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sábado, 9 de janeiro de 2021

“Aécio uniu Eduardo Cunha e Temer”, diz Rogério Correia sobre livro escrito por ex-presidente da Câmara na prisão



Em livro que conta sua versão sobre o "impeachment" de Dilma Rousseff, Eduardo Cunha diz que Temer foi o "grande encorajador" do golpe


Detalhes do livro escrito da prisão pelo ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, da prisão que foram revelados nesta sexta-feira (8) pela coluna Radar, de Robson Bonin, na revista Veja, deixa de fora, até o momento, um personagem que teve papel central no golpe que depôs Dilma Rousseff (PT) e resultou na eleição de Jair Bolsonaro (Sem partido, ex-PSL) em 2018, segundo o deputado Rogério Correia (PT-MG).

“Qualquer análise sobre o que foi o golpe no Brasil que derrubou a presidenta Dilma tem que levar em conta o papel central que teve o deputado Aécio Neves. Derrotado nas eleições, passou a incitar e organizar na calada do Congresso Nacional contra Dilma. Assim, ele uniu Eduardo Cunha e Temer com as elites brasileiras que possuem conluio com as elites financeiras para que articulassem e comprassem os votos que fossem definidores no processo [de impeachment]”, disse Correia à Fórum.

Conhecedor dos bastidores da política mineira há décadas, o deputado diz que a ação golpista de Aécio voltou-se contra o próprio político, que hoje vive no ostracismo da Câmara Federal.

“Aécio Neves era conhecedor de tudo isso, tano na forma de agir, quanto na forma sorrateira de articular ali no Congresso Nacional. Com certeza ele foi peça chave nesse golpe e hoje está no ostracismo da política. É uma espécie de deputado fantasma”.


Grande conspirador

No livro, com 740 páginas, que tem como título “Tchau Querida, o Diário do Impeachment” e está em fase final de revisão textual, Eduardo Cunha diz que Michel Temer, então vice-presidente, foi o “grande conspirador” do golpe.

“Cunha conta em detalhes como o vice de Dilma atuou ativamente para tomar o lugar da petista”, diz o jornalista da Veja.

Além de Temer, o livro deve trazer revelações bombásticas sobre a atuação de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assumiu a presidência da Câmara logo após a deposição da então presidenta.

Fonte: Revista Fórum


TV 247


Boletim 247 - Eduardo Cunha: Temer foi o grande conspirador do golpe

A jornalista Laís Gouveia revela os primeiros detalhes sobre o livro-bomba do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha com os bastidores do golpe de 2016 contra Dilma. “Tchau Querida, O Diário do Impeachment” aponta Michel Temer como "o grande conspirador”, do golpe que resultou no impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff, em 2016.

Assista ao VÍDEO


quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Ministro Marco Aurélio cobra instalação da comissão do impeachment de Temer




O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, pediu explicações à Câmara dos Deputados sobre a demora na instalação da comissão do impeachment do presidente Michel Temer.

A reportagem é do Poder360 e as informações são do repórter Gabriel Hirabahasi.

Em 5 de abril de 2016, Marco Aurélio determinou que o então presidente da Casa, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), instalasse a comissão especial para analisar o processo contra Temer. A comissão ainda não tem integrantes suficientes indicados. A Câmara tem até 10 dias úteis para responder ao questionamento.

O pedido de impeachment de Michel Temer foi protocolado pelo advogado Mariel Márley Marra (leia aqui a íntegra). A ação contra o peemedebista conta com as mesmas acusações pelas quais sua colega de chapa, Dilma Rousseff, foi cassada. 


O despacho foi enviado na 3ª feira (6.dez). Segundo o regimento interno da Câmara, cabe aos líderes de bancada indicarem os integrantes das comissões temporárias.

O argumento de Marra é de que, após o prazo de 48 horas, caberia ao presidente, atualmente o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), indicar os membros.

A comissão foi criada após a decisão de Marco Aurélio em 5 de abril de 2016. No entanto, nenhum dos deputados que ocuparam o cargo de presidente da Câmara –Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Waldir Maranhão (PP-MA) e Rodrigo Maia (DEM-RJ)– indicou integrantes para o colegiado na ausência da nomeação dos líderes.

A comissão tem apenas 16 dos 66 membros titulares. Além dos partidos da oposição –PT, PC do B, PDT, Rede, Psol– também há indicados do PR, PT do B, PMB e PEN. Os demais partidos, na maioria aliados de Temer, não indicaram nenhum nome.


A Câmara dos Deputados ainda não tomou conhecimento da decisão do ministro do STF e não vai se pronunciar a respeito por enquanto.

JUDICIÁRIO X CONGRESSO

A decisão do ministro Marco Aurélio se dá em meio ao conflito travado entre Judiciário e Congresso. Na 2ª feira (5.dez), o próprio Marco Aurélio determinou, por decisão provisória, o afastamento de Renan Calheiros do cargo de presidente do Senado.


Na 3ª feira (6.dez), o Senado decidiu manter Renan no cargo e ignorar a decisão provisória do ministro até que o Supremo Tribunal Federal delibere sobre a matéria. A votação sobre o afastamento do peemedebista está marcada para esta 4ª feira (7.dez).

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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Dilma em entrevista ao 247: "venderam gato por lebre aos brasileiros"



247 - A presidente Dilma Rousseff concedeu uma entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor do 247, na tarde desta segunda-feira 21 em Porto Alegre (confira a íntegra no vídeo ao pé da matéria).

Na conversa, ela falou da situação de crise no País, do ambiente que foi criado para se consolidar o impeachment contra ela e faz críticas à imprensa e ao "governo ilegítimo" de Michel Temer. Dilma afirmou que "prometeram, com o golpe, uma situação cor de rosa" no País, "venderam gato por lebre" ao defender o impeachment, mas que a crise só tem se acentuado. Ela condena o discurso de Temer de que recebeu uma herança maldita, mesmo depois de seis meses no governo. "Esse discurso não se sustentará".

A presidente demonstra estar estarrecida com o ambiente em que "pessoas se sentem autorizadas a invadir o Congresso por esse clima criado pelo senador Aécio Neves", principal articulador do golpe de 2016. "O golpismo está entranhado na sociedade brasileira. E o maior representante disso é Aécio Neves", completou.

Dilma fez críticas às prisões preventivas da Lava Jato antes de os investigados serem condenados. "Eu não vou defender a prisão do Eduardo Cunha, se eles não prenderam antes... tem que explicar por que estão prendendo agora", disse. "E mais: se a pessoa não tem meios para prejudicar a investigação, tem que responder em liberdade".

Ela fez duras críticas à imprensa - "age como um partido político, e prega a despolitização" - e ainda ao presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes. "Perdeu todas as condições de me julgar". Dilma anunciou que poderá entrar com uma ação contra o ministro, ao lembrar: "já me julgou fora dos autos".

Em referência à denúncia de tráfico de influência contra o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, Dilma diz que "a ambição do grupo que tomou o poder é do tamanho de um apartamento na Bahia".

Ela declarou que não defende o "golpe dentro dogolpe", e é contra a eleição indireta para mudar o governo. "Acredito em saída por eleição direta, não por eleição indireta, e tem que ter reforma política", defendeu, fazendo duras críticas ao atual sistema político.

Dilma defendeu o movimento dos estudantes, que ocupam mais de mil instituições de ensino no País. "Os estudantes estão nos ensinando, e não nós a eles". Ela diz olhar para os jovens das ocupações hoje "com muita esperança" e definiu como "algo fantástico, de uma lucidez imensa" o discurso da estudante Ana Júlia na Assembleia Legislativa do Paraná.

Incitada a definir Michel Temer, Dilma Rousseff disse que ele "está aquém do Brasil, aquém do povo brasileiro". "Não é só que ele não lidera, ele não representa", disse. "O brasileiro médio está além dele, o brasileiro pequeno está além dele", concluiu.

Confira abaixo a íntegra da entrevista:


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