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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Indígenas brasileiros montam acampamento de protesto em Brasília


O protesto vai continuar durante a análise de uma legislação no Supremo Tribunal Federal sobre demarcação de terras.


Os indígenas afirmam que a legislação atual afeta a demarcação de terras ancestrais. | Foto: Twitter @APIB_oficial

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), associada a todas as suas organizações regionais, inaugurou neste domingo a mobilização nacional “Luta pela Vida”, em Brasília, que visa defender os direitos indígenas e promover manifestações contra a agenda antiindígena que avança no Congresso Nacional e no Governo Federal.

As atividades, que vão até 28 de agosto, terão como foco o julgamento da Tese do Marco Temporário no Supremo Tribunal Federal (STF), que deve ser retomada em 25 de agosto para definir o futuro da demarcação de terras indígenas.

O movimento indígena denuncia constantemente o agravamento da violência contra os povos indígenas dentro e fora de seus territórios tradicionais.


 

 Na data que marca o Dia Internacional dos Povos Indígenas, em 9 de agosto, a APIB apresentou uma declaração perante o Tribunal Penal Internacional (TPI) para denunciar o governo Bolsonaro pelos crimes de Genocídio e Ecocídio.


 

 A mobilização organiza sete dias de atividades na capital federal, com uma intensa agenda de plenárias, audiências políticas com os órgãos e embaixadas do Governo de Jair Bolsonaro, marchas e manifestações públicas.


 

Fonte: TeleSURTV


Rede TVT

Indígenas acampados em Brasília pressionam Congresso e STF contra Marco Temporal.

Rafael Modesto, Assessor Jurídico do Conselho Indigenista Missionário, participou do Jornal Brasil Atual desta segunda-feira, com a jornalista Marilu Cabañas. Ele falou sobre a mobilização nacional iniciada neste domingo, em Brasília, para promover atos contra a agenda anti-indígena no Congresso Nacional e no governo federal.

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terça-feira, 10 de agosto de 2021

Tribunal de Haia recebe denúncia dos povos indígenas contra Bolsonaro, por genocídio


Denúncia foi formulada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil e é consequência da morte de 1.162 indígenas por covid-19 no Brasil


(Foto: Alan Santos/PR | Ricardo Stuckert)

247 O genocídio de Jair Bolsonaro chega nesta segunda-feira 9 ao Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda. "Diante da morte de 1.162 indígenas de 163 povos durante a pandemia de Covid-19, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) vai apresentar hoje uma denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia. O Brasil tem cerca de 850 mil índios espalhados por mais de 300 povos originários. 

"O documento, de 148 páginas acusa o presidente de genocídio e também de uma série de ações e omissões na gestão do meio ambiente. O texto sustenta que o desmantelamento das estruturas públicas de proteção socioambiental desencadeou invasões a terras indígenas, desmatamento e incêndios nos biomas", aponta reportagem de Daniel Biasetto, publicada no jornal O Globo."

A entidade vai pedir ainda à Corte que enquadre Bolsonaro por ecocídio, nova tipificação de crime contra a humanidade, sobretudo contra o planeta e o meio ambiente. Nas páginas da denúncia, é feito um balanço de todas as vezes que, de acordo com a Apib, o presidente atentou ou causou danos diretos aos índios por decisões políticas e articulações fora do Congresso" prossegue o jornalista. 

As lideranças reuniram depoimentos e exemplos de incentivos explícitos do governo federal a invasões, ataques, garimpo e mineração em terras indígenas. Após a apresentação da denúncia, o trâmite do processo se dá na Procuradoria do tribunal internacional, que vai analisar se abre ou não investigação contra Bolsonaro. Segundo o Estatuto de Roma, tratado que estabeleceu a criação do Tribunal Penal Internacional, os condenados por acusações semelhantes podem sofrer medidas cautelares e até prisões preventivas.

“São fatos e depoimentos que comprovam o planejamento e a execução de uma política anti-indígena explícita, sistemática e intencional encabeçada pelo presidente Jair Bolsonaro, desde 1º de janeiro de 2019, primeiro dia de seu mandato presidencial”, diz o documento dos povos originários.


Rede TVT

Apib faz nova denúncia contra Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional - 9 de ago. de 2021

Lideranças de povos indígenas representadas pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil apresentaram mais uma denúncia contra Jair Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional, em Haia. A Apib acusa o Presidente de cometer genocídio contra os indígenas brasileiros, além de crimes contra o planeta e o meio ambiente.

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quinta-feira, 1 de julho de 2021

Ação contra Bolsonaro dá passo inédito no Tribunal Penal Internacional enquanto indígenas se preparam para denunciá-lo por genocídio e ecocídio na corte


Povos indígenas apresentam neste mês ao TPI nova denúncia contra presidente que inclui ecocídio, crime recentemente tipificado. Ofensiva soma-se à pedido apresentado em 2019 que está sob análise da Procuradoria do tribunal. Nunca antes uma acusação contra um mandatário brasileiro tinha chegado a essa fase



A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) apresentará em julho uma denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro por genocídio e ecocídio perante o Tribunal Penal Internacional (TPI). “A APIB reuniu e analisou todos os atos praticados por Bolsonaro contra os povos originários desde o início de seu Governo e consideramos que existem elementos concretos para deflagrar uma investigação por parte do TPI”, afirma ao EL PAÍS Luiz Eloy Terena, advogado e coordenador jurídico da APIB. Na última quarta-feira, 23 de junho, uma comissão internacional de 12 juristas impulsionados pela sociedade civil tipificou o ecocídio como um crime contra o conjunto da humanidade, mas sobretudo contra o planeta e pretende incorporá-lo ao TPI.

Terena argumenta que Bolsonaro descumpre a Constituição de 1988, que garante a proteção dessas comunidades e o direito aos seus territórios. “Ele não só inviabiliza a demarcação de nossas terras como também a proteção das comunidades com áreas já garantidas por lei, ao incentivar a presença de grileiros, madeireiros e garimpeiros ilegais.” O especialista acrescenta que o direito ao território e a política de proteção ambiental são aspectos fundamentais para formalizar a denúncia por ecocídio, um crime no qual o Brasil se enquadra, segundo ele: “Não há como falar de proteção aos povos indígenas sem garantir o território. É isso que inviabiliza a sobrevivência física e cultural dos nossos povos. E não são apenas os indígenas os sujeitos de direito, mas os rios, os lagos, a fauna e a flora de nossos territórios e, na nossa cosmovisão, até os espíritos encantados que habitam esses espaços”, explica.

A denúncia da APIB se somará a outra feita em 2019 pelo Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos (CADHu) e pela Comissão Arns, formada por ex-ministros de vários governos e intelectuais brasileiros para atuar em defesa dos direitos humanos, que relataram à instituição estabelecida em Haia, nos Países Baixos, indícios de crimes contra a humanidade e incitação ao genocídio de povos indígenas praticados por Bolsonaro. Na ocasião, o avanço do desmatamento e os incêndios na Amazônia foram centrais para a elaboração do caso. Em dezembro de 2020, a Procuradoria do TPI informou que essa denúncia está formalmente sob avaliação preliminar de jurisdição, sendo a primeira vez que um caso desse tipo contra um presidente brasileiro avança no órgão e não é arquivada. “O cenário atual já é histórico e inédito. Na hipótese de a investigação ser aberta, seria uma revolução, porque não estamos falando de responsabilidade do Estado, mas da responsabilização de indivíduos, que podem sofrer condenação pela prática desses crimes”, comenta Eloísa Machado, advogada do CADHu.

O TPI permite que denúncias já apresentadas sejam atualizadas ao longo do processo, e é isso que o CADHu e a Comissão Arns pretendem fazer, anexando fatos referentes à “negligência na gestão da pandemia de covid-19″, doença que ameaça até os indígenas isolados, e os recentes ataques de garimpeiros a comunidades dos povos Yanomami e Munduruku, que, segundo ambas entidades, são apoiados pelo Governo Federal. “É juridicamente confortável falar em crimes contra a humanidade e genocídio da comunidade indígena quando temos esse cenário”, ressalta Eloísa Machado. De acordo com a Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, 728 indígenas faleceram por covid-19, sem considerar os casos e óbitos entre os indígenas que vivem em zonas urbanas. Já a APIB registra 1.126 óbitos entre os povos originários.

Ainda que o processo continue avançando e que Bolsonaro tenha um julgamento e venha a ser condenado por crimes previstos no Estatuto de Roma (que institui a Corte Internacional de Justiça), isso dificilmente seria concluído durante o exercício de seu mandato na Presidência: pelo histórico do TPI, a responsabilização de chefes ou ex-chefes de Estado nessa jurisdição costuma demorar cerca de uma década. Prisão por até 30 anos, o confisco de bens e reparações, como pedidos de desculpa e indenizações estão entre as possíveis penas na hipótese de condenação.

Em julho do ano passado, uma coalizão de mais de 60 sindicatos e movimentos sociais ―a maioria deles de profissionais de saúde, sob a liderança da Rede Sindical UniSaúde― levou outra denúncia ao Tribunal de Haia, pedindo a condenação do presidente brasileiro por genocídio.

   Para além do TPI, as denúncias contra Jair Bolsonaro ganham, cada vez mais, a atenção da comunidade internacional. Alice Wairimu Nderitu, assessora do secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas) para a prevenção de genocídio, citou o Brasil pela primeira vez ao falar do assunto na segunda-feira, em uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da organização, em Genebra. “Na região das Américas, estou particularmente preocupada com a situação dos povos indígenas. No Brasil, Equador e outros países, peço aos governos que protejam as comunidades em risco e garantam a responsabilização pelos crimes cometidos”, disse Nderitu. Essa foi a primeira vez que o país foi citado na ONU atrelando-o a genocídio.

“Nunca vivemos uma situação como esta, de chegar ao triste ponto de precisar denunciar um presidente brasileiro à Justiça internacional. Sabemos que o processo no TPI é longo, mas nosso objetivo justamente era trazer o olhar da comunidade internacional para o que está acontecendo aqui”, comenta Juliana Vieira dos Santos, advogada da Comissão Arns. Ela acredita que o Governo Bolsonaro sistematizou uma “política anti-indigenista” no país.

Jurisdição

Denúncias como as apresentadas contra Bolsonaro podem ser levadas à Justiça internacional quando se considera que as autoridades jurídicas do próprio país não têm capacidade de apurar ou julgar tais irregularidades. Para o TPI, as organizações denunciantes alegaram que “não há sinalização de responsabilização por parte dos tribunais nacionais”. A advogada Juliana Vieira dos Santos, no entanto, é mais enfática: “Acionar a jurisdição internacional porque as autoridades competentes no país não quiseram fazer seu papel. O próprio Supremo [Tribunal Federal] não tem conseguido proteger as populações indígenas, porque se tem toda a máquina do Executivo se movimentando contra elas.”

Santos lembra que qualquer denúncia contra um presidente da República deve ser encaminhada pela Procuradoria Geral da República —atualmente nas mãos de Augusto Aras, alinhado com Bolsonaro. “Há essa armadilha do presidencialismo de coalizão que contamina outras instituições. É por isso que o Congresso não consegue abrir um processo de impeachment, por exemplo”, continua a advogada.

É por isso que ela e outros denunciantes consideram que o TPI tem um desafio à frente caso decida levar adiante o caso de genocídio contra Bolsonaro: terá que voltar seu olhar para um país de renda média, com uma Constituição em vigor e sem um conflito deflagrado, quando está acostumado a investigar situações em países pobres e em guerra ou sob regimes ditatoriais. “O TPI é acusado de ser seletivo e de não investigar países grandes ou poderosos, mas essa é uma oportunidade de mostrar que não é assim”, diz Eloísa Machado. Como precedente, ela cita a decisão em 2020 de investigar a atuação de tropas dos Estados Unidos no Afeganistão. “No caso do Brasil, o ataque sistemático aos povos indígenas tem chamado a atenção”, conclui ela, esperançosa.

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Fonte: EL PAÍS Brasil


Rede TVT

Os povos indígenas protestaram em frente ao STF contra o chamado "Marco Temporal" para demarcações, defendido por ruralistas.  O grupo cantou e tocou canções tradicionais e fez um apelo aos ministros do STF.

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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Cacique Raoni denuncia Bolsonaro em tribunal internacional por crimes ambientais


Os caciques Raoni Metuktire e Almir Suruí abriram uma denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Tribunal Penal Internacional (TPI), citando crimes ambientais, em um contexto de crimes contra a humanidade.


Amazonian indigenous leader Raoni Metuktire delivers a letter to 10 Downing Street, London, calling on Prime Minister Boris Johnson to condemn the actions of Brazil's president Jair Bolsonaro in failing to protect indigenous tribes in the Amazon rainforest. (Photo by Dominic Lipinski/PA Images via Getty Images)

A denúncia cita recordes de desmatamento desde o início do governo Bolsonaro, recorde também de assassinatos de lideranças indígenas em 2019 e descreve o desmantelamento de agências responsáveis pela proteção ambiental.

Esta é a quinta denúncia contra Bolsonaro no TPI. O próximo passo será uma análise preliminar pela Procuradoria da corte para decidir se autoriza a investigação do caso.

A representação feita pelas duas lideranças indígenas contou com ajuda do advogado francês William Bourdon, famoso por defender causas internacionais de direitos humanos e mais recentemente casos de "whistleblowers" como Edward Snowden, Julian Assange e ativistas africanos.

Segundo o advogado Bourdon, o caso pode ajudar no reconhecimento do ecocídio entre os crimes internacionais julgados pelo TPI, que tem competência para analisar crimes de guerra, genocídios e crimes contra a humanidade. Ecocídio é definido como dano sério e duradouro ao meio ambiente, na medida em que causa danos significativos à vida humana e aos recursos naturais.

“É a primeira comunicação em nome de dois grande caciques que aprofunda a noção de ecocídio massivo como crime contra a humanidade, com enormes desdobramentos à questão da subsidiariedade, ou seja, a demonstração da impossibilidade para as comunidades no Brasil terem acesso a um juiz independente com capacidade para realizar inquéritos efetivos", disse aoportal UOL.

Bourdon explicou que os crimes pelos quais Bolsonaro é acusado provavelmente serão qualificados como crimes contra a humanidade. "No entanto, esses crimes contra a humanidade foram perpetrados em um contexto mais amplo de crime ambiental", afirmou. "No contexto da superexploração dos recursos naturais da floresta amazônica, são inúmeros os exemplos de ecocídio."

Fonte: Yahoo Brasil


Greenpeace Brasil


Esvazie os garimpos - 25 de jun. de 2020

Nos primeiros quatro meses de 2020, 72% de todo o garimpo realizado na Amazônia ocorreu dentro de terras indígenas e unidades de conservação. Por lei, essas áreas deveriam ser protegidas. Mas garimpeiros não fazem “home-office”! Essas invasões vêm acompanhadas de violência contra os indígenas e da contaminação do solo e dos rios por mercúrio, que - quando ingerido - causa graves doenças. Além disso, garimpeiros são possíveis transmissores da Covid-19 para os indígenas. Chega! É hora de esvaziar os garimpos!




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quarta-feira, 22 de julho de 2020

Greta Thunberg doa R$ 600 mil para projeto em defesa de indígenas na Amazônia



A ativista sueca anunciou que irá apoiar uma campanha do Fridays for Future Brasil contra a pandemia do novo coronavírus na região amazônica


Por: Revista Forum

A ativista sueca Greta Thunberg decidiu doar 10% de prêmio recebido por ela nesta segunda-feira (20) para uma entidade que atua na Amazônia com o objetivo de combater a pandemia do novo coronavírus na região.

Thunberg recebeu 1 milhão de euros – o equivalente a mais de R$ 6 milhões – ao ser consagrada a vencedora do Prêmio Gulbenkian para a Humanidade. O montante foi repassado para a Fundação Thunberg, que irá distribuir apoios a projetos em todo o mundo.

“Todo o dinheiro do prêmio será doado pela minha fundação a diferentes organizações e projetos que trabalham para ajudar pessoas que estão no front sendo afetadas pela crise climática e ecológica, especialmente nos países em desenvolvimento”, disse Greta ao receber a honraria da Fundação Calouste Gulbenkian.

Segundo reportagem do Jornal O Globo, a Fridays for Future Brasil será uma das primeira organização a receber um apoio de 100 mil euros em um projeto que trabalha com assistência médica a comunidades indígenas na Amazônia.

Pelo Twitter, a organização celebrou o apoio. “Essa doação é para projeto feito pelo Fridays for Future Brasil, que têm jovens de 15 a 21 anos, e que é específico para o combate ao COVID-19 em comunidades indígenas”, tuitou.

Trunberg também irá doar 100 mil euros para uma entidade que luta para tornar o ecocídio como crime contra a humanidade.




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