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sexta-feira, 22 de março de 2024

Exército israelense bombardeia hospital e sequestra médicos


A Euro-Med Monitor afirmou que “o exército de ocupação transformou o Complexo de Al-Shifa em um matadouro público em meio a operações de execução em campo”


Complexo de Al-Shifa

A Euro-Mediterranean Human Rights Monitor, organização que está acompanhando a situação na Palestina de perto, divulgou um relatório sobre a invasão nazista do hospital al-Shifa. Ele afirma: “o exército de ocupação israelense está detendo equipes médicas no Complexo Médico Al-Shifa, que está passando por uma operação militar pelo quarto dia consecutivo, enquanto pacientes estão morrendo lentamente sem cuidados”.

E continua: “recebemos declarações horríveis sobre a morte de 3 pacientes nas últimas horas, além da morte lenta que ameaça a vida de dezenas de pacientes e feridos, seja negando-lhes qualquer atendimento médico e medicamentos ou por meio de fome e desidratação”.

Sobre os sequestros eles afirmam: “as declarações mostraram que as forças de ocupação detiveram todos os médicos e enfermeiros em um local desconhecido dentro do complexo de Al-Shifa e os impediram de realizar seu trabalho, deixando os pacientes e feridos sem qualquer atendimento médico ou medicamento”.

E afirmam com todas as letras: “alertamos que o exército de ocupação transformou o Complexo de Al-Shifa em um matadouro público em meio a operações de execução em campo”.

O número de assassinados já está estimado em 200: “os contínuos crimes israelenses dentro do Complexo Médico Al-Shifa levaram ao martírio de pelo menos 200 palestinos até o momento da divulgação do comunicado, muitos dos quais foram submetidos a assassinato deliberado e execução extrajudicial após sua prisão”.

Fonte: DCO - Diário Causa Operária





segunda-feira, 18 de março de 2024

Forças israelenses invadiram o Hospital al-Shifa de Gaza


Autoridades de Gaza relatam aumento de vítimas; Militares israelenses reivindicam que o Hamas use complexo médico para planejar ataques


O Ministério da Saúde de Gaza disse que cerca de 30 mil pessoas estão presas no hospital al-Shifa, na cidade de Gaza [Arquivo: Abed Sabah/Reuters]

As forças militares de Israel invadiram o Hospital al-Shifa, na cidade de Gaza, com tanques e tiros pesados, resultando em mortes e feridos, disseram autoridades palestinas.

Os militares israelenses disseram em comunicado na segunda-feira que estão conduzindo uma “operação precisa” nas instalações médicas. O Ministério da Saúde de Gaza disse que cerca de 30 mil pessoas, incluindo civis deslocados, pacientes feridos e pessoal médico, estão presas dentro do complexo.


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Israel, que encerrou muitas das suas operações no norte de Gaza há algumas semanas alegando ter destruído a infra-estrutura militar do Hamas, disse no comunicado que o Hamas – que governa o enclave – “se reagrupou” dentro de al-Shifa e está “a usá-lo para comandar ataques contra Israel”.



Numa mensagem em inglês no Telegram, o Ministério da Saúde de Gaza disse que qualquer pessoa “que tente mover-se é alvo de balas de franco-atiradores e de quadricópteros”. Acrescentou que o ataque, que começou às 2h00 (00h00 GMT), resultou num “número de mártires e feridos”.

A Al Jazeera Árabe informou que o prédio cirúrgico do hospital estava em chamas após o bombardeio israelense.

De acordo com o escritor e jornalista palestino Imad Zaqqout e outras testemunhas, as forças israelenses prenderam o correspondente da Al Jazeera árabe, Ismail al-Ghoul, dentro do hospital.

As testemunhas disseram que al-Ghoul foi espancado severamente por soldados israelenses antes de ser preso com dezenas de homens e mulheres no hospital.


Abdel-Hady Sayed, que está abrigado no centro médico há mais de três meses, disse à Associated Press que as pessoas estão “presas lá dentro”.

“Eles atiram em qualquer coisa que se mova... Os médicos e as ambulâncias não conseguem se mover”, disse ele.

Mais tarde na segunda-feira, os militares israelenses anunciaram que um de seus soldados morreu na invasão ao hospital, onde trocaram tiros com combatentes do Hamas.

A morte do soldado, o sargento Matan Vinogradov, de 20 anos, eleva para 250 o número total de soldados israelenses mortos na guerra de Gaza.

O porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, disse em um vídeo postado anteriormente no X que os militares israelenses conduziriam um “esforço humanitário” durante o ataque, fornecendo comida e água. Ele também insistiu que “não há obrigação” de os pacientes e a equipe médica evacuarem o hospital.

No entanto, correspondentes árabes da Al Jazeera no local relataram que as forças israelenses usaram alto-falantes para ordenar a evacuação de centenas de pessoas abrigadas no hospital.

Imagens verificadas pela unidade de verificação Sanad da Al Jazeera mostram dezenas de palestinos fugindo do hospital enquanto as forças israelenses lançavam operações na área.



 Tradução: O exército israelense força centenas de famílias a fugir do Hospital al-Shifa, a oeste da cidade de Gaza.

Mais tarde na segunda-feira, os militares de Israel emitiram um apelo a todos os civis perto de Al-Shifa ou no bairro mais amplo de Remal, na Cidade de Gaza, para fugirem para o sul.

Folhetos lançados pelo exército israelense instruíam as pessoas a evacuarem para a zona de evacuação de al-Mawasi localizada no oeste de Khan Younis, contradizendo as declarações anteriores de Hagari, deixando uma “narrativa enganosa”, disse Hani Mahmoud da Al Jazeera, reportando de Rafah.

O jornalista palestino Wadea Abu Alsoud, preso dentro do complexo médico, descreveu a situação nas instalações como “catastrófica” e relatou “confrontos intensos”, num vídeo publicado no Instagram.

“Este pode ser meu último vídeo”, disse ele. “Agora estamos sitiados dentro do Hospital al-Shifa. Estamos sendo fortemente alvejados. A ocupação subitamente invadiu o hospital e seus arredores. Como vocês podem ouvir agora, há confrontos intensos nas proximidades do Hospital al-Shifa. Estamos ouvindo sons vindos do portão. Há estilhaços caindo no pátio do hospital.”

Willem Marx, da Al Jazeera, na Jerusalém Oriental ocupada, citou uma declaração israelita dizendo que as suas forças “encontraram fogo dentro do hospital, responderam com fogo real e indivíduos foram atingidos”.

Marx observou que este é o quarto ataque israelita a al-Shifa desde 7 de Outubro. Um longo cerco às instalações em Novembro rendeu a Israel protestos internacionais.

O Gabinete de Comunicação Social do Governo em Gaza condenou a operação, qualificando o ataque de “crime de guerra”.

“A ocupação israelita ainda usa as suas narrativas fabricadas para enganar o mundo e justificar o ataque a al-Shifa”, afirmou num comunicado.

Israel acusou repetidamente o Hamas de conduzir operações militares a partir de hospitais e outros centros médicos, afirma o grupo nega.

O Ministério da Saúde disse ter recebido ligações de pessoas na área ao redor do hospital alegando que havia dezenas de vítimas.

“Ninguém pôde transportá-los para o hospital devido à intensidade dos tiros e dos bombardeios de artilharia”, disse o ministério.

Segundo a ONU, 155 instalações de saúde na Faixa de Gaza foram danificadas desde o início da guerra.

FONTE : AL JAZEERA E AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS


terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Venezuela anuncia envio de 130 mil litros de oxigênio e brigada de 107 médicos a Manaus


Foto: Siderúrgica del Orinoco Alfredo Maneiro

Vídeo mostra primeiros caminhões deixando fábrica estatal venezuelana rumo ao Brasil


O governo da Venezuela anunciou na tarde deste domingo (17) que enviou os primeiros caminhões com oxigênio para auxiliar Manaus no tratamento de pacientes com Covid-19. Ao todo, o país vizinho enviou oito caminhões carregados com aproximadamente 130 mil litros de oxigênio para abastecer os hospitais da capital amazonense.

O anúncio foi feito pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em transmissão ao vivo nas redes sociais. Segundo o governo vizinho, a previsão era de que o comboio cruze a fronteira com o Brasil na manhã desta segunda-feira (18).

Ainda segundo o presidente venezuelano, a entrega efetiva do material a Manaus, no entanto, deve ocorrer 14 horas depois da chegada dos caminhões no Brasil.

“Estamos enviando apoio humanitário à população de Manaus, o oxigênio necessário para combater o Covid-19. E o Brasil deve saber que a solidariedade bolivariana não tem fronteiras”, escreveu Maduro nas redes sociais.


 

 Em vídeo compartilhado pela Siderúrgica del Orinoco Alfredo Maneiro (Sidor), estatal localizada em Puerto Ordaz, na Venezuela, é possível ver o comboio de caminhões carregados com oxigênio deixando a fábrica rumo ao país vizinho.



 Além disso, segundo o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, 107 médicos brasileiros e venezuelanos que se graduaram na Escola Latino-americana de Medicina, em Caracas, ofereceram serviços ao estado do Amazonas. A ajuda foi declarada em nome da Associação dos Médicos Formados no Exterior (AMFEX).

“Hoje contamos com a Brigada Simon Bolivar, conformada por 107 médicos residentes no Brasil, que estão a inteira disposição para prestar o apoio que seja necessário nessa luta contra o novo coronavírus”, escreveu Kelvisson da Gama e Silva, vice-presidente da AMFEX.

Fonte: Revista Fórum


TV 247

Boletim 247 - Venezuela solidária com o povo brasileiro

O Jornalista José Reinaldo comenta a ajuda oferecida pelo presidente Nicolás Maduro com envio de oxigênio para hospitais de Manaus.

Assista ao VÍDEO




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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

MAIOR DEFENSOR DA CLOROQUINA, MÉDICO FRANCÊS ADMITE PELA PRIMEIRA VEZ QUE MEDICAMENTO NÃO REDUZ MORTES


Estudo do francês Didier Raoult colocou a cloroquina no centro das pesquisas contra o tratamento da Covid-19 Foto: GERARD JULIEN / AFP

Didier Raoult também assumiu que substância não diminui necessidade de UTI e do paciente precisar de oxigênio


Principal promotor da hidroxicloroquina como tratamento para a Covid-19, o médico e microbiologista francês Didier Raoult admitiu pela primeira vez que a substância não reduz a mortalidade ou agravamento da doença. O pesquisador fez a afirmação em uma carta publicada em 4 de janeiro no site do Centro Nacional de Informações sobre Biotecnologia, da França.

"As necessidades de oxigenoterapia, a transferência para UTI e o óbito não diferiram significativamente entre os pacientes que receberam hidroxicloroquina com ou sem azitromicina e os controles feitos apenas com tratamento padrão", escreveu Raoult em nota assinada por toda sua equipe, de acordo com o jornal Le Figaro.

Raoult divulgou em março do ano passado um estudo feito com apenas 42 pessoas no qual, de acordo com o pesquisador, ficava comprovada a eficácia da hidroxicloroquina associada com a azitromicina, desde que administrados no início dos sintomas.

No entanto, cientistas de todo o mundo e a Organização Mundial da Saúde criticaram a pesquisa, dizendo que os estudos foram conduzidos fora dos protocolos científicos padrão. O Conselho Nacional da Ordem dos Médicos, da França, abriu em dezembro do ano passado um processo de investigação contra Raoult e outros seis colegas que participaram dos estudos.

Apesar de assumir que o tratamento não traz grandes vantagens em relação às mortes por Covid-19, Raoult insiste na carta que o tempo de internação dos pacientes tratados com hidroxicloroquina e azitromicina foi menor.

"Também calculamos o tempo de internação, que pareceu ser significativamente menor em pacientes tratados apenas com hidroxicloroquina ou com hidroxicloroquina e azitromicina, do que nos controles", escreveu Raoult.

"As necessidades de oxigenoterapia, a transferência para UTI e o óbito não diferiram significativamente entre os pacientes que receberam hidroxicloroquina com ou sem azitromicina e os controles feitos apenas com tratamento padrão", escreveu Raoult em nota assinada por toda sua equipe, de acordo com o jornal Le Figaro.

Raoult divulgou em março do ano passado um estudo feito com apenas 42 pessoas no qual, de acordo com o pesquisador, ficava comprovada a eficácia da hidroxicloroquina associada com a azitromicina, desde que administrados no início dos sintomas.

No entanto, cientistas de todo o mundo e a Organização Mundial da Saúde criticaram a pesquisa, dizendo que os estudos foram conduzidos fora dos protocolos científicos padrão. O Conselho Nacional da Ordem dos Médicos, da França, abriu em dezembro do ano passado um processo de investigação contra Raoult e outros seis colegas que participaram dos estudos.

Apesar de assumir que o tratamento não traz grandes vantagens em relação às mortes por Covid-19, Raoult insiste na carta que o tempo de internação dos pacientes tratados com hidroxicloroquina e azitromicina foi menor.

"Também calculamos o tempo de internação, que pareceu ser significativamente menor em pacientes tratados apenas com hidroxicloroquina ou com hidroxicloroquina e azitromicina, do que nos controles", escreveu Raoult.

Um ensaio clínico realizado pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, chegou à conclusão de que a hidroxicloroquina "não tem nenhum efeito benéfico" em termos de Covid-19. O Le Figaro também menciona um outro estudo, feito pelo Angers University Hospital em uma amostra de 250 pacientes e a conclusão foi a mesma.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governo brasileiro vêm incentivando o uso da hidroxicloroquina e da azitromicina como "tratamento precoce" contra a Covid-19. Na semana passada, o Ministério da Saúde lançou um aplicativo no qual incentiva o uso das medicações que não têm eficácia comprovada.

No último sábado, o Twitter chegou a indicar que uma publicação da pasta possui "informações enganosas e potencialmente prejudiciais relacionadas à covid-19”. O conteúdo foi ocultado pela plataforma. No domingo, os pareceres e votos pela aprovação das vacinas Coronavac e de Oxford também refutaram o uso das substâncias e a existência de um "tratamento precoce" baseado em medicamentos comprovadamente ineficazes, como a hidroxicloroquina.

Fonte: Época


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