Entre janeiro e maio de 2021, o aumento da área com alertas
de desmatamento foi de 14,6% em relação ao mesmo período do ano passado
Alerta de desmatamento de 23,70 km², identificado em maio,
na região da Terra do Meio (PA).
Dados do sistema DETER, do Instituto de Pesquisas Espaciais
(Inpe), divulgados hoje, mostram que os alertas de desmatamento na Amazônia
seguem crescendo em ritmo alarmante. Os dados até o dia 28 de maio apontam um aumento
de 41% na área com alertas de desmatamento em relação aos registrados em maio
de 2020.
Área de 9,4 km² com alerta de desmatamento, detectado em maio, em Altamira (PA).
Com 1.180 km², foi o mês com maior área de alertas neste ano,
e o maior maio da série Deter-B. Somente neste ano, entre janeiro e maio, foram
2,337 Km2 um aumento na área de 14,6% em relação ao mesmo período do ano
passado, apesar da cobertura de nuvens ter sido superior em 2021 (jan-maio) e
apesar de ter chovido mais na região norte – o que em tese, deveria desacelerar
o desmatamento.
“Após a divulgação do número recorde de queimadas na
Amazônia e Cerrado em maio, os alertas de desmatamento reforçam ainda mais o
quanto uma das maiores reservas de biodiversidade no planeta está sendo
colocada em risco dia após dia”, alerta Rômulo Batista, da campanha Amazônia do
Greenpeace.
Meio ambiente à deriva
O Brasil tem no momento um presidente e um ministro do meio
ambiente atuando abertamente contra a proteção ambiental. Como se não bastasse,
o Congresso tem contribuído com essa política de destruição, enfraquecendo
deliberadamente as leis que protegem a floresta e seus povos. Estratégia que
vem dando certo, como apontam os índices de desmatamento.
Ocupado com as investigações e inquéritos sobre o comércio
internacional de madeiras, o ministro Ricardo Salles fechou os olhos para o
controle do desmatamento, que segue a passos largos, inclusive em terras
públicas. Enquanto isso o Congresso Nacional discute projetos de lei que vão
piorar ainda mais a situação, à exemplo dos PLs 2633/2020 e 510/2021, que visam
flexibilizar os critérios da regularização fundiária, o que na prática anistia
grileiros, enquanto cerca de ⅓ do desmatamento na Amazônia é ocasionado por
grilagem. Além disso, os PLs 191/2020 e 490/2007 são um verdadeiro ataque aos
povos indígenas e seus territórios, pois visam abrir terras indígenas para
atividades predatórias como mineração e avanço do agronegócio.
“Ainda que estes projetos estejam em tramitação, já é
suficiente para adicionar combustível às motosserras. Ao seguir permitindo que
a Amazônia seja perdida dessa maneira, nossos governantes afetam também a
oferta de serviços ecossistêmicos que ela proporciona à sociedade. Manter a
saúde da floresta é manter a nossa saúde e nosso bem-estar, precisamos de uma
vez por todas entender que não há progresso ou desenvolvimento possível sem
natureza”, completa Rômulo.
Alerta de desmatamento na Amazônia Legal em maio é o maior
em 5 anos | CNN PRIME TIME
A área sob alerta para desmatamento na Amazônia Legal, em
maio de 2021, bateu recorde mensal na série histórica mantida pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desde agosto de 2015 – e só foram
validados os dados de 28 dias do mês.
O desmatamento da Amazônia segue batendo recordes e
coloca o Brasil sob pressão internacional e risco de perdas econômicas
substantivas. Para discutir o assunto, a Sputnik Brasil conversou com o
secretário-executivo do Observatório do Clima, que alertou que criminosos agem
à vontade na Amazônia atualmente.
Na sexta-feira (7), dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE) mostraram que o Brasil bateu o recorde de alerta de desmatamento na
Amazônia em abril deste ano, com o pior resultado para o mês desde 2016. No
total, a área sob alerta de desmatamento na região foi estimada em 581 km²
pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) do INPE.
Somente em abril, ao menos 58 mil hectares de floresta foram
desmatados, um aumento de 43% em relação mesmo mês de 2020.
O quadro foi divulgado poucas semanas após o presidente
brasileiro Jair Bolsonaro assumir compromissos
de redução do desmatamento diante do mundo na Cúpula do Clima. Durante
a conferência, Bolsonaro afirmou que o Brasil acabará o desmatamento ilegal até
2030.
Desde o início do atual governo, os números do desmatamento
no Brasil têm gerado crescentes pressões internacionais. Recententemente, o
governo dos Estados Unidos tem exercido esse papel, sendo que
Washington exigiu de Bolsonaro a apresentação de uma postura mais ativa no
combate ao crime ambiental durante a Cúpula do Clima. A postura ambiental do
atual governo brasileiro também já recebeu reprimendas de diversos países
europeus.
Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do
Clima, explica que o aumento do desmatamento no Brasil gera uma série de
problemas sérios não só para o meio ambiente, como também para economia
brasileira.
"São muitos os impactos do desmatamento para o
setor do agronegócio brasileiro. Existem impactos de curto e impactos de médio
prazo. Entre os impactos de curto prazo a gente pode citar nitidamente o
impacto da imagem negativa que o desmatamento provoca para o Brasil e,
consequentemente, para os produtos brasileiros, principalmente aqueles que são
produzidos na Amazônia. Ninguém, no mundo inteiro, quer consumir produtos
derivados do desmatamento", afirma Astrini em entrevista à Sputnik Brasil.
Um exemplo da consequência pontada por Astrini ocorreu no
início de maio, quando um grupo de cerca de 40 empresas britânicas do setor
alimentício divulgou uma carta aberta ameaçando boicotar a compra
de produtos brasileiros caso o projeto de lei 510/2020 seja aprovado, alegando que a legislação
incentiva o avanço sobre a Amazônia. O projeto, que conta com apoio do governo
Bolsonaro, abre caminho para que áreas desmatadas possam passar para a posse de
desmatadores.
O ambientalista Marcio Astrini ressalta que esse tipo de
pressão internacional pela preservação do meio ambiente no Brasil não é
novidade e lembra da introdução da moratória da soja no início dos anos 2000
como exemplo de políticas anteriores que refletiram movimentações externas. A
moratória da soja proíbe a compra de soja proveniente de áreas desmatadas.
"Cada vez, portanto, que o desmatamento aumenta
no Brasil, aumenta essa desconfiança, a insegurança de compradores
internacionais, e isso acaba prejudicando os negócios brasileiros ou colocando
para alguns produtos, principalmente do Brasil, uma pressão ainda maior para
que eles sejam comercializados mundo afora", explica, lembrando que o país
já sofreu boicotes internacionais ligados ao desmatamento e também ameaças de
retirada de investimentos.
Astrini aponta que, além do impacto comercial, a degradação
ambiental também pode
trazer prejuízos econômicos diretos para atividades agropecuárias
brasileiras, que aparentemente se beneficiam do desmatamento. Um estudo divulgado na
revista Nature nesta segunda-feira (10), aponta que o desmatamento no Brasil
pode custar US$ 5,7 bilhões (cerca de R$ 30 bilhões) anualmente ao país devido
ao impacto na produção agrícola.
"Existe um impacto de médio prazo que é um
impacto mais sustentado, provocado pelo desmatamento da Amazônia, que é a
alteração dos padrões climáticos do Brasil e dos serviços essenciais que a
floresta amazônica presta para toda agricultura nacional. Existem muitas
regiões do Brasil em que grande, ou quase que a totalidade das chuvas que
irrigam as produções brasileiras, advém diretamente da Amazônia", aponta.
Área desmatada na Amazônia.
A mudança no padrão climático, explica o ambientalista, pode
provocar secas mais prolongadas, alterando o regime das chuvas que irrigam
plantações e abastecem reservatórios em todo o país. Dessa forma, o impacto
sobre a produção é agrícola pode se estender a longo prazo.
Na contramão do mundo
A manutenção do desmatamento no Brasil, destaca
Astrini, coloca o país em rota de colisão com a política
climática de grandes potências, tais como a China, os Estados Unidos e também
países da Europa, cujas agendas, hoje, incluem a proteção do meio ambiente.
"Obviamente que a Amazônia faz parte de uma
preocupação global nesse tema de mudanças climáticas, afinal de contas a
Amazônia retém um estoque de carbono, ela retém nas suas árvores, no seu solo,
o equivalente a oito anos de todas as emissões globais de gases de efeito
estufa. Então, aquilo é um verdadeiro estoque, uma bomba de carbono estocada na
Amazônia. Se o desmatamento continuar avançando esse carbono todo que existe
estocado na Amazônia vai sendo liberado para a atmosfera", aponta.
O secretário-executivo do Observatório do Clima alerta que o
desmatamento agressivo, como o detectado pelo INPE em abril na Amazônia, pode
mover a floresta na direção de um colapso, colocando em risco os esforços
globais contra o aquecimento global.
Presidente Jair Bolsonaro e membros do governo federal
ouvindo a fala do líder norte-americano Joe Biden durante a Cúpula do Clima, 22
de abril de 2021
Astrini lembra que o Brasil "coleciona problemas"
em diversas questões como decorrência da má gestão ambiental. Um deles está
atrelado à submissão do pedido de entrada na Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), que entre outros pontos, requer uma política
ambiental adequada. Outro prejuízo da atual política ambiental, lembra Astrini,
é em relação ao acordo entre Mercosul e União Europeia (UE) que envolve bilhões
de euros.
"Talvez o caso mais claro de impacto econômico,
impacto na relação diplomática e comercial do Brasil, esteja no tratado
Mercosul-União Europeia, um tratado que teve a sua assinatura política
realizada há cerca de um ano e meio atrás e que de lá para cá ficou esperando
um gesto, um gesto positivo, a entrega de resultados por parte do governo
brasileiro de diminuição do desmatamento da Amazônia e de uma melhoria da
governança ambiental no Brasil. Nunca foi apresentado pelo atual governo
brasileiro nenhum resultado e nenhuma ação concreta, ou medida satisfatória,
nesse sentido de melhorar a forma como o Brasil trata o meio ambiente",
aponta.
Governo Bolsonaro protege quem desmata
Há diversas especulações sobre as razões que levam o governo
do presidente brasileiro Jair Bolsonaro a manter a política ambiental mesmo em
meio aos prejuízos iminentes desta prática e às pressões internacionais. Para
Astrini, o governo simplesmente não tem interesse em barrar o desmatamento.
"Eu diria que o principal é que o governo não
quer. O governo Bolsonaro realmente não adota uma postura de governo que esteja
interessado em combater o crime ambiental - que é o principal causador hoje que
nós temos do desmatamento da Amazônia - e tomar medidas efetivas para proteger
a floresta e para tratar o crime ambiental de forma severa e com o rigor da
lei", avalia.
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles, participam da Cúpula do Clima virtual por meio de um
link de vídeo em Brasília, Brasil, em 22 de abril de 2021
Para o ambientalista, o governo atual, ao invés de impedir o
desmatamento, está incentivando essa prática.
"O governo [Bolsonaro], muito pelo contrário, em
muitas, ou na grande maioria das medidas que tomou até hoje, toma medidas para
facilitar o crime ambiental na Amazônia. É um governo que congelou as multas
ambientais, é um governo que diminuiu a capacidade do Estado brasileiro de
combater o crime [ambiental], cancelando operações de campo, diminuindo muito o
orçamento das agências de fiscalização do desmatamento da Amazônia, tomou
medidas em favor de madeireiros ilegais, em favor de grileiros de terras, em
favor de invasores de terras públicas", afirma, acrescentando nesse rol
entra ainda a simpatia do governo com o garimpo ilegal na região amazônica.
Astrini também recorda que há relatos de que a atual
política ambiental do governo Bolsonaro persegue servidores interessados em
combater o desmatamento.
"Nós temos uma série de depoimentos de pessoas
que trabalham na fiscalização ambiental no Brasil dizendo que elas são perseguidas
e intimidadas pelo atual governo. Há alguns dias atrás, inclusive, os
servidores públicos que praticam fiscalização no Brasil acusaram o governo de
tentar implementar medidas que praticamente inviabilizam a fiscalização
ambiental no país", aponta.
Criminosos atuam à vontade na Amazônia
O representante do Observatório do Clima lembra que o
governo federal tem
capacidade financeira e técnica à disposição para executar amplas
ações de combate ao desmatamento, mas escolhe "proteger quem
desmata".
"Então, existem uma série de medidas, uma série
de ações do próprio governo que vão no sentido de proteger quem desmata e não
de proteger a floresta. Exatamente por isso, o crime se sente extremamente à
vontade e vê, em ações e em palavras, que o governo não vai tomar nenhuma
iniciativa, assim como não tomou até agora, no sentido de coibir esse crime
ambiental. Hoje, na verdade, a Amazônia se transformou em um verdadeiro parque
de diversões para criminosos do meio ambiente, eles atuam de forma muito à
vontade", aponta.
Carregamento de madeira extraída da Amazônia transportado em
quatro embarcações sendo apreendido pela Operação Verde Brasil 2, das Forças
Armadas brasileiras, no estado do Pará
Astrini afirma que o Brasil tem pelo menos três bilhões de
reais parados no Fundo Amazônia que não são empregados pelo governo de forma
deliberada. Dessa forma, na opinião do ambientalista, o que impede o aumento do
combate ao desmatamento no Brasil é o governo.
"O que falta no Brasil não é nem conhecimento de
como se diminuir o desmatamento, mesmo porque o Brasil já fez isso alguns anos
atrás. Entre os anos de 2004 e 2012, o desmatamento na Amazônia caiu na casa de
80%. Portanto, nós sabemos que não é um problema de dinheiro - o dinheiro está
depositado no Fundo Amazônia. É realmente um problema de governo, o que nos
falta é vontade e o que falta é compromisso da atual gestão pública no Brasil
do governo federal em atacar o problema e reduzir o desmatamento da
Amazônia", conclui.
Amazônia Explicada - Serviços Ecossistêmicos: o presente da
floresta #2
Os benefícios que a natureza nos traz, simplesmente por
existir em equilíbrio, são chamados de serviços ecossistêmicos. No caso da
Amazônia, são serviços como a produção e distribuição da água, o resfriamento
do clima, a proteção contra doenças, alimentos e muito mais. Mas se a floresta
nos dá tudo isso de graça, por que ainda desmatam a Amazônia?
Na lista de crimes do esquema, temos o PL do Licenciamento, que será pautado amanhã na Câmara, pelo @ArthurLira_. Um projeto que pretende extinguir o licenciamento ambiental no Brasil não pode passar! Acesse: https://t.co/hRbz8RHItF e ajude a combatê-lo! #LicenciamentoFica
Jacaré morto em área queimada do Pantanal - Mauro Pimentel/
AFP
Segundo governo de Mato Grosso, perícias indicam que
queimadas não têm causas naturais; polícia busca responsáveis
O governo de Mato Grosso informou que cinco perícias
realizadas no Pantanal apontam ação humana como causa das queimadas na região. Dados do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que os incêndios
aumentam mais de 220% este ano. O total de focos registrados este ano é
superior a 7 mil, resultado recorde para a área.
Agora, a Delegacia de Meio Ambiente (Dema) trabalha
para chegar aos responsáveis pelos incêndios. A previsão inicial é de que
o inquérito seja concluído em 30 dias, mas pode haver pedido de mais
tempo. Segundo a delegada Alessandra Saturnino de Souza Cozzolino, ainda
não é possível concluir se as queimadas foram propositais.
"Podemos ter outro crime conectado, como é o caso do
possível desmatamento que antecedeu o incêndio, eventualmente provocado pelo
homem. Pode ter sido intencional, ou pode ter sido causado por uma situação
involuntária”, afirma Cozzolino. Ela ressalta que o trabalho de
é altamente capacitado para atuar na emergência ambiental e na
identificação das causas e origens do fogo.
A geógrafa Ane Alencar, diretora de ciências
do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) afirma que
os incêndios que estão ocorrendo no Pantanal e no resto do Brasil são muito
preocupantes. "A gente está vendo um aumento alarmante no número de de
focos de fogo."
Ela explica que as queimadas dependem de três elementos:
material combustível, condições climáticas e fonte de ignição que dê início ao
fogo. No Pantanal, ela considera que dois elementos estão contribuindo para a
piora do cenário. Um deles é o clima seco, provavelmente ligado ao aquecimento
das águas do Atlântico.
Um fogo iniciado em um campo do Pantanal, se você não
acabar com ele em uma hora, ele vai se espalhar de uma forma muito voraz.
"Esse fenômeno acaba impactando a quantidade de água
que passa pela Amazônia. Quanto menos água entra no sistema vindo do
Atlântico, menos a região do sudoeste do Amazônia, indo também para o
Pantanal, recebe água. Aconteceu em 2005 e, quando você olha os dados de 2005,
foi o ano que mais queimou. Este ano estamos batendo esse recorde."
A pesquisadora, no entanto, afirma que o efeito climático
não explica sozinho o desastre atual. "É importante a gente entender que,
mesmo o Pantanal sendo um bioma onde o fogo faz parte do bioma, ele não ocorre
naturalmente nessa época do ano. O aumento das fontes de ignição, esse
fogo sendo iniciado pelo ser humano, é uma coisa muito visível no Pantanal e em
outras regiões do Brasil."
Fundamentalmente, as pessoas têm que parar de queimar.
Segundo ela, as características do bioma exigem combate
imediato das queimadas. "Se não houver fonte de ignição, o fogo não
acontece. É justamente neste ponto que é importante frisar o papel das
autoridades em coibir o uso do fogo na região, principalmente em um ano muito
seco (...) Um fogo iniciado em um campo do Pantanal, se você não acabar
com ele em uma hora, ele vai se espalhar de uma forma muito voraz."
As consequências de queimadas extensas e frequentes na
região podem ser irreversíveis. "O intervalo natural de fogo não é a cada
ano e se a gente começar a ter queimadas no nível que a gente teve ano passado,
que estão ampliando este ano, o Pantanal vai demorar mais se recuperar e isso
vai deixando o bioma mais inflamável. Fundamentalmente, as pessoas têm que
parar de queimar."
A pena para quem for condenado pelo crime varia de dois a 4
anos. Há possibilidade também de multas que variam R$ 1 mil a R$ 7,5 mil
por hectare, com teto de R$ 50 milhões. Podem ser responsabilizadas tanto
pessoas físicas quanto jurídicas.
Segundo as perícias já realizadas no Pantanal, foram
identificados focos a partir de queima intencional para criação de pastos,
incêndios causados por acidentes na rodovia, problemas técnicos em
máquinas agrícolas e fogueiras usadas para extração de mel silvestre.
Laudos das perícias realizadas pelo Centro Integrado
Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman-MT) apontam que os incêndios
registrados na região do Pantanal mato-grossense foram provocados por ação
humana. Os laudos foram encaminhados para a Delegacia de Meio Ambiente (Dema)
para que seja aberto inquérito e responsabilização dos infratores.
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A situação no Pantanal está calamitosa e o poder público está omisso.A previsão é que tenhamos + 60 dias de incêndio pela frente e o fogo já está no Parque.Os poucos animais encontrados com vida chegam em estado grave e estamos fazendo o melhor possível por eles #pantanalemchamaspic.twitter.com/8ehiRPcMvf
O PANTANAL DE MATO GROSSO PEDE SOCORRO! FAÇAM BARULHO, É NECESSÁRIO QUE MAIS PESSOAS SAIBAM DO QUE ESTÁ ACONTECENDO À MATA! É NECESSÁRIO QUE O GOVERNO SEJA PRESSIONADO A TOMAR ATITUDES COERENTES QUE REALMENTE AJUDEM! pic.twitter.com/rzjfYOqxrf