Mostrando postagens com marcador Alckmin. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Alckmin. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

STJ, MP, MPF em estado avançado de putrefação. Tucano bom é tucano solto?


Sem investigação, as suspeitas sobre Aécio crescem. E Furnas não é o único caso abafado pela mídia e pela justiça envolvendo tucanos graúdos...




A delação do lobista Fernando Moura à Lava Jato, na semana passada, traz à pauta o vespeiro tucano em Furnas. A acusação contra Aécio Neves (PSDB) é grave: não se trata apenas do pedido de uma vaga para Dimas Toledo na diretoria da estatal, mas da afirmação de que o tucano se beneficiava de um esquema de propina na subsidiária da Eletrobrás. Ao assumir o cargo, delatou Moura, Toledo lhe detalhou a divisão do dinheiro: “é um terço São Paulo, um terço nacional e um terço Aécio” (FSP: 03.02.2016).

Em seu Facebook, Aécio repudiou a declaração de Moura, afirmando que pedir um cargo a um governo do PT equivaleria ao “técnico do São Paulo escalar um time do Corinthians às vésperas da decisão”. Em artigopublicado no Diário do Centro do Mundo, Kiko Nogueira expôs a contradição do senador tucano que exaltava, em 2010, sua proximidade com o ex-presidente petista: “Lula era um reserva de luxo do meu time. Ele era um lateral esquerdo que só deixava entrar no segundo tempo. Tenho com ele uma relação de amizade”.

As influências de Aécio em Furnas foram matéria de outra delação, a do doleiro Alberto Yousseff, em março de 2015, (confira a íntegra). À Lava Jato, o doleiro afirmou ter ouvido do ex-deputado José Janene (PP-PR), já falecido, que o tucano dividia uma diretoria de Furnas com o PP, recebendo dinheiro da estatal (FSP, 20.03.2015). Na época, deputados do PT mineiro protocolaram um pedido à Procuradoria-Geral da República para investigar desvios públicos em Furnas e na Cemig, entre 1994 e 2002 (OESP, 19.03.2015). O pedido foi arquivado: Rodrigo Janot, procurador-geral da República, alegou inconsistência nas afirmações do doleiro.

Sem investigação, as suspeitas crescem. Furnas não é o único caso envolvendo tucanos que aguarda uma investigação no país. Confiram outros:


Evasão de divisas

#Roberto Starck Lem
1.Swissleaks ou Suiçalão. Em dezembro de 2009, o especialista em informática do HSBC, Hervé Falciani, vazou para autoridades francesas uma lista com o nome de 130 mil clientes que mantinham contas secretas no banco britânico. Veio à tona um esquema de lavagem de dinheiro, incluindo a criação de empresas offshore e fundações para driblar o controle dos países sobre a origem do dinheiro. Em 2015, o Brasil foi apontado em quarto lugar no ranking de países com contas secretas: um total de 8,7 mil brasileiros mantinham US$ 7 bilhões no HSBC em Genebra. Em reportagem aqui, na Carta Maior (27.02.2015), a jornalista Najla Passos denunciava o silêncio em torno das contas no banco britânico, destacando a recusa de parlamentares tucanos em assinar o pedido de CPI do HSBC, protocolado no Senado. Sem os holofotes da mídia, a CPI está em processo. Ano passado, diante de obstáculos para se obter documentos, ela quase foi encerrada. Neste mês, como informa a agência Senado, a Justiça francesa autorizou a liberação dos dados.


Até agora, sobre os sonegadores, somente foram confirmados nomes dos que também estão envolvidos na Operação Lava Jato, além de três magistrados do Tribunal de Justiça de São Paulo. Como explica Luis Nassif, nosite GGN, o ICIJ (Consórcio Internacional dos Jornalistas Investigativos) disponibilizou a lista para um grupo restrito de jornalistas. No Brasil, apenas o jornalista Fernando Rodrigues (UOL) tem acesso aos dados.

 

2. Banestado. Em outubro de 2015, o senador Roberto Requiãoafirmou, em discurso no Senado, que Banestado foi “a mãe de todos os escândalos”, contabilizando desvios na ordem de US$ 124 bilhões (quase R$ 500 bilhões). Requião se referia ao esquema de remessas ilegais de divisas ao exterior, através do banco estatal do Paraná, entre 1996 e 2002. A CPI do Banestado, instalada em 2003, apontava o envolvimento de mais de 130 políticos, indiciando 91 pessoas (FSP, 14.12.2004), entre elas, Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central. Segundo investigações da Polícia Federal (PF), os doleiros abriam várias contas correntes, em nome de laranjas, no banco paranaense, em Foz do Iguaçu (PR); depois transferiam o dinheiro para contas CC5 - contas que permitem movimentação no exterior, sem autorização prévia do BC.


A PF chegou a denunciar mais de 600 pessoas, entre eles o doleiro Alberto Youssef que, ao firmar acordo de delação premiada, foi suspenso do trâmite de inquérito e ações penais. Os processos foram presididos pelo juiz Sérgio Moro. Em abril de 2013, a Folha de S. Paulo apontava que entre os 14 condenados, 7 tiveram a pena extinta.

Reportagem da Carta Capital, de 03.11.2015, lembrava que o BC havia sido alertado por movimentações suspeitas no Banestado em 1997, quando da CPI dos Precatórios. Além disso, cabia ao Banco Central, desde 1992, a fiscalização e identificação de toda a movimentação acima de R$ 10 mil nas contas CC5. Segundo a reportagem, várias empresas de comunicação – como a RBS (afiliada da Globo), o Grupo Abril, entre outros – utilizaram essas contas CC5. Com a interrupção das investigações, não foi possível saber quais dessas contas eram regulares e quais não eram.

Recursos públicos para cofres de campanha


3. A Lista de Furnas. Em 2006, a Carta Capital divulgou uma lista com nomes de 156 políticos suspeitos de terem recebido dinheiro ilegal de Dimas Toledo, então diretor de Furnas, para financiarem campanhas em 2002. Na Lista de Furnas, apareciam, por exemplo, os nomes de José Serra, Geraldo Alckmin, Aécio Neves, entre outros (confiram a lista). A autenticidade do documento foi questionada e perícias chegaram a ser realizadas, como a do Instituto de Criminalista da Polícia Civil de Minas Gerais apontando fraude na lista; e da PF atestando a assinatura de Toledo na lista. Em 2012, a procuradora Andréia Bayão, do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, apresentou uma denúncia contra 11 pessoas, por corrupção e lavagem de dinheiro, entre 2002 e 2008. Entre elas, estavam Dimas Toledo e o ex-deputado federal Roberto Jefferson. O processo corre em segredo de justiça. Uma série de reportagens do Diário do Centro do Mundo detalha o esquema.

4. Mensalão tucano. Desvios de R$ 14 milhões (corrigidos) de bancos e empresas públicas mineiras para financiar a campanha de reeleição do então governador Eduardo Azeredo (PSDB), em 1998. À frente do esquema de lavagem de dinheiro, estava o publicitário Marcos Valério. Na época, foram levantadas suspeitas sobre o desvio de R$ 1,67 milhão da Cemig (energia), mas aestatal ficou fora da ação. Em 2012, a Carta Capital divulgava uma extensa lista – englobando os desvios em Furnas – com nome de doadores e beneficiários envolvidos no caixa 2 da campanha tucana. A reportagem citava, por exemplo, o repasse de R$ 1,2 milhão do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) e de R$ 1,3 milhão da Petrobras. Apenas em dezembro de 2015, Azeredo foi condenado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Como se trata de decisão em primeira instância, ainda cabe recurso.


Venda do patrimônio público a preço de banana


5. Farra das Privatizações. Em 2011, o então deputado Protógenes Queiróz (PC do B) entregava ao Congresso o pedido de criação da CPI da Privataria, com 206 assinaturas. O objetivo era investigar as denúncias do livro “A Privataria Tucana”, jornalista Amaury Ribeiro Jr., sobre um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propinas, envolvendo políticos e empresários, durante as privatizações da Era FHC (1995- 2002). Um dos principais suspeitos de irregularidades no período era o então ministro do Planejamento de FHC, o senador José Serra. Com vasta documentação sobre transações financeiras em contas offshore (em paraísos fiscais), Amaury Jr. também levanta suspeitas sobre a movimentação financeira de Verônica Serra e do seu marido, o empresário Alexandre Bourgeois em paraísos fiscais. Outro nome que surge é o de Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil, suspeito de tráfico de influência e cobrança de propinas nas privatizações da Vale do Rio Doce (arremata a preço de banana) e do Sistema Telebrás.


A venda do Sistema Telebrás em 1998, por R$ 22 bilhões – após um investimento federal de R$ 21 bilhões para a reestruturação do setor – foi permeada por suspeitas de irregularidades. Em 25.05.1999, a Folha de S. Paulo divulgava o áudio de uma conversa entre Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações de FHC, e André Lara Resende, presidente do BNDES à época. Eles articulavam o apoio da Previ em benefício do consórcio do Banco Opportunity, de Daniel Dantas. FHC, inclusive, autorizava o uso do seu nome para pressionar o fundo de pensão a favor de Dantas. Em 2009, Mendonça de Barros foi absolvido das acusações do escândalo dos grampos pela Justiça Federal do DF.

A privatização do Banespa também esteve sob suspeita.  Em 2000, após cinco anos de intervenção e do pagamento de R$ 2 bilhões para o governo paulista, no processo de federalização, o Banespa foi vendido para o Santander por R$ 7 bilhões. A CPI do Banespa apontava motivação política por parte do governo FHC, ao considerar o banco inadimplente. Vários nomes surgiram ao longo daquela CPI, como o de Vladimir Antônio Rioli, ex-vice-presidente de operações do Banespa e entãosócio de José Serra, suspeito de beneficiar Gregório Marin Preciado em empréstimos de R$ 21 milhões. Casado com uma prima de Serra, Preciado foi membro do conselho de Administração do Banespa (1983-87).

Em 2002, uma reportagem de Amaury Jr. na Isto É apontava Rioli como facilitador de uma operação irregular, realizada por Ricardo Sérgio, para repatriar US$ 3 milhões depositados em bancos nas Ilhas Cayman. Ricardo Sérgio, por sua vez, teria ajudado Gregório Marin Preciado a obter perdão de uma dívida de R$ 73 milhões junto ao Banco do Brasil (FSP, 10.05.2002). Os depoimentos de Preciato e Ricardo Sérgio foram suspensos por decisão do presidente da Câmara na época, Efraim Morais (PFL-PB), (Diário do Grande ABC,22.05.2002).

Favorecimento do sistema financeiro

 6. Proer, Pasta Rosa, Marka-FonteCidam. Alguns escândalos na Era FHC atestam o conluio entre os tucanos e o sistema financeiro no país. O caso da Pasta Rosa é emblemático. Em 1995, várias instituições bancárias – Febraban e Banco Econômico à frente – apareciam em uma lista como financiadoras de campanhas de 45 políticos, entre eles, José Serra e Antônio Carlos Magalhães (PFL, hoje DEM). Na época, o financiamento privado era ilegal, FHC mudou a lei logo depois. O ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá, do Banco Econômico, chegou a ser indiciado pela PF, mas o caso foi arquivado em 1996. 


O escândalo do PROER, por sua vez, demonstra como o governo FHC foi grato aos bancos. O programa de socorro aos bancos, implementado em 1995, custou aos cofres públicos, segundo especialistas da CEPAL, 12,3% do PIB. Foram beneficiados, por exemplo, os bancos Econômico, Bamerindus e Nacional que, juntos, deram um calote de mais de R$ 10 bilhões ao BC. Apenas o Banco Nacional (da família da nora de FHC, os Magalhães Pinto) contou com uma linha de crédito na ordem de R$ 6 bilhões. Em 1999, após a reeleição, o governo FHC também socorreria os bancos Marka e FonteCidam, praticando cotação do dólar abaixo do valor de mercado, em um total de R$ 1,6 bilhão.

Outro grande assalto aos cofres públicos, em benefício do sistema financeiro, não chegou a ser caso de polícia, mas merece o destaque: em seus oito anos de mandato, o Governo FHC aumentou em 346% a dívida pública brasileira, a partir da política de juros estratosféricos capitaneada pelo seu governo. 

Cemig e o abafa CPI em Minas


7. Cemig. No escopo das investigações da PF sobre serviços prestados pelas empresas de fachada do doleiro Alberto Yousseff, foi identificado o pagamento de R$ 4,3 milhões da Investminas – empresa associada à Cemig (estatal mineira de eletricidade) – na conta MO Consultoria, empresa de fachada do doleiro. Como explica a jornalista Helena Sthephanowitz, em reportagem na Rede Brasil Atual, em sociedade com a estatal mineira, a Investminas constituiu a empresa Guanhães Energia S.A., com 51% do seu controle acionário. Tempos depois, Investminas vendeu a sua cota para a Light (controlada pela Cemig) por R$ 26,5 milhões pela venda. A jornalista aponta que, pelo balanço da Cemig, o patrimônio da participação da Investminas era de R$ 10,3 milhões. A venda representou um ágil de 157%. Três semanas depois da negociação, a Investminas depositou R$ 4,3 milhões para a MO Consultoria.Em  depoimento à PF (11.08.2015) Yousseff admitiu ter fechado um contrato de fachada com a Investminas, mas disse não saber sobre a destinação dos R$ 4,3 milhões.


Da vasta lista de CPIs abafadas ao longo de 12 anos de tucanato em Minas Gerais, os parlamentares pretendem emplacar uma CPI sobre a construção da Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves (sede do governo desde 2010) realizada pela mineira Codemig. Segundo o deputado Rogério Correia (PT-MG), o valor inicial das obras, estimado em R$ 600 milhões, dobrou: custando R$ 1,2 bilhões aos cofres públicos (Jornal do Brasil, 04.01.2015). Outra CPI que poderá sair ainda neste ano é a das Barragens e do Mineroduto, para investigar a legalidade e os trâmites dos licenciamentos ambientais concedidos para mineradoras em Minas, além das irregularidades na fiscalização e manutenção das barragens da Samarco Mineradora S.A, em Mariana (MG).

Superfaturamento


8. Máfia das ambulâncias. Esquema de fraudes em licitações para venda de ambulâncias superfaturadas a prefeituras de vários Estados no país. Em 2004, o então ministro Humberto Costa (Saúde) foi alertado pela Controladoria Geral da União (CGU) sobre o esquema. Dois anos depois, a PF montava a Operação Sanguessuga que apontou a movimentação financeira de R$ 110 milhões no esquema. Em 2006, a Isto É citava documentos entregues por Darci José Vedoine Luiz Antonio Trevisan Vedoin, donos da Planam – empresa flagrada na compra das ambulâncias – apontando suposta participação no esquema dos ex-ministros da Saúde José Serra e Barjas Negri. Os documentos mostravam que, entre 2000 e 2004, a Planam havia comercializado 891 ambulâncias: 70% delas negociadas até o final de 2002, segundo a reportagem. Darci José Vedoin, Luiz Antonio Trevisan Vedoin e Ronildo Pereira Moedeiros, apontados como mentores do esquema, foram condenados a cinco anos e oito meses de prisão pela Justiça Federal, em setembro de 2015. Eles poderão apelar em liberdade. (Agência Estado,28.09.2015).


Nepotismo e benefícios

 9. Nepotismo no governo Aécio.  Seis primos, um tio, o genro de um padrasto, além da irmã, Andréia Neves da Cunha participaram do governo Aécio ou de estatais mineiras. Não bastasse isso, cinco aeroportos foram construídos em municípios pequenos, próximos às terras da família Neves. Entre eles, o aeroporto de Cláudio, localizado nas terras de Múcio Tolentino, tio-avô do senador tucano. Quando prefeito do município de Cláudio, Tolentino construiu uma pisa de pouso em sua fazenda, sendo, inclusive, condenado a devolver R$ 250 mil aos cofres públicos pela obra. Foi justamente sobre essa pista que Aécio construiu o seu aeródromo, gastando R$ 14 milhões como detalha uma reportagemdo jornal GGN (05.09.2015). Em 2014, o MPE chegou a abrir um inquérito sobre a construção do aeroporto, mas ele foi arquivado. Os promotores concluíram que não havia indícios de irregularidades nas obras.


Aeroporto é que não falta para os tucanos. O ex-presidente FHC também conta com um aeroporto ao lado da sua fazenda, em Buritis (MG). A pista que comporta 20 pequenas aeronaves foi construída pela empreiteira Camargo Correa, em 1995, na terra vizinha à fazenda do tucano. Em 2006, reportagem da Isto É afirmava que a pista servia quase que exclusivamente aos familiares de FHC. Há uma outra reportagem, bastante curiosa, sobre as atividades “rurais” do ex-presidente tucano. Em 2015, a jornalista Helena Sthephanowitz, da Rede Brasil Atual, apontava que FHC e seus três filhos tinham uma empresa agropecuária - a Goytacazes Participações Ltda – com sede no centro de Osasco. Com documentação recolhida junto à Junta Comercial, ela comentava o absurdo da situação: “Se em vez de ser FHC, fosse um petista o dono de empresa agropecuária em Osasco, cidade sem zona rural e onde nenhum sócio reside, choveriam ilações nas três revistas de maior circulação”.

A diferença da cobertura do PIG - Partido da Imprensa Golpista – quando se trata de familiares tucanos também pode ser atestada na cobertura, sem alardes, da denúncia levantada pela Isto É contra o filho de FHC, Paulo Henrique Cardoso, em 2011. Reportagem do semanário, de 18.11.2011, levantava a suspeita de que Paulo Henrique atuava como testa de ferro para o grupo americano Disney, apresentando-se como acionista majoritário da Rádio Disney, no intuito de burlar a lei brasileira que proíbe a participação acima de 30% de empresas jornalísticas e emissoras de rádios estrangeiras. O Ministério das Comunicações chegou a abrir um processo administrativo para apurar o caso. Paulo Henrique negou as acusações.

Operação Abafa


10. CPI da Corrupção. Em 2001, diante dos sucessivos escândalos envolvendo o governo FHC, incluindo compra de votos de parlamentares para a reeleição do tucano - R$ 100 mil por cabeça, segundo os parlamentares – a oposição tentou emplacar a chamada CPI da Corrupção. O objetivo era investigar 16 irregularidades da Era FHC (confiram  cada uma delas).



Em artigo publicado aqui, na Carta Maior, o jornalista Bernardo Kucinski relatava a forma, nada democrática, como aquela CPI foi enterrada pelos tucanos: “O governo pegou a lista dos parlamentares na quarta, logo que foi divulgada pela oposição, localizaram os suscetíveis de serem comprados, e fecharam todo o processo em 24 horas. Para ganhar tempo e não correr nenhum risco, fecharam o Congresso”.


***

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Operação Abafa: Da merenda ao Metrô, uma lista dos escândalos no Estado de SP. Safadeza!




Obs: Depois de ler a matéria, veja no vídeo abaixo:

"Delegado de Policia Federal Denuncia"

"... Existe uma declaração de guerra contra o Partido dos Trabalhadores! ..."
"ESTA DENUNCIA É MUITO SÉRIA. SERÍSSIMA MESMO. Ela está sendo feita por um IMPORTANTE DELEGADO DA POLICIA FEDERAL ARMANDO COELHO NETO. Mais do que isso, ele foi presidente da Associação dos Delegados de Policia Federal do Brasil."


#'Operação Abafa': como o tucanato se mantém no poder


Desde o propinoduto e o caso Alstom até a 'máfia da merenda', reportagem lista 16 escândalos que os tucanos habilmente abafaram na imprensa e na Câmara.

Tatiana Carlotti

Mais um escândalo envolvendo governos tucanos veio à tona. Desta vez, a acusação é o superfaturamento em contratos para o fornecimento de merenda escolar à Secretaria de Educação e mais 22 prefeituras do estado de São Paulo. Em delação, na “Operação Alba Branca”, dirigentes da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (COAF) citaram o deputado Fernando Capez (PSDB-SP), presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), e o ex-chefe de gabinete da Casa Civil do Governo Alckmin, Luiz Roberto dos Santos, o Moita, como participantes do esquema. Ambos negam.

Segundo denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), o superfaturamento chegava a 25% no valor de cada contrato firmado entre a cooperativa e o setor público. O dinheiro era escoado do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O MPE aponta, ainda, o pagamento de propina pela Coaf para burlar a disputa com outras cooperativas no fornecimento da merenda. A fragilidade na fiscalização do Governo Alckmin já havia sido denunciada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Em artigo publicado no Diário do Centro do Mundo e republicado aqui, na Carta Maior, Mauro Donato detalha o esquema.

Denúncias relativas à “Máfia da Merenda” não são de hoje. Em 2000, as empresas de Sérgio de Nadai, De Nadai Alimentação e Convida Alimentação, foram tema de investigação por contratos sem licitação durante o Governo Covas. Em 2009, a Convida Alimentação estava na lista das empresas do cartel para o fornecimento de alimentos. Aliás, a denúncia citava até mesmo a participação do cunhado de Alckmin, Paulo César Ribeiro, no direcionamento de contratos de uma das empresas envolvidas no cartel, a Verdurama.

 Em 2012, o MPE denunciou o cartel da merenda à Justiça, apontando fraudes em licitação em 57 municípios paulistas, entre 2001 e 2011. Apesar de todas as denúncias, como destaca a reportagem da Carta Capital, de 14.01.2016, nos últimos anos (2001 a 2015) foram fechados vários contratos entre a empresa de Sérgio de Nadai e as secretarias do Governo Alckmin - Educação, Planejamento e Saúde – totalizando R$ 75 milhões em vendas.

Com apoio da mídia e folgada maioria entre os parlamentares na Alesp, os tucanos têm trânsito livre para comandar e derrubar investigações e CPIs na Casa legislativa. Uma verdadeira “operação abafa” como comprova o destino dos principais escândalos envolvendo os governos de Mário Covas (1995 a 2001), Geraldo Alckmin (2001-2006 / 2011 até hoje) e José Serra (2007 a 2011). Confiram alguns:

 1 - Crise no abastecimento de água. Ocultamento de informações e da real situação da crise de abastecimento de água em São Paulo, durante a disputa eleitoral de 2014. Os gastos com publicidade saltaram, enquanto se mantinha o discurso da ausência de racionamento, à revelia do que atestava a população nas periferias. Ficou patente a má gestão e a omissão dos governos Alckmin e Serra diante dos alertas sobre riscos no Sistema Cantareira, como, por exemplo, o alerta da Fundação de Apoio à USP, em 2009 (FSP, 13.03.2014). Em meio à crise, também foi denunciado, pelo MPE, o favorecimento de 13 empresas de engenharia em contratos realizados pela Sabesp, entre 2008 a 2013, no escopo do programa de redução de perdas de água no estado (OESP, 21.05.2014).

Com ativos privatizados na Bovespa e na Bolsa de Nova York, em março de 2015, Alckmin anunciou o pagamento de uma dívida de R$ 1 bilhão para cobrir os rombos financeiros da "estatal". A crise escancarou a quem realmente serve a “estatal” tucana. Criada na Câmara Municipal de São Paulo, a CPI da Sabesp defendeu a necessidade de criação de uma autoridade fiscalizadora municipal para monitorar a política de saneamento básico. Autoridades tucanas permanecem intocáveis. Alckmin, inclusive, foi agraciado com o “Prêmio Lucio Costa de Mobilidade, Saneamento e Habitação”. O documentário “O escândalo da Sabesp” produzido pelo Diário do Centro do Mundo detalha as irregularidades na “estatal” tucana.

 2 - Socorro à Folha, Estadão e Veja. Gastos de mais de R$ 3,8 milhões na compra de 15.600 assinaturas da Folha, Estadão e Veja, utilizando-se verbas do orçamento da Secretaria de Educação. As assinaturas foram destinadas às escolas da rede estadual de ensino em um projeto chamado “sala de leitura”, como mostra a reportagem publicada por Altamiro Borges do Centro de Mídia Barão de Itararé.

 3 - Propinoduto tucano. O esquema envolvendo multinacionais da área de transporte sobre trilhos em sucessivos governos tucanos – desde 1998 - veio à tona em meados de 2012. Documentos encaminhados pela Justiça Suíça ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) apontavam fraudes em licitações de trens e metrôs, pagamento de propina, superfaturamento de obras e subcontratação de empresas derrotadas em concorrências. O escândalo só foi descoberto porque a Siemens estava sendo investigada pela Justiça suíça. Reportagem da Isto É (16.08.2013) apontava que na delação da multinacional, foram citados nomes de várias autoridades tucanas, como os secretários de Transporte Metropolitano, José Luiz Portella (Governo Serra) e Jurandir Fernandes (Governo Alckmin). Entre 2008 e 2013, segundoreportagem da Rede Brasil Atual, mais de 15 representações haviam sido encaminhadas aos ministérios públicos Estadual e Federal pela oposição paulista. Entre os indiciados até agora estão os executivos das empresas envolvidas.

4- Pedágios abusivos e concessões de Rodovias. Irregularidades e distorções nos contratos de concessão das rodovias de São Paulo, gerando preços exorbitantes na cobrança dos pedágios – o estado cobre a mais alta taxa no país. Em maio de 2014, durante a CPI dos Pedágios na Alesp, além dos preços elevados, a oposição colocou em suspeita contrações de consultorias pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), que representavam 2/3 da receita da agência. Também foi questionada a prorrogação de contratos firmados em 1998 - assinada em aditivos no final de 2006 - permitindo às concessionárias o direito de estenderem concessões, com base em novos tributos que passaram a incidir após a assinatura dos contratos. Presidida pelo tucano Bruno Covas (PSDB-SP) - e com maioria da base aliada - a CPI foi esvaziada e concluiu não haver nenhuma irregularidade nos contratos.

 5 - Nova Marginal Tietê.  Em 2012, no escopo das investigações sobre o bicheiro Carlinhos Cachoeira, o ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, mais conhecido como Paulo Preto, tornou-se suspeito por contratos firmados entre a Dersa e a Delta Construções. Quando da denúncia, Alckmin afirmou sobre os contratos à Folha: “Nem sei se tem, se tem são ínfimos”. Porém, levantamento do blogTransparência SP apontava que, de 2002 a 2011, a Delta Construções havia fechado pelo menos 27 contratos com empresas e órgãos públicos do governo do Estado de São Paulo.



Entre os contratos suspeitos: a ampliação da Nova Marginal Tietê. Com valor previsto em R$ 1 bilhão, em 2008; a obra superou o valor de 1,75 bilhão, sem estar concluída. A Delta venceu a concorrência do segundo lote da Nova Marginal Tietê, recebendo aditivos de R$ 71 milhões que despertaram denúncias no MPE. Entre os suspeitos, estava seu ex-diretor-executivo Fernando Cavendish, suspeito de ter fraudado a concorrência. Parlamentares da oposição ao governo paulista também protocolaram um requerimento no Ministério Públicopara investigar o aumento dos valores na obra da empreiteira, denunciando outros consórcios entre órgãos públicos do estado e a Delta: um total de R$ 800 milhões – R$ 664 milhões celebrados na gestão Serra e R$ 140 milhões na gestão Alckmin.

 6 - Rodoanel 1. Em 2010, durante as investigações da Construtora Camargo Corrêa, no escopo da Operação Castelo de Areia, a PF encontrou um pen drive e documentos que indicavam o pagamento de propina pela empreiteira a autoridades tucanas. Reportagem da revista Época (14.05.2010) apontava que entre os nomes citados pela PF estavam Arnaldo Madeira, ex-chefe da Casa Civil (Governo Alckmin), responsável pela checagem das obras do Rodoanel e do Metrô; Luiz Carlos Frayze David, presidente do Metrô entre 2003 e 2007; e o ex-diretor da Dersa, Paulo Preto. Coordenador do programa de governo de Aécio Neves na última eleição, Madeira negou ter recebido dinheiro ou doações de campanha da empreiteira. Luiz Carlos saiu do governo 40 dias após o acidente nas obras da Estação Pinheiros. Já o ex-diretor da Dersa, Paulo Preto – acusado naquele ano de ter desaparecido com cerca de R$ 4 milhões da campanha de Serra - foi demitido oito dias após a inauguração do trecho sul do Rodoanel. No dia 5 de abril de 2011 a operação Castelo de Areia foi anulada pela 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça.

 7 - Rodoanel 2. Emnovembro de 2009, três vigas de um viaduto em obras no trecho sul do Rodoanel caíram sobre a Rodovia Régis Bittencourt, na cidade de Embu. Técnicos do TCU haviam soltado um laudo, em abril daquele ano, denunciando superfaturamento na construção do trecho sul do Rodoanel, incluindo compras com valores, em média 30% acima do orçamento. O laudo apontava, também, alteração de métodos construtivos pelas empresas para reduzir custos: por exemplo, a diminuição do número de vigas utilizadas. A oposição tentou emplacar uma investigação, denunciando a “pressa” do então governador José Serra em inaugurar o Rodoanel em março de 2010, ano eleitoral. Dois anos depois, o TCU aceitou as explicações dadas pelo Governo do Estado e pela Dersa, comandada à época, por Paulo Preto.

8 - Caso Alstom. Em 2008, documentos da Justiça suíça, enviados ao Ministério da Justiça do Brasil, evidenciavam o pagamento sistemático de propinas pela empresa francesa a autoridades dos governos tucanos. Entre 1998 a 2001, o dinheiro foi repassado por empresas offshore (paraísos fiscais), em troca da assinatura de contratos no setor energético paulista. Um dos engenheiros da Siemens apontava o sociólogo Claudio Mendes, assessor de Covas e secretário-adjunto de Robson Marinho (Casa Civil), como intermediário nas negociações. À frente da Secretaria de Energia, na época dos contratos, estiveram David Zylbersztajn, genro do ex-presidente FHC; o deputado Andrea Matarazzo; e Mauro Arce, ex-secretário estadual dos Transportes. José Serra se esmerou para bloquear a CPI,impedindo que as ligações entre Alstom e Governo fossem investigadas ou mesmo discutidas.

 A multinacional francesa fechou um acordo na Justiça, aceitando pagar R$ 60 milhões para se livrar do processo. Robson Marinho, um dos fundadores do PSDB e chefe da Casa Civil de Covas, permanece como o réu na ação do Ministério Público, como destaca a Folha de S. Paulo (22.12.2015).

 9 - CPI da Eletropaulo. Privatizada em 1998, a Eletropaulo foi vendida para o consórcio Lightgás, liderado pela AES Corporation, por R$ 2 bilhões - parte do valor financiado pelo BNDES. À frente da negociação, estava o governador Geraldo Alckmin, na época presidente do Programa Estadual de Desestatização (PED) do Governo Covas. Após a demissão de metade dos funcionários da estatal e das suspeitas sobre o baixo valor da venda, parlamentares da oposição tentaram instalar uma CPI. Apenas em 2008, após o escândalo Alstom vir à tona, ela pode ser instalada. Além do baixo preço da venda, os deputados denunciavam (veja aqui) ilegalidades formais e improbidade administrativa praticada pelo BNDES na concessão do empréstimo. Os parlamentares também pediam que se incluísse a Alstom no bojo das investigações. A CPI foi encerrada naquele, sem mencionar a multinacional francesa em seu relatório. Em 2013, nova tentativa de investigação foi enterrada pelos deputados da situação na Alesp.

 10 - Cartões de Pagamento. Em 2008, no auge das denúncias sobre cartões corporativos do Governo Federal, a Folha de S. Paulo trouxe uma matéria apontando que o Governo Serra havia gastado R$ 108,3 milhões em cartões de pagamento de despesas. A denúncia motivou o primeiro pedido de CPI da bancada petista naquele ano, enterrada pela situação na Alesp. Três anos depois, outra reportagem do jornal, afirmava que em dez anos, o Governo paulista gastara R$ 609 milhões em cartões de pagamento. “O valor é 70% maior que o registrado pelo governo federal no período”, afirmava o texto.

 11 - Cratera do Metro. Em novembro de 2004, começaram as obras da Linha 4 – Amarela do Metrô, com previsão de inauguração em 2008. Em janeiro de 2007, porém, ocorreu um desmoronamento vitimando sete pessoas e abalando a estrutura de vários imóveis na região. Dados do Sindicato dos Metroviários, à época, apontavam a existência de 11 acidentes desde o início das obras na Linha 4, um deles com vítima fatal. Em junho de 2008, laudo do Instituto de Pesquisa Tecnológicas (IPT)denunciava aexecução inadequada do projeto, culpando o Consórcio Via Amarela pelo acidente. Em agosto de 2008, o laudo final do Instituto de Criminalística (IC) apontava falhas na fiscalização do Metrô. O processo foi lentamente arrastado pela Justiça paulista. Reportagem da Rede Brasil Atual, em 2014, denunciava a impunidade e o fato de ninguém ter sido julgado pelas mortes.

 12 - Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). A Operação Pomar, deflagrada em 2007, apontava um esquema de superfaturamento e fraudes em licitações para construção de casas em 23 municípios paulistas. A partir do exame do livro-caixa da empreiteira FT Construções,entre os suspeitos estavam prefeitos, vereadores, empresários, diretores da CDHU e o ex-secretário de Habitação de Alckmin, Mauro Bragato, absolvido pelo Conselho de Ética da Alesp.

 Em novembro de 2007, o Legislativo paulista chegou, inclusive, a mudar pareceres do TCE que indicava irregularidades em quatro obras das gestões Alckmin e Covas. O novo parecer doTCE foi elaborado por Bruno Covas (PSDB), neto do ex-governador que afirmara ser obrigação do Legislativo analisar os casos julgador irregulares pelo TCE, referendando ou reformando a decisão. Houve uma CPI da CDHU, mas sob a presidência do deputado José Augusto (PSDB) e sem dar o prazo necessário às investigações, como demandavam os parlamentares da oposição, ela foi encerrada em 2009.

 13 - CPI das obras do Tietê. Em 2005, o rebaixamento da calha do Tietê foi tema de várias reportagens questionando os gastos acima de R$ 1 bilhão, a partir de aditivos e acréscimos aos valores iniciais do empreendimento. O acerto prévio pelo financiamento do JBIC (banco japonês), garantia que não seriam toleradas elevações de preços superiores ao limite legal de 25%. O Governo Alckmin, porém, fez alterações no contrato da obra, contratou consultorias, aumentando os valores iniciais em 148%, como denunciava  reportagem da FSP.  A oposição tentou instaurar uma CPI, mas jamais conseguiram.

 Além das suspeitas de irregularidades, como detalha Henrique Costa, no artigo As tragédias anunciadasdo Rio Tietê, neste site (15.05.2011), após a entrega da obra de ampliação da calha do Tietê, técnicos alertaram que a eficiência da obra (que custou quase R$ 2 bilhões) dependia, fundamentalmente, da limpeza da calha do rio. O sucessor de Alckmin no Estado, José Serra não deu atenção ao alerta: retirou do rio apenas 200 mil m3 de resíduos, quando a média anual necessária deveria ficar entre 400 e 600 mil m2.

14 - Nossa Caixa. Esquema de favorecimento da Nossa Caixa – banco estadual na época e terceiro maior banco público do país – para distribuição de verbas públicas para deputados ligados à base aliada do Governo Alckmin. A denúncia dizia respeito a irregularidades nas verbas publicitárias do banco, que operou por um ano e meio com contratos vencidos (R$ 28 milhões no total) com duas agências de publicidade: Colucci & Associados Propaganda Ltda. e Full Jazz Comunicação e Propaganda Ltda. O gerente de marketing Jaime de Castro Júnior foi afastado e uma sindicância interna encaminhada ao Tribunal de Contas Estadual. Em posse dos documentos, a Folha de S. Paulo publicou uma reportagem – Banco estatal beneficiou aliados de Alckmin (23.03.2006) – afirmando que o Palácio dos Bandeirantes “interferiu para beneficiar com anúncios e patrocínios” deputados da base aliada na Assembleia Legislativa. Com a quebra do sigilo da correspondência de Castro Júnior, foi revelado que os pedidos de benefício haviam partido de Roger Ferreira, então assessor-chefe de comunicação de Geraldo Alckmin, e também assessor da presidência da Nossa Caixa. Ele atuou nas equipes de marketing das campanhas presidenciais de Fernando Henrique Cardoso e José Serra. Geraldo Alckmin exonerou Roger Ferreira após as denúncias. Duas tentativas de se convocar uma CPI sobre o assunto foram abafadas.

 15 - Aeroporto Fantasma. Em 2005, o governo Alckmin investiu pesado em obras no aeroporto Antônio Nogueira Junior, em Itanhaém, com 85 mil habitantes à época. Batizado de “aeroporto fantasma", o movimento médio de passageiros naquele ano não ultrapassou 5 pessoas por dia. O total gasto pelo governador na obra chegou a R$5,5 milhões, com direito a uma pista capaz de receber até mesmo um Boeing 737, como denunciava a Folha de São Paulo. Tentativa de investigações foram abafadas pelos tucanos.

 16 - Compra de votos. Em julho de 2005, reportagem da Folha de S. Paulo trazia à tona uma conversa telefônica entre os deputados estaduais Romeu Tuma Jr. (PMDB-SP) e Paschoal Thomeu (PTB-SP), às vésperas da eleição do novo presidente da Alesp. Entre os candidatos estava Rodrigo Garcia (PFL), apoiado por Tuma Jr. e Edson Aparecido (PSDB), apoiado por Alckmin. Na gravação, Thomeu afirmava que votaria em Edson Aparecido, alegando que suas "seis firmas" estavam em situação muito difícil e mencionava a venda de terras para a CDHU. Dizia ainda que o governador em pessoa havia lhe prometido ajuda. Confrontado com a gravação, o deputado afirmou que a conversa foi uma desculpa que inventou para não magoarTuma, como apontava a reportagem do jornal.

Dada a quantidade de escândalos, a reportagem continua.

Via: GGN Por: Carta Maior .


Isto realmente é muito grave! Às instituições de direito legais em nosso País estão corrompidas, vamos precisar de ajuda internacional, nosso MP, MPF, STJ e polícia federal estão mancomunados em um grande golpe junto a partidos da oposição, empresas da iniciativa privada e a mídia golpista.





***


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

A militância, movimentos de esquerda e sociais, reunidos dia 17 FEVEREIRO em Frente ao Fórum da Barra Funda contra o Golpe fascista.





#Os retardados online sem moral estão prometendo sitiar o Fórum da Barra Funda, onde Lula vai depor no dia 17.VAMOS DEIXAR?




Movimentos sociais preparam ato de solidariedade a Lula dia 17 em São Paulo


no Sul 21 (via RBA)

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stédile anunciou na tarde desta terça-feira (2) que os movimentos que compõem a Frente Brasil Popular vão realizar um ato de solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A mobilização será no próximo dia 17, data que Lula e a esposa, Maria Letícia Lula da Silva, vão depor ao Ministério Público (MP) paulista sobre a propriedade de um triplex na cidade de Guarujá, litoral paulista. “Somos solidários a ele, que é a maior liderança política deste país”, afirmou Stédile.

Para o coordenador do MST, Lula está sendo vítima de um linchamento midiático, cujo objetivo é inviabilizar sua candidatura na eleição presidencial de 2018. “O verdadeiro objetivo não é prender o Lula. Até porque isso provocaria reações imprevisíveis do povão. Inclusive, se tivesse cometido crime, já estaria preso há muito tempo, tanto que vasculham a vida dele. O objetivo é acabar com a possibilidade de ele se candidatar”, afirmou Stédile.

O MP suspeita que Lula é o proprietário oculto de um apartamento triplex no Condomínio Solaris, pertencente à construtora OAS. O ex-presidente diz que adquiriu uma cota na planta, quando o empreendimento pertencia à Bancoop – Cooperativa Habitacional dos Bancários –, que teve problemas financeiros e repassou empreendimentos à OAS. Em 2015, a família de Lula desistiu de adquirir uma das unidades, solicitando ressarcimento dos valores pagos.

O dirigente do MST citou uma pesquisa divulgada recentemente pelo instituto Ipsos, em que 60% das pessoas entrevistadas disseram não acreditar que Lula seja honesto. “É um linchamento. E está tendo resultado”, afirmou.

Stédile destacou que espera isonomia da imprensa, do Ministério Público e da Justiça em investigar irregularidades de figuras importantes da política nacional. “Todo ex-presidente tem prerrogativas, que alguns consideram privilégios. Mas ninguém questiona a fazenda do(ex-presidente) Fernando Henrique Cardoso (FHC) que nós ocupamos. Ou o apartamento dele em Paris. Que se investiguem a todos”, disse.

Na semana passada, para atacar Lula, FHC emitiu uma nota desmentindo que o apartamento em Paris seja dele. Porém, tanto a fazenda – que foi vendida pela família dele – quanto o apartamento pertencem ao empresário Jovelino Mineiro, amigo do ex-presidente e um dos principais arrecadadores de doações para constituição do Instituto FHC. Inclusive, entre empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.


#Por Fernando Morais, em seu Facebook


Vamos dar às coisas os nomes que as coisas têm.


“dona lu”, mulher do governador, viajou 132 vezes, sem a companhia do marido, em jatos e helicópteros do palácio dos bandeirantes;

o governo do estado engordou, com fartas verbas públicas, a revista de joão dória, que – agora se sabe – é o candidato do Alckmin a prefeito da capital;


e aí me vem o governador geraldo alkmin e diz que lula e o pt “não têm ética nem limites”.

como dizia dona zizina, minha santa mãezinha, estendendo as mãos para o céu: “cristo de minas, deus de Barbacena, vocês estão acabando com os meus melhores anos de vida!” - 247


#US$ 100 milhões de FHC - Propina da cadeia Juiz Moro?!



quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Coca-cola veneno na mesa verdade oculta

"Coca-Cola é isso aí."





Conheça a real “Felicidade” da Coca-Cola | Sequestros, torturas e desvio de água (São Paulo)



“Obrigado por compartilhar a felicidade”, diz-se no último anúncio da Coca-Cola (em espanhol), mas olhando de perto parece que a Coca-Cola de felicidade compartilha bem pouco. Se pensam que não, perguntem aos trabalhadores das fábricas que a multinacional pretende fechar agora no Estado Espanhol ou aos sindicalistas perseguidos, e alguns, até sequestrados e torturados na Colômbia, na Turquia, no Paquistão, na Rússia, na Nicarágua ou às comunidades da Índia que ficaram sem água após a saída da companhia. Isso para não falar da péssima qualidade dos seus ingredientes e do impacto na nossa saúde.

Em cada segundo consomem-se 18,5 mil latas ou garrafas de Coca-Cola em todo o mundo, segundo os dados da própria empresa. O império Coca-Cola vende as suas 500 marcas em mais de 200 países. Quem garantiria isso a John S. Pemberton, quando em 1886, elaborou tão exitosa poção numa pequena farmácia de Atlanta. Hoje, pelo contrário, a multinacional já não vende apenas uma só bebida mas muito mais. Através de campanhas multimilionárias de marketing, a Coca-Cola vende-nos algo tão desejado como “a felicidade”, “a faísca da vida” ou “um sorriso”. Todavia, nem o seu Instituto de la Felicidad [ou a Fábrica da Felicidade, em português]é capaz de esconder toda a dor que a empresa provoca. O seu currículo de abusos sociais e laborais corre, tal como os seus refrigerantes, todo o planeta.

Agora, chegou a vez do Estado Espanhol. A Companhia acaba de anunciar uma reorganização que implica o encerramento de quatro das suas onze fábricas, o despedimento de 1.250 trabalhadores e a recolocação de outros 500. Uma medida que, segundo a multinacional, é tomada “por causas organizativas e produtivas”. Pelo contrário, um comunicado da central sindical CCOO desmente esta informação e assinala que a empresa tem enormes lucros de cerca de 900 milhões de euros e um faturamento de mais de 3 bilhões de euros.

As más práticas da empresa são tão globais como a sua marca. Na Colômbia, desde 1990, oito trabalhadores da Coca-Cola foram assassinados por paramilitares e outros 65 receberam ameaças de morte, segundo “El informe alternativo de Coca-Cola” da organização War on Want. O sindicato colombiano Sinaltrainal denunciou a multinacional por detrás destas ações. Em 2001, o Sinaltrainal, através da International Labor Rights Fund e da United Steel Workers Union, conseguiu interpor nos Estados Unidos um processo contra a empresa por estes casos. Em 2003, o tribunal indeferiu a petição alegando que os assassinatos ocorreram fora dos Estados Unidos. A campanha do Sinaltrainal, de qualquer maneira, tinha já conseguido numerosos apoios.


O rastro de abusos da Coca-Cola se encontra praticamente em cada canto do planeta onde ela está presente
 

Encontramos o rastro de abusos da Coca-Cola praticamente em cada canto do planeta onde ela está presente. No Paquistão, em 2001, vários trabalhadores da fábrica do Punjab foram despedidos por protestar e as tentativas de sindicalização dos seus trabalhadores em Lahore, Faisal e Gujranwala se chocaram com a oposição da multinacional e da administração. Na Turquia, os seus empregados, em 2005, denunciaram a Coca-Cola por intimidação e torturas e por utilizar um setor especial da polícia para estes fins. Na Nicarágua, no mesmo ano, o Sindicato Único de Trabalhadores (Sutec) acusou a multinacional de não permitir a organização sindical e ameaçar com despedimentos. E encontramos casos semelhantes em Guatemala, Rússia, Perú, Chile, México, Brasil, Panamá. Uma das principais tentativas para coordenar uma campanha de denúncia internacional contra a Coca-Cola foi em 2002 quando sindicatos da Colômbia, da Venezuela, do Zimbábue e das Filipinas denunciaram conjuntamente a repressão sofrida pelos seus sindicalistas na Coca-Cola e as ameaças de sequestros e assassinatos que receberam.

Cabe destacar ainda que a companhia não é unicamente conhecida pelos seus abusos laborais mas também pelo impacto social e ecológico das suas práticas. Como a própria empresa reconhece: “A Coca-Cola é a empresa da hidratação. Sem água, não há negócio”. E onde se instala, ela suga a água até à última gota. De fato, para produzir um litro de Coca-Cola, são precisos três litros de água. E não só para a bebida mas também para lavar garrafas, máquinas… Água que a posteriori é descartada como água contaminada, com o consequente prejuízo do meio ambiente. Para saciar a sua sede uma engarrafadora da Coca-Cola pode chegar a consumir até um milhão de litros de água por dia, a empresa toma unilateralmente o controle de aquíferos que abastecem as comunidades locais deixando-as sem um bem essencial como a água.

Na Índia, vários Estados (Rajastán, Uttar Pradesh, Kerala, Maharastra) encontram-se em pé de guerra contra a multinacional. Vários documentos oficiais assinalam a diminuição drástica dos recursos hídricos onde a empresa está instalada, acabando com a água para o consumo, a higiene pessoal e a agricultura, sustento de muitas famílias. Em Kerala, em 2004, a fábrica de Plachimada da Coca-Cola foi obrigada a fechar depois do município ter negado a renovação da sua licença acusando a Companhia de esgotar e contaminar a sua água. Meses antes, o Tribunal Supremo de Kerala sentenciou que a extração massiva de água por parte da Coca-Cola era ilegal. O seu encerramento foi uma grande vitória para a comunidade.

Casos similares aconteceram também em El Salvador e Chiapas, entre outros. Em El Salvador, as fábricas de engarrafamento da Coca-Cola esgotaram os recursos hídricos após décadas de extração e contaminaram aquíferos ao desfazer-se da água não tratada procedente das fábricas da empresa. A multinacional sempre se recusou a responsabilizar-se pelo impacto das suas práticas. No México, a Companhia privatizou inúmeros aquíferos, deixando as comunidades locais sem acesso aos mesmos, graças ao apoio incondicional do Governo de Vicente Fox (2000-2006), antigo presidente da Coca-Cola do México.

O impacto da sua fórmula secreta sobre a nossa saúde está também extensamente documentado. As suas altas doses de açúcar não nos beneficiam e convertem-nos em “viciados” da sua poção. E o uso do aspartame, edulcorante não calórico substitutivo do açúcar, colocado na Coca-Cola Zero, está demonstrado que consumido em altas doses pode ser cancerígeno, como assinalou a jornalista Marie Monique Robin no seu documentário “O nosso veneno cotidiano”. Em 2004, a Coca-Cola da Grã-Bretanha viu-se obrigada a retirar, após o seu lançamento, a água engarrafada Desani, depois de se ter descoberto no seu conteúdo níveis ilegais de brometo, substância que aumenta o risco de cancro. A empresa teve que separar meio milhão de garrafas, do que havia anunciado como “uma das águas mais puras do mercado”, apesar de um artigo na revista The Grocer assinalar que a sua fonte era água tratada das torneiras de Londres.

Os tentáculos da Coca-Cola, assim mesmo, são tão grandes que, em 2012, uma das suas diretoras, Àngela López de Sá, chegou à direção da Agência Espanhola de Segurança Alimentar. Que posição vai ter, por exemplo, a Agência face ao uso do aspartame quando a empresa, que até poucos dias lhe pagava o salário como sua atual diretora, o usa sistematicamente? Conflito de interesses? Já o assinalamos antes com o caso de Vicente Fox.

A marca que nos diz vender felicidade, reparte antes pesadelos. A Coca-Cola é assim diz o anúncio. Assim é e assim a descrevemos.”


Em Jundiaí – SP, está situada a MAIOR fábrica da Coca-Cola do mundo


Foto: Alexandre Machado
A localização privilegiada e a boa infraestrutura de Jundiaí foram determinantes para que o município paulista se tornasse a sede da maior fábrica da Coca-Cola no mundo em volume de produção. A unidade tem quase 180 000 metros quadrados de área, emprega mais de 1.000 funcionários e produziu 1,7 bilhão de litros de bebidas em 2013. Os produtos que saem de lá abastecem a maior parte do Estado de São Paulo, inclusive a capital, e parte de Minas Gerais. Recentemente, a fábrica montou um gigantesco armazém vertical com 23 metros de altura, 100 de largura e 75 de profundidade. A estrutura é capaz de armazenar a produção de quatro dias da fábrica, o que simplifica a logística e encurta os prazos de distribuição. (Gabriel Castro, de Jundiaí)


Suspeita de desvio de rio para abastecimento de indústria daCoca-Cola


Existe uma investigação da Promotoria de São Paulo que apura o desvio de um rio para atender a fábrica. Isso mesmo, um rio. A capacidade desse desvio é de 500 litros por segundo. Fazendo um cálculo rápido chega-se a quantia de 30.000 litros por minuto, 1.800.000 por hora e 43.200.000 litros por dia de água roubada.
O MP indica que, em caso de seca, esse volume de água desviado causaria sério risco de escassez de água na região.
Ora, temos a maior fábrica da bebida mais vendida do mundo que utiliza 3 litros de água para cada 1 litro do veneno preto. Acredito que essa fonte de água da empresa está sobrecarregada e a seca está prejudicando as reservas mais abaixo. Eu não sou geógrafo, mas racionando sobre o rumo das águas que desembocam no mar, acredito que isso pode afetar o sistema da cantareira.
Na própria apuração do MP, indica que “em tempo de estiagem mais de 1 milhão de pessoas podem ficar sem abastecimento de água em Campinas”. ( Verdade Mundial )


Parceiros:



quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Primeira-dama de SP usou aeronaves mais vezes do que todos os secretários


De acordo com os dados, os auxiliares do governo viajaram, somados, em 76 ocasições de um total de 1.900 voos registrados no período de 2011 e 2015; a primeira-dama viajou 132 vezes



O Gabinete Militar de Minas Gerais abriu um inquérito para apurar o desaparecimento de dados das planilhas dos vôos do governo Aécio Neves, entre 2003 e 2010, informa um membro do Ministério Público de MG.

A justificativa oficial para as viagens de Lu Alckmin em aeronaves do estado já seria ruim se fosse verdadeira. O placar é, desde 2011, 132 para ela contra 76 para todos os secretários somados.

O alegado “trabalho voluntário, com agenda transparente” se refere ao papel dela como presidente do Fundo Social de Solidariedade. O objetivo da entidade, expresso no site, “é desenvolver projetos para melhorar a qualidade de vida dos segmentos mais carentes da população”. Se fossem transparentes, os passeios constariam na página. Nada se ouviu falar desses projetos porque eles são cosméticos.

Dona Lu dispõe de aviões e helicópteros porque acha que são dela. É a mesma visão patrimonialista de Aécio Neves, cuja farra aérea nos tempos de governador de Minas Gerais também foi divulgada.


(O senador, aliás, é um dos que voaram solo às custas do contribuinte paulistano, assim como Tony Blair e Delcídio do Amaral.)

Aécio baixou um decreto em 2005 regulamentando a utilização desse equipamento. No caso paulista, isso nem sequer existe. Há apenas normas da Casa Militar sobre “diárias”, subordinadas ao gabinete de Geraldo.

Não é novidade o abuso e há alguns antecedentes que se tornaram públicos. Em 2012, Geraldo Alckmin e a primeira dama pegaram um helicóptero para buscar familiares no aeroporto de Guarulhos numa sexta-feira.

Eles estavam vindo do México. De lá, foram todos ao Palácio dos Bandeirantes. Fotos foram postadas no Instagram de Dona Lu — e devidamente apagadas quando viraram notícia.

Em outubro de 2006, um rolê mais prosaico: Lu Alckmin levou o cachorro para a montanha. O nome dele era Tito. “Fui com ela para Campos do Jordão. O pitbull foi junto. Ele botava o rabo no meu colo. Dava um medo…”, disse Renéa, mulher de Cláudio Lembo, então vice de Geraldo, à Folha.

O Fundo Social de Solidariedade desenvolve um trabalho importante junto aos bichos de estimação. DCM

PARCEIROS:











Comentários Facebook