Dados bancários revelam depósitos sucessivos, em espécie e
com valores repetidos. O documento revelado pelo Jornal Nacional, da TV Globo,
mostra que, entre março de 2015 e dezembro de 2018, o estabelecimento do
parlamentar recebeu 1.512 depósitos em dinheiro
247 - A loja de chocolates de Flávio Bolsonaro recebeu uma
série de depósitos sucessivos que demonstram operações atípicas. A defesa de
Flávio Bolsonaro nega qualquer irregularidade nas contas do senador.
A reportagem do portal G1 destaca que “ao fazer o
cruzamento dos dados se percebeu que, neste período, foram feitos por exemplo
63 depósitos de R$ 1,5 mil em dinheiro; outros 63 de R$ 2 mil; e mais 74
depósitos no valor de R$ 3 mil.”
A matéria ainda informa que “a tabela mostra que, desses de
R$ 3 mil, 12 depósitos foram feitos na boca do caixa e 62 no terminal de
autoatendimento.”
Flávio Bolsonaro com a esposa, Fernanda, e com Queiroz, na
loja da Kopenhagen (Montagem)
Promotores acreditam ainda que contas da loja, como a taxa
de franquia no valor de R$ 45 mil, eram pagas em dinheiro vivo desviado pelo
esquema de rachadinha do filho de Jair Bolsonaro na Alerj
Investigação do Ministério Públido do Rio de Janeiro (MP-RJ) revela que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e a esposa, Fernanda, omitiram R$ 350 mil de suas declarações de imposto de renda quando comprou, em sociedade com Alexandre Santini, uma franquia da loja de chocolates Kopenhagen.
Segundo reportagem de Juliana Dal Piva e Juliana Castro, na edição deste domingo (16) do jornal O Globo, o MP afirma que o valor total da loja era de R$ 800 mil, cabendo a cada um dos sócios desembolsar a metade do valor. No caso de Flávio e Fernanda, as declarações mostram apenas o pagamento do sinal, no valor de R$ 50 mil, ao antigo dono, Cristiano Correia Souza e Silva.
Mesmo sem ser sócia da empresa, Fernanda fez uma
transferência eletrônica para a C2S no valor de R$ 350 mil, no dia 2 de
fevereiro de 2015, e quitou o que seria a parte de Flávio na aquisição da loja.
No entanto, este pagamento não foi declarado por ela à Receita Federal.
Os promotores acreditam ainda que contas da loja, como a
taxa de franquia no valor de R$ 45 mil, eram pagas em dinheiro vivo desviado
pelo esquema de rachadinha do filho de Jair Bolsonaro na Assembleia Legislativa
do Rio de Janeiro (Alerj), que era comandando por Fabrício Queiroz.
Esta edição do Fórum Onze e Meia fala sobre o depósito em
dinheiro de Fabrício Queiroz na conta da esposa do senador Flavio Bolsonaro,
que mostra como o ex-assessor arcava com despesas pessoais do filho do presidente.
O programa ainda comenta a entrevista do general Eduardo Pazuello à Veja onde
nega militarização do Ministério da Saúde e a fala de Bolsonaro sobre não saber
como diminuir o número de mortos na pandemia, que já passam de 76 mil. Com
comentários dos jornalistas Carla Vilhena e Renato Rovai e da urbanista Nilce
Aravecchia. Apresentação de Dri Delorenzo.
Flávio Bolsonaro com Queiroz e Evelyn Queiroz na loja da
Kopenhagen (Reprodução)
Por: Revista Fórum O ex-assessor de Flávio Bolsonaro estaria disposto a fazer
delação no processo das rachadinhas em troca de proteção à família dele
O policial aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor do
senador Flávio Bolsonaro no período em que o filho do presidente Jair Bolsonaro
era deputado estadual, estaria negociando uma delação premiada com o Ministério
Público.
Segundo informações da rede
CNN Brasil, as negociações do MP com Queiroz teriam avançado e o
ex-assesor, apontado como coordenador do esquema de corrupção das rachadinhas no
gabinete de Flávio na Alerj, pediu proteção a familiares e garantia de prisão
domiciliar.
Os investigadores querem a garantia de que o ex-assessor vai
trazer informações novas.
Queiroz foi preso no último dia 18. Ele estava em uma
chácara em Atibaia pertencente ao ex-advogado de Flávio no caso, Frederick
Wassef.
Na quinta-feira, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça
do Rio de Janeiro decidiu, por dois votos a um, a favor de um habeas
corpus apresentado pela defesa de Flávio que pedia que as
investigações do caso das rachadinhas passassem para Órgão Especial do TJ.
Apesar do processo sair das mãos de Flávio Itabaiana, a
prisão de Queiroz foi mantida porque as decisões tomadas pelo magistrado não
foram anuladas.