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sábado, 17 de outubro de 2020

"Em 4 anos destruíram tudo o que fizemos”, diz Lula sobre volta da fome no Brasil


Ex-presidente afirmou que no Dia Mundial da Alimentação, Brasil não tem motivos para festejar - Foto: Fabrice Confrini/AFP


No Dia Mundial da Alimentação, ex-presidente critica o desmonte das políticas de segurança alimentar no país

Em pronunciamento na manhã desta sexta-feira (16), Dia Mundial da Alimentação, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a volta da fome no país e denunciou o desmonte das políticas de segurança alimentar pelo governo Bolsonaro.

Lula afirmou que, neste dia, o Brasil não tem motivos para festejar. Isso porque, diante da crise socioeconômica que assola o país, parcela mais vulnerável da população sofre diante da alta dos preços de alimentos de primeira necessidade como arroz, feijão e leite.

“Tudo indica que os preços continuarão subindo nos próximos meses. É a face mais cruel do terrível fantasma da fome rondando, de novo, os lares de milhões de brasileiros. O agro pode ser pop, como dizem os caríssimos anúncios na televisão, mas não resolve o problema da fome”, declarou o ex-presidente em transmissão feita em seu canal oficial do Youtube.

Lula citou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em setembro, que mostraram que a insegurança alimentar grave atinge 10,3 milhões de brasileiro, incluindo crianças.

Ele relembrou que, há seis anos, após o desenvolvimento de políticas públicas de combate à fome e transferência de renda como o Bolsa Família, o Brasil conquistou a erradicação da mazela social no país.

Em 2010, o Programa Mundial de Alimentos da ONU, que recentemente ganhou o Nobel da Paz, entregou ao Brasil o prêmio de "Campeão Mundial na Luta contra a Fome", como um reconhecimento pelo papel que o país desempenhava.

:: Entenda por que a fome aumentou no Brasil ::

A política neoliberal adotada pelos últimos governos, segundo Lula, comprometeu os avanços sociais conquistados na última década.

“Em apenas quatro anos, destruíram tudo que fizemos. É importante lembrar que os números do IBGE são de 2017 e 2018. É mentira dizer que o coronavírus seja o responsável pelo absurdo crescimento da fome nesse período. A tragédia alimentar que vivemos hoje foi provocada pelo desmonte do Estado e pelo esvaziamento das políticas publicas de inclusão social após o golpe”, criticou.

Como exemplo, o petista criticou o desmonte dos estoques públicos de alimentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que protege agricultores e cidadãos dos riscos provocados pelos imprevistos da atividade agrícola, regula o mercado e garante alimento para população em situação mais vulnerável.

Em 2010, de acordo com o ex-presidente, a Conab tinha um estoque de arroz de um 1 milhão de toneladas. Em 2020, apenas 21 mil toneladas do grão. 

O corte de verbas para políticas de incentivo à agricultura familiar, responsável por grande parte da alimentação que chega na mesa dos brasileiros, também foi mencionado. Com destaque para a redução orçamentária do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

:: Fome atinge 10,3 milhões e 44% das famílias rurais sofrem com insegurança alimentar ::

Lula também relembrou que um dos primeiros atos do governo Bolsonaro quando eleito foi o fechamento do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea).

“A fome é o resultado da irresponsabilidade e insensibilidade dos governantes que não têm interesse em enfrentar e curar essa chaga. Não me canso de repetir: a fome é a arma de destruição em massa mais poderosa e perigosa que o homem inventou. A fome é um problema político e acabar com ela só será possível com a justa distribuição da riqueza produzida por todos”, defendeu.

:: "Se nada for feito, voltamos ao Mapa da Fome", diz diretor da ONU sobre Brasil :: 

A redução no valor do auxílio emergencial, com parcelas adicionais de R$300, também foi duramente criticada pelo ex-presidente, que defendeu a manutenção do benefício no valor de R$ 600. 

Lula destacou a resistência do povo mesmo em meio às adversidades da pandemia e políticas perversas do governo. “O povo que já derrubou uma ditadura de generais, não treme diante de capitães autoritários”, disse.

Fonte: Brasil de Fato

 

Lula

LULA FALA AO BRASIL: A FOME VOLTOU: 

Assista ao vídeo



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sábado, 15 de agosto de 2020

Marcelo Auler: Zema pretendia exterminar quilombo. Perdeu



O governador Romeu Zema (Novo) não impediu que a Polícia Militar de Minas Gerais aterrorizasse por mais de três dias as cerca de 450 famílias de agricultores assentadas no Quilombo Campo Grande


Por Marcelo Auler

Os apelos vieram de todos os lados, de pessoas e autoridades das mais diversas tendências políticas, mas contrariando suas promessas feitas no início da semana, o governador Romeu Zema (Novo) não impediu que a Polícia Militar de Minas Gerais aterrorizasse por mais de três dias as cerca de 450 famílias de agricultores assentadas no Quilombo Campo Grande, no município de Campo do Meio, no sul de Minas Gerais. São famílias ali instaladas há 22 anos que transformaram a área de uma usina de açúcar falida em campo de produção de alimentos orgânicos.  A violência contra elas aumentou na tarde de sexta-feira (14/08). A repercussão negativa foi tamanha que no final do dia o Batalhão de Choque se retirou do local dando por encerrada a operação. Os ânimos serenaram.

Ao final da operação policial seis famílias foram desalojadas, a Escola Popular Eduardo Galeano, que oferecia educação popular aos jovens, crianças e adultos, foi totalmente destruída e um galpão que atendia aos agricultores foi esvaziado. A mobilização dos agricultores e o apoio que receberam de diversos setores da sociedade, porém, impediram que a ameaça maior – o desalojamento de todos – fosse concretizada. Apenas um pedaço da área – ainda que superior ao previsto – foi oficialmente reintegrada.

Em uma atitude inédita de espetacularização da operação, a ação da polícia militar mineira contou até com transmissão on line  (veja aqui). Nela, os oficiais alegavam que apenas cumpriam uma ordem judicial. Ordem que não se preocupou com a pandemia. Por isso, o despejo foi considerado “como um grave desrespeito e uma ameaça à vida em meio ao caos estabelecido pela pandemia, e torna-se um verdadeiro crime contra estas famílias” pelos bispos da Regional Leste 2 da CNBB. Como afirmaram em nota assinada por dom José Carlos de Souza Campos (da diocese de Divinópolis/MG) e dom Otacílio Ferreira Lacerda (da diocese de Guanhães/MG), respectivamente, presidente e bispo referencial da Comissão para Ação Social Transformadora da Regional Leste 2 da CNBB.

O tamanho da operação montada – mais de 250 policiais, incluindo o batalhão de choque com caminhão blindado (tipo brucutu), caminhões do corpo de bombeiro e até helicóptero, cujos voos visavam atemorizar as pessoas – transformou-se também em um sinal claro que o objetivo não era cumprir apenas a ordem judicial.

Leia também: GGN Covid: 100.000 mortos pelo Coronavirus, no mais completolevantamento


O plano do governo era maior”

A determinação, inicialmente, falava em reintegração de 26 hectares. Depois, o próprio juízo aumentou para 52 hectares. Segundo nota do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a operação policial foi além do que ordenava a liminar. Ainda destruíram casas e lavouras. Mas, na realidade, o aparato policial faz supor que a pretensão do governo Zema seria de exterminar o quilombo. Foi impedido pela resistência dos agricultores.



Isto explica, inclusive, o fato de terem isolado a área de tal forma que até deputados tiveram o acesso impedido, como denunciou a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT): “fomos impedidos pelo Comando Militar da operação na área de entrar pela via pública de acesso para nos encontrarmos com as pessoas. Questionado, afirmou que a operação de reintegração de posse não tinha terminado e que ele tinha protocolos a seguir. Informei que, como deputada estadual, tinha a prerrogativa de entrar, que os protocolos da Polícia Militar não são superiores a Constituição do Estado. Obtive como resposta de um Major voz de prisão se insistisse. Depois da ameaça do Comandante, dois sargentos começaram a filmar”.

A avaliação da deputada, que esteve no quilombo na sexta-feira em companhia dos deputados federais Rogério Correia e Odair Cunha e seus colegas na assembléia de Minas André Quintão e Ulysses Gomes, é de que o governo pretendia ir além do que mandou o juízo:

“Após analisar toda a operação montada, não resta dúvidas: Zema aparelhou o governo, gastou dinheiro público para fazer uma disputa ideológica e política, além de autorizar a prática de violência contra a população. Nada teve a ver com cumprimento de decisão judicial (…) três dias de operações, fora o tempo de deslocamento, diárias, hospedagens, alimentação. Tudo pago com dinheiro público para retirarem e destruírem a casa de 6 famílias, além da escola. O plano do governo era maior”.

Os policiais militares – “agindo dentro da lei e em cumprimento às ordens”, como definiu o oficial no vídeo – na quarta-feira, 12 de agosto, não impediram a destruição da escola feita, segundo dizem os policiais, por familiares do dono do terreno. O ato foi recriminado pelo bispo-auxiliar de Belo Horizonte, dom Vicente Ferreira: “De lamentar que a escola já está destruída. Infelizmente, em um tempo em que a gente precisa de mais educação”, protestou, na quinta-feira.

Nota do Tribunal de Justiça abria espaço para 
um adiamento da reintegração a partir da
 avaliação da Polícia Militar.
Desde o início da semana o governador Zema prometia suspender o despejo. Também o prefeito de Campo do Meio, Robson Machado de Sá (PSDB), dizia que apenas uma pequena área seria reintegrada. As promessas do governador, feitas pela rede social, falavam em deixar tudo para o pós-pandemia. Isso não parecia impossível. Afinal, o próprio Tribunal de Justiça, em nota (leia na ilustração ao lado), esclareceu que a ordem de despejo, datada do ano passado, teria que ser cumprida,  “entretanto, a avaliação a respeito da segurança do despejo está sendo feita pela Polícia Militar.”


Ou seja, havia margem para o governo do estado adiar o despejo. Inclusive atenderia às recomendações de infectologistas que se posicionaram contrários ao desabrigo de pessoas em plena pandemia. Mas Zema não apenas desrespeitou o prometido como deixou a polícia militar fazer uma verdadeira guerra psicológica contra os moradores por três dias seguidos – de quarta-feira (12/08) até sexta-feira no final da tarde.
“Despejar não é atividade essencial”, diz o bispo.
A promessa do prefeito foi feita ao bispo da diocese de Campanha (que engloba a região do acampamento), dom Pedro Cunha Cruz. Em pronunciamento por áudio aos demais bispos do país, dom Pedro, da ala conservadora da igreja, relatou sua conversa com o prefeito, na manhã de quinta-feira, quando ouviu que a operação já tinha ocorrido. O que não correspondeu à verdade:

“Em conversa com o prefeito Robson, de Campo do Meio, o mesmo assegurou que o despejo foi realizado ontem (12/08) somente nas residências de seis famílias que ocupavam uma área de propriedade privada, mas que não têm nenhuma relação com as 450 famílias que ocupam a área da antiga usina. A prefeitura de Campo do Meio já acolheu as três famílias despejadas deste terreno. Portanto, as 450 famílias da área da usina ainda permanecem no local e provavelmente sofrerão alguma ação judicial no pós pandemia”.

Dom Pedro terminou sua mensagem aos irmãos do episcopado prometendo genericamente seguir “rezando por estas famílias dentro do espírito do Pacto pela Vida e da ética do cuidado, como pede o nosso querido Papa Francisco”.

Fonte: GGN


O Que Está acontecendo no Quilombo Campo Grande?
A reintegração aconteceu. Famílias perderam suas casas, lavouras e a escola Eduardo Galeano foi destruída. No entanto, foram três dias de resistência. Da força do povo, da produção, da solidariedade contra as armas. Isso não é pouca coisa. Isso é dignidade. O que ninguém tira da gente, como disse nosso camarada Enio lembrando a fala de outro dirigente, o MST não formou uma geração de covardes.

As famílias e militância que estiveram entrincheirados nesses três dias nos ensinaram que só a luta faz valer. Que a luta é o caminho. E cada companheiro e companheira que esteve junto com a gente nesses dias, compartilhando as informações, contribuindo desde suas casas e suas vozes, nos deram força e reforçaram a certeza que a resistência além de ativa deve ser popular. Deve ser com o povo. A solidariedade foi essencial pra sairmos desse despejo de cabeça erguida e impondo derrotas a força policial e ao governo.

Nesse momento em que a dor e a indignação sufoca queria encontrar formas de reconhecer quem esteve ao nosso lado nesses dias.

A Luta do Quilombo Campo Grande NÃO TERMINA ! #ZemaCriminoso #ZemaCovarde  #SalveQuilombo



No Twitter




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sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Quilombo do MST resiste à PM de Zema sem acesso à água, comida e sob risco de contaminação



O MST alerta ainda para o risco de contágio por Coronavírus pois, “não há como evitar aglomeração. Policiais também podem estar se contaminando”


De acordo com as primeiras informações desta sexta-feira (14), que chegam do acampamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no Quilombo do Campo Grande, Sul de Minas Gerais, a tentativa de despejo por parte da Polícia Militar de Minas Gerais continua, mas as famílias resistem.

Foto: MST


De acordo com nota do MST, “as famílias estão há mais de 48 horas em resistência, sem dormir ou se alimentar direito”. O movimento alerta ainda para o risco de contágio por Coronavírus pois, “não há como evitar aglomeração. Policiais também podem estar se contaminando. Há grávidas, idosos e outras pessoas do grupo de risco, completamente expostas ao vírus e à iminência de uma violência policial”.



O MST diz ainda que o pequeno município de Campo do Meio, local onde está situado o Quilombo Campo Grande, não possui recursos para prestar atendimento médico ao número pessoas que podem estar infectadas neste momento.


Terrorismo de Zema

De acordo com informações dos assentados, helicópteros e drones têm circulado o local na tentativa de atemorizar os moradores.

Foto: MST


Após atear fogo no Acampamento Quilombo Campo Grande para tentar retirar as famílias que resistem no local, a Polícia Militar de Minas Gerais, sob o comando do governador Romeu Zema (Novo), cercou o local na tarde desta quinta-feira.

Segundo informações divulgadas pelo MST, a situação está se agravando. “A polícia sitiou as famílias durante todo o dia. Elas ficaram sem acesso à alimentação. As passagens foram bloqueadas para que nem imprensa, nem apoiadores do movimento pudessem chegar. Helicópteros sobrevoam a área com policiais apontando armas. E estão anunciando a chegada da tropa de choque”, relatou.

Foto: MST


O MST informa ainda que “já desocupou a área referente à sede da usina e luta para que casas e lavouras não sejam destruídas”.


Quilombo Campo Grande

Foto: MST


O acampamento Quilombo Campo Grande foi erguido há mais de 20 anos nas terras da antiga Usina Ariadnópolis, que pertencia à Companhia Agropecuária Irmãos Azevedo (Capia) e faliu no final da década de 1990. Parte dos antigos trabalhadores da usina, que ficaram sem indenização após a falência da empresa, hoje integram o acampamento. A área de aproximadamente 4 mil hectares ficou degradada depois da falência da usina, por causa do monocultivo de cana-de-açúcar. Com a ocupação do MST, o local ganhou plantações de café, milho e hortaliças, além da criação de galinhas.

Foto: MST


Fonte: Revista Fórum


Frei Gilvander Luta pela terra e por Direitos

14/8/2020, às 9h: Quilombo Campo Grande, do MST, resiste há 48 horas ao despejo, em Campo do Meio/MG. Caveirão já está na área. Tropa de choque se prepara para atacar. Dep. Andreia de Jesus: “A PM está fazendo tortura psicológica.” Médico infectologista da Faculdade de Medicina da UFMG exige suspensão imediata do despejo. E muito mais, veja nesta 6ª videorreportagem aqui.

6ª Videorreportagem no calor da tensão do despejo, de Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs, do CEBI, do SAB e da assessoria de Movimentos Populares, em Minas Gerais. Acompanhe a luta pela terra e por Direitos também via http://gilvander.org.br/site/ – http://freigilvander.blogspot.com/



PM fica no Quilombo Campo Grande, do MST, para 3o dia de despejo, em Campo do Meio, MG - 13/8/2020. Dia 14/8 continuará o despejo e também a resistência para impedir despejo.

5º Videorreportagem no calor da tensão do despejo, de Frei Gilvander Moreira, da CPT, das CEBs, do CEBI, do SAB e da assessoria de Movimentos Populares, em Minas Gerais.




Cynara Menezes, Richard Santos, Bruno Torturra e Laryssa Sampaio falam da violência do Partido Novo contra os Sem-Terra, racismo institucional e outros assuntos do dia








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quinta-feira, 13 de agosto de 2020

PM de Minas Gerais ateia fogo no acampamento Quilombo Campo Grande



O objetivo, de acordo com MST, é tentar retirar as famílias. Veja o vídeo aqui


O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) denunciou no início da tarde desta quinta-feira (13) que a Polícia Militar, sob o comando do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, ateou fogo no Acampamento Quilombo Campo Grande para tentar retirar as famílias.


 O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entrou nesta quinta-feira (13) com um pedido no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para reverter a ordem de despejo de um acampamento do movimento em Campo do Meio, município do Sul de Minas Gerais.

A ordem foi dada em meio à pandemia do novo coronavírus, o que deixaria desabrigadas as cerca de 450 famílias que vivem no Quilombo Campo Grande.

O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), havia usado a PM para retirar os acampados em uma ação que começou na madrugada da quarta-feira (12). A truculência chamou a atenção de vários deputados estaduais e movimentos sociais e pegou mal para o governador.


Quilombo Campo Grande

O acampamento Quilombo Campo Grande foi erguido há mais de 20 anos nas terras da antiga Usina Ariadnópolis, que pertencia à Companhia Agropecuária Irmãos Azevedo (Capia) e faliu no final da década de 1990. Parte dos antigos trabalhadores da usina, que ficaram sem indenização após a falência da empresa, hoje integram o acampamento. A área de aproximadamente 4 mil hectares ficou degradada depois da falência da usina, por causa do monocultivo de cana-de-açúcar. Com a ocupação do MST, o local ganhou plantações de café, milho e hortaliças, além da criação de galinhas.







Em 18 de jun. de 2016 na cidade de Campo Grande o corrupto Bolsonaro disse que caso fosse eleito em 2018 iria apoiar o extermínio dos sem terra pelos fazendeiros


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sábado, 11 de julho de 2020

Acampamento no RJ sofre ataque coordenado por latifundiário; um trabalhador foi assassinado



Acampamento Emiliano Zapata, em São Pedro da Aldeia, sofreu ataque que resultou em um trabalhador rural morto e dois feridos


Por: Revista Fórum

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Rio de Janeiro denunciou nesta sexta-feira (10) um ataque ao Acampamento Emiliano Zapata, pertencente à Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura), em São Pedro da Aldeia, interior do estado. Segundo o movimento, o suposto proprietário da Fazenda Negreiros teria coordenado o ataque.

O MST divulgou uma nota de repúdio em relação ao ocorrido, explicando que a fazenda está em processo de desapropriação há muito tempo “por não cumprir com a função social”. O proprietário teria organizado o ataque “em conivência com a polícia militar da região, que vai até o acampamento, ameaça as famílias e destrói casas”.

Segundo o movimento Baía Viva, o trabalhador rural conhecido como Mineiro foi assassinado com 2 tiros nas costas, e os camponeses Tião e Russo estão feridos por balas.

“É inaceitável que a luta pela terra, direito legítimo garantido na constituição, seja mais uma vez criminalizada e violentada de forma tão brutal com o aparato do estado”, diz a nota publicada pelo MST. “Mais grave é saber que nosso judiciário diante da sua morosidade acaba por legitimar essas ações violentas de quem alega ser proprietário e que usa o aparato do estado para intimidar e ameaçar famílias de trabalhadores rurais”.

O texto ainda ressalta a necessidade de “uma Justiça que impeça a permanência dessas ações de intimidação, ameaça e assassinatos”, e exige rigor na apuração do caso e da morte de Mineiro. “Não podemos aceitar que ações bárbaras como a ocorrida no Acampamento Emiliano Zapata permaneçam sem uma resposta efetiva do estado. As famílias que dão suas vidas na luta pela terra para alimentar a nação merecem paz e respeito.”

Leandro Mettidieri, do Ministerio Público Federal, afirmou que o MPF entrou em contato com o INCRA imediatamente após tomar conhecimento da ocorrência do ataque, ressaltando a importância da conclusão da ação de desapropriação. “Estamos ainda colhendo os dados, mas se os crimes foram em decorrência desse conflito agrário, teremos que requisitar a instauração de inquérito policial pela Polícia Federal”, disse.




No Twitter




 ROBERTO STARCK LEMOS

Em 2016 o corrupto Bolsonaro já dizia caso fosse eleito em 2018 ele apoiaria o extermínio dos sem terra pelos fazendeiros.


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quarta-feira, 17 de junho de 2020

92 anos de Che Guevara: Hasta Siempre Comandante! H.L.V.S


“Guerrillero Heroico”, fotografia de Alberto Korda tirada em 5 de março de 1960

O médico argentino que se tornou um dos maiores símbolos do espírito revolucionário de esquerda e no ícone do regime em Cuba


Por: Pablo Neri, do Coletivo de Juventude do MST
Da Página do MST


Em 1959, nos anos de tensão e “Guerra Fria” entre as potências URSS e Estados Unidos, a América Latina e o mundo é balançado pela notícia da Revolução cubana. A importância desse momento inaugura um ciclo de tensão e contestação entre a superpotência ianque e os países da América, cria uma nova perspectiva para a atuação da esquerda nas guerras de descolonização africana, além da vantagem militar mais temida pelos EUA contra sua inimiga URSS e lança para o mundo o aroma de transformação que as revoluções trazem para a atmosfera.

E junto com isso o mundo passa a conhecer os homens e mulheres que derrubaram a Ditadura de Fulgencio Batista e uma dos rostos mais conhecidos e que passaria a ser uma das figuras mais conhecidas do mundo, figuras mais difundidas durante o século XX é a de Ernesto Che Guevara.

O triunfo revolucionário Cuba passou a ser o sopro de esperança que chegava a todos os cantos do mundo e tinha como um dos principais mensageiros o Comandante Che Guevara, que dali em diante faria parte do Horizonte da militância de esquerda e de admiradores em todo o mundo.

É quase impossível achar alguém em alguma parte do planeta que não reconheça a imagem do líder cubano que hoje, emoldurado ou fixo por meios precários na parede, povoa o imaginário político as paixões e os sonhos de toda uma geração de militantes Sem Terra. Essa proporção de Che não é apenas pelo seu desempenho na guerra e por ser um dos mais imponentes contestadores do poder colonial ianque, mas por ser um dos rivais mais fulgores do capitalismo por encarnar em si mesmo, ar dar carne e osso a dignidade humana que se liberta do capitalismo e constrói um legado de militante socialista para o século XXI.


O começo

Ernesto Rafael Guevara de la Serna nasceu em 14 de junho de 1928, em Rosário, na Argentina. Primogênito de 5 irmãos, Che cresceu e tornou-se médico. Ainda na juventude jovem Ernesto viajou pela América do Sul na companhia do amigo Alberto Grando para conhecer as doenças que assolavam o continente e entendeu que não bastava combater as mazelas, era preciso destruir o sistema que as fazia existir.

Conheceu Fidel e Raul Castro, outros dois importantes líderes da Revolução Cubana, em julho de 1955, durante o exílio dos irmãos no México. Foi durante esse encontro que se juntou ao Movimento 26 de Julho e partiu para Cuba a bordo do iate Granma com o objetivo de derrubar o ditador Fulgencio Batista, autocrata que governava a ilha com o apoio dos Estados Unidos.

Médico, jornalista, escritor, diplomata, Che logo ganhou destaque no comando do exército revolucionário pelos valores que acreditava serem necessários para conquistar o apoio dos povos e o respeito da nação: Humildade, trabalho voluntário, o amor, dedicação na luta pela libertação. Como segundo General do exército Che ajudou a desenvolver a tática de guerrilha, deu significado para o foquismo que sairia vitorioso em janeiro de 1959.

Após o triunfo revolucionário, Che assumiu uma série de cargos no novo governo. Entre outras funções, foi ministro das Indústrias, embaixador e presidente do Banco Central de Cuba. Che também foi pai, casou-se duas vezes, mas abandonou tudo isso para se dedicar à tarefa de levar a Revolução para os demais continentes. Acompanhou as tropas de Cuba em campanhas militares em apoio às nações africanas na luta contra a dominação colonial, recrutou profissionais cubanos de vários setores, especialmente da saúde, trabalhando em muitas nações mergulhadas na pobreza, no analfabetismo e na insalubridade.


Legado

Seguiu convicto de seu papel na luta revolucionária até o dia do seu assassinato em outubro de 1967, na Bolívia. Por isso, o MST como organização política estimula que a base a militância, em especial os mais jovens, conheçam a história e o legado de Che organizando como processo de formação a Semana internacional de Trabalho Voluntário Ernesto Che Guevara. Ele está presente nas músicas, nas poesias, nas místicas, neste momento de desesperança e de desencantamento com as causas coletivas Che segue sendo o farol que guia aquelas e aqueles que buscam a luta por uma sociedade justa, livre e emancipada. Em 2017 construímos a Brigada de Jovens que foram até a Bolívia nós 50 anos do assassinato de seu assassinato prestar a homenagem ao Comandante Che e escutar dos camponeses daquelas imediações que guardaram seus restos mortais por mais de 30 anos.

Mesmo tendo tantas dimensões, a direita brasileira, seus “intelectuais” e seu mau jornalismo vem trabalhando para tentar reduzir Che a um “assassino frio”. Como exemplo a editora Abril, que lançou o Manual Politicamente Incorreto que “busca destruir o mito”, retirando o contexto da revolução e acusando Che de matar seus inimigos por regozijo.

Mas qual o interesse desses detratores em atacar a memória e o legado de Che Guevara? De certeza temos que do lado de lá não tem nenhum ídolo que sirva de modelo aos jovens a não ser torturadores, generais ditadores e exploradores da miséria do mundo.

E para quem quiser se aprofundar mais na história e no legado de Che Guevara e a Revolução cubana atualmente temos uma série de filmes disponíveis, como o lendário filme Diário de Motocicleta (2004) dirigido pelo brasileiro Walter Salles e baseado nos diários de Che e Grando de sua viagem de juventude. Também tem o filme Che: O Argentino (2009), já mais velho e em meio ao contexto da revolução.

Também a Editora Expressão Popular tem títulos importantes e de fácil acesso para todos como o livro de Michael Lowy, Pensamentos de Che Guevara (1969) e Che Guevara – Política de Eder Sader (org.) Esta antologia apresenta a parte mais significativa das suas contribuições teóricas para decifrar os caminhos da vida, da prática revolucionária e da ética.

Poucos lutadores terão influenciado os acontecimentos e as idéias políticas revolucionárias do século XXI como Ernesto “Che” Guevara. Seu legado e sua história permanecerão como o chamado para a luta para o enfrentamento. Como disse Eduardo Galeano, “Che é o mais renascedor de todos” e o MST seguirá prestando as homenagem que esse grande ser humano merece.

Feliz Aniversário Che!


No Twitter:




 UNESCO en español

Momentos históricos das Nações Unidas:

Discurso proferido por Ernesto Che Guevara, representante de Cuba, em 11 de dezembro de 1964, perante a Assembléia Geral das Nações Unidas (19ª sessão, 1299ª reunião).



Nathalie Cardone - Hasta Siempre


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quinta-feira, 2 de maio de 2019

No 1º de Maio trabalhadores vão às ruas e anunciam greve geral para o dia 14 de junho


Feriado em São Paulo (SP) teve atrações musiciais
 e protestos contra o governo Bolsonaro / Rodrigo Pilha


Brasil de Fato - Por emprego, aposentadoria e "Lula Livre", centrais sindicais fizeram atos unificados inéditos no Brasil

A proposta de reforma da Previdência e o desemprego, queatingiu mais de 13,4 milhões de brasileiros no mês de março, foram os principais alvos dos protestos e manifestações de 1º de Maio, Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores, no Brasil. Em atos unificados, inéditos no país, as centrais sindicais confirmaram o indicativo de greve geral para o dia 14 de junho, contra os retrocessos do governo Jair Bolsonaro (PSL).

Confira como foram algumas das mobilizações pelo Brasil:

São Paulo


O ato político em São Paulo (SP) reuniu mais de 100 mil pessoas, segundo organizadores. Dirigentes de todas as centrais sindicais criticaram a equipe econômica do Bolsonaro e reforçaram a importância da greve de 14 de junho. Subiram ao palco artistas como Leci Brandão, Ludmilla, Simone e Simaria, Paula Fernandes, Toninho Geraes, Mistura Popular, Maiara e Maraísa, Kell Smith, e Júlia e Rafaela.

O desempregado Gedson Medrado, de 31 anos, aproveitou o movimento para trabalhar. Sem emprego há mais de um ano, ele vendia balas de eucalipto ao público durante os shows.


Trabalhadores se reúnem próximo ao palco montado
 no Vale do Anhangabaú. (Foto: Pedro Aguiar)

Enquanto não encontra um emprego com carteira assinada, Gedson vive na informalidade. Morador da Zona Leste da capital paulista, ele já trabalhou como auxiliar de limpeza, vidraceiro e garçom. A irmã dele também está desempregada. “Quando você arruma um emprego, não compensa, na verdade. Trabalhar ganhando R$ 1 mil reais? É melhor fazer bicos”, conclui.

 
“As pessoas hoje trabalham como podem, para sobreviver. Esse é o meu caso. Hoje vendo bala aqui, amanhã água no farol… Estou sempre na luta”, finaliza.

Por seu caminho no Vale do Anhangabaú, Marialda Duarte Silva, de 51 anos, coloca o nome em todos os abaixo-assinados que encontra que são contra as reformas propostas pelo governo federal.  Desempregada, a carioca está morando há um mês em São Paulo, desde que a empresa terceirizada onde ela trabalhava perdeu o contrato com uma escola e demitiu funcionários.  A cozinheira era responsável pela merenda escolar.

Marialda não pertence a nenhum partido ou sindicato, mas se diz do “movimento contra a reforma da Previdência”. “Nós, mulheres, vamos ter que trabalhar mais. Os homens também. Já pensou ter trabalhado 35 anos e ter que trabalhar mais 15?”, questiona. Quando perguntada se deve se aposentar logo, ela ri: “Quem dera!”.

Guilherme Boulos, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), destacou que a união de todos os trabalhadores e trabalhadoras na greve geral será uma ação importante na defesa dos direitos da população: “Aqui começa a luta que vai barrar a reforma da Previdência no dia 14 de junho o Brasil vai parar contra esse projeto que quer destruir a previdência pública. Eles não querem enfrentar privilégios, isso é mentira. Eles estão atacando direitos”, disse.




Eide Menezes de Carvalho, de 31 anos, entende que a promessa de que a reforma da Previdência vai melhorar economia do país é falsa. “Eles estão falando só nisso, é só nessa reforma que o governo foca. Mas cadê os empregos?”, questiona. “Eu acredito que o governo tem que gerar mais postos de trabalho e melhorar a economia; tem que qualificar mais os profissionais. Focar na saúde e educação. Tem muita gente desempregada e estou nessa estatística”, lamenta.

Há dois meses, Eide sobrevive graças ao seguro-desemprego. Ela busca alguma vaga na linha de produção de alguma fábrica em Jundiaí (SP).

Em Campinas (SP), a 90 km da capital, jovens integrantes do MST  que estavam indo participar das comemorações de 1º de Maio foram parados e revistados pela Polícia Militar sem justificativa no Largo da Catedral, região central da cidade.

Em Ribeirão Preto, o ato aconteceu no assentamento Mário Lago, do MST, com entidades religiosas, partidos políticos e movimentos sociais.

Cerca de 250 pessoas participaram dos protestos em São José do Rio Preto (SP), que aconteceram no anfiteatro do Clube do Lago. A atividade unificada reuniu organizações e movimentos populares do município.

Rio de Janeiro


Os Arcos da Lapa, na região central da cidade, amanheceram com o rosto do ex-presidente Lula (PT), preso político desde abril de 2018.


Logo pela manhã, o rosto de Lula estampava os arcos da
 Lapa, na região central. (Foto: Narciso Barreto)


Perto dali, na Praça Mauá, aconteceu o ato unificado das centrais sindicais, com cerca de 10 mil pessoas. O encontro dos trabalhadores também contou com um samba para homenagear a cantora carioca Beth Carvalho, quefaleceu na última terça-feira (30) e que costumava participar das celebrações de 1º de Maio em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Em diferentes momentos, os manifestantes gritaram pela liberdade de Lula.

Michele Alves, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc), esteve no ato e destacou que as manifestações denunciam todas as formas de ataque à classe trabalhadora, mas também são importantes para lembrar das referências que deixaram seu legado. 

“É importante lembrar de Marielle Franco e dizer que ela vive, que é semente, que estamos lutando em prol do que ela foi. A gente sabe quem a matou, mas precisamos saber quem mandou matar. Hoje também lembramos da Beth Carvalho, tudo o que ela representou para o Brasil e para o samba. Ela lutou pela nossa cultura, pela cultura negra”, disse. 

Durante o ato a trabalhadora da educação Rosângela Castro também alertou que a reforma da Previdência é mais prejudicial às mulheres e que uma das mensagens do 1º de Maio tem que ser de luta pela igualdade. 

“A eleição já acabou, não é tempo de polarização, é tempo de unificar. Temos que estar juntos. Inclusive quem votou no Bolsonaro está arrependido. Todos nós seremos atingidos com a reforma da Previdência, as mulheres e professoras, principalmente, vão trabalhar mais 10 anos. Esse governo não leva em consideração que nós mulheres trabalhamos dentro e fora de casa. Temos que estar juntos para lutar contra mais esse retrocesso”, afirmou.

Ceará


Centrais sindicais, movimentos populares e entidades estudantis se reuniram na avenida Beira Mar, em Fortaleza (CE). A luta em defesa do direito à aposentadoria apareceu "casada" com a batalha pela libertação do ex-presidente.

Debaixo de chuva, manifestantes se reuniram na capital
 cearense no final da tarde. (Foto: Camila Garcia)


Depois de percorrerem a avenida, os trabalhadores participaram de um ato cultural em frente ao Centro Belchior.

Paraná


A luta contra a reforma da Previdência também foi a principal pauta neste 1° de maio em Curitiba e no interior paranaense.

Na capital, o tema apareceu estampado nas camisas, faixas e adesivos das centenas de participantes do ato, que aconteceu na Vila Torres.

O ato reúne o Cômite Unificado do Paraná em defesa da aposentadoria – estiveram presentes Pastoral Operária, PT, PCB, PSOL, PSTU, centrais sindicais e movimentos populares, entre eles o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Petroleiros também levaram suas pautas à manifestação
 em Curitiba. (Foto: Juliana Barbosa)


A atividade começou com a concentração com café da manhã, ato ecumênico e ato político com caminhada até o teatro Paiol, ciranda e o encerramento feito pelas pastorais.

Paraíba

Em Campina Grande (PB), a Praça da Bandeira foi palco de reivindicações desde o raiar do dia. Centenas de trabalhadores criticaram a PEC da Previdência do governo Bolsonaro e pediram soluções para o problema do desemprego.

Ato político na Praça da Bandeira, no interior
 da Paraíba. (Foto: Divulgação/MST)


Pernambuco


Na capital Recife e no interior, a juventude foi às ruas contra a reforma da Previdência e contra os ataques à educação promovidos pelogoverno Bolsonaro. Conforme o relato de Rosa Amorim, integrante do Levante Popular da Juventude, o entendimento dos manifestantes é que, se a PEC for aprovada, os jovens ingressarão em um mercado de trabalho "sem direitos".

A Praça do Derby, também no Recife, foi ponto de arrecadação da campanha Periferia Sem Fome, do MTST.

Mulheres foram protagonistas das manifestações na
 Praça do Derby. (Foto: Brasil de Fato Pernambuco)


Minas Gerais


O estado que foi vitimado pelos crimes socioambientais de Mariana (MG) e Brumadinho (MG) também reuniu centenas de manifestantes massivas na capital, Belo Horizonte (MG), e no interior.

Em Contagem (MG), depois da missa do trabalhador, que reuniu cerca de cinco mil pessoas, a população seguiu em marcha até a Praça do Trabalhador. Além de denunciar proposta de reforma da Previdência e ataques aos direitos promovidos pelo governo Bolsonaro,os manifestantes empunharam faixas com os dizeres "Lula Livre" e em apoio à greve geral que deve ser deflagrada em junho.

Trabalhadores protestaram contra o fim da aposentadoria em
 Minas Gerais. (Foto: Lidyane Ponciano/CUT Minas)


Rio Grande do Sul


Manifestantes de várias centrais sindicais iniciaram a concentração para o ato unificado às 15 horas, na região central da cidade. Eles pediram o fim dos ataques à Previdência Social e exigiram respostas da equipe econômica de Bolsonaro para o crescimento do desemprego.

Diversidade de cores demonstrou a união das 
centrais na capital gaúcha. (Foto: Katia Marko)


Pelo mundo


Brasileiros protestaram contra a reforma da Previdência e em favor da liberdade do ex-presidente Lula em dez cidades europeias. As manifestações ocorreram em Estocolmo, na Suécia, em Hamburgo, Berlim, Colônia e Munique, na Alemanha, em Barcelona, na Catalunha, em Lisboa, em Portugal, em Genebra, na Suíça, em Copenhague, na Dinamarca, e em Bruxelas, na Bélgica.

Na América do Norte, houve pelo menos duas manifestações de rua com as pautas da conjuntura brasileira neste Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores: na Cidade do México e em Nova Iorque.

Em Cuba, o 1º de Maio foi mais uma vez uma demonstração de força e compromisso, reunindo milhares de trabalhadores na capital Havana. Na pauta das mobilizações estava o apoio ao governo cubano e a defesa da pátria, diante de uma conjuntura de aprofundamento de ataques imperialistas à América Latina.

Bandeiras do Brasil e de Cuba apareceram lado a lado
 durante as manifestações em Havana. 
(Foto: Raíssa Lazarini)


Os manifestantes também manifestaram solidariedade ao governo Maduro e ao povo venezuelano, após mais uma tentativa de golpe, e exigiram a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

* Com informações dos correspondentes do Brasil de Fato.

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