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sábado, 5 de junho de 2021

Deputado do PSL relata detalhes do “Bolsolão” e diz que governo é o “mais corrupto da história”


Antigo partido de Bolsonaro recebeu R$ 92 milhões do orçamento secreto. "Coube à liderança fazer a triagem", conta


Júnior Bozella (Divulgação)

O deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP), que rompeu com o presidente Jair Bolsonaro após a saída do mandatário do partido, em 2019, confirmou em entrevista à revista Crusoé o esquema de cooptação de parlamentares por meio do “orçamento paralelo” do governo. Ele conta que Bolsonaro usava o esquema para negociar com parlamentares em diferentes votações.

O antigo partido do presidente, o PSL, recebeu sozinho R$ 92 milhões, a maior parte destinada a bolsonaristas. A liderança do PSL fez contato com meu chefe de gabinete para pedir para fazermos os apontamentos, as indicações. Coube à liderança fazer a triagem com base na nossa relação política com prefeitos, com quem a gente tem ligação”, contou Bozzella.

“Perguntaram quem a gente queria contemplar. Igual com as emendas impositivas. Os técnicos da liderança falaram: ‘Olha, tenho aqui um recurso para indicar para a base’. A liderança do partido liga no gabinete e fala que pode fazer a indicação, é assim. Fui um dos menos contemplados. Os governistas é que foram realmente beneficiados”, completou o deputado.

Bozzella conta ainda que as negociações variam dependendo da votação em curso no Congresso. “O que a gente escuta é que cada caso tem um acordo específico. Numa determinada votação, liberação de ‘x’ milhões para aquela votação. A última que teve foi por causa do auxílio emergencial. Aí teve mais um quantitativo para a eleição do Arthur [Lira, presidente da Câmara]”, relata.

O deputado afirmou que o governo Bolsonaro é o “mais corrupto da história do Brasil” e que “o mensalão, se comparado a isso, foi ‘barato’ para o povo brasileiro”.

Fonte: Revista Fórum


Rádio BandNews FM

Reinaldo Azevedo: Bolsolão é a maior compra de votos do Congresso da história - 21 de mai. de 2021

A área técnica do TCU vai investigar a forma com que o Ministério do Desenvolvimento Regional e a Codevasf usaram R$ 3 bilhões das emendas do relator-geral do Orçamento de 2020 em contratos com empresas privadas. Reinaldo Azevedo comenta as apurações.

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terça-feira, 16 de abril de 2019

Raquel Dodge arquiva ação contra fake news do STF; Moraes reage e nega pedido



Sputnik Brasil - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manifestação informando o arquivamento da ação do Supremo que apura supostas fake news.

A ação havia sido criada por meio de ofício do presidente da Corte, Dias Toffoli, em 14 de março, e sorteada para ser responsabilidade de Moraes.

Nesta semana, Moraes censurou o site Antagonista e a revista Crusoé e também determinou operações de busca e apreensão contra 7 pessoas acusadas de publicar "conteúdo de ódio" contra o Supremo.

  • Na manifestação enviada a Moraes, Dodge afirma que pediu informações sobre o inquérito aberto por Toffoli — mas não recebeu os dados solicitados. Dodge informa que a "a situação é de arquivamento deste inquérito penal".

A procuradora-geral acusa o STF de não observar as determinações da Constituição e coloca em xeque as ações e provas colhidas por determinação de Moraes:


"Nenhum elemento de convicção ou prova de natureza cautelar produzida será considerada pelo titular da ação penal", escreve a PGR. "Também como consequência do arquivamento, todas as decisões proferidas estão automaticamente prejudicadas".

O Antagonista publicou a íntegra da decisão de Dodge.

Moraes nega solicitação da PGR e diz que pedido é 'genérico'

Alexandre de Moraes negou o pedido de arquivamento feito por Dodge. O ministro do Supremo também determinou que as ações ligadas ao processo do inquérito das fake news não serão suspensas.

  • "Na presente hipótese, não se configura constitucional e legalmente lícito o pedido genérico de arquivamento da Procuradoria Geral da República, sob o argumento da titularidade da ação penal pública impedir qualquer investigação que não seja requisitada pelo Ministério Público", afirmou o ministro. "Diante do exposto, indefiro integralmente o pedido da Procuradoria Geral da República", escreveu Moraes em seu despacho, segundo o G1.
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