito de planejar e realizar as devidas ações no âmbito de sua competência, integrado aos demais órgãos estaduais e federais.

Veja o vídeo: 



 UOL

As balsas equipadas com bombas de água são amarradas juntas em filas que quase atravessam o rio Madeira.

Assista ao VÍDEO


sábado, 21 de agosto de 2021

Governo brasileiro promove transição energética para muito pior


Anúncio de programa que incentiva uso de carvão mineral pelo Ministério de Minas e Energia significa retrocesso brutal em tempos de crise climática


Ativistas do Greenpeace Brasil pedindo que o governo brasileiro se comprometa com o fim das usinas a carvão, em frente à termelétrica de Candiota (RS), em 2018. © Marlon Marinho / Caio Paganotti / Greenpeace

No mesmo dia (09/08) em que foi lançado o 6º relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que alertou o mundo sobre a urgência de ações concretas e imediatas para conter as mudanças climáticas e de que é inequívoca a influência das ações humanas no aquecimento global – especialmente com a queima de combustíveis fósseis, o governo brasileiro publicou o detalhamento do Programa para Uso Sustentável do Carvão Mineral Nacional, que prevê o fomento do setor de carvão mineral. 

A proposta promove uma política de estímulo à aquisição de equipamentos de mineração e pesquisa para o setor, além de vantagens fiscais para atrair até 20 bilhões de reais em investimentos nos próximos 10 anos para a fonte de energia que mais polui o mundo.

Segundo o IPCC, a concentração de CO2 na atmosfera já é a mais alta dos últimos 2 milhões de anos. É nesse contexto que o governo do Brasil, país que não depende do carvão para geração de eletricidade e que tem entre as melhores condições de geração de energia limpa e renovável do planeta, propõe um programa de incentivo ao carvão, enquanto vários países do mundo já buscam formas de se livrar desse mal.

Em 2017, 19 países que dependem mais do carvão do que nós, anunciaram uma aliança pelo encerramento de seus programas a carvão até 2030, entre eles Reino Unido, França, Canadá, Portugal e México. Em 2018 foi a vez do Chile, em que o mineral responde por 35% da geração elétrica. Este período serve para que os países desenvolvam estratégias para promover uma transição energética justa, ou seja, um plano de ação para promover outras fontes de renda às populações das regiões carboníferas, inclusive com o fomento à geração de energias renováveis nessas localidades. 

É este debate que deveria estar na mesa, em especial nas cidades do sul do Brasil onde hoje está a maior parte das usinas de geração termelétrica a carvão. No entanto, ao invés de olhar para os diversos potenciais e o futuro dessas comunidades, investindo na transição justa, o governo insiste em um modelo fadado ao fracasso, tanto financeiro como climático. E os impactos quem sente é o povo brasileiro, no bolso e na vida.

Fonte: Greenpace Brasil


sábado, 22 de agosto de 2020

FAB levou garimpeiros ilegais para reunião com Salles em Brasília, diz MPF


(Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real | Ascom/Semas | José Cruz/Agência Brasil)

Aeronaves deveriam ter sido usadas para apoiar operação do Ibama de combate ao crime em terras indígenas Munduruku, que acabou suspensa pela Defesa


247 - O Ministério Público Federal no Pará (MPF-PA) instaurou inquérito para investigar o transporte ilegal de garimpeiros em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB), no início deste mês.

No início de agosto, o Ibama pediu aviões da FAB para apoiar uma operação de combate a garimpos ilegais nas dentro das terras indígenas Munduruku e Sai Cinza, Jacareacanga, no extremo sudoeste do Pará. Mas a operação foi suspensa pelo Ministério da Defesa.

A investigação teve como base um documento da FAB que confirma o envio do avião a Jacareacanga (PA) no dia 6 de agosto para transportar lideranças indígenas até a capital federal para uma reunião com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

Lideranças do povo indígena munduruku, contudo, informaram ao Ministério Público Federal que as pessoas transportadas na aeronave até Brasília para se encontrar com Salles não representavam o povo indígena. Na verdade, a caravana seria formada por sete moradores que ‘só representam os garimpeiros’ e ‘quiseram ultrapassar as lidenraças, caciques e associação Pusuruk’, a entidade formada pelos líderes munduruku.

“Verificam-se, no presente caso, fortes indícios de desvio de finalidade na utilização de aeronaves da Força Aérea Brasileira, as quais, a princípio, deveriam ser destinadas para efetividade da Operação Verde Brasil 2 no combate à mineração ilegal”, diz o procurador Paulo de Tarso Moreira Oliveira, em despacho para instauração de investigação.


No Twitter




 Greenpeace Brasil

“Para nós, a mineração representa uma fatalidade. É um projeto de morte da vida dos povos indígenas”. Sônia Guajajara traz os severos impactos desta atividade nos territórios ancestrais.

Comentários Facebook