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sábado, 6 de junho de 2020

Em manifesto, policiais apoiam movimento antifascista contra Bolsonaro



POLICIAIS CONTRA O FASCISMO. ARTE DE LATUFF/ DIVULGAÇÃO POLICIAS ANTIFASCISTAS

Documento, assinado por mais de 500 policiais, defende a democracia popular e a saída de Bolsonaro da presidência



Por: Carta Capital

Policias de todo o Brasil se reuniram para manifestarem apoio aos movimentos antifascistas contra o presidente Jair Bolsonaro. O documento, divulgado nesta sexta-feira 06, reúne mais de 500 assinaturas de delegados, agentes de polícia, policiais e bombeiros militares, guardas municipais, policiais penais, agentes de trânsito, policiais rodoviários federais e policiais federais.

O texto denuncia perseguições a policiais que integram grupos antifascistas e urge pela criação de uma Frente Única Antifascismo com partidos, artistas e movimentos de classe e da sociedade civil.

“Nós, policiais antifascismo, acreditamos que o trabalhador policial deve se colocar ao lado dos demais trabalhadores no enfrentamento ao fascismo. Afinal, o projeto fascista em nosso país é um projeto de avanço no ataque aos direitos conquistados pelos trabalhadores”, diz o documento.


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O grupo também alerta para o perigo de uma ruptura democrática no país com as recentes movimentações do presidente Jair Bolsonaro.  “A estratégia de avanço do projeto fascista no país é ampla. Mobilizam a intolerância e o ódio aos movimentos de esquerda nas ruas e nas instituições da República. Os esforços visando o aparelhamento e o comando da polícia federal e da Procuradoria Geral da República confirmam isso”, alertam os policiais.


O movimento dos Policiais Antifascismo foi criado em 2017, inicialmente por policiais do Rio e da Bahia, depois prolongado para outros estados. O bombeiro militar de Natal, Dalchem Viana do Nascimento Ferreira, é um dos cofundadores do movimento e auxiliou na criação do manifesto. Ele afirma que o grupo defende não só o impeachment de Jair Bolsonaro, como a cassação da chapa, processo que aguarda julgamento no Tribunal Superior Eleitoral.

“A eleição foi fraudada pela indústria das fake news, que inclusive contaminou nossos colegas na segurança pública. Bolsonaro não é nacionalista é entreguista. Trai a nação quando coloca seus interesse pessoais acima dos interesses nacionais”, afirma o bombeiro.

Ferreira diz que o presidente não representa os policias e denuncia a falta de um projeto de segurança para o país. “Bolsonaro não mostrou até agora nenhuma proposta ou plano de segurança pública, não se tem nada, nem estrutural nem paliativo . Além do discurso medíocre do bandido bom é bandido morto – desde que não seja ligado aos seus familiares e amigos”, diz.

“O Movimento nasce da necessidade de contraponto para evidenciar que o sistema que permite a morte de mais de 63 mil pessoas por ano deve ser repensado. Todo esse deve ser feito longe do ambiente corporativista das instituições. Por isso defendemos que Segurança Pública não deve ser assunto só de polícia. Defendemos que esse debate deve ser ampliado para toda sociedade, para além dos muros dos quartéis”, explica Ferreira.

Na última semana, Bolsonaro atacou manifestantes do movimento antifascistas. Além de chamar de vagabundos, drogados e terroristas, o presidente compartilhou uma postagem de Donald Trump dizendo que, assim como o americano, pretendo criminalizar o movimento no país. Neste domingo 07 está marcado manifestações em todo o Brasil contrário ao capitão. Ferreira garante que os policiais antifascistas estarão ao lado do povo.

“Além desse aspecto institucional temos agora o agravamento e ameaças de cunho anti-democrático do atual presidente. O que nos impulsiona ainda mais para a necessidade de se colocar ao lado de uma democracia popular”, concluiu o bombeiro.

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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Líderes do governo ilegítimo Temer assinam sua certidão de óbito publica





Os líderes e os vice-líderes do governo Temer na Câmara, assinaram um lindo documento que, sem dúvida nenhuma, será conhecido no futuro como O Manifesto da Corrupção. A intenção do manifesto, mais que óbvia, é produzir pressão sobre a decisão da Comissão de Ética Pública da Presidência da República para que não decida pela saída do ministro Geddel Vieira. É uma interferência externa, grave, sobre um órgão de controle e fiscalização que acompanha a adequação entre a administração pública e os princípios da Constituição.

A Constituição brasileira determinou que a administração pública seria regida pelos princípios de moralidade, legalidade, eficiência, publicidade e impessoalidade. A Comissão de Ética Pública existe para aferir se no nível do alto funcionalismo estes princípios estão sendo respeitados.

Portanto, trata-se de adequar o funcionamento do estado, no seu ápice, onde as decisões mais importantes são tomadas, aos preceitos da Constituição – lembremos, por exemplo, que Geddel é o responsável pelas negociações para a aprovação da PEC 55, que deve transformar o Brasil num imenso lixão humano e institucional.

Ao pressionar indiretamente, por meio de um manifesto de apoio a Geddel, a Comissão de Ética Pública para que atue contra a ética e perdoe o ministro, os líderes estão dando ao Brasil o mais importante exemplo de como funciona a política de Temer e do PMDB. Tanto se trabalha para abater a Constituição quando para desmoralizar um dos órgãos responsáveis por fiscalizar a sua aplicação.

Na ansiedade de correr para ostentar o total apoio ao ministro Geddel Vieira, e com isso, colher os louros do apoio irrestrito ao governo Temer, os líderes assinaram esse documento até então inédito no Brasil. Esse descarado documento de solidariedade, não é dirigido a dar suporte a alguém vítima de calúnias ou perseguição, a quem sofre com a injustiça ou está em situação de risco ameaçado por forças mais poderosas.
Nada disso. O abaixo-assinado foi planejado para dar guarita a um acusado de corrupção. A dois acusados na verdade. Um, o ministro Geddel, o dono do apartamento na Bahia e suspeito de tráfico de influência, e que recentemente defendeu o Caixa 2 e disse que ninguém deveria ser punido por isso. O outro, o próprio governo Temer, que começa a agonizar e vai entrar em coma profunda se perder o quinto ministro por obra da corrupção. Desses, só um, Marcelo Calero, terá caído por ter denunciado a corrupção. O resto, por estar de braços dados com ela.

Os efeitos do Manifesto Pró-Corrupção já estão aparecendo naCâmara: A comissão de Fiscalização e Controle e a comissão de Cultura, rejeitaram nesta quarta-feira (23) requerimentos que solicitavam a convocação do ministro Geddel Vieira para se explicar. O objetivo de blindar a corrupção, portanto, já teve efeito muito positivo na Câmara.

Este documento, o Manifesto da Corrupção, marcará o governo Temer como sua certidão pública de óbito. Quem quiser ter em mãos uma obra de arte autêntica do cinismo político brasileiro, é só mandar emoldurar e pendurar na parede. Nenhum outro testemunho poderia ser tão eloquente sobre a natureza do governo Temer e de seus apoiadores.

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