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sábado, 20 de abril de 2024

Israel já superou Hitler após matar mais de 14 mil crianças em Gaza, diz Erdogan


O alto responsável reiterou seu apoio ao Hamas, que vê como lutando contra a injustiça israelense, e o comparou com a Guerra da Independência da Turquia (1919-1923)


© AFP 2023 / Adem Altan

Israel já superou o líder nazista Adolf Hitler após matar mais de 14 mil crianças inocentes em Gaza, disse na quarta-feira (17) o presidente da Turquia.

O líder turco disse que Israel está realizando massacres que são marcas de vergonha na história da humanidade com o apoio incondicional do Ocidente, tanto em Gaza quanto na Cisjordânia.

Falando durante uma reunião do grupo do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, na sigla em turco) no parlamento turco, Recep Tayyip Erdogan contou que há 15 anos, no Fórum Econômico Mundial de 2009 em Davos, na Suíça, ele desafiou a liderança israelense e sua opressão dos palestinos, no célebre episódio "Um minuto!", apontando:

"Quando ninguém mais quis falar, nós nos levantamos e dissemos: 'O Hamas não é uma organização terrorista, mas um grupo de resistência'. Apresentamos mapas na ONU mostrando como Israel ocupou gradualmente as terras da Palestina nos últimos 70 anos", acrescentou.


Turquia aplica 1ª vasta restrição
comercial contra Israel por Gaza;
Berlim nega 'ajudar genocídio'

"Apoiamos nossos irmãos e irmãs palestinos de todas as formas, especialmente nos momentos mais difíceis. Mobilizamos todos os nossos recursos para a Palestina, para o povo oprimido de Gaza", sublinhou ele.

Segundo ele, "há um preço a pagar por dizer isso", e comparou a luta do Hamas com a Guerra da Independência da Turquia há mais de 100 anos.


"Enquanto Deus me conceder a vida, continuarei defendendo a luta da Palestina e serei a voz do povo palestino oprimido", acrescentou Erdogan.

 

Erdogan reiterou a determinação da Turquia de defender corajosamente a luta da Palestina pela independência em toda e qualquer circunstância.

Em 2009, durante um painel de discussão no Fórum Econômico Mundial em Davos, Erdogan se recusou a ser interrompido pelo moderador, o colunista do Washington Post David Ignatius, ao tentar responder às justificativas do então presidente israelense Shimon Peres. "Um minuto... Um minuto... um minuto", disse Erdogan a Ignatius, dirigindo-se depois a Peres.


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Fonte: Sputnik Brasil


Torah Judaism: Judeus Unidos Contra o Sionismo.


Torah Israel é o atual estado nazista.

Netanyahu é hoje o Hitler e o assassino de bebês.


 

Israel é o atual estado nazista.

Netanyahu é hoje o Hitler e o assassino de bebês.

Israel não é um estado judeu.



Crianças judias queimaram coletivamente dezenas de bandeiras israelenses no bairro judeu de Mea Shearim, em Jerusalém, capital da Palestina.

Israel não é um estado judeu.

Israel não é o estado dos judeus.



Geopolítica 01

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segunda-feira, 15 de abril de 2024

MEMORANDO VAZADO DO NYT SOBRE GAZA DIZ AOS JORNALISTAS PARA EVITAREM AS PALAVRAS “GENOCÍDIO”, “LIMPEZA ÉTNICA” E “TERRITÓRIO OCUPADO”


No meio da batalha interna sobre a cobertura da guerra de Israel pelo New York Times, os principais editores emitiram um conjunto de diretivas


Manifestantes pró-Palestina inundam o lobby dos escritórios do New York Times e bloqueiam as entradas de segurança durante uma manifestação contra a cobertura do jornal sobre a guerra de Israel em Gaza em 14 de março de 2024, na cidade de Nova York. Foto: Michael Nigro/Sipa via AP Images

O NEW YORK TIMES instruiu os jornalistas que cobrem a guerra de Israel na Faixa de Gaza a restringir o uso dos termos “genocídio” e “limpeza étnica” e a “evitar” o uso da frase “território ocupado” ao descrever a terra palestina, de acordo com uma cópia do um memorando interno obtido pelo The Intercept.

O memorando também instrui os repórteres a não usarem a palavra Palestina “exceto em casos muito raros” e a evitarem o termo “campos de refugiados” para descrever áreas de Gaza historicamente ocupadas por palestinos deslocados, expulsos de outras partes da Palestina durante as anteriores guerras árabe-israelenses. guerras. As áreas são reconhecidas pelas Nações Unidas como campos de refugiados e albergam centenas de milhares de refugiados registados.

O memorando – escrito pela editora de normas do Times, Susan Wessling, pelo editor internacional Philip Pan, e pelos seus representantes – “oferece orientação sobre alguns termos e outras questões com as quais temos lutado desde o início do conflito, em Outubro”.

Embora o documento seja apresentado como um esboço para manter princípios jornalísticos objetivos nas reportagens sobre a guerra de Gaza, vários funcionários do Times disseram ao The Intercept que alguns dos seus conteúdos mostram provas da deferência do jornal para com as narrativas israelitas.



“Acho que é o tipo de coisa que parece profissional e lógica se você não tem conhecimento do contexto histórico do conflito palestino-israelense”, disse uma fonte da redação do Times, que pediu anonimato por medo de represálias, sobre o memorando de Gaza. “Mas se você souber, ficará claro o quão apologético é para Israel.”

Distribuída pela primeira vez aos jornalistas do Times em Novembro, a orientação – que recolheu e expandiu diretivas de estilo anteriores sobre o conflito israelo-palestiniano – foi regularmente atualizada ao longo dos meses seguintes. Apresenta uma janela interna para o pensamento dos editores internacionais do Times, à medida que enfrentavam convulsões na redação em torno da cobertura do jornal sobre a guerra em Gaza.

“Emitir orientações como esta para garantir precisão, consistência e nuances na forma como cobrimos as notícias é uma prática padrão”, disse Charlie Stadtlander, porta-voz do Times. “Em todas as nossas reportagens, incluindo eventos complexos como este, tomamos cuidado para garantir que nossas escolhas de idioma sejam sensíveis, atuais e claras para o nosso público.”

As questões sobre a orientação de estilo têm estado entre uma série de divergências internas no Times sobre a sua cobertura em Gaza. Em janeiro, o The Intercept noticiou disputas na redação do Times sobre questões com uma reportagem investigativa sobre violência sexual sistemática em 7 de outubro. O vazamento deu origem a uma investigação interna altamente incomum . A empresa enfrentou duras críticas por supostamente ter como alvo os trabalhadores do Times de ascendência do Oriente Médio e do Norte da África, o que os chefes do Times negaram. Na segunda-feira, o editor executivo Joe Kahn disse à equipe que a investigação do vazamento havia sido concluída sem sucesso.


Debates no WhatsApp

Quase imediatamente após os ataques de 7 de Outubro e o lançamento da guerra de terra arrasada de Israel contra Gaza, as tensões começaram a ferver na redação por causa da cobertura do Times. Alguns funcionários disseram acreditar que o jornal estava fazendo de tudo para acatar a narrativa de Israel sobre os eventos e não estava aplicando padrões uniformes em sua cobertura. As discussões começaram a ser fomentadas no Slack interno e em outros grupos de bate-papo.

Os debates entre repórteres do grupo WhatsApp liderado pela agência de Jerusalém, que a certa altura incluía 90 repórteres e editores, tornaram-se tão intensos que Pan, o editor internacional, intercedeu.

“Precisamos fazer um trabalho melhor na comunicação uns com os outros à medida que relatamos as notícias, para que nossas discussões sejam mais produtivas e nossas divergências menos perturbadoras”, escreveu Pan em uma mensagem de WhatsApp de 28 de novembro, vista pelo The Intercept e relatada pela primeira vez pelo Wall Street. Diário. “Na melhor das hipóteses, este canal tem sido um espaço rápido, transparente e produtivo para colaborar em uma história complexa e dinâmica. Na pior das hipóteses, é um fórum tenso onde as perguntas e comentários podem parecer acusatórios e pessoais.”

Pan declarou sem rodeios: “Não use este canal para levantar preocupações sobre a cobertura”.

Entre os tópicos de debate no grupo WhatsApp da sucursal de Jerusalém e nas trocas no Slack, revisados ​​pelo The Intercept e verificados com diversas fontes da redação, estavam os ataques israelenses ao Hospital Al-Shifa , as estatísticas sobre mortes de civis palestinos, as alegações de conduta genocida por parte de Israel, e o padrão do presidente Joe Biden de promover alegações não verificadas do governo israelense como fatos. (Pan não respondeu a um pedido de comentário.)



Muitos dos mesmos debates foram abordados nas orientações de estilo específicas de Gaza do Times e têm sido objeto de intenso escrutínio público.

“Não é incomum que as empresas de notícias estabeleçam diretrizes de estilo”, disse outra fonte da redação do Times, que também pediu anonimato. “Mas existem padrões únicos aplicados à violência perpetrada por Israel. Os leitores notaram e eu entendo sua frustração.”


“Palavras como 'massacre'”

O memorando do Times descreve orientações sobre uma série de frases e termos. “A natureza do conflito levou a uma linguagem inflamatória e a acusações incendiárias de todos os lados. Devemos ser muito cautelosos ao usar tal linguagem, mesmo entre aspas. Nosso objetivo é fornecer informações claras e precisas, e a linguagem acalorada muitas vezes pode obscurecer em vez de esclarecer o fato”, diz o memorando.

“Palavras como 'massacre', 'massacre' e 'carnificina' muitas vezes transmitem mais emoção do que informação. Pense bem antes de usá-los com nossa própria voz”, diz o memorando. “Podemos articular por que aplicamos essas palavras a uma situação específica e não a outra? Como sempre, devemos nos concentrar na clareza e na precisão – descrever o que aconteceu em vez de usar um rótulo.”


A Guerra de Israel em Gaza

Apesar do enquadramento do memorando como um esforço para não empregar linguagem incendiária para descrever assassinatos “de todos os lados”, na reportagem do Times sobre a guerra de Gaza, tal linguagem tem sido usada repetidamente para descrever ataques contra israelenses por palestinos e quase nunca no caso de O assassinato em grande escala de palestinos por Israel.

Em janeiro, o The Intercept publicou uma análise da cobertura da guerra pelo New York Times, Washington Post e Los Angeles Times de 7 de outubro a 24 de novembro – um período principalmente antes da publicação da nova orientação do Times. A análise do Intercept mostrou que os principais jornais reservavam termos como “massacre”, “massacre” e “horrível” quase exclusivamente para civis israelitas mortos por palestinianos, e não para civis palestinianos mortos em ataques israelitas.


A COBERTURA DA GUERRA
 DE GAZA NO NEW YORK TIMES
 E EM OUTROS JORNAIS IMPORTANTES
 FAVORECEU FORTEMENTE
 ISRAEL, MOSTRA A ANÁLISE

A análise concluiu que, até 24 de Novembro, o New York Times tinha descrito as mortes israelitas como um “massacre” em 53 ocasiões e as de palestinianos apenas uma vez. A proporção para o uso de “massacre” foi de 22 para 1, mesmo quando o número documentado de palestinos mortos subiu para cerca de 15.000.

A última estimativa do número de mortos palestinos é de mais de 33 mil, incluindo pelo menos 15 mil crianças – provavelmente subcontagens devido ao colapso da infraestrutura de saúde de Gaza e às pessoas desaparecidas, muitas das quais se acredita terem morrido nos escombros deixados pelos ataques de Israel nos últimos seis meses.


Debates delicados

O memorando do Times aborda algumas das linguagens mais carregadas – e controversas – em torno do conflito israelo-palestiniano. A orientação especifica, por exemplo, o uso da palavra “terrorista”, que o The Intercept relatou anteriormente estar no centro de um acalorado debate na redação.

“É correto usar 'terrorismo' e 'terrorista' na descrição dos ataques de 7 de outubro, que incluíram o ataque deliberado a civis em assassinatos e sequestros”, de acordo com o memorando vazado do Times. “Não devemos fugir dessa descrição dos eventos ou dos atacantes, especialmente quando fornecemos contexto e explicação.”

A orientação também instrui os jornalistas a “evitarem 'combatentes' quando se referirem ao ataque de 7 de outubro; o termo sugere uma guerra convencional em vez de um ataque deliberado a civis. E seja cauteloso ao usar ‘militantes’, que é interpretado de diferentes maneiras e pode confundir os leitores.”

No memorando, os editores dizem aos jornalistas do Times: “Não precisamos de atribuir um único rótulo ou referir-nos ao ataque de 7 de Outubro como um 'ataque terrorista' em todas as referências; a palavra é melhor usada para descrever especificamente ataques a civis. Devemos exercer moderação e podemos variar a linguagem com outros termos e descrições precisos: um ataque, um assalto, uma incursão, o ataque mais mortífero a Israel em décadas, etc. Da mesma forma, além de “terroristas”, podemos variar os termos usados para descrever os membros do Hamas que realizaram o ataque: agressores, agressores, homens armados.”


“ENTRE O MARTELO E A BIGORNA”


O Times não caracteriza os repetidos ataques de Israel a civis palestinianos como “terrorismo”, mesmo quando os civis são os alvos. Isto também se aplica aos ataques de Israel a locais civis protegidos , incluindo hospitais .

Numa secção intitulada “'Genocídio' e outras linguagens incendiárias”, o guia diz: “'Genocídio' tem uma definição específica no direito internacional. Na nossa opinião, geralmente deveríamos utilizá-lo apenas no contexto desses parâmetros legais. Deveríamos também estabelecer um padrão elevado para permitir que outros o utilizem como acusação, seja entre citações ou não, a menos que apresentem um argumento substantivo baseado na definição legal.”

Quanto à “limpeza étnica”, o documento chama-lhe “outro termo historicamente carregado”, instruindo os repórteres: “Se alguém está a fazer tal acusação, devemos pressionar para obter detalhes específicos ou fornecer o contexto adequado”.


Contrariando as Normas Internacionais

Nos casos de descrição de “território ocupado” e do estatuto dos refugiados em Gaza, as diretrizes ao estilo do Times vão contra as normas estabelecidas pelas Nações Unidas e pelo direito humanitário internacional.

Sobre o termo “Palestina” – um nome amplamente utilizado tanto para o território como para o Estado reconhecido pela ONU – o memorando do Times contém instruções contundentes: “Não use em datas, textos de rotina ou manchetes, exceto em casos muito raros, como quando o A Assembleia Geral das Nações Unidas elevou a Palestina a um estado observador não-membro, ou referências à Palestina histórica.” A orientação do Times se assemelha à do Associated Press Stylebook .

O memorando orienta os jornalistas a não usarem a expressão “campos de refugiados” para descrever assentamentos de refugiados de longa data em Gaza. “Embora denominados campos de refugiados, os centros de refugiados em Gaza são bairros desenvolvidos e densamente povoados que datam da guerra de 1948. Refira-se a eles como bairros ou áreas e, se for necessário um contexto mais aprofundado, explique como têm sido historicamente chamados de campos de refugiados.”

As Nações Unidas reconhecem oito campos de refugiados na Faixa de Gaza. No ano passado, antes do início da guerra, as áreas abrigavam mais de 600 mil refugiados registados. Muitos são descendentes daqueles que fugiram para Gaza depois de terem sido expulsos à força das suas casas na Guerra Árabe-Israelense de 1948, que marcou a fundação do Estado judeu e a expropriação em massa de centenas de milhares de palestinianos.

O governo israelita tem sido hostil ao facto histórico de os palestinianos manterem o estatuto de refugiado, porque isso significa que foram deslocados de terras às quais têm o direito de regressar.




Desde 7 de Outubro, Israel bombardeou repetidamente campos de refugiados em Gaza, incluindo Jabaliya, Al Shati, Al Maghazi e Nuseirat.

As instruções do memorando sobre a utilização de “territórios ocupados” dizem: “Quando possível, evite o termo e seja específico (por exemplo, Gaza, Cisjordânia, etc.), pois cada um tem um estatuto ligeiramente diferente”. As Nações Unidas, juntamente com grande parte do mundo, consideram Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental como territórios palestinos ocupados , apreendidos por Israel na guerra árabe-israelense de 1967.

A advertência contra a utilização do termo “territórios ocupados”, disse um funcionário do Times, obscurece a realidade do conflito, alimentando a insistência dos EUA e de Israel de que o conflito começou em 7 de Outubro.

“Basicamente, você está retirando a ocupação da cobertura, que é o verdadeiro cerne do conflito”, disse a fonte da redação. “É como, 'Oh, não vamos dizer ocupação porque pode fazer parecer que estamos justificando um ataque terrorista'”.

Por: Jeremy Scahill , Ryan Grim

Fonte: The Intercept


Jackson Hinkle

O SIONISTA New York Times publicou hoje seu artigo de sucesso onde tentaram me fazer parecer um VILÃO por me opor a um GENOCÍDIO.



 Paul Williams

O plano sionista para "Colonizar a Palestina" relatado no The New York Times em 1899



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sábado, 30 de março de 2024

Dia da Terra Palestina: do arranjo genocida de britânicos e sionistas ao atual genocídio televisionado em Gaza


O Dia da Terra Palestina, lembrado todo dia 30 de março desde 1976, não foi ato isolado, mas o seguimento do projeto segregacionista e genocida iniciado pelos britânicos, em associação com os sionistas, e agora apenas em seu curso, para construir uma Palestina sem palestinos, tal qual planejado desde o início, com o genocídio televisionado na Faixa de Gaza.


Safia Latif

Em 1976 houve uma reação massiva contra confisco e expropriação de 2,5 mil hectares de terras agricultáveis na região de Nazaré, uma reação ao continuado processo de limpeza étnica, inaugurado pelos sionistas em sua forma mais brutal ainda em dezembro de 1947. Sua forma foi uma greve geral destes camponeses, na cidade palestina de maior população cristã e da família de Jesus Cristo, situada ao norte, na Galileia.

A ideia sionista, metodicamente descrita em O Estado Judeu, obra de Theodor Herzl, o pai do sionismo político, uma espécie de Mein Kampf euro-judeu, que circulou em 1896, defendia um estado puramente judeu, fora da Europa, e sem qualquer outra população. Logo, eventual população originária no território escolhido deveria ser expropriada e expulsa. Em 30 de março de 1976 foi processo de expropriação e expulsão, logo, de limpeza étnica, em ato realizado 80 após a obra seminal de Herzil e 79 anos após a Palestina ter sido a terra escolhida para este processo genocida, no 1º Congresso Sionista de Basileia, Suíça.

Mas isso só foi possível na Palestina a partir do momento em que os britânicos assumem a tarefa de realizar para os sionistas seu sonho. Na Declaração Balfour, de dezembro de 1917, os britânicos já assumem que fariam da Palestina um “lar nacional judeu”, negado à população não judaica os direitos nacionais, dizendo que protegeria apenas seus “direitos” civis e religiosos, logo, inaugurando o um regime de Apartheid por negar-lhes os direitos nacionais, reservados exclusivamente aos judeus.

Já sob o Mandato Britânico para a Palestina (da Liga das Nações, em vigor a partir 29 de setembro de 1922), os ingleses colocaram em prática, basicamente, o que “israel” aplica até hoje, isto é, um processo metódico de extermínio do povo palestino para a integral limpeza étnica desta terra, vale dizer, judaização das suas geografia e demografia.

Neste documento colonial obsceno consta que o império britânico “será responsável por colocar o país sob tais condições políticas, administrativas e econômicas que assegurem o estabelecimento do lar nacional judaico” (Art. 2º). Sob a ideia geral de que a autodeterminação se dá em favor de povos majoritários em uma dada geografia, está claro o desenho de um processo de mão dupla, ou seja, de expropriação da terra de seus originários, os palestinos, destinando-a os novos habitantes da Palestina, os euro-judeus, importados em números tais que os fariam demograficamente majoritários, objetivo alcançado quando combinado com a expulsão dos palestinos.

O documento colonial não tem meias palavras. Por isso determina que uma “agência judaica apropriada será reconhecida como um órgão público com o propósito de aconselhar e cooperar com a Administração da Palestina” (Art. 4º). Detalhe: os palestinos foram impedidos de integrar a administração. Logo, deram os sionistas que geriam os assuntos públicos na Palestina, com o norte claro de eliminar os palestinos da Palestina.

Como o processo precisa de importação de estrangeiros de fé judaica, diz o texto do Mandato que o regime colonial britânico “facilitará a imigração judaica em condições adequadas e encorajará, em cooperação com a agência judaica referida no Artigo 4, assentamento por judeus na terra” (Art. 6º). Nada mais claro!

E para não deixar dúvidas, o texto evidencia que tal agência judaica “terá plenos poderes para prover a propriedade ou controle público de qualquer dos recursos naturais do país ou das obras, serviços e utilidades públicas estabelecidas ou a serem nele estabelecidas. Deve introduzir um sistema fundiário adequado às necessidades do país, tendo em conta, entre outras coisas, a conveniência de promover o povoamento próximo e o cultivo intensivo da terra” (Art. 11). Nesta parte, para além do que leigos compreendem, chegando a 30 de março de 1976, o que temos é a aplicação da regra de “introduzir um sistema fundiário adequado às necessidades do ‘país’”, quer dizer, judaizar a geografia, com vistas a “promover o povoamento próximo e o cultivo intensivo da terra”, isto é, o atual processo de colonização, vale dizer, substituição da demografia originária pela judaica forânea, importada.

E isto é genocídio, em primeiro lugar, porque segundo a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, é ação genocida “submeter intencionalmente o grupo a condição de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial (Artigo 2º, C).

E é também crime de Apartheid, porque a Convenção Internacional sobre a Supressão e Punição do Crime de Apartheid, em seu Artigo 2º, D, diz que é crime de apartheid a “expropriação de propriedades territoriais pertencentes a um grupo ou grupos raciais ou de membros”.

Como se vê, os britânicos, em associação aos sionistas, desenharam e codificaram um processo de limpeza étnica claro, expresso, no qual o Apartheid e o genocídio são não meros desejos, mas a necessidade que levaria à consecução do projeto euro-judeu, ou de sua liderança sionista, de um estado de supremacia judaica, sem sequer uma minoria, posto que a eliminação total de eventual população autóctone sempre figurou como seu pressuposto máximo.

Assim, 30 de março de 1976, tal qual o genocídio em larga escala em curso na Palestina hoje, nada mais é do que o DNA de “israel”, de sua ideologia colonial e fascista, o sionismo, e, claro, obra britânica continuada. Até mesmo parte da legislação – toques de recolher, demolições de casas de membros da resistência palestina, prisões administrativas – “israelense” em vigor é exatamente a legislação colonial britânica que vigorou de 1922/23 a 14 de maio de 1948, quando o sionismo se autoproclama estado e se autodenomina “israel”, passando a ser um regime estatal de Apartheid e genocidário.

Ualid Rabah é presidente da FEPAL- Federação Árabe Palestina do Brasil.

Por: Ualid Rabah


 

 

 


Palestina 01

Palestina 02

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sexta-feira, 29 de março de 2024

'ENTRE O MARTELO E A BIGORNA' O New York Times sustentou que o Hamas usou o estupro como arma contra Israel – mas há erros absurdos nessa reportagem


Parceria de Nat Schwartz com o New York Times gera questionamentos à narrativa apresentada sobre violência sexual relacionada ao Hamas. “Ela foi informada de que não havia nenhuma queixa de agressão sexual”, reconheceu o porta-voz do jornal. Entenda:


Grafite marcando o ataque surpresa de combatentes do Hamas a um festival de música e a um kibutz perto da fronteira com Gaza, em Tel Aviv, Israel. Foto: Alexi J. Rosenfeld/Getty Images

A nat Schwartz tinha um problema. A cineasta e ex-funcionária do setor de inteligência da Força Aérea israelense havia sido designada pelo New York Times para trabalhar com seu sobrinho, Adam Sella, e com o repórter veterano do jornal, Jeffrey Gettleman, numa investigação sobre a violência sexual do Hamas no 7 de Outubro – isso poderia alterar a forma como o mundo entendia os ataques de Israel na Faixa de Gaza. 

 

Em novembro, aumentava a oposição global à operação militar de Israel, que já tinha matado milhares de crianças, mulheres e idosos. Em suas redes sociais, que desde então o Times disse estar analisando, Schwartz curtiu um tuíte que afirmava que Israel precisava “transformar a faixa num matadouro”.

“Violem qualquer norma, rumo à vitória”, lia-se na postagem. “Aqueles diante de nós são animais humanos que não hesitam em violar regras mínimas”.

O New York Times, no entanto, tem regras e normas. Schwartz não tinha nenhuma experiência jornalística anterior. Gettleman, seu parceiro de reportagem, lhe explicou noções básicas, disse a própria Schwartz a um podcast produzido pelo Canal 12 de Israel, numa entrevista feita em hebraico, em 3 de janeiro.

Segundo ela, Gettleman estava preocupado que eles “conseguissem pelo menos duas fontes para cada detalhe que colocassem no artigo, comparando as informações”. Temos provas periciais? Temos provas visuais? Além de contar ao nosso leitor que ‘isso aconteceu’, o que podemos dizer? Podemos contar o que aconteceu com quem?”

Schwartz disse que, a princípio, estava relutante em aceitar a tarefa porque não queria ver imagens de possíveis agressões e, também, não era uma especialista em investigações do tipo. 

“Vítimas de agressão sexual são mulheres que vivenciaram algo. Eu chegar e sentar diante de uma mulher dessas… Quem sou eu, afinal?”, disse. “Não tenho os requisitos”.

Mesmo assim, ela começou a trabalhar com Gettleman na reportagem, conforme explicou na entrevista ao podcast. Repórter ganhador do Prêmio Pulitzer, Gettleman é correspondente internacional e, ao ser enviado a uma sucursal, trabalha com assistentes de reportagem e freelancers. Nesse caso, de acordo com diversas fontes da redação do jornal que conheciam o processo, Schwartz e Sella cuidavam da maior parte da reportagem de campo, enquanto Gettleman se concentrava no enquadramento e na escrita.

A reportagem resultante, publicada no fim de dezembro, foi intitulada ‘Gritos sem palavras’: como o Hamas transformou a violência sexual em arma no 7 de Outubro”. 

O relato chocante galvanizou o esforço de guerra israelense num momento em que até mesmo alguns aliados de Israel estavam expressando preocupação com a matança em larga escala de civis em Gaza. Na redação do Times, o texto foi elogiado pela chefia editorial, mas recebido com ceticismo por outros jornalistas. O principal podcast do jornal, “The Daily”, tentou transformar a matéria num episódio, mas não conseguiu aprovação da checagem de fatos, conforme o Intercept americano revelou.

O temor entre integrantes da equipe do Times críticos à cobertura do jornal sobre Gaza é que Schwartz se transforme em bode expiatório de uma falha muito mais profunda. Ela pode guardar animosidade em relação aos palestinos, não ter experiência com jornalismo investigativo e sentir pressões conflitantes entre ser uma apoiadora do esforço de guerra de Israel e uma repórter do Times, mas Schwartz não contratou a si mesma e a seu sobrinho para relatar uma das histórias mais relevantes da guerra. A chefia do New York Times contratou.

Schwartz afirmou exatamente isso numa entrevista à Rádio do Exército israelense em 31 de dezembro. “O New York Times disse: ‘Vamos fazer uma investigação sobre violência sexual’. Foi mais um caso de eles terem que me convencer”, declarou. O apresentador a interrompeu: “Era uma proposta do New York Times, a coisa toda?”

“Sem nenhuma dúvida. Sem nenhuma dúvida. Obviamente. Claro”, disse ela. “O jornal nos apoiou 200% e nos deu o tempo, o investimento e os recursos para aprofundar essa investigação o quanto fosse preciso”.

Pouco depois que a guerra irrompeu, alguns editores e repórteres reclamaram que as normas do Times os impediam de se referir ao Hamas como “terroristas”. A justificativa do departamento de padronização, dirigido por 14 anos por Philip Corbett, era que o Hamas era o governante de fato de um território específico, em vez de um grupo terrorista apátrida.



 Matar civis deliberadamente, prosseguia o argumento, não era suficiente para rotular um grupo como terrorista, pois esse rótulo poderia ser aplicado de forma bastante ampla.

Depois do 7 de Outubro, Corbett defendeu a orientação frente às pressões, mas perdeu, de acordo com fontes da redação do Times. Em 19 de outubro, um e-mail foi disparado em nome do editor-executivo Joe Kahn, dizendo que Corbett havia pedido para se afastar do cargo

Três fontes da redação disseram que a mudança estava ligada à pressão sofrida por ele para suavizar a cobertura em prol de Israel. Uma das postagens que Schwartz curtiu numa rede social, desencadeando análise do Times, defendia que, para fins de propaganda israelense, o Hamas deveria ser o tempo todo comparado ao Estado Islâmico. 

Um porta-voz do jornal disse ao Intercept: “Sua percepção sobre Phil Corbett é totalmente inverídica”.

Desde as revelações sobre a atividade recente de Schwartz em redes sociais, sua assinatura não apareceu no jornal e ela não participou de reuniões editoriais. O jornal afirmou que uma análise de suas “curtidas” nas redes está em curso. “Essas ‘curtidas’ são violações inaceitáveis das políticas de nossa empresa”, declarou o porta-voz.

O escândalo maior pode ser a reportagem em si, além do impacto determinante que teve para milhares de palestinos, cujas mortes foram justificadas pela suposta violência sexual sistemática orquestrada pelo Hamas – ao qual o jornal alegou ter denunciado.

Outro repórter do Times, que também trabalhou como editor no jornal, afirmou: “É compreensível e legítimo que bastante atenção seja direcionada a Schwartz, mas se trata muito claramente de uma decisão editorial ruim que prejudica todos os outros ótimos trabalhos sendo feitos incessantemente no jornal — tanto os relacionados quanto os sem nenhuma relação com a guerra — que conseguem provocar nossos leitores e atendem aos nossos padrões”. 

A entrevista de Schwartz ao podcast do Canal 12, traduzida pelo Intercept do hebraico, abre uma janela para questionar o processo da matéria e sugere que a missão do New York Times era reforçar uma narrativa predeterminada.

Em resposta às perguntas do Intercept sobre a entrevista, o porta-voz do New York Times voltou atrás em relação ao enquadramento do impactante artigo, que mencionava provas de que o Hamas havia usado de violência sexual como arma. De forma mais branda, ele alegou que “pode ter havido uso sistemático de agressões sexuais”.

O editor de internacional do Times, Phil Pan, afirmou em um comunicado que defende o trabalho. “Schwartz era parte de um processo rigoroso de reportagem e edição”, disse. “Ela deu contribuições valiosas e não vimos nenhuma evidência de parcialidade em seu trabalho. Continuamos confiantes na precisão de nossas reportagens e apoiamos a investigação da equipe. Mas, como dissemos, suas ‘curtidas’ em publicações ofensivas e opinativas nas redes sociais, anteriores ao seu trabalho conosco, são inaceitáveis.”

Depois da publicação desta matéria, Schwartz — que não respondeu a um pedido de entrevista — tuitou agradecendo ao Times por “apoiar as histórias importantes que publicamos”. 

E acrescentou: “Os recentes ataques contra mim não me impedirão de continuar meu trabalho”. Referindo-se à sua atividade nas redes sociais, Schwartz disse: “Entendo por que as pessoas que não me conhecem ficaram ofendidas com o ‘curtir’ involuntário que pressionei em 7/10 e peço desculpas por isso”. Pelo menos três de suas “curtidas” foram objeto de escrutínio público.

Na entrevista ao podcast, Schwartz detalha seu enorme esforço para obter confirmações de hospitais, centros de apoio a vítimas de estupro, unidades de recuperação de traumas e linhas diretas de combate a agressões sexuais em Israel, assim como sua incapacidade de conseguir uma única confirmação de qualquer um deles. 

“Ela foi informada de que não havia nenhuma queixa de agressão sexual”, reconheceu o porta-voz do Times depois que o Intercept chamou a atenção do jornal para o episódio do podcast. “No entanto, esse foi apenas o primeiro passo de sua pesquisa. Ela detalha as etapas de sua pesquisa e enfatiza os padrões rigorosos do Times para confirmar evidências”, assegurou o porta-voz do jornal.

A questão nunca foi se atos individuais de agressão sexual podem ter ocorrido no 7 de Outubro. O estupro não é incomum em guerras. 

A questão central é se o New York Times apresentou evidências sólidas para sustentar sua alegação de que havia novas informações “estabelecendo que os ataques contra mulheres não eram eventos isolados, mas parte de um padrão mais amplo de violência baseada em gênero no 7 de Outubro” — uma alegação, destacada na manchete, de que o Hamas deliberadamente empregou de violência sexual como arma de guerra.


Reservistas israelenses procuram evidências e restos humanos no Kibutz Be’eri, em Israel, no dia 21 de fevereiro de 2024. Foto: Ohad Zwigenberg/AP

A repórter acreditou em fonte que já havia sido desmentida

Schwartz começou seu trabalho sobre a violência do 7 de Outubro como seria de se esperar, ligando para as unidades chamadas de “Sala 4” nos 11 hospitais israelenses que examinam e tratam de possíveis vítimas de violência sexual, inclusive estupro. 

“A primeira coisa que fiz foi ligar para todas, e me disseram: ‘Não, nenhuma queixa de agressão sexual foi recebida’”, lembrou na entrevista ao podcast. “Fiz muitas entrevistas que não levaram a lugar algum. Eu ia a todos os hospitais psiquiátricos, sentava na frente da equipe, todo mundo totalmente comprometido com a missão e ninguém tinha encontrado uma vítima de agressão sexual”.

A etapa seguinte foi ligar para o gerente da linha direta de combate a agressões sexuais no sul de Israel, o que se mostrou igualmente infrutífero. O gerente lhe disse que não havia relatos de violência sexual. Ela descreveu a ligação como uma “conversa extremamente minuciosa”, na qual insistiu em casos específicos. “Alguém ligou para você? Você ouviu alguma coisa?”, ela lembrou de ter perguntado. “Como é possível não ter ouvido?”

Quando Schwartz deu início a seus próprios esforços para encontrar provas de agressão sexual, começaram a surgir as primeiras alegações específicas de estupro. Uma pessoa, identificada em entrevistas anônimas como paramédico da unidade médica 669 da Força Aérea Israelense, alegou ter visto evidências de que duas adolescentes do kibutz Nahal Oz tinham sido estupradas e assassinadas em seu quarto. 


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No entanto, o homem fez outras afirmações chocantes que colocaram seu relato em dúvida. Ele declarou que outro socorrista “tirou do lixo” um bebê que havia sido esfaqueado várias vezes. Também disse ter visto “frases em árabe que foram escritas nas entradas das casas (…) com sangue das pessoas que moravam nelas”. 

Nenhuma dessas mensagens existe e a história do bebê na lata de lixo foi desmascarada. O maior problema era que não havia duas garotas no kibutz que se encaixavam na descrição da fonte. Em entrevistas posteriores, ele mudou o local para o kibutz Be’eri. Mas nenhuma vítima assassinada lá correspondia à descrição, informou o site Mondoweiss.

Depois de ver essas entrevistas, Schwartz começou a ligar para pessoas no kibutz Be’eri e em outros que foram atingidos no 7 de Outubro, numa tentativa de encontrar rastros da história. “Nada. Não havia nada”, disse.

“Ninguém viu ou ouviu nada”. Ela, então, entrou em contato com o paramédico da unidade 669, que repetiu a Schwartz a mesma história contada por ele a outros veículos de comunicação, o que, segundo ela, a convenceu de que havia uma natureza sistemática na violência sexual. 

“Eu pensei ‘Ok, então aconteceu, uma pessoa viu acontecer em Be’eri, então não pode ser só uma pessoa, porque são duas garotas. Irmãs. É evidente. Algo nisso é sistemático, algo nisso me parece não ser aleatório’”, concluiu na entrevista ao podcast.

Schwartz disse que então deu início a uma série de longas conversas com funcionários israelenses da Zaka, uma organização privada de resgate ultraortodoxa que, de acordo com documentos, manipulou provas e espalhou várias histórias falsas sobre os eventos do 7 de Outubro – inclusive alegações desmentidas de que agentes do Hamas decapitaram bebês e arrancaram o feto do corpo de uma mulher grávida. 




Os trabalhadores da organização não são peritos criminais formados ou especialistas em criminalística. “Quando entramos em uma casa, usamos nossa imaginação”, disse Yossi Landau, um funcionário sênior da Zaka, ao descrever o trabalho do grupo nos locais dos ataques do 7 de Outubro. 

“Os corpos estavam nos dizendo o que aconteceu, [então] foi o que aconteceu”. Landau aparece na reportagem do Times, embora sem nenhuma menção a seu histórico bem documentado de disseminação de histórias sensacionalistas de atrocidades, que mais tarde se provaram falsas. 

Schwartz afirmou que, em suas primeiras entrevistas, os membros da Zaka não fizeram nenhuma alegação específica de estupro, mas descreveram a condição geral dos corpos que disseram ter visto. “Eles me falaram: ‘Sim, vimos mulheres nuas’ ou ‘vimos uma mulher sem roupas íntimas’. Ambas nuas, sem roupas íntimas, amarradas com abraçadeiras de plástico”.

Schwartz continuou a procurar provas em vários locais do ataque e não encontrou nenhuma testemunha que confirmasse as histórias de estupro. “Então procurei muito nos kibutzim [plural de kibutz em hebraico] e, tirando esse testemunho [do paramédico militar israelense] e uma ou outra pessoa da Zaka, as histórias não vinham de lá”, disse.

Enquanto continuava a telefonar para socorristas, Schwartz viu que canais internacionais de notícias começaram a levar ao ar entrevistas com Shari Mendes, uma arquiteta americana que trabalha numa unidade do serviço de assistência religiosa das Forças de Defesa de Israel. Enviada a um necrotério para preparar corpos para sepultamento após os ataques do 7 de Outubro, Mendes afirmou ter visto inúmeras evidências de agressões sexuais.

“Vimos evidências de estupro. As pélvis estavam quebradas, e provavelmente é preciso muito esforço para quebrar uma pélvis. E isso também ocorreu com avós e até crianças pequenas. Vimos esses corpos com nossos próprios olhos”, declarou Mendes numa entrevista. 

Mendes se tornou uma figura onipresente nas narrativas do governo israelense e da grande mídia sobre a violência sexual no 7 de Outubro, apesar de não ter credenciais médicas ou como perita para legalmente determinar um estupro. 

Ela também falou sobre outras agressões no 7 de Outubro, afirmando ao Daily Mail em outubro passado que “um bebê foi arrancado de uma grávida e decapitado, e depois a mãe foi decapitada”. 

Nenhuma mulher grávida morreu naquele dia, de acordo com a lista oficial israelense de mortos nos ataques, e o coletivo independente de verificação de informações October 7 Fact Check declarou que a história de Mendes era falsa.

Depois de ter visto entrevistas com Mendes, Schwartz ficou ainda mais convencida de que a narrativa dos estupros sistemáticos era verdadeira. 

“Fiquei tipo assim: uau, o que é isso?”, lembrou. “Para mim, parece que está começando a se multiplicar, mesmo que ainda não saibamos quais números apontar.”

Ao mesmo tempo, Schwartz disse que, às vezes, se sentia dividida, perguntando-se se estava ficando convencida da veracidade da história como um todo justamente porque procurava evidências para sustentar a tese. “Eu me perguntava o tempo todo se, ao só ouvir falar de estupro, enxergar estupro e pensar em estupro, era porque eu estava inclinada a isso”, disse. Ela deixou as dúvidas de lado. 

Na época em que Schwartz entrevistou Mendes, a história da reservista das Forças de Defesa de Israel já havia repercutido mundialmente e sido conclusivamente desmentida: nenhum bebê foi arrancado da mãe e decapitado. Entretanto, Schwartz e o New York Times continuariam a confiar no depoimento de Mendes, assim como nos de outras testemunhas com histórico de afirmações duvidosas e sem credenciais como peritos. Nenhuma questão sobre a credibilidade de Mendes foi levantada.

Shari Mendes durante um encontro realizado em 4 de dezembro de 2023 na sede da ONU, em Nova York, sobre a violência sexual nos ataques terroristas do Hamas no 7 de Outubro.


Soldados israelenses no local do festival de música Nova, no dia 21 de dezembro de 2023, em Re’im, Israel. Foto: Maja Hitij/Getty Images

Mais especulações do que provas durante a apuração

Ao podcast, Schwartz disse que seu passo seguinte foi ir a um novo centro de terapia holística criado para tratar traumas das vítimas do 7 de Outubro, especialmente as do massacre do festival de música. 

Aberta uma semana depois dos ataques, a unidade começou a receber centenas de sobreviventes que podiam buscar atendimento psicológico, fazer ioga e se tratar com medicina alternativa, acupuntura, terapias sonoras e reflexologia. O lugar foi chamado de Merhav Marpe em hebraico, ou Espaço de Cura.

Ainda na entrevista ao podcast, Schwartz disse que, em diversas visitas ao Merhav Marpe, não encontrou nenhuma evidência direta de estupros ou violência sexual. A repórter demonstrou frustração com os terapeutas e psicólogos da instituição, dizendo que eles participavam de “uma conspiração do silêncio”. “Todas as pessoas, mesmo as que ouviam esse tipo de coisa, estavam muito comprometidas com os pacientes, ou somente com quem auxiliava os pacientes, a não revelar as coisas”, disse. 

No fim, Schwartz foi embora apenas com insinuações e declarações gerais dos terapeutas sobre como as pessoas processam traumas, inclusive a violência sexual e o estupro. Ela disse que vítimas em potencial talvez estivessem com vergonha de falar, afetadas pela “síndrome do sobrevivente”, ou ainda estavam em choque. 

“Talvez também pelo fato de a sociedade israelense ser conservadora, houve uma certa tendência a manter silêncio sobre essa questão do abuso sexual”, especulou. “Eram muitas e muitas camadas que faziam com que eles não falassem”.

De acordo com a matéria publicada no Times, “dois terapeutas afirmaram estar atendendo uma mulher que sofreu estupro coletivo na rave, e não estava em condições de falar com investigadores ou repórteres”.

Schwartz disse que se concentrou nos kibutzim porque inicialmente havia considerado improvável que agressões sexuais tivessem ocorrido no festival de música. “Eu estava muito cética quanto a isso ter acontecido na área do festival, pois todos os sobreviventes com quem conversei me contaram sobre uma perseguição, uma correria, ou seja, deslocamentos de um lugar para outro”, lembrou. 

“Como [teriam tido tempo de] mexer com uma mulher? Tipo, é impossível. Ou você se esconde, ou você… você morre”.

Autoridades israelenses pressionaram por tese do estupro como arma de guerra

Uma contadora chamada Sapir descreveu uma cena repulsiva de estupro e mutilação, e Schwartz disse que ficou totalmente convencida de que havia um programa sistemático de violência sexual por parte do Hamas. “O depoimento dela é alucinante. Não é só estupro. É estupro, amputação… percebi que se tratava de algo maior do que eu imaginava, [com] muitos locais”.

A reportagem do Times declara que Sapir foi entrevistada por duas horas em um café no sul de Israel, e que ela disse ter testemunhado vários estupros, inclusive um incidente em que um agressor estupra uma mulher, enquanto outro corta seu seio com um estilete.

Na coletiva de imprensa de novembro, as autoridades israelenses disseram estar reunindo e examinando indícios materiais que confirmariam os relatos particularmente detalhados de Sapir. “A polícia afirma que ainda está coletando provas (DNA etc.) em vítimas de estupro e buscando testemunhas oculares para embasar a acusação mais sólida possível”, declarou um correspondente que cobriu o evento.

A cena descrita por Sapir produziria uma quantidade significativa de evidências físicas, mas até o momento as autoridades israelenses não foram capazes de fornecê-las. “Temos indícios, mas meu dever é encontrar provas que sustentem a história dela, além de descobrir a identidade das vítimas”, disse Adi Edri, superintendente da investigação sobre violência sexual no 7 de Outubro, uma semana depois da publicação da reportagem do Times. “Nesta etapa, não temos nenhum corpo específico”.

Sob pressão interna para defender a veracidade da matéria, o Times encarregou Gettleman, Schwartz e Sella de, na prática, refazer a reportagem, o que resultou em um texto publicado em 29 de janeiro.

No podcast do Canal 12, Schwartz é questionada se existem depoimentos de mulheres que sobreviveram a estupros no 7 de Outubro. “A maioria são cadáveres. Algumas mulheres conseguiram escapar e sobreviver”.

Ela acrescentou: “Sei que há um fator de dissociação muito significativo quando se trata de agressão sexual. Então, muitas vezes, elas não lembram. Não lembram de tudo”.

No início de dezembro, autoridades israelenses lançaram uma intensa campanha pública, acusando a comunidade internacional, e especialmente líderes feministas, de permanecerem em silêncio diante da violência sexual sistêmica e generalizada no ataque do Hamas no 7 de Outubro.



A estratégia de comunicação foi lançada nas Nações Unidas em 4 de dezembro, em um evento realizado pelo embaixador israelense e por uma ex-executiva da Meta, Sheryl Sandberg. Alvo das personalidades pró-Israel, as organizações feministas foram pegas de surpresa, pois as acusações de violência sexual ainda não haviam circulado amplamente.

Sandberg também atacou organizações de defesa dos direitos das mulheres no New York Times de 4 de dezembro, em um artigo intitulado “O que sabemos sobre a violência sexual durante os ataques do 7 de Outubro em Israel”. 

A publicação coincidiu com o lançamento da campanha na ONU. Uma correção reveladora foi posteriormente incluída no texto: “Uma versão anterior deste artigo indicava erroneamente o tipo de evidência que a polícia israelense reuniu na investigação das acusações de violência sexual cometidas no ataque do Hamas contra Israel no 7 de Outubro. A polícia está se baseando principalmente em depoimentos de testemunhas, não em autópsias ou provas periciais”.

Israel assegurou que tinha uma quantidade extraordinária de depoimentos de testemunhas oculares. “De acordo com a polícia israelense, os investigadores reuniram ‘dezenas de milhares’ de testemunhos de violência sexual cometida pelo Hamas no 7 de Outubro, inclusive no local de um festival de música que foi atacado”, relataram Schwartz, Gettleman e Stella em 4 de dezembro. 


Esses depoimentos nunca apareceram.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insistiu no tema em um discurso em 5 de dezembro, em Tel Aviv. “Eu pergunto às organizações de direitos das mulheres, às organizações de direitos humanos, vocês ouviram falar do estupro de mulheres israelenses, atrocidades horríveis, mutilação sexual? Onde diabos vocês estão?”. 

No mesmo dia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou num discurso: “O mundo não pode simplesmente desviar o olhar do que está acontecendo. Cabe a todos nós — governo, organizações internacionais, sociedade civil e cidadãos — condenar de maneira contundente a violência sexual dos terroristas do Hamas, sem ambiguidade. Sem ambiguidade, sem exceções”.

A investigação do Times, que durou dois meses, ainda estava sendo editada e revisada quando Schwartz começou a se preocupar com o timing, afirmou ao podcast. “Eu então disse: ‘Estamos perdendo a oportunidade. Talvez a ONU não esteja tratando de agressão sexual porque nenhum [veículo de comunicação] publica uma declaração sobre o que aconteceu lá’”. Se a matéria do Times não fosse publicada logo, “pode deixar de ser interessante”, disse. 

Schwartz afirmou que a explicação para o atraso dada a ela internamente foi do tipo “Não queremos deixar as pessoas tristes antes do Natal”.

Ela disse ainda que estava sendo pressionada por fontes da polícia israelense para que a matéria fosse publicada logo. Segundo ela, lhe perguntaram: “O New York Times não acredita que houve agressões sexuais aqui?” Para Schwartz, foi como estar numa encruzilhada.

“Também estou nesse lugar, eu também sou israelense, mas também trabalho para o New York Times”, disse. “Então o tempo todo eu meio que estou entre a espada e o punhal”. 


Policiais verificam carros danificados durante o ataque do Hamas em Netivot, fronteira sul de Israel. Foto: Amir Levy/Getty Images



 Desconfiança interna no New York Times

Em 28 de dezembro, a matéria “Gritos sem palavras” começava com a história de Gal Abdush, descrita pelo Times como “a mulher de vestido preto”.

No vídeo que mostra seu corpo carbonizado, ela parece não ter nádegas. “Autoridades da polícia israelense disseram acreditar que Abdush foi estuprada”, informou o Times. A matéria chamou Abdush de “um símbolo dos horrores que atingiram mulheres e meninas israelenses durante os ataques do 7 de Outubro”.

A reportagem do Times menciona mensagens de WhatsApp de Abdush e de seu marido para a família, mas não que alguns parentes acreditam que mensagens importantes tornam inverossímil as alegações das autoridades israelenses.

Como o Mondoweiss informou depois, Abdush mandou uma mensagem à família às 6h51, dizendo que estava com problemas na fronteira. Às 7h, seu marido enviou outra mensagem para dizer que ela tinha sido morta. A família dela afirmou que o corpo foi carbonizado por uma granada.

“Não faz nenhum sentido”, disse a irmã de Abdush. Num curto espaço de tempo, “eles a estupraram, mataram e queimaram?” Falando sobre a alegação de estupro, o cunhado dela afirmou: “A mídia inventou isso”.

Outro parente sugeriu que a família foi pressionada, com falsos pretextos, a falar com os repórteres. A irmã de Abdush escreveu no Instagram que os repórteres do Times “mencionaram que queriam escrever uma reportagem em memória de Gal, e foi isso. Se soubéssemos que o título seria sobre estupro e massacre, nunca aceitaríamos”. 

Numa matéria posterior, o Times buscou desacreditar a declaração inicial da irmã de Abdush. Segundo o jornal, ela teria dito que “estava ‘confusa sobre o que aconteceu’ e tentando ‘proteger minha irmã’”.

Todas as vezes que os repórteres do New York Times encontravam obstáculos para confirmar suspeitas, eles recorriam a autoridades israelenses anônimas ou testemunhas que já haviam sido entrevistadas várias vezes pela imprensa. 

Meses depois de iniciarem o trabalho, os repórteres se viram no mesmo ponto onde haviam começado, dependendo sobretudo da palavra de autoridades israelenses, soldados e funcionários da Zaka para comprovar a alegação de que mais de 30 corpos de mulheres e meninas foram encontrados com sinais de abuso sexual. 

Ao podcast do Canal 12, Schwartz disse que a última peça que faltava na matéria era um número concreto, dado pelas autoridades israelenses, de possíveis sobreviventes da violência sexual. “Temos quatro e podemos sustentar esse número”, ela disse que o Ministério do Bem-Estar e Assuntos Sociais a informou. Nenhum detalhe foi fornecido. A matéria do Times, no fim das contas, mencionou “pelo menos três mulheres e um homem que foram agredidos sexualmente e sobreviveram”.

Quando a matéria foi finalmente publicada, em 28 de dezembro, Schwartz descreveu a torrente de emoções e reações on-line em Israel. 

“Em Israel, as reações são maravilhosas. Nesse ponto acho que consegui encerrar o assunto, vendo que a mídia toda fala da matéria”.

Integrantes da equipe do Times, que falaram ao Intercept sob condição de anonimato, descreveram a matéria “Gritos sem palavras” como um produto dos mesmos erros que levaram à desastrosa nota do editor e à retratação do podcast “Califado”, de Rukmini Callimachi, e de uma série de reportagens sobre o grupo Estado Islâmico.

 Joe Kahn, o atual editor-executivo, era amplamente conhecido como um promotor e defensor de Callimachi. A série de reportagens, que o Times considerou numa revisão interna não ter sido suficientemente submetida à análise dos editores principais e ficado aquém do padrão de qualidade do jornal, foi finalista do Prêmio Pulitzer de 2019. 

Juntamente com outros prêmios de prestígio, a honraria foi cancelada em consequência do escândalo.

Margaret Sullivan, a última editora pública [ombudsman] do New York Times a cumprir um mandato completo antes de o jornal acabar com o cargo, em 2017, disse esperar que uma investigação seja feita sobre a matéria “Gritos sem palavras”. 

“Às vezes eu brinco que ‘é mais um ótimo dia para não ser a editora pública do New York Times’, mas a empresa poderia realmente aproveitar um neste momento para investigar em nome dos leitores”, escreveu.



Durante o podcast Canal 12, Schwartz falou dos questionamentos aos quais foi submetida. “Uma das perguntas feitas, entre as mais difíceis de conseguir responder, era: se isso aconteceu em tantos lugares, como é possível que não haja nenhuma prova pericial? Como é possível que não haja nenhum documento? Como é possível que não haja nenhum registro? Um relatório? Uma planilha do Excel? Você está falando de Shari [Mendes]? É uma pessoa que viu com os próprios olhos, e agora está falando com você. Não há nenhum registro [escrito] que torne confiável o que ela está dizendo?”

O apresentador interveio. “E você foi até as autoridades do governo israelense e pediu que lhe dessem alguma coisa, qualquer coisa. E como eles responderam?”

“‘Não há nada’”, Schwartz disse que lhe informaram. “‘Não havia nenhum conjunto de provas na cena’”.

Mas, de maneira geral, os editores apoiaram totalmente o projeto, afirmou ela. “Não houve ceticismo da parte deles, nunca”, declarou. “Isso não quer dizer que [a matéria] estava pronta, porque eu não tinha uma ‘segunda fonte’ para muita coisa”.

O porta-voz do Times apontou essa parte da entrevista como uma prova do processo rigoroso do jornal: “Revisamos a transcrição completa e está claro que você está insistindo em tirar as aspas de contexto. Na parte da entrevista a que você se refere, Anat descreve ter sido incentivada pelos editores a verificar evidências e fontes antes de publicarmos a investigação. Depois, ela fala sobre reuniões regulares com os editores, nas quais eles faziam perguntas “difíceis” e “complicadas”, e sobre o tempo que levava para executar a segunda e a terceira etapa da apuração. Tudo isso é parte de um processo rigoroso de reportagem, que continuamos a apoiar”.

Depois que a matéria foi publicada, Gettleman foi convidado a falar em um encontro sobre violência sexual na Escola de Assuntos Internacionais e Públicos da Universidade Columbia, em Nova York. Seu empenho foi elogiado pelos participantes e pela moderadora, a ex-executiva do Facebook Sheryl Sandberg. Em vez de reforçar a reportagem que ajudou o New York Times a ganhar o prestigioso Prêmio Polk, Gettleman descartou a necessidade de repórteres fornecerem “provas”. 

“O que encontramos… não quero nem usar a palavra ‘prova’, porque é praticamente um termo jurídico que sugere que você está tentando comprovar uma acusação ou mostrar que tem razão num tribunal”, disse Gettleman a Sandberg. “Esse não é o meu papel. Meu papel é documentar, apresentar informações, dar voz às pessoas. E nós encontramos informações ao longo de toda a cadeia de violência, portanto, de violência sexual”.

Gettleman afirmou que sua missão era emocionar as pessoas. “Esse é nosso trabalho como jornalistas: obter as informações e divulgar a história de maneira que faça as pessoas se importarem. Não apenas para informar, mas para emocionar as pessoas. E é isso que venho fazendo há muito tempo”.

Tradução de Vitor Pamplona

Por: Jeremy ScahillRyan Grim e Daniel Boguslaw

Fonte: Intercept Brasil


07/10: O MAIOR ESCÂNDALO DE PROPAGANDA DA HISTÓRIA.

Documentário da Al Jazeera mostra como "israel" matou civis israelenses e transformou o 07/10 em uma campanha de mentiras e propaganda para desumanizar palestinos e "legitimar" o genocídio palestino. Via: @ FepalB

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 Num vídeo recente de 7 de outubro, um tanque israelense é visto atirando contra casas de colonos no Kibutz Be'eri, na Palestina ocupada.



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