O evento, organizado por um grupo de ativistas que defendem
a democracia, protestou em prol do meio ambiente
Otávio Augusto, Metrópoles - Um protesto neste
domingo (11/10), cobrou ações do presidente
Jair Bolsonaro (sem partido) no enfrentamento às queimadas no
Pantanal. O ato ocorreu na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Essa é a terceira edição do Stop Bolsonaro Mundial. O evento
é organizado por um grupo de ativistas que defendem a democracia. Hoje o
protesto foi em prol do meio ambiente.
Dezenas de organizações ambientais se reuniram em frente à sede diplomática para fazer uma manifestação da campanha “Amazônia não é pasto”, contra a devastação recorde registrada em 2020 e a omissão do governo brasileiro sobre o tema https://t.co/mSBz6LYP8L
Neste domingo, o BLF (Brazilian Left Front) se juntou a outros coletivos ao redor do mundo para mais um ato: "Stop Bolsonaro Mundial". É o terceiro ato mundial para chamar a atenção internacional para o governo genocida de Bolsonaro. Em Dublin, o ato aconteceu online. Vídeo: BLF pic.twitter.com/jo4tr3CeLR
Jacaré morto em área queimada do Pantanal - Mauro Pimentel/
AFP
Segundo governo de Mato Grosso, perícias indicam que
queimadas não têm causas naturais; polícia busca responsáveis
O governo de Mato Grosso informou que cinco perícias
realizadas no Pantanal apontam ação humana como causa das queimadas na região. Dados do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que os incêndios
aumentam mais de 220% este ano. O total de focos registrados este ano é
superior a 7 mil, resultado recorde para a área.
Agora, a Delegacia de Meio Ambiente (Dema) trabalha
para chegar aos responsáveis pelos incêndios. A previsão inicial é de que
o inquérito seja concluído em 30 dias, mas pode haver pedido de mais
tempo. Segundo a delegada Alessandra Saturnino de Souza Cozzolino, ainda
não é possível concluir se as queimadas foram propositais.
"Podemos ter outro crime conectado, como é o caso do
possível desmatamento que antecedeu o incêndio, eventualmente provocado pelo
homem. Pode ter sido intencional, ou pode ter sido causado por uma situação
involuntária”, afirma Cozzolino. Ela ressalta que o trabalho de
é altamente capacitado para atuar na emergência ambiental e na
identificação das causas e origens do fogo.
A geógrafa Ane Alencar, diretora de ciências
do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) afirma que
os incêndios que estão ocorrendo no Pantanal e no resto do Brasil são muito
preocupantes. "A gente está vendo um aumento alarmante no número de de
focos de fogo."
Ela explica que as queimadas dependem de três elementos:
material combustível, condições climáticas e fonte de ignição que dê início ao
fogo. No Pantanal, ela considera que dois elementos estão contribuindo para a
piora do cenário. Um deles é o clima seco, provavelmente ligado ao aquecimento
das águas do Atlântico.
Um fogo iniciado em um campo do Pantanal, se você não
acabar com ele em uma hora, ele vai se espalhar de uma forma muito voraz.
"Esse fenômeno acaba impactando a quantidade de água
que passa pela Amazônia. Quanto menos água entra no sistema vindo do
Atlântico, menos a região do sudoeste do Amazônia, indo também para o
Pantanal, recebe água. Aconteceu em 2005 e, quando você olha os dados de 2005,
foi o ano que mais queimou. Este ano estamos batendo esse recorde."
A pesquisadora, no entanto, afirma que o efeito climático
não explica sozinho o desastre atual. "É importante a gente entender que,
mesmo o Pantanal sendo um bioma onde o fogo faz parte do bioma, ele não ocorre
naturalmente nessa época do ano. O aumento das fontes de ignição, esse
fogo sendo iniciado pelo ser humano, é uma coisa muito visível no Pantanal e em
outras regiões do Brasil."
Fundamentalmente, as pessoas têm que parar de queimar.
Segundo ela, as características do bioma exigem combate
imediato das queimadas. "Se não houver fonte de ignição, o fogo não
acontece. É justamente neste ponto que é importante frisar o papel das
autoridades em coibir o uso do fogo na região, principalmente em um ano muito
seco (...) Um fogo iniciado em um campo do Pantanal, se você não acabar
com ele em uma hora, ele vai se espalhar de uma forma muito voraz."
As consequências de queimadas extensas e frequentes na
região podem ser irreversíveis. "O intervalo natural de fogo não é a cada
ano e se a gente começar a ter queimadas no nível que a gente teve ano passado,
que estão ampliando este ano, o Pantanal vai demorar mais se recuperar e isso
vai deixando o bioma mais inflamável. Fundamentalmente, as pessoas têm que
parar de queimar."
A pena para quem for condenado pelo crime varia de dois a 4
anos. Há possibilidade também de multas que variam R$ 1 mil a R$ 7,5 mil
por hectare, com teto de R$ 50 milhões. Podem ser responsabilizadas tanto
pessoas físicas quanto jurídicas.
Segundo as perícias já realizadas no Pantanal, foram
identificados focos a partir de queima intencional para criação de pastos,
incêndios causados por acidentes na rodovia, problemas técnicos em
máquinas agrícolas e fogueiras usadas para extração de mel silvestre.
Laudos das perícias realizadas pelo Centro Integrado
Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman-MT) apontam que os incêndios
registrados na região do Pantanal mato-grossense foram provocados por ação
humana. Os laudos foram encaminhados para a Delegacia de Meio Ambiente (Dema)
para que seja aberto inquérito e responsabilização dos infratores.
No Twitter
A situação no Pantanal está calamitosa e o poder público está omisso.A previsão é que tenhamos + 60 dias de incêndio pela frente e o fogo já está no Parque.Os poucos animais encontrados com vida chegam em estado grave e estamos fazendo o melhor possível por eles #pantanalemchamaspic.twitter.com/8ehiRPcMvf
O PANTANAL DE MATO GROSSO PEDE SOCORRO! FAÇAM BARULHO, É NECESSÁRIO QUE MAIS PESSOAS SAIBAM DO QUE ESTÁ ACONTECENDO À MATA! É NECESSÁRIO QUE O GOVERNO SEJA PRESSIONADO A TOMAR ATITUDES COERENTES QUE REALMENTE AJUDEM! pic.twitter.com/rzjfYOqxrf
O Pantanal está queimando: o incêndio já consumiu 820 mil
hectares! O cenário que hoje se apresenta é o pior registrado nos
últimos 22 anos.
São milhares de animais silvestres encontrados
carbonizados ou com partes do corpo queimadas: serpentes, lagartos,
jabutis, jacarés, tamanduás, macacos e tantas outras espécies que povoam o
Pantanal.
As antas, por exemplo, chamadas de “jardineiras da floresta”
por serem um importante dispersor de sementes nos ecossistemas onde habitam,
são animais lentos e têm muita dificuldade em conseguir escapar das chamas.
Já animais mais ágeis como a onça-pintada, apesar de
conseguirem fugir do fogo com mais facilidade, têm suas patas queimadas, inalam
a fumaça e têm todo o seu habitat destruído, não achando mais alimentação ou
dormitório.
De acordo com a Divisão de Geração de Imagens (DIDGI) do
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, no comparativo entre os meses
de agosto de 2019 e 2020, o aumento no número de focos de incêndio aumentou em
mais de 1800%.
As queimadas já dizimaram mais de 10% do bioma
inteiro, incluindo 32% da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc
Pantanal, a maior do país. Com isso, a natureza e todos os seres que ali vivem,
sofrem diretamente.
Para contribuir, clique acima em "Contribua" e
faça a sua doação em boleto, cartão de crédito ou Paypal.
SUA DOAÇÃO SALVARÁ MILHARES DE ANIMAIS SILVESTRES!
Na tentativa de minimizar o sofrimento dos animais
resgatados por grupos que estão atuando incansavelmente na região, uma força
tarefa coordenada pelo Comitê do Fogo (órgão colegiado que reúne diversas
instituições de governo, terceiro setor e iniciativa privada) construiu um
Posto de Atendimento Emergencial a Animais Silvestres – PAEAS Pantanal.
Mas, precisa de investimento financeiro para manter sua
operação e os custos com suprimentos são altíssimos:
#Alimentação dos animais em reabilitação e muito mais!
OS ANIMAIS NÃO PODEM ESPERAR: AJUDE A GARANTIR OS
SUPRIMENTOS NECESSÁRIOS PARA SALVÁ-LOS
A AMPARA Animal e a AMPARA Silvestre lançam, então, a
campanha PANTANAL EM CHAMAS, com a finalidade de captar recursos para manter a
operação do PAEAS Pantanal funcionando, garantindo os suprimentos necessários
para resgate e reabilitação dos animais, para que tenham chance de voltar ao
seu habitat posteriormente
SOBRE A ONG AMPARA
Em atividade desde 2010, A AMPARA
Animal nasceu quando as fundadoras Juliana Camargo e Marcele Becker se
uniram por amor e respeito aos animais.
Em 2015 se tornou a instituição que mais ajuda animais no
país, ao se tornar uma “ONG mãe” que ampara mais de 450 abrigos cadastrados em
nível nacional.
Em 2016, uma nova frente da entidade foi criada,
a AMPARA Silvestre, com foco em conservação ao reabilitar animais que
possam ser devolvidos à natureza e também oferecer bem-estar aos animais
condenados ao cativeiro.
Em 10 anos:
Mais
de 1,6 milhão de quilos de ração distribuídos
Mais
de 155 mil vacinas
Mais
de 350 mil animais medicados
Mais
de 10.000 animais castrados
Mais
de 12.000 animais adotados
Veja abaixo quem integra a força tarefa de resgate de
animais silvestres no Pantanal:
Sema-MT | Comitê Estadual de Gestão do Fogo | Programa
REM-MT | SESP-MT | CBM-MT| BEA | BPMPA | Juvam | ALMT | Prefeitura Municipal de
Poconé | OAB-MT | CRMV-MT | Ibama | UFMT | Hovet | Cempas | Cavet | Sesc
Pantanal | Instituto Homem Pantaneiro | Integral Pet | VET Vida | Vivet |
Pantaneiro Clínica Veterinária | AMPARA Silvestre
SEJA UM VOLUNTÁRIO
Se você é médico(a) veterinário(a) com especialização em
animais silvestres e experiência de atuação/resgate em situações adversas, seja
um voluntário. Entre em contato pelo e-mail contato@amparanimal.org.br e
coloque, no título: VOLUNTARIADO NO PANTANAL.
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faça a sua doação em boleto, cartão de crédito ou Paypal.
O valor mínimo da doação na plataforma é R$25,00 por
conta das taxas bancárias e no Paypal é de R$40.
Se você quiser, pode combinar com os amigos e dividir o
valor entre vocês, que tal?
A equipe da VOAA apura todas as vaquinhas publicadas na
plataforma. Acompanhamos as histórias antes, durante e após finalizar as
campanhas em nossas redes sociais.