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terça-feira, 10 de agosto de 2021

Incêndios, da NASA as imagens do mundo devastado pelas chamas


O planeta está em chamas: muitos incêndios na África e na Amazônia



 Graças ao serviço do Sistema de Informação de Incêndio para Gerenciamento de Recursos da NASA, é possível ver claramente que o mundo está queimando. Da Austrália à Sibéria, da Grécia à Turquia, da Itália à Califórnia, da Amazônia à África: são inúmeros os pontos vermelhos no mapa, detectados com o instrumento Modis a bordo do satélite terrestre da NASA, que revelam os locais onde existiam são altas temperaturas e incêndios. 

É evidente pela imagem que a zona centro-sul de África é a mais afetada, nomeadamente Zâmbia, Angola, Malawi, Madagáscar e República Democrática do Congo, onde a camada de fumo é tão espessa que obscurece completamente algumas zonas. . Na África, escreve a NASA, não é possível determinar como e onde o incêndio começou. Mas a época do ano sugere que os incêndios são maliciosos e com fins agrícolas, pois o fogo permite aos agricultores limpar os campos de colheitas antigas e prepará-las para novas, queimar o mato, renovar as pastagens ou o cerrado.

Uma grande parte da América do Norte e do Sul, a península Arábica, a costa do Mediterrâneo, o nordeste da Europa também estão em chamas. A Ásia também está em chamas: as costas da Índia, Sibéria, assim como China, Malásia e Indonésia estão em chamas.

Fonte: Huffingtonpost


RT en Español

Esta sería la 'huella humana' que hemos dejado en todo el mundo - 4 de ago. de 2021

La huella humana (o huella ecológica) mide la demanda humana sobre la naturaleza, la cantidad de naturaleza que se necesita para mantener a las personas o una economía. Se hace un seguimiento de esta demanda a través de un sistema de contabilidad ecológica. La información viene del Centro de Datos y Aplicaciones Socioeconómicas de EE.UU.

Assista ao Vídeo


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quinta-feira, 1 de julho de 2021

Observatório do Clima alerta para riscos de nova tragédia por incêndios no Pantanal


Especialista afirma que regime de seca começou sem preparo do governo e aponta recursos ainda não executados


Homens e mulheres brigadistas se arriscam suportando fumaça e calor altíssimos para impedir o avanço do fogo no Pantanal - PREVFOGO

Monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para os próximos dias indica aumento de risco de queimadas em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estados do Pantanal. Segundo o Observatório do Clima, coalizão que reúne organizações de defesa do meio ambiente, a tragédia do ano passado pode se repetir.

Nas análises dos satélites do Inpe, é possível observar que pelo menos metade do território dos dois estados está sob perigo alto ou crítico para incêndios. As previsões para o resto da semana mostram que o cenário deve piorar ainda mais.

Além das indicações do Instituto, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais apontou que a maior parte do Mato Grosso do Sul apresentou seca severa ou extrema em maio.

No Mato Grosso, havia mais pontos passando por seca fraca a moderada, mas locais em situação mais grave também foram identificados.

:: Se queimadas continuarem, Pantanal tende a virar um deserto, afirma biólogo ::

Suely Araújo, especialista sênior em Políticas Públicas do Observatório do Clima e ex-presidenta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), afirma que o poder público precisa se preparar.

Ela lembra que, em 2020, quando o Bioma perdeu 26% da biodiversidade por causa de incêndios, as condições climáticas foram historicamente desfavoráveis e, este ano, a situação é ainda pior.

"Ano passado a seca foi mais severa do que o normal. O período seco começou antes e as temperaturas foram bastante elevadas. Isso está se repetindo este ano. Na verdade, as chuvas pararam  até antes este ano, já em abril", ressalta.

Correndo contra o tempo

Para evitar a realidade dramática de 2020, a especialista afirma que seria essencial investir em prevenção com antecedência. Suely lembra os fortes indícios de que os incêndios de 2020 começaram a partir de ação humana, com objetivo de limpeza de espaços para atividades agropecuárias.

"Esse fogo se espalha para áreas protegidas e reservas indígenas, não tem limite. Você tem que chegar antes, não pode esperar os incêndios florestais", alerta a ex-presidenta do Ibama. "É preciso trabalhar com o que a gente chama de manejo integrado do fogo", explica.

Fogo no Pantanal tem origem na ação humana, mostra perícia

Uma das técnicas de prevenção detalhas por Suely é a delimitação de áreas com aceiros, faixas sem vegetação, que servem para evitar alastramento do fogo. A prática é usada inclusive para proteger cercas, estradas e propriedades vizinhas.

Os aceiros devem ser feitos no início dos períodos de estiagem. Em caso do uso do fogo, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) recomenda que as fazendas contem com profissionais que tenham experiência no combate e no manejo de incêndios, mas ressalta que os donos de terra devem buscar tecnologias mais eficientes e seguras do que as queimadas. 

A resposta governamental 

Na terça-feira (29), o governo publicou um decreto proibindo as queimadas em todo o Brasil por 120 dias. Mas o texto traz diversas exceções. Queimas controladas, em áreas não localizadas nos biomas Amazônia e Pantanal, que sejam "imprescindíveis à realização de práticas agrícolas" e previamente autorizadas estão liberadas.

Também está permitido usar o fogo para práticas de prevenção e combate a incêndios realizadas ou supervisionadas por instituições públicas, trabalhos agrícolas de subsistência de populações tradicionais e indígenas; e atividades de pesquisa que tenham autorização do poder público.

No Pantanal sul-mato-grossense, o governo do estado cancelou qualquer tipo de autorização de queima também por 120 dias. A suspensão vale para propriedades na Área de Uso Restrito do Pantanal.

No entanto, o Observatório do Clima relata que há dinheiro parado no Ministério do Meio Ambiente e que deveria ser aplicado no combate aos incêndios no Pantanal. 

O Congresso Nacional liberou recursos suplementares para a Ministério do Meio Ambiente que contemplam ações de prevenção a queimadas.

Pantanal: oposição entra com ação no STF para cobrar plano de contenção de queimadas

Frente ao risco de uma nova tragédia, partidos de oposição entraram com ação no STF para que os governos dos estados pantaneiros e o governo federal apresentem um plano de prevenção em até 30 dias. .

De autoria das legendas PSOL, Rede, PSB e PT, a arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental questiona o descumprimento de pontos primordiais da Constituição brasileira.

A reportagem do Brasil de Fato enviou questionamentos sobre o tema ao Ministério do Meio Ambiente, mas não recebeu resposta até o fechamento deste texto. 

Edição: Leandro Melito

Fonte: Brasil de Fato


WWF-Brasil

As queimadas de 2020 deixaram um cenário desolador no Pantanal. O bioma teve mais de 30% da sua área queimada, o equivalente a 4 milhões de campos de futebol arrasados. Muitos dos animais que escaparam do fogo, sobreviveram com auxílio de voluntários e instituições que concentraram esforços no resgate e recuperação. Pelo menos 30 deles foram levados ao Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande (MS), entre julho e setembro. Na lista, onças-pintadas, lobinhos, tamanduás, araras, anta, cotia e gavião-telha que habitam o Pantanal e também áreas de Cerrado. Para auxiliar na recuperação dos animais, o WWF-Brasil doou materiais e medicamentos. A ação faz parte do projeto “Respostas Emergenciais em Campo”, iniciado em 2019 na Amazônia e ampliado este ano para atender o Pantanal, por conta do aumento das queimadas, a partir de julho. Saiba mais: https://bit.ly/AnimaisFeridosPantanal

Assista ao VÍDEO


domingo, 21 de fevereiro de 2021

Motor de Boeing 777 nos EUA pega fogo após decolagem e espalha destroços em pleno voo (FOTO, VÍDEOS)


Um vídeo que circula na redes sociais mostra o motor de um Boeing 777 pegando fogo pouco depois de decolar do Aeroporto Internacional de Denver, Colorado, para onde teve que regressar.



Durante este incidente algumas partes do motor se desprenderam e caíram no solo nos arredores da cidade de Broomfield, momento que os passageiros a bordo descreveram como um enorme estrondo. Felizmente o avião conseguiu pousar em segurança e ninguém ficou ferido no acidente.


  • Um Boeing 777 da companhia aérea United Airlines com destino a Honolulu, Havaí, pegou fogo pouco depois de partir de Denver, informou no sábado (20) a empresa americana no Twitter. O avião teve de fazer uma aterrissagem de emergência.

O vídeo compartilhado nas redes sociais mostra o motor quase completamente desfeito e em chamas durante o voo.


AIRLIVE net

Large part of Boeing 777's engine fell after takeoff from Denver Intl Airport

Assista ao VÍDEO


A polícia de Broomfield disse que a aeronave espalhou fragmentos em vários bairros da cidade. As autoridades alertaram os cidadãos para não tocarem ou moverem os fragmentos do motor, uma vez que será conduzida uma investigação.


Sputnik Brasil

Partes do motor de um Boeing 777 cairam no solo perto de casas nos arredores da cidade de Broomfield, EUA, após uma falha.

Assista ao VÍDEO


Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) emitiu um comunicado sobre o acidente.

"Um Boeing 777-200 da United Airlines retornou ao Aeroporto Internacional de Denver e pousou em segurança no sábado (20) após sofrer uma falha no motor direito logo após a decolagem".


 

 Mais uma foto de fragmentos perto de uma casa em Elmwood, Broomfield.

A aeronave tinha partido de Denver rumo ao Havaí com 231 passageiros e dez membros da tripulação.

Fonte: Sputnik Brasil


terça-feira, 15 de setembro de 2020

Fogo no Pantanal tem origem na ação humana, mostra perícia


Jacaré morto em área queimada do Pantanal - Mauro Pimentel/ AFP

Segundo governo de Mato Grosso, perícias indicam que queimadas não têm causas naturais; polícia busca responsáveis

O governo de Mato Grosso informou que cinco perícias realizadas no Pantanal apontam ação humana como causa das queimadas na região. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que os incêndios aumentam mais de 220% este ano. O total de focos registrados este ano é superior a 7 mil, resultado recorde para a área. 

Agora, a Delegacia de Meio Ambiente (Dema) trabalha para chegar aos responsáveis pelos incêndios. A previsão inicial é de que o inquérito seja concluído em 30 dias, mas pode haver pedido de mais tempo. Segundo a delegada Alessandra Saturnino de Souza Cozzolino, ainda não é possível concluir se as queimadas foram propositais. 

"Podemos ter outro crime conectado, como é o caso do possível desmatamento que antecedeu o incêndio, eventualmente provocado pelo homem. Pode ter sido intencional, ou pode ter sido causado por uma situação involuntária”, afirma Cozzolino. Ela ressalta que o trabalho de é altamente capacitado para atuar na emergência ambiental e na identificação das causas e origens do fogo.


A geógrafa Ane Alencar, diretora de ciências do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) afirma que os incêndios que estão ocorrendo no Pantanal e no resto do Brasil são muito preocupantes. "A gente está vendo um aumento alarmante no número de de focos de fogo." 

Ela explica que as queimadas dependem de três elementos: material combustível, condições climáticas e fonte de ignição que dê início ao fogo. No Pantanal, ela considera que dois elementos estão contribuindo para a piora do cenário. Um deles é o clima seco, provavelmente ligado ao aquecimento das águas do Atlântico.

  • Um fogo iniciado em um campo do Pantanal, se você não acabar com ele em uma hora, ele vai se espalhar de uma forma muito voraz.

"Esse fenômeno acaba impactando a quantidade de água que passa pela Amazônia. Quanto menos água entra no sistema vindo do Atlântico, menos a região do sudoeste do Amazônia, indo também para o Pantanal, recebe água. Aconteceu em 2005 e, quando você olha os dados de 2005, foi o ano que mais queimou. Este ano estamos batendo esse recorde." 


A pesquisadora, no entanto, afirma que o efeito climático não explica sozinho o desastre atual. "É importante a gente entender que, mesmo o Pantanal sendo um bioma onde o fogo faz parte do bioma, ele não ocorre naturalmente nessa época do ano. O aumento das fontes de ignição, esse fogo sendo iniciado pelo ser humano, é uma coisa muito visível no Pantanal e em outras regiões do Brasil."

  • Fundamentalmente, as pessoas têm que parar de queimar.

Segundo ela, as características do bioma exigem combate imediato das queimadas. "Se não houver fonte de ignição, o fogo não acontece. É justamente neste ponto que é importante frisar o papel das autoridades em coibir o uso do fogo na região, principalmente em um ano muito seco (...) Um fogo iniciado em um campo do Pantanal, se você não acabar com ele em uma hora, ele vai se espalhar de uma forma muito voraz."


As consequências de queimadas extensas e frequentes na região podem ser irreversíveis. "O intervalo natural de fogo não é a cada ano e se a gente começar a ter queimadas no nível que a gente teve ano passado, que estão ampliando este ano, o Pantanal vai demorar mais se recuperar e isso vai deixando o bioma mais inflamável. Fundamentalmente, as pessoas têm que parar de queimar."

A pena para quem for condenado pelo crime varia de dois a 4 anos. Há possibilidade também de multas que variam  R$ 1 mil a R$ 7,5 mil por hectare, com teto de R$ 50 milhões. Podem ser responsabilizadas tanto pessoas físicas quanto jurídicas.

Segundo as perícias já realizadas no Pantanal, foram identificados focos a partir de queima intencional para criação de pastos, incêndios causados por acidentes na rodovia, problemas técnicos em máquinas agrícolas e fogueiras usadas para extração de mel silvestre.

Fonte: Nara Lacerda Brasil de Fato



Laudos das perícias realizadas pelo Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman-MT) apontam que os incêndios registrados na região do Pantanal mato-grossense foram provocados por ação humana. Os laudos foram encaminhados para a Delegacia de Meio Ambiente (Dema) para que seja aberto inquérito e responsabilização dos infratores.



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terça-feira, 8 de setembro de 2020

Pantanal em Chamas: ajude a salvar milhares de animais silvestres #somostodospantanal




O Pantanal está queimando: o incêndio já consumiu 820 mil hectares! O cenário que hoje se apresenta é o pior registrado nos últimos 22 anos.

São milhares de animais silvestres encontrados carbonizados ou com partes do corpo queimadas: serpentes, lagartos, jabutis, jacarés, tamanduás, macacos e tantas outras espécies que povoam o Pantanal.

As antas, por exemplo, chamadas de “jardineiras da floresta” por serem um importante dispersor de sementes nos ecossistemas onde habitam, são animais lentos e têm muita dificuldade em conseguir escapar das chamas.

Já animais mais ágeis como a onça-pintada, apesar de conseguirem fugir do fogo com mais facilidade, têm suas patas queimadas, inalam a fumaça e têm todo o seu habitat destruído, não achando mais alimentação ou dormitório.



De acordo com a Divisão de Geração de Imagens (DIDGI) do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, no comparativo entre os meses de agosto de 2019 e 2020, o aumento no número de focos de incêndio aumentou em mais de 1800%.

 As queimadas já dizimaram mais de 10% do bioma inteiro, incluindo 32% da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, a maior do país. Com isso, a natureza e todos os seres que ali vivem, sofrem diretamente.

Para contribuir, clique acima em "Contribua" e faça a sua doação em boleto, cartão de crédito ou Paypal.

SUA DOAÇÃO SALVARÁ MILHARES DE ANIMAIS SILVESTRES!

Na tentativa de minimizar o sofrimento dos animais resgatados por grupos que estão atuando incansavelmente na região, uma força tarefa coordenada pelo Comitê do Fogo (órgão colegiado que reúne diversas instituições de governo, terceiro setor e iniciativa privada) construiu um Posto de Atendimento Emergencial a Animais Silvestres – PAEAS Pantanal.

Mas, precisa de investimento financeiro para manter sua operação e os custos com suprimentos são altíssimos:

#Equipamentos de resgate e uso veterinário;
#Veículos para resgate;
#Alimentação dos animais em reabilitação e muito mais!




OS ANIMAIS NÃO PODEM ESPERAR: AJUDE A GARANTIR OS SUPRIMENTOS NECESSÁRIOS PARA SALVÁ-LOS

A AMPARA Animal e a AMPARA Silvestre lançam, então, a campanha PANTANAL EM CHAMAS, com a finalidade de captar recursos para manter a operação do PAEAS Pantanal funcionando, garantindo os suprimentos necessários para resgate e reabilitação dos animais, para que tenham chance de voltar ao seu habitat posteriormente




SOBRE A ONG AMPARA

Em atividade desde 2010, A AMPARA Animal nasceu quando as fundadoras Juliana Camargo e Marcele Becker se uniram por amor e respeito aos animais. 

Em 2015 se tornou a instituição que mais ajuda animais no país, ao se tornar uma “ONG mãe” que ampara mais de 450 abrigos cadastrados em nível nacional.

Em 2016, uma nova frente da entidade foi criada, a AMPARA Silvestre, com foco em conservação ao reabilitar animais que possam ser devolvidos à natureza e também oferecer bem-estar aos animais condenados ao cativeiro.
Em 10 anos:

  • Mais de 1,6 milhão de quilos de ração distribuídos
  • Mais de 155 mil vacinas
  • Mais de 350 mil animais medicados
  • Mais de 10.000 animais castrados
  • Mais de 12.000 animais adotados



Veja abaixo quem integra a força tarefa de resgate de animais silvestres no Pantanal:

Sema-MT | Comitê Estadual de Gestão do Fogo | Programa REM-MT | SESP-MT | CBM-MT| BEA | BPMPA | Juvam | ALMT | Prefeitura Municipal de Poconé | OAB-MT | CRMV-MT  | Ibama | UFMT | Hovet | Cempas | Cavet | Sesc Pantanal | Instituto Homem Pantaneiro | Integral Pet | VET Vida | Vivet | Pantaneiro Clínica Veterinária | AMPARA Silvestre


SEJA UM VOLUNTÁRIO

Se você é médico(a) veterinário(a) com especialização em animais silvestres e experiência de atuação/resgate em situações adversas, seja um voluntário. Entre em contato pelo e-mail contato@amparanimal.org.br e coloque, no título: VOLUNTARIADO NO PANTANAL.

Para contribuir, clique acima em "Contribua" e faça a sua doação em boleto, cartão de crédito ou Paypal.

O valor mínimo da doação na plataforma é R$25,00 por conta das taxas bancárias e no Paypal é de R$40.

Se você quiser, pode combinar com os amigos e dividir o valor entre vocês, que tal?

A equipe da VOAA apura todas as vaquinhas publicadas na plataforma. Acompanhamos as histórias antes, durante e após finalizar as campanhas em nossas redes sociais.

Problemas com pagamentos? Envie e-mail para suporte@voaa.me

Fonte: VOAA


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sábado, 22 de agosto de 2020

O Pantanal queima e aumenta a pressão sobre a gestão ambiental no Brasil


Seca recorde e queimadas recorde no Pantanal em 2020 afetam animais e até o céu de Cuiabá.MARCIO PIMENTA / REDUX

Um cheiro de mato queimado entrou pela janela da casa de Zulmira Maria Lucia, de 67 anos, residente de Mata Cavalo, comunidade quilombola, situada no Pantanal, em Mato Grosso, no oeste do Brasil. “O fogo apareceu muito rápido e arriou todo o pasto. Perdemos tudo, a roça de banana e outras plantações”, conta Zulmira, sobre sua comunidade e as outras 28 vizinhas, onde vivem 40.000 quilombolas. Uma das casas mais atingidas é a da família de Maria da Paz, que perdeu todo o pasto e a cana-de-açúcar no incêndio e precisará comprar ração para alimentar o pequeno rebanho de dez animais. Da porta da varanda, Maria da Paz, segura o neto recém-nascido no colo. Tânia, a mãe do bebê, está internada com covid-19. Maria levanta os olhos cheios de água e faz um sinal de que não podemos nos aproximar por causa do bebê. Ela aponta para a área queimada e diz de forma lacônica: “Também perdemos tudo, o fogo chegou até aqui”, mostra, apontando para as marcas que os incêndios deixaram perto de casa.

O fogo chegou este ano com intensidade no Pantanal, um bioma de156.000 km² no extremo oeste do Brasil, entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e as fronteiras da Bolívia, Argentina e Paraguai. Apesar de preservar 83% de suas matas, a região arde neste momento. Só no mês de julho foram mais de 1.601 focos de calor, os maiores da história do Pantanal desde que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) iniciou o monitoramento da região. No mês de agosto, o problema de aprofundou. São 2.170 focos de calor em apenas 10 dias. “Esse número já é 28% maior em relação ao contabilizado em todo mês de agosto de 2019”, explica Vincíus Silgueiro, pesquisador do Instituto Centro de Vida (ICV), que atua no bioma há vinte anos. “Mais de 55% dos focos de calor estão em propriedades rurais cadastradas. A origem dos focos vem dessas áreas com forte presença humana.”

O quadro de emergência levou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a se deslocar para Mato Grosso no início desta semana. Da janela do avião que o trasladou para lá, ele pôde testemunhar o que os alertas de fogo já apitavam. “Ao longo da viagem podemos ver centenas de focos de queimadas, mas agora conseguimos detectar a origem e vamos penalizar todos os responsáveis”, alertou o ministro na tarde de terça-feira após sobrevoar pontos de queimadas na região.

O Governo Bolsonaro está cada vez mais pressionado pela má gestão ambiental na Amazônia, e há consenso que faltou organização e competência também para lidar com o bioma. Nesta sexta, o Diário Oficial publicou a exoneração do coronel Homero Siqueira, que estava à frente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), um dos órgãos do sistema de vigilância e fiscalização das florestas. A decisão foi tomada por Salles em função do descontrole das queimadas no Pantanal, segundo os jornais O Globo e o O Estado de São Paulo. Siqueira seguiu a fórmula comum na gestão de Bolsonaro de trocar técnicos por militares em cargos do instituto que cuida das reservas nacionais, dizem seus críticos.

Quem conhece o Pantanal diz que faltou se antecipar aos fatos. “As ações precisam começar mais cedo. Só foram tomadas de forma tardia em 2020, quando os números [de queimadas] já estavam altos. Uma lentidão fatal para o bioma”, afirma Júlio Sampaio, que coordena o programa Cerrado Pantanal no grupo ambientalista WWF-Brasil. Ele cita o decreto federal que proibiu o uso do fogo no manejo das propriedades, publicado apenas este ano.

Fogo contra fogo: os bombeiros usam a tática de provocar um fogo que reduza a capacidade do incêndio de continuar se propagando no mato seco. MARCIO PIMENTA


Bombeiros rodeados pelo fogo

O combate ao fogo tem sido um desafio complexo pelas características do Pantanal, como admitiu Salles na entrevista de terça. “Estamos deslocando efetivos, mas o ambiente do Pantanal é muito seco, quente e tem muito vento”, disse. Um dia antes, na segunda-feira, 17, equipes locais enfrentaram momentos de terror. Seis homens do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso foram surpreendidos pela velocidade e intensidade das linhas do fogo em Poconé, área vizinha de Mata Cavalo, e acabaram rodeados pelas chamas. Foi necessário acionar o helicóptero Black Hawk H-60 da Força Aérea Brasileira para o resgate emergencial. Com sorte ninguém se feriu.

O fogo já atinge em cheio os animais da mata. Uma onça-pintada teve 70% do corpo queimado e precisou ser transportada no helicóptero do Exército na segunda-feira, 16, para Cuiabá. Foi internada no hospital veterinário da universidade federal do Estado. Em desespero com o fogo, o animal invadiu quintais na comunidade Poconé, gerando pânico na população. Quase 500 espécies de aves e 132 mamíferos vivem no Pantanal.

O quadro preocupa o Mato Grosso, que vive do turismo na região, e tem ali uma reserva natural importante para o equilíbrio climático mundial. “Os incêndios já consumiram 6% do Pantanal”, disse o governador, Mauro Mendes (DEM), ao lado do ministro Ricardo Salles, cada vez mais cobrado para atuar em prol da preservação das matas brasileiras.

As queimadas do Pantanal mudaram o cenário até da capital mato-grossense, a 200 quilômetros da reserva. O tradicional céu azul de Cuiabá foi tingido de cinza. A fumaça acumulada obriga os aviões aterrissarem com a ajuda de aparelhos por falta de visibilidade no aeroporto principal do Estado, o Marechal Rondon. Mato Grosso vive das glórias de ser o maior produtor de soja do mundo, ao mesmo tempo em que lidera os incêndios em 2020. Segundo Inpe, são 769 registros, um terço de tudo que queima no Brasil. Até quarta-feira (19) o fogo seguia sem controle, especialmente na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do Sesc Pantanal.

A Fazenda São Francisco do Perigara, vizinha à reserva, foi uma das mais atingidas pelas queimadas. Ali esta a maior concentração de ninhos naturais de arara-azul do mundo. O local é polo de pesquisa do Instituto Arara Azul. “Ali existem 700 animais e mais de 77 ninhos monitorados, só poderemos saber a dimensão do estrago causado pelo fogo quando o combate acabar. Mas, muitos ninhos já estavam com filhotes e os animais perderam o seu alimento para o fogo, as palmeiras do Bacuri”, explica Neiva Guedes, diretora do Instituto Arara Azul.

ROGÉRIO FLORENTINO / EFE


Amazônia e Pantanal

A reserva matogrossense tem uma relação umbilical com a Amazônia. Os dois biomas têm grande parte de suas nascentes localizadas na mesma serra, a Chapada dos Parecis, em Mato Grosso. É ali que estão 70% das águas que irão formar a planície do Pantanal, em Mato Grosso do Sul. “A região depende dessa água que vem das florestas do norte de Mato Grosso, na região amazônica. Mas estamos registrando cada vez menos chuvas ali”, lamenta Felipe Dias, diretor-executivo do Instituto SOS Pantanal, instituição que monitora o desmatamento na região. A projeção é que as secas serão cada vez mais severas daqui para a frente. “Temos que nos preparar para não perdermos o Pantanal”, explica Dias. “O cenário atual é propício para o tripé do fogo: inverno quente, baixa umidade e vento forte”, conclui.

Uma das causas para tanto fogo é a seca. A Régua de Ladário, em Mato Grosso do Sul, fixada pela Marinha Brasileira em 1900 para medir as cheias do rio Paraguai, há 47 anos não atingia índices tão baixos. “Esse regime de secas e chuvas é a natureza do Pantanal Os antigos sempre disseram que os períodos de alternância duram até dez anos. Isso significa que temos que nos preparar”, alerta Dias.

O fogo no Pantanal é um problema para o mundo. As queimadas e mudanças no uso da terra são responsáveis por 80% das emissões brasileiras de gases que aquecem o planeta e provocam as mudanças climáticas. O Brasil já esteve em quarto lugar no ranking mundial dos emissores de gases-estufa durante anos de descontrole nos incêndios e desmatamento, como em 2005.

O país saiu da lista dos dez maiores emissores em 2019, após controlar o desmatamento na Amazônia. Mas em 2016 ainda estava na sexta posição, e se a situação sair fora de controle em outros biomas, as emissões voltam a subir. As emissões também podem reduzir os recursos financeiros para controlar as queimadas. Hoje, são os compromissos estaduais e nacionais de redução do desmatamento na Amazônia que dão suporto financeiro às ações de combate às chamas.

O acordo assinado entre o Governo de Mato Grosso e países europeus durante a Conferência Mundial do Clima de Paris, a Cop-21, garantem repasses anuais ao Estado. O programa conhecido como Redd+ para Pioneiros concede aporte financeiro aos grandes desflorestadores que controlam a perda de florestas. Mato Grosso era o segundo em perdas de áreas naturais na Amazônia, mas hoje está em sétimo, segundo o Inpe. O controle garantiu um investimento 22 milhões de reais repassados por bancos alemães e britânicos para o combate às queimadas.

Segundo a Secretaria do estado de Meio Ambiente (Sema), esse recurso foi aplicado nas ações conjuntas do Comitê do Fogo, composto por entidades civis, públicas e organizações não governamentais. A Sema fornece equipamentos e diárias para realizar as operações. Desde março, foi repassado 680.000 reais em diárias para os Bombeiros Militares e demais profissionais que atuam diretamente no combate às queimadas.

O ano passado já havia sido crítico em termos de estiagem. “Tivemos picos de temperatura e baixas de umidade em todo o Pantanal”, diz Júlio Sampaio da Silva, da WWF-Brasil. “O fogo é algo que vemos desde o início de 2020. E as queimadas têm uma origem na ação humana. O fogo começa pela mão do homem, através da limpeza e áreas e renovação de pastagens”, explica. “É muita irresponsabilidade colocarem fogo em períodos críticos de seca. Mesmo na chuva, os incêndios aconteceram e marcaram que já teríamos um ano atípico.”

As queimadas deixarão marcas profundas. “Para os insetos é uma perda bastante acentuada nesse momento de incêndio, porque são animais que não têm mobilidade de longo alcance, muitos deles são polinizadores, fundamentais para o desenvolvimento das plantas”, explica Cristina Cuiabalia, bióloga e gerente de Pesquisa e Meio Ambiente do Polo Socioambiental Sesc Pantanal. Não são os únicos: répteis também acabam sendo consumidos pelo fogo. “As aves até conseguem migrar entre um ambiente e outro, mas perdem-se ninhais e dormitórios, o que representa a perda de uma geração, já que estamos bem na estação reprodutiva da arara-azul, do tuiuiú”, segue Cuiabalia.

Sizenando Carmo Santos, 62 anos, explica que os quilombolas tentaram chamar o Corpo de Bombeiros por horas. “Ligamos muitas vezes. Eles chegaram quando já não conseguiam fazer nada, o fogo tinha se alastrado por tudo. Ficaram só olhado. Fomos nós mesmos que evitamos que as casas se perdessem”MARCIO PIMENTA / MARCIO PIMENTA/REDUX


Covid-19 e fogo

As autoridades de Cuiabá e Várzea Grande, as maiores cidades de Mato Grosso, precisam conciliar os efeitos das queimadas na saúde em meio a pandemia do novo coronavírus. O Estado foi considerado em julho, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), como um dos epicentros da covid-19 no Brasil. Com uma curva acentuada no número de casos e poucos leitos hospitalares, são quase 80.000 casos, para 450 leitos de Unidades de Terapias Intensiva públicas.

A Secretaria da Saúde afirma que a taxa de ocupação segue sob controle, com pouco mais de 20% de leitos disponíveis, porém o Ministério Público de Mato Grosso decretou quarentena restritiva emergencial duas vezes no Estado entre junho e julho por falta de leitos.

Na Comunidade de Mata Cavalo a população ainda debate o que fazer após a perda das hortas. “As pessoas dizem que estamos perto de cidades, mas para o quilombola sair de sua casa a dez quilômetros do asfalto e ir a um mercado precisa de cem reais de frete. Por conta da pandemia do coronavírus, o ônibus que fazia nossa linha parou em abril”, diz a presidente da Associação de Mata Cavalo de Baixo, Arlete Pereira, 54 anos.

Para o agente de saúde, Edson Batista, de 51 anos, os efeitos das queimadas podem agravar a pandemia. “Com essa seca, sem hortas e o auxílio da pandemia acabando (em setembro), as famílias ficarão sem comida. Já temos alguns casos aqui de coronavírus, e um óbito foi registrado. Os problemas respiratórios gerados pelas queimadas também vão induzir as famílias a procurarem tratamento nos hospitais da capital. Não sei como serão os próximos meses”, diz o agente de saúde Batista.


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O Pantanal já perdeu mais de 10% de sua cobertura vegetal devido aos incêndios que atingem a região desde julho. Um dos fatores para tamanho estrago foi a temporada de seca, que tem sido mais acentuada, além do inverno mais quente. Então o Pantanal já está sofrendo efeitos das mudanças climáticas?

Neste episódio, conversamos sobre o que está acontecendo nesse bioma, o que pode ou não ser efeito do aquecimento do planeta e filosofamos um pouco sobre nossa relação com a natureza. Os convidados são Felipe Dias, diretor-executivo da SOS Pantanal, e José Marengo, climatologista do Centro de Monitoramento e Alertas De Desastres Naturais (Cemaden).

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

PM de Minas Gerais ateia fogo no acampamento Quilombo Campo Grande



O objetivo, de acordo com MST, é tentar retirar as famílias. Veja o vídeo aqui


O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) denunciou no início da tarde desta quinta-feira (13) que a Polícia Militar, sob o comando do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, ateou fogo no Acampamento Quilombo Campo Grande para tentar retirar as famílias.


 O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entrou nesta quinta-feira (13) com um pedido no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para reverter a ordem de despejo de um acampamento do movimento em Campo do Meio, município do Sul de Minas Gerais.

A ordem foi dada em meio à pandemia do novo coronavírus, o que deixaria desabrigadas as cerca de 450 famílias que vivem no Quilombo Campo Grande.

O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), havia usado a PM para retirar os acampados em uma ação que começou na madrugada da quarta-feira (12). A truculência chamou a atenção de vários deputados estaduais e movimentos sociais e pegou mal para o governador.


Quilombo Campo Grande

O acampamento Quilombo Campo Grande foi erguido há mais de 20 anos nas terras da antiga Usina Ariadnópolis, que pertencia à Companhia Agropecuária Irmãos Azevedo (Capia) e faliu no final da década de 1990. Parte dos antigos trabalhadores da usina, que ficaram sem indenização após a falência da empresa, hoje integram o acampamento. A área de aproximadamente 4 mil hectares ficou degradada depois da falência da usina, por causa do monocultivo de cana-de-açúcar. Com a ocupação do MST, o local ganhou plantações de café, milho e hortaliças, além da criação de galinhas.







Em 18 de jun. de 2016 na cidade de Campo Grande o corrupto Bolsonaro disse que caso fosse eleito em 2018 iria apoiar o extermínio dos sem terra pelos fazendeiros


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segunda-feira, 22 de junho de 2020

Aldeia indígena no Jaraguá está em chamas




Por: DCM

Aldeia Tekoa Itakupe, do povo guarani, que fica no Pico do Jaraguá, extremo noroeste da capital São Paulo, está em chamas.

O local é de difícil acesso para que possa chegar o caminhão de bombeiros, então é urgente que a ajuda a combater o fogo chegue de helicóptero.



Situação está dramática no Jaraguá. A Aldeia Tekoa Itakupe está desamparada pelas autoridades que priorizaram chácaras da região.

Os indígenas que estão lutando contra o fogo como podem e relatam que estão pedindo ajuda e não foram atendidos com a atenção devida.

Acredita-se que o fogo iniciou com a queda de um balão na mata e se espalhou sem controle pelo parque que é um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica da região metropolitana de São Paulo.




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