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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Fusão entre Ibama e ICMBio pode paralisar as atividades de ambas entidades, denunciam especialistas da área ambiental


Na última sexta-feira (8), o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles ampliou o prazo para que os militares que ocupam cargos na área ambiental apresentem estudos sobre a extinção do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).


Iniciativa de militares e Ministério do Meio Ambiente enfraquecerão a proteção de unidades de conservação e de comunidades tradicionais, segundo especialistas - Sílvio de Andrade
 

Agora, o grupo de trabalho que discute a extinção do órgão tem até o mês de junho para dar resposta à pasta comandada por Salles. A proposta do governo federal é fundir o ICMBio com o Ibama, o que na prática significa acabar com a autarquia.

Especialistas da área ambiental são críticos da proposta e apontam que a fusão pode paralisar as atividades de ambas as entidades, além de enfraquecer a proteção de unidades de conservação e de comunidades tradicionais.

Suely Araújo, especialista em políticas públicas do Observatório do Clima e ex-presidente do IBAMA, reforçou que o ICMBio é responsável por quase 10% do território nacional e realiza um trabalho complexo, diferente do que é feito no Ibama. Por isso, a fusão pode atrapalhar as atividades de ambas as autarquias.

Ainda segundo ela, a extinção do ICMBio é uma forma de desmonte do Ministério do Meio Ambiente, iniciado logo após a posse de Jair Bolsonaro.

O ICMBio foi criado em 2007 a partir de atribuições que estavam designadas ao Ibama. A autarquia também é responsável por implementar políticas de preservação da fauna, da flora, dos recursos hídricos em harmonia com as populações tradicionais que vivem nos territórios sobrepostos a essas unidades.

Para Carlos Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, a extinção do órgão representa mais um retrocesso na política de proteção ambiental brasileira. 

Após a criação do ICMBio, o Brasil alcançou a marca de 170 milhões de hectares de área protegida, sendo 88 milhões de hectares no ambiente terrestre e 92 milhões em ambiente marinho.

Além disso, o Ibama passou a se concentrar apenas no licenciamento e na fiscalização. Isso possibilitou os menores índices de desmatamento da série histórica medidos pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Entre 2004 e 2012, houve redução de 80% nas áreas desmatadas.

Confira todos os destaques e o jornal completo desta segunda-feira (8) no áudio acima.

*Com informações de Danilo Reenlsober.

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O Jornal Brasil Atual Edição da Tarde é uma produção conjunta das rádios Brasil de Fato e Brasil Atual. O programa vai ao ar de segunda a sexta das 17h às 18h30, na frequência da Rádio Brasil Atual na Grande São Paulo (98.9 MHz) e pela Rádio Brasil de Fato (online). Também é possível ouvir pelos aplicativos das emissoras: Brasil de Fato e Rádio Brasil Atual.

Edição: Mauro Ramos

Fonte: Brasil de Fato


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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

'Nhonho': em novo ataque, ministro Salles ofende Rodrigo Maia em rede social



No fim da quarta-feira (28), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi às redes sociais para ofender o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O ministro respondeu a uma publicação de Maia chamando-o de "Nhonho", um personagem do seriado mexicano "Chaves" que costuma ser lembrado por apoiadores de Bolsonaro nas redes sociais para ofender o presidente da Câmara.



A postagem de Maia data do sábado (24), quando o congressista rebateu uma fala de Salles do dia anterior, direcionada ao ministro da Secretaria do Governo, Luiz Eduardo Ramos, chamado pelo ministro do Meio Ambiente de "Maria fofoca". Além de Maia, o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

O Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, durante entrevista coletiva.

A ofensa insinua que Ramos teria servido de fonte para o jornal O Globo em uma publicação que envolvia Salles e ala militar do governo. A atitude de Salles gerou críticas e reações de membros do governo do presidente Jair Bolsonaro, levando o ministro a se desculpar no domingo (25) e Ramos, pouco antes, a negar que haja uma crise dentro do governo.

Fonte: Sputnik Brasil


Repercussão do caso no Twitter:


 

 

 

 

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Fogo no Pantanal tem origem na ação humana, mostra perícia


Jacaré morto em área queimada do Pantanal - Mauro Pimentel/ AFP

Segundo governo de Mato Grosso, perícias indicam que queimadas não têm causas naturais; polícia busca responsáveis

O governo de Mato Grosso informou que cinco perícias realizadas no Pantanal apontam ação humana como causa das queimadas na região. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que os incêndios aumentam mais de 220% este ano. O total de focos registrados este ano é superior a 7 mil, resultado recorde para a área. 

Agora, a Delegacia de Meio Ambiente (Dema) trabalha para chegar aos responsáveis pelos incêndios. A previsão inicial é de que o inquérito seja concluído em 30 dias, mas pode haver pedido de mais tempo. Segundo a delegada Alessandra Saturnino de Souza Cozzolino, ainda não é possível concluir se as queimadas foram propositais. 

"Podemos ter outro crime conectado, como é o caso do possível desmatamento que antecedeu o incêndio, eventualmente provocado pelo homem. Pode ter sido intencional, ou pode ter sido causado por uma situação involuntária”, afirma Cozzolino. Ela ressalta que o trabalho de é altamente capacitado para atuar na emergência ambiental e na identificação das causas e origens do fogo.


A geógrafa Ane Alencar, diretora de ciências do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) afirma que os incêndios que estão ocorrendo no Pantanal e no resto do Brasil são muito preocupantes. "A gente está vendo um aumento alarmante no número de de focos de fogo." 

Ela explica que as queimadas dependem de três elementos: material combustível, condições climáticas e fonte de ignição que dê início ao fogo. No Pantanal, ela considera que dois elementos estão contribuindo para a piora do cenário. Um deles é o clima seco, provavelmente ligado ao aquecimento das águas do Atlântico.

  • Um fogo iniciado em um campo do Pantanal, se você não acabar com ele em uma hora, ele vai se espalhar de uma forma muito voraz.

"Esse fenômeno acaba impactando a quantidade de água que passa pela Amazônia. Quanto menos água entra no sistema vindo do Atlântico, menos a região do sudoeste do Amazônia, indo também para o Pantanal, recebe água. Aconteceu em 2005 e, quando você olha os dados de 2005, foi o ano que mais queimou. Este ano estamos batendo esse recorde." 


A pesquisadora, no entanto, afirma que o efeito climático não explica sozinho o desastre atual. "É importante a gente entender que, mesmo o Pantanal sendo um bioma onde o fogo faz parte do bioma, ele não ocorre naturalmente nessa época do ano. O aumento das fontes de ignição, esse fogo sendo iniciado pelo ser humano, é uma coisa muito visível no Pantanal e em outras regiões do Brasil."

  • Fundamentalmente, as pessoas têm que parar de queimar.

Segundo ela, as características do bioma exigem combate imediato das queimadas. "Se não houver fonte de ignição, o fogo não acontece. É justamente neste ponto que é importante frisar o papel das autoridades em coibir o uso do fogo na região, principalmente em um ano muito seco (...) Um fogo iniciado em um campo do Pantanal, se você não acabar com ele em uma hora, ele vai se espalhar de uma forma muito voraz."


As consequências de queimadas extensas e frequentes na região podem ser irreversíveis. "O intervalo natural de fogo não é a cada ano e se a gente começar a ter queimadas no nível que a gente teve ano passado, que estão ampliando este ano, o Pantanal vai demorar mais se recuperar e isso vai deixando o bioma mais inflamável. Fundamentalmente, as pessoas têm que parar de queimar."

A pena para quem for condenado pelo crime varia de dois a 4 anos. Há possibilidade também de multas que variam  R$ 1 mil a R$ 7,5 mil por hectare, com teto de R$ 50 milhões. Podem ser responsabilizadas tanto pessoas físicas quanto jurídicas.

Segundo as perícias já realizadas no Pantanal, foram identificados focos a partir de queima intencional para criação de pastos, incêndios causados por acidentes na rodovia, problemas técnicos em máquinas agrícolas e fogueiras usadas para extração de mel silvestre.

Fonte: Nara Lacerda Brasil de Fato



Laudos das perícias realizadas pelo Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman-MT) apontam que os incêndios registrados na região do Pantanal mato-grossense foram provocados por ação humana. Os laudos foram encaminhados para a Delegacia de Meio Ambiente (Dema) para que seja aberto inquérito e responsabilização dos infratores.



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sábado, 12 de setembro de 2020

Em um ano, governo Bolsonaro corta verba para brigadistas em 58%


Até o fim de agosto, fogo consumiu 12% do Pantanal em 2020

Apesar de alta das queimadas na Amazônia e no Pantanal, orçamento destinado à contratação de pessoal de prevenção e controle de incêndios florestais em áreas federais sofreu forte redução entre 2019 e 2020.


Mesmo com as queimadas na Amazônia aumentando 30% em 2019 e com o Pantanal registrando o maior número de queimadas em uma década, o governo Bolsonaro vem cortando drasticamente a verba para contratação de profissionais para prevenção e controle de incêndios florestais em áreas federais.

O gasto esperado com a contratação de pessoal de combate ao fogo por tempo determinado, somado ao de diárias de civis que atuam como brigadistas, caiu de R$ 23,78 milhões em 2019 para R$ 9,99 milhões neste ano – uma redução de 58%, de acordo com dados oficiais do Portal da Transparência.

Este foi o segundo ano seguido de redução no orçamento total para prevenção e controle de incêndios florestais em áreas federais. A verba inicialmente planejada para a área em 2018 era de R$ 53,8 milhões, reduzida em 2019 para R$ 45,5 milhões, e para R$ 38,6 milhões em 2020. Do ano passado para este, a redução foi de 15%.

Em meio aos cortes, o Pantanal vive seu pior ano em termos de queimadas de que se tem registro. De janeiro a 10 de setembro de 2020, o Pantanal somou 12.703 focos de incêndio, o mair número para o período desde que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou o monitoramento, em 1998. Segundo dados do órgão federal, nos primeiros oito meses do ano, 18.646 km² do bioma foram consumidos pelas chamas, mais da metade disso em agosto.

Historicamente, a situação observada em setembro é ainda pior, com mais áreas de campos, florestas e arbustos queimados. Se o ritmo medido em agosto se mantiver, o Pantanal terá um total de 28, 8 mil km² carbonizados até setembro, superando todos os anos anteriores.

A área queimada até o fim de agosto, equivalente a 15 cidades do Rio de Janeiro inteiras queimadas, representa 12% do Pantanal. O bioma possui 83% de cobertura vegetal nativa e a maior densidade de espécies de mamíferos do mundo, com uma concentração nove vezes maior que a vizinha Amazônia, que também vem sofrendo com as queimadas.

Em Mato Grosso – que, junto com Mato Grosso do Sul, abriga o Pantanal – não chove forte desde maio

Na Floresta Amazônica, 29.307 focos de queimadas foram registrados em agosto deste ano, destruindo uma área maior que a da Eslovênia. O número ficou pouco abaixo dos 30.900 registrados no mesmo período de 2019  que, de acordo com o Inpe, foi o pior mês de agosto para a Amazônia desde 2010, interrompendo uma tendência de queda observada em anos anteriores.

De acordo com especialistas, nem a Amazônia nem o Pantanal sofrem com incêndios espontâneos. Em Mato Grosso – que, junto com Mato Grosso do Sul, abriga o Pantanal – não chove forte desde maio, logo, não há raios que pudessem inflamar os campos e matas secas, levando à conclusão de que se trata de incêndios irregulares. Isso apesar de o uso do fogo para limpeza e manejo de territórios ter sido proibido no estado entre 1º de julho e 30 de setembro. Segundo decreto estadual, quem provocar queimadas pode ser punido com reclusão de dois a quatro anos e multa a partir de R$ 5 mil por hectare.

Atraso no combate

Em nota, o Ministério do Meio Ambiente afirma que aumentou o número de brigadistas em relação ao último mandato da ex-presidente de Dilma Rousseff. Questionada pela DW Brasil sobre os cortes, a pasta não explicou a questão orçamentária, e afirmou que em 2020 foram contratados 3.326 brigadistas pelo Ibama e pelo Imbico, contra 2.080 em 2016.

No entanto, os editais de contratação para os profissionais, que costumam ser realizadas a partir de abril, para que as brigadas tenham tempo para o trabalho de prevenção dos incêndios, neste foram publicados somente em junho, atrasando todo o cronograma.

Segundo uma fonte do ICMBio que prefere não se identificar, o trabalho de combate aos incêndios no Pantanal demorou para começar, de modo que agora resta apenas esperar pela chuva e tentar impedir o fogo de consumir construções, pontes e unidades de conservação – os chamados alvos preferenciais.

"O grosso do trabalho de combate é feito de julho a setembro, antes há os trabalhos de queima preventiva, abertura de aceiros, feitos com acompanhamento do PrevFogo. O trabalho preventivo é até 20 vezes mais barato que o combate", calcula.

No Pantanal, Ibama e ICMBio vêm trabalhando em conjunto com bombeiros, militares e o Sesc Pantanal na força conjunta que tenta manter a salvo o Parque Estadual Encontro das Águas e o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense, ambos refúgios de vida silvestre. Além do Mato Grosso, as brigadas atuam em outros 16 estados e no Distrito Federal em áreas ido Pantanal, do Cerrado e da Amazônia.

Agosto, mês de queimadas

Em junho, o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), alertou que o desmatamento observado no último um ano e meio na Amazônia poderia ser o prenúncio de uma catástrofe na região. O modus operandi do desmate da floresta é a derrubada em massa das árvores, com tratores que arrastam grandes correntes, derrubando tudo pelo caminho, para, no período seco seguinte, a vegetação ser queimada para limpeza do terreno.

Em nota técnica publicada, o Ipam apontou que, entre janeiro de 2019 e abril de 2020, uma área de 4.509 km² de Floresta Amazônica havia sido derrubada. "Se 100% queimar, pode se instalar uma calamidade de saúde sem precedentes na região ao se somar os efeitos da covid-19", previu, apontando que o mês de agosto é quando grande parte da queima acontece na Amazônia.


Segundo os dados do Inpe citados no início deste texto, a Amazônia teve seu segundo pior agosto da última década em termos de queimadas registradas. No entanto, de acordo com reportagem a Folha de S.Paulo, o sensor Modis, do satélite Aqua, da Nasa, apresentou problemas a partir de meados do mês, prejudicando a medição dos focos de incêndio em algumas áreas. Com isso, é possível que a situação tenha sido ainda mais severa do que a de agosto do ano passado.


Fonte: DW Brasil



A busca pelos animais feridos em meio ao fogo no Pantanal




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terça-feira, 8 de setembro de 2020

Pantanal em Chamas: ajude a salvar milhares de animais silvestres #somostodospantanal




O Pantanal está queimando: o incêndio já consumiu 820 mil hectares! O cenário que hoje se apresenta é o pior registrado nos últimos 22 anos.

São milhares de animais silvestres encontrados carbonizados ou com partes do corpo queimadas: serpentes, lagartos, jabutis, jacarés, tamanduás, macacos e tantas outras espécies que povoam o Pantanal.

As antas, por exemplo, chamadas de “jardineiras da floresta” por serem um importante dispersor de sementes nos ecossistemas onde habitam, são animais lentos e têm muita dificuldade em conseguir escapar das chamas.

Já animais mais ágeis como a onça-pintada, apesar de conseguirem fugir do fogo com mais facilidade, têm suas patas queimadas, inalam a fumaça e têm todo o seu habitat destruído, não achando mais alimentação ou dormitório.



De acordo com a Divisão de Geração de Imagens (DIDGI) do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, no comparativo entre os meses de agosto de 2019 e 2020, o aumento no número de focos de incêndio aumentou em mais de 1800%.

 As queimadas já dizimaram mais de 10% do bioma inteiro, incluindo 32% da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Sesc Pantanal, a maior do país. Com isso, a natureza e todos os seres que ali vivem, sofrem diretamente.

Para contribuir, clique acima em "Contribua" e faça a sua doação em boleto, cartão de crédito ou Paypal.

SUA DOAÇÃO SALVARÁ MILHARES DE ANIMAIS SILVESTRES!

Na tentativa de minimizar o sofrimento dos animais resgatados por grupos que estão atuando incansavelmente na região, uma força tarefa coordenada pelo Comitê do Fogo (órgão colegiado que reúne diversas instituições de governo, terceiro setor e iniciativa privada) construiu um Posto de Atendimento Emergencial a Animais Silvestres – PAEAS Pantanal.

Mas, precisa de investimento financeiro para manter sua operação e os custos com suprimentos são altíssimos:

#Equipamentos de resgate e uso veterinário;
#Veículos para resgate;
#Alimentação dos animais em reabilitação e muito mais!




OS ANIMAIS NÃO PODEM ESPERAR: AJUDE A GARANTIR OS SUPRIMENTOS NECESSÁRIOS PARA SALVÁ-LOS

A AMPARA Animal e a AMPARA Silvestre lançam, então, a campanha PANTANAL EM CHAMAS, com a finalidade de captar recursos para manter a operação do PAEAS Pantanal funcionando, garantindo os suprimentos necessários para resgate e reabilitação dos animais, para que tenham chance de voltar ao seu habitat posteriormente




SOBRE A ONG AMPARA

Em atividade desde 2010, A AMPARA Animal nasceu quando as fundadoras Juliana Camargo e Marcele Becker se uniram por amor e respeito aos animais. 

Em 2015 se tornou a instituição que mais ajuda animais no país, ao se tornar uma “ONG mãe” que ampara mais de 450 abrigos cadastrados em nível nacional.

Em 2016, uma nova frente da entidade foi criada, a AMPARA Silvestre, com foco em conservação ao reabilitar animais que possam ser devolvidos à natureza e também oferecer bem-estar aos animais condenados ao cativeiro.
Em 10 anos:

  • Mais de 1,6 milhão de quilos de ração distribuídos
  • Mais de 155 mil vacinas
  • Mais de 350 mil animais medicados
  • Mais de 10.000 animais castrados
  • Mais de 12.000 animais adotados



Veja abaixo quem integra a força tarefa de resgate de animais silvestres no Pantanal:

Sema-MT | Comitê Estadual de Gestão do Fogo | Programa REM-MT | SESP-MT | CBM-MT| BEA | BPMPA | Juvam | ALMT | Prefeitura Municipal de Poconé | OAB-MT | CRMV-MT  | Ibama | UFMT | Hovet | Cempas | Cavet | Sesc Pantanal | Instituto Homem Pantaneiro | Integral Pet | VET Vida | Vivet | Pantaneiro Clínica Veterinária | AMPARA Silvestre


SEJA UM VOLUNTÁRIO

Se você é médico(a) veterinário(a) com especialização em animais silvestres e experiência de atuação/resgate em situações adversas, seja um voluntário. Entre em contato pelo e-mail contato@amparanimal.org.br e coloque, no título: VOLUNTARIADO NO PANTANAL.

Para contribuir, clique acima em "Contribua" e faça a sua doação em boleto, cartão de crédito ou Paypal.

O valor mínimo da doação na plataforma é R$25,00 por conta das taxas bancárias e no Paypal é de R$40.

Se você quiser, pode combinar com os amigos e dividir o valor entre vocês, que tal?

A equipe da VOAA apura todas as vaquinhas publicadas na plataforma. Acompanhamos as histórias antes, durante e após finalizar as campanhas em nossas redes sociais.

Problemas com pagamentos? Envie e-mail para suporte@voaa.me

Fonte: VOAA


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sábado, 22 de agosto de 2020

FAB levou garimpeiros ilegais para reunião com Salles em Brasília, diz MPF


(Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real | Ascom/Semas | José Cruz/Agência Brasil)

Aeronaves deveriam ter sido usadas para apoiar operação do Ibama de combate ao crime em terras indígenas Munduruku, que acabou suspensa pela Defesa


247 - O Ministério Público Federal no Pará (MPF-PA) instaurou inquérito para investigar o transporte ilegal de garimpeiros em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB), no início deste mês.

No início de agosto, o Ibama pediu aviões da FAB para apoiar uma operação de combate a garimpos ilegais nas dentro das terras indígenas Munduruku e Sai Cinza, Jacareacanga, no extremo sudoeste do Pará. Mas a operação foi suspensa pelo Ministério da Defesa.

A investigação teve como base um documento da FAB que confirma o envio do avião a Jacareacanga (PA) no dia 6 de agosto para transportar lideranças indígenas até a capital federal para uma reunião com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

Lideranças do povo indígena munduruku, contudo, informaram ao Ministério Público Federal que as pessoas transportadas na aeronave até Brasília para se encontrar com Salles não representavam o povo indígena. Na verdade, a caravana seria formada por sete moradores que ‘só representam os garimpeiros’ e ‘quiseram ultrapassar as lidenraças, caciques e associação Pusuruk’, a entidade formada pelos líderes munduruku.

“Verificam-se, no presente caso, fortes indícios de desvio de finalidade na utilização de aeronaves da Força Aérea Brasileira, as quais, a princípio, deveriam ser destinadas para efetividade da Operação Verde Brasil 2 no combate à mineração ilegal”, diz o procurador Paulo de Tarso Moreira Oliveira, em despacho para instauração de investigação.


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 Greenpeace Brasil

“Para nós, a mineração representa uma fatalidade. É um projeto de morte da vida dos povos indígenas”. Sônia Guajajara traz os severos impactos desta atividade nos territórios ancestrais.

sábado, 8 de agosto de 2020

Catástrofe ambiental: Amazônia perde 43% de recursos para sua proteção


Amazônia bate recorde diz Inpe em desmatamento no mês de junho. (Foto: Vinícius Mendonça/Ibama)

No momento em que o governo brasileiro é caracterizado interna e externamente como genocida e desmatador, Ibama terá uma drástica redução dos recursos destinados ao combate do desmatamento na Amazônia. O planejamento orçamentário do órgão previsto para 2021 traz um corte de 43% das verbas


247 - O governo Bolsonaro irá cortar 43% das verbas do Ibama para combate ao desmatamento da Amazônia. Documento prevê a destinação de R$ 210 milhões ao órgão no ano que vem, valor bem inferior ao orçamento de R$ 316,481 milhões destinados neste ano.

A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que “a realidade é ainda mais amarga quando observada, especificamente, a previsão de recursos para as ações de fiscalização e combate aos incêndios florestais, uma das práticas do Ibama que mais demandam investimentos pelo órgão federal. Pelo plano, o valor disponibilizado para 2021 será de R$ 88,4 milhões, o que significa uma redução de 43% sobre os R$ 154,730 milhões previstos para 2020.”

A matéria ainda sublinha que “o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse em nota à reportagem que já solicitou ao chefe da Economia, Paulo Guedes, que o valor seja recomposto, mas "sem sucesso". “O Ibama informa que a previsão orçamentária do Ministério do Meio Ambiente, determinada pelo Ministério da Economia para o ano de 2021, foi reduzida em 120 milhões de reais. Portanto, todas as áreas precisarão se adequar ao limite imposto. O MMA solicitou à Economia, sem sucesso, a reposição desse montante", diz nota enviada pela pasta.”



“O governo brasileiro quer liberar para que empresas estrangeiras explorem recursos naturais e minerais dentro das terras indígenas, o que vai promover desmatamento, degradação do solo e desaparecimento dos rios”. Até quando?




“Vocês não podem ter essa mentalidade preconceituosa, individualista. O que acontece aqui, na Amazônia, tem um efeito muito maior onde vocês estão”. Nara Baré lamenta a severa destruição da floresta pelas queimadas em 2019.



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 O sal da terra - Beto Guedes





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segunda-feira, 6 de julho de 2020

MPF pede afastamento de Ricardo Salles do cargo de ministro do Meio Ambiente


Na ação, o MPF relaciona várias ações de Ricardo Salles à frente do Ministério do Meio Ambiente que favoreceriam a desestruturação da política ambiental no Brasil


Por André Shalders - @andreshalders
Da BBC News Brasil em Brasília

Procuradores do Ministério Público Federal (MPF) pediram nesta segunda-feira (6) o afastamento de Ricardo Salles do posto de ministro do Meio Ambiente. Para os procuradores, Salles age com a intenção de desmontar a proteção ao meio ambiente no país, incorrendo no ato de improbidade administrativa.

Como se trata de ação de improbidade administrativa, o processo correrá na 1ª Instância da Justiça Federal, em Brasília — o caso só iria para o Supremo Tribunal Federal (STF) se fosse um processo criminal. A ação (aqui, na íntegra) é movida por procuradores do Distrito Federal e também por integrantes da Força-Tarefa Amazônia do MPF.

À BBC News Brasil, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) disse que a ação dos procuradores é baseada em "evidente viés político-ideológico" e que se trata de uma "clara tentativa de interferir em políticas públicas do Governo Federal".

A pasta também disse que a ação não traz acusações novas — apenas casos que já teriam sido rejeitados pela Justiça.

"As alegações são um apanhado de diversos outros processos já apreciados e negados pelo Poder Judiciário, uma vez que seus argumentos são improcedentes", diz o MMA, em nota.

Na ação, o MPF relaciona várias ações de Ricardo Salles à frente do Ministério do Meio Ambiente que favoreceriam a desestruturação da política ambiental no Brasil.

Esses atos estão agrupados em quatro categorias: desestruturação normativa (quando decisões assinadas por Salles teriam contribuído para enfraquecer o arcabouço de leis ambientais); desestruturação dos órgãos de transparência e participação (como no episódio do esvaziamento de conselhos consultivos); desestruturação orçamentária; e desestruturação fiscalizatória, que diz respeito ao desmonte de órgãos de fiscalização ambiental, como o Ibama e o ICMBio.

A ação traz ainda um pedido cautelar de afastamento de Salles, isto é, que possa ser atendido pela Justiça antes mesmo do julgamento do mérito do caso. Para os procuradores, a permanência de Salles no cargo pode trazer consequências irreparáveis para o meio ambiente.

A ação tem 126 páginas e é assinada por 12 procuradores. No texto, os profissionais pedem ainda que Salles perca os direitos políticos durante cinco anos, além de ter de ressarcir danos e pagar multa. Também pedem que ele fique proibido de celebrar contratos com o poder público.

"A permanência do requerido Ricardo de Aquinno Salles no cargo de Ministro do Meio Ambiente tem trazido, a cada dia, consequências trágicas à proteção ambiental, especialmente pelo alarmante aumento do desmatamento, sobretudo na Floresta Amazônica", escreveram os procuradores.

"Caso não haja o cautelar afastamento do requerido do cargo de Ministro do Meio Ambiente o aumento exponencial e alarmante do desmatamento da Amazônia, consequência direta do desmonte deliberado de políticas públicas voltadas à proteção do meio ambiente, pode levar a Floresta Amazônica a um ― ponto de não retorno, situação na qual a floresta não consegue mais se regenerar", diz o texto.


Intenção de destruir

Segundo os procuradores, os atos de Ricardo Salles à frente do Ministério tinham a finalidade explícita de fragilizar a ação do Estado brasileiro na proteção ao meio ambiente.

"É possível identificar, nas medidas adotadas, o alinhamento a um conjunto de atos que atendem, sem qualquer justificativa, a uma lógica totalmente contrária ao dever estatal de implementação dos direitos ambientais, o que se faz bastante explícito, por exemplo, na exoneração de servidores logo após uma fiscalização ambiental bem sucedida em um dos pontos críticos do desmatamento na Amazônia Legal".

Procuradores também citam falta de eficácia dos gastos públicos com as operações de fiscalização na Amazônia


A referência é à exoneração de três coordenadores de fiscalização do Ibama, em abril de 2020, após operações bem sucedidas em terras indígenas no município de Altamira (PA). Nas operações, em março, foram destruídas em torno de 100 máquinas e equipamentos usados para o desmatamento. O fato de os coordenadores terem perdido o cargo configura a intenção de retaliá-los, na visão dos procuradores.

Os procuradores também citam o fato de que, sob Ricardo Salles, o país teve um aumento da taxa de desmatamento e dos focos de queimadas, ao mesmo tempo em que o número de multas por crimes ambientais foi o menor dos últimos 20 anos, em 2019.

Em outro ponto, o MPF cita a falta de eficácia dos gastos públicos com as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), envolvendo as Forças Armadas, para combater o desmatamento e as queimadas na Amazônia.

Em dois meses, a operação Verde Brasil (de 2019) custou mais de R$ 124 milhões ― cerca de R$ 14 milhões a mais que todo o orçamento do Ibama para operações de fiscalização no ano passado. Ao reduzir o orçamento para a área ambiental, Salles acabou provocando gastos ainda maiores aos cofres públicos com a necessidade da GLO.

"Ressalte-se que tal operação se deu apenas quando a situação das queimadas na região amazônica tomou proporções desmedidas e o fogo ganhou repercussão negativa internacional. Como elas ocorrem no período de seca amazônica, que começa em julho e vai até novembro de todo ano, a desproporcionalidade das queimadas ocorridas em 2019 era consequência previsível e evitável por meio da efetivação escorreita da política ambiental", diz o texto.


'Passar boiada'

Na ação, os procuradores dizem ainda que o caráter intencional das ações de Ricardo Salles ficou claro com a divulgação da gravação da reunião ministerial de 22 de abril.

O vídeo do encontro, ocorrido no Palácio do Planalto, foi divulgado por ordem do ministro Celso de Mello, do STF. A decisão foi tomada em um inquérito que trata da suposta interferência de Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal.

No encontro, Salles diz que a pandemia do novo coronavírus é uma "oportunidade" para modificar as normas que infralegais que regem a proteção ambiental no Brasil.

"As declarações (na reunião) apenas expõem, de forma clara, o que diversos atos já confirmavam: existe um verdadeiro encadeamento premeditado de atuar contrário à proteção ambiental, caracterizando o dolo, elemento subjetivo dos atos de improbidade", diz o texto.

"Analisando os fatos concretos, desde o início de sua gestão à frente do MMA, o ministro tem adotado inúmeras iniciativas em flagrante violação ao dever de tutela do meio ambiente, como a desconsideração de normas, critérios científicos e técnicos, em desrespeito aos princípios ambientais da precaução, da prevenção e da vedação do retrocesso", escreveram os procuradores.





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quarta-feira, 3 de junho de 2020

Sem conversa pra boi dormir: o que Ricardo Salles quer é a destruição ambiental






Fizemos uma lista de “boiadas” passadas pelo Ministro de Meio Ambiente rumo ao desmantelamento das regras ambientais desde que o novo coronavírus se instalou no país

As canetadas de Salles produzem cenários de destruição 
como esse, mas “a boiada” do ministro 
não vai passar impune © Daniel Beltrá/ Greenpeace


A “boiada” que o Ministro de Meio Ambiente Ricardo Salles diz querer passar, em vídeo da reunião interministerial publicado na última sexta-feira (22/05), já está ocorrendo. Mais precisamente, Salles já vem passando seus bois há um ano e meio, desde que Bolsonaro foi eleito Presidente da República. Salles acumulou tanta experiência nisso que achou por bem sugerir a seus colegas que ajam como ele, às escondidas e contra o interesse público.

Ao invés de cumprir com as exigências de um cargo que é dos mais importantes do país, tendo em vista que o Brasil detém a maior floresta tropical, a savana mais rica e a maior biodiversidade do planeta, a política de Ricardo Salles fez com que, por exemplo, a taxa de desmatamento na Amazônia batesse recordes. O desmatamento em 2019 foi o maior da década, e este ano já começou dando indícios de que a situação está piorando.

Este aumento do desmatamento no país não ocorre ao acaso. É resultado de uma política que incluiu dia após dia, boi atrás de boi, a redução da autonomia de servidores, cortes em orçamento dos órgãos de controle e proteção ambiental do país, orientações e canetadas para afrouxamento das regras de controle e fiscalização. (Você encontra aqui um bom resumo do que foi o primeiro ano do governo Bolsonaro para o meio ambiente.)

Desde que a crise gerada pela Covid-19 se iniciou no país, o ministro, ao invés de somar esforços para prevenir que o vírus se espalhasse pela floresta, ameaçando ainda mais seus povos, optou por aproveitar a atenção da mídia voltada para a crise, o que viu como oportunidade, para encobrir o projeto de destruição do governo e avançar com medidas antiambientais.

Listamos abaixo algumas das principais medidas antiambientais de Salles e seus subordinados durante a pandemia:

1. Caminho aberto para venda de madeira ilegal

Um dia antes da confirmação do primeiro caso de Covid-19, em 25 de fevereiro, em plena terça-feira de Carnaval, o presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim, liberou exportações de madeira nativa sem autorização do órgão. A mudança na regra favorece a comercialização de madeira ilegal, um grande problema na Amazônia, e foi criticada por um servidor do Ibama. O que Salles fez? Demitiu oservidorhttps://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRKBN21O359-OBRDN.

2. Era uma vez a Mata Atlântica

Um dos casos mais emblemáticos das mudanças “infralegais” citadas por Salles na fatídica reunião mostra que o ministro não está satisfeito em acabar com a Amazônia; ele quer destruir a Mata Atlântica também. No dia 06 de abril, Salles assinou um despacho que reconhece como áreas de ocupação consolidada as Áreas de Preservação Permanente (APPs) desmatadas até julho de 2008. Ou seja, quem desmatou até 2008 será anistiado ou verá reduzida a obrigação de recomposição de vegetação.

A canetada tem impactos diretos na preservação da Mata Atlântica, bioma mais devastado do Brasil, porque as APPs são consideradas fundamentais para a segurança hídrica e proteção da fauna e flora da região. Ela também traz insegurança jurídica no campo e a possibilidade de aumento de conflitos em um bioma onde eles já estavam bastante apaziguados.

A medida está sendo questionada na Justiça pelo Ministério Público Federal (MPF), que sugere que os Estados não acatem o despacho de Salles.

3. Intimidação, exonerações e demissões de servidores do Ibama

Em 14 de abril, dois dias depois de uma reportagem noFantástico (TV Globo) noticiar uma importante operação do Ibama contra o garimpo ilegal em Terras Indígenas, o diretor do órgão, Olivaldi Borges Azevedo, foi demitido. Duas semanas depois (30 de abril), outros dois servidores do Ibama que estavam coordenando equipes de fiscalização também foram exonerados. Vários outros servidores reportaram estar sendo ameaçados de demissão.

Quem consegue se manter no cargo, fica refém da “lei da mordaça”. Não é de hoje que Ricardo Salles tenta ter controle total sobre a comunicação do ministério. Em março do ano passado, já tinha dado orientação que restringia o contato entre servidores e a imprensa. Surtiu efeito: nos primeiros nove meses do governo Bolsonaro, a procura da imprensa por informações do Ministério do Meio Ambiente quadruplicou. No entanto, 8 a cada 10 pedidos de jornalistas não foram respondidos pela assessoria de comunicação da pasta.

Um ano depois, não satisfeito, o presidente do Ibama formalizou a recomendação por meio de uma portaria, que foi publicada no dia seguinte à repercussão negativa sobre o episódio da madeira ilegal, que explicamos no item 1. Coincidência?

4. ICMBio morre aos poucos

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é o órgão que cuida das Unidades de Conservação (UCs) federais, como os parques, florestas nacionais e reservas extrativistas presentes em todo o país, e, por isso, é fundamental para a manutenção da vida silvestre. Entretanto, parece que ele próprio está morrendo. Sua condenação começou em fevereiro, com um decreto que o reestruturou, reduzindo as 11 coordenações regionais para cinco gerências. No dia 12 de maio, o decreto foi colocado em vigor. Foram exonerados 38 servidores do comando ou substitutos de chefia em UCs, e efetivadas as reduções nas coordenações regionais.

Na Região Norte, ficou apenas uma gerência no lugar de quatro coordenações existentes anteriormente, que terá que atender mais ou menos 130 UCs. Na prática, a alteração reduz o corpo técnico do órgão e o afasta das áreas protegidas.

Quer um exemplo? A sede de fiscalização do Parque da Tijuca, localizado no Rio de Janeiro, foi transferida para o bairro dos Jardins, em São Paulo. Agora imagine o que isso significa em dimensões amazônicas.

A boiada não vai passar!


Ricardo Salles pode ser oportunista, mas não é bobo. Ele sabe que não poderá “passar sua boiada” da destruição ambiental impunemente. São muitos os olhos voltados para o bem-estar da floresta e seus povos, e para o equilíbrio climático. 

Um destes olhos atentos é a Justiça Federal, que, atendendo a pedido do Ministério Público no fim de abril, requereu que Ibama, ICMBio e Funai adotassem medidas imediatas de combate ao desmatamento e proteção dos povos indígenas contra a Covid-19. É isso mesmo. A Justiça precisou obrigar o governo a cumprir com seus deveres.

Outros desses olhos somos nós: a sociedade civil organizada; a pressão popular; você aí na sua casa, que está somando sua voz contra todo e qualquer retrocesso. Vamos juntos dizer a Ricardo Salles: a boiada não vai passar!





 Grande Reserva Mata Atlântica

A Mata Atlântica é um patrimônio natural e lar de 70% dos brasileiros, mas este valioso bioma está ameaçado.



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sexta-feira, 29 de maio de 2020

SOS Mata Atlântica: desmatamento cresce 27,2%



Via: Sputnik Brasil

Foi registrado um aumento de 27,2% no desmatamento da Mata Atlântica entre 2018 e 2019, comparando com o período entre 2017 e 2018.
A informação foi publicada no relatório do Atlas da Mata Atlântica, divulgado pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
A cifra de 27,2% corresponde a um total de 14.502 hectares e o estado de Minas Gerais lidera a lista do desmatamento desse bioma, registrando uma perda de quase 5.000 hectares de floresta nativa. Bahia ocupa o segundo lugar, com 3.532 hectares, seguida pelo Paraná, com 2.767 hectares.
Os três líderes do ranking registraram aumento de desflorestamento de 47%, 78% e 35%, na comparação com o período anterior. Segundo o estudo, Piauí somou 1.558 hectares desmatados (26% a mais) e Santa Catarina 710 hectares, 22% a mais, comparando com o período anterior.
"O fato é preocupante, já que restam apenas 12,4% da Mata Atlântica, o bioma que mais perdeu floresta no país até hoje", disse o diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, citado pela Agência Brasil.
"Observamos vários desmatamentos em áreas interioranas e nos limites da Mata Atlântica, como no Cerrado em Minas Gerais, na Bahia e no Piauí, além de regiões com araucárias no Paraná. Como são áreas já mapeadas anteriormente, os desmatamentos poderiam ter sido evitados com maior ação do poder público. É lamentável que sigam destruindo nossas florestas naturais, ano após ano", acrescentou a diretora executiva da SOS Mata Atlântica e coordenadora geral do Atlas, Marcia Hirota.
Por outro lado, o Atlas mostra que estados como Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Paraíba, Pernambuco e Rio de Janeiro não desmataram e dois estados conseguiram zerar os desmatamentos acima de três hectares (Alagoas e Rio Grande do Norte).

canal MPF


MPF alerta para risco de destruição da Mata Atlântica sob novo entendimento do Ministério do Meio Ambiente que permite ocupações ilegais e desmatamento em áreas de preservação permanente.


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