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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

'Contrato do século': Rússia e China fecham acordo para helicóptero de última geração






A Rússia e a China devem assinar um acordo sobre o desenvolvimento de um helicóptero pesado de última geração, que será mais poderoso do que os fabricados nos Estados Unidos, revelou a estatal russa Rostec.

O contrato de referência deve ser assinado em dois meses após anos de duras negociações, declarou a repórteres o diretor de cooperação internacional e política regional da Rostec, Viktor Kladov, na feira Aero India, nesta quarta-feira.

  • "Dentro de um mês ou dois, o contrato do século com a China para o desenvolvimento conjunto, produção, produção e venda de um helicóptero pesado da próxima geração será assinado", afirmou Kladov, acrescentando que as conversações duraram quatro anos.

A nova aeronave será mais poderosa do que a Sikorsky, fabricada nos Estados Unidos, mas não deixará para trás o MI-26 russo, o maior helicóptero do mundo, com capacidade impressionante de levantamento de peso de quase 15 toneladas.

Este ano, a Rússia deverá enviar o primeiro lote de 20 helicópteros leves multiusos da Ansat para a China, disse Kladov no início desta semana na exposição de defesa internacional IDEX 2019, em Abu Dhabi.

Os helicópteros, equipados com módulos médicos fabricados pela holding russa Helicopters, serão entregues à Associação de Medicina de Emergência da China. O contrato para o fornecimento de helicópteros Ansat, que pode ser usado para primeiros socorros e evacuação de emergência de pacientes, foi assinado entre os dois países na exposição Airshow China em 2018.

A rotatividade do comércio entre a Rússia e a China atingiu a maior alta de todos os tempos em janeiro, ultrapassando US$ 107 bilhões apenas um mês depois de atingir o recorde anterior de US$ 100 bilhões. A China continua sendo o principal parceiro comercial da Rússia, com o volume de comércio mútuo crescendo significativamente nos últimos anos.

Helicópteros russos em ação Ka-52,Ka-27, Ka-31, Mi-26,Mi-28, Mi-8





quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

General brasileiro integrará Exército dos EUA para barrar 'ameaças' da Rússia e China






As Forças Armadas brasileiras vão indicar até o fim deste ano um general para assumir um posto no Comando Sul (SouthCom) das Forças Armadas norte-americanas, informou o almirante Craig Faller, que comanda divisão voltada à segurança americana na América Central, Caribe e a América do Sul.

China-Russia Military Alliance: D-Day - China-Rússia AliançaMilitar: O Dia D




A informação foi prestada pelo militar estadunidense no último dia 7 de fevereiro, em uma audiência na Comissão de Forças Armadas do Senado dos Estados Unidos. Se confirmada, será a primeira vez que o representante militar do Brasil ocupará o posto, integrado ao Exército daquele país.


  • "Até o fim do ano o Brasil enviará um general para servir como vice-comandante de interoperabilidade do Comando Sul", declarou Faller durante a audiência, mencionando ainda  que o Brasil foi o primeiro signatário da América Latina do acordo para uso pacífico do espaço ("Space Situational Awareness Agreement").

A audiência gerou um documento de 20 páginas, nas quais Faller relata o incremento das parcerias no Cone Sul com a Colômbia (primeiro país latino-americano na OTAN) e com o Chile (do maior exército de guerra marítima do mundo – "Rim of the Pacific"). A meta é incrementar a segurança dos EUA.

"Queremos inimigos que nos temam e amigos que façam parceria conosco", declarou o almirante aos senadores norte-americanos. No total, Faller listou seis países como ameaças aos interesses dos EUA: Rússia, China, Irã e os seus "aliados autoritários" Cuba, Nicarágua e Venezuela.


Segundo o almirante, tanto Rússia quanto a China "estão expandindo sua influência no Hemisfério Ocidental, muitas vezes à custa dos interesses dos EUA".
  • "[A] Rússia continua a usar a América Latina e o Caribe para espalhar desinformação, coletar informações sobre os Estados Unidos e projetar poder", declarou, acrescentando que o envio de bombardeiros à Venezuela "foi planejado como uma demonstração de apoio ao regime de [Nicolás] Maduro e como uma demonstração de força aos Estados Unidos".

Já a China é acusada de realizar empréstimos da ordem de R$ 150 bilhões "predatórios e não transparentes", o que o almirante entende que muitos países já perceberam como uma "ameaça que é hipotecar o seu futuro" para Pequim. Faller disse temer pela expansão do uso de tecnologia chinesa na região.

"Se governos da América Latina e do Caribe continuarem a usar sistemas chineses de informação, nossa habilidade e capacidade de compartilhar informações em rede será afetada", complementou.

Sobre o Irã, o militar dos EUA mencionou uma ação recente na qual autoridades brasileiras teriam prendido um membro do grupo xiita libanês Hezbollah no país. Ainda sobre o Brasil, Faller adiantou que militares brasileiros participarão de exercícios conjuntos com forças dos EUA.


  • "O Brasil se unirá ao SPMAGTF (Grupo de Trabalho Ar-Terra para Fins Especiais da Marinha) este ano, além de liderar nosso exercício naval multinacional UNITAS AMPHIB", revelou.

"Com base nessa iniciativa, estamos trabalhando com aliados e parceiros para desenvolver um conceito para uma força-tarefa multinacional capaz de agir em diferentes escalas e que trabalha dentro das estruturas de cooperação de segurança existentes para melhorar nossa capacidade coletiva de responder rapidamente às crises", completou Faller.

A audiência do militar dos EUA no Senado, porém, gerou reações em Brasília. Ao jornal Valor Econômico, o Ministério da Defesa confirmou o ineditismo da indicação de um general brasileiro para o Comando Sul das Forças armadas norte-americanas. Contudo, a pasta reforçou que isso não significa que o Brasil se engajaria em uma intervenção militar na Venezuela, cogitada pelo presidente estadunidense Donald Trump.

Maduro: "Nós nos tornaremos o novo Vietnã contra oimperialismo" se os EUA Ataques Venezuela




Maduro anuncia oficialmente o maior exercício militar dahistória da Venezuela





O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou oficialmente neste domingo a realização dos exercícios militares de maior escala do país, de acordo com uma transmissão ao vivo do evento.

Antes do início dos exercícios, o presidente chegou ao estado de Miranda, no norte do país, para averiguar equipamentos militares, incluindo lançadores de foguetes fabricados na Rússia, usados pelas Forças Armadas da Venezuela.



Os exercícios militares durarão até o dia 15 de fevereiro e serão os maiores e mais importantes 
exercícios já realizados por Caracas em 200 anos de história, segundo Maduro.
A situação política na Venezuela se agravou após 23 de janeiro, quando Guaidó se declarou presidente interino do país e foi imediatamente reconhecido pelos Estados Unidos, Canadá e outros aliados dos EUA, dentre eles Brasil.

Rússia, México, China, Turquia, Uruguai e vários outros países se manifestaram reafirmando apoio a Maduro como o único legítimo chefe de Estado democraticamente eleito do país.


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