Não é a primeira vez que a atitude é adotada por atletas
congoleses; país africano é palco de constantes combates entre milícias
Foto: Getty Images
A boxeadora Marcelat Sakobi, da República Democrática do
Congo, chamou a atenção do mundo com um gesto após ser derrotada nas Olimpíadas
de Paris 2024. Com a mão na frente da boca e os dois dedos na cabeça,
simbolizando uma arma, Sakobi denunciou a violência que
assola seu país natal.
Classificada na categoria
até 57 kg, Sakobi foi derrotada pela uzbeque Sitora Turdibekova por decisão
dividida dos juízes. No entanto, o resultado da luta ficou em segundo plano
devido ao protesto e pelo pedido de ajuda que a atleta fez ao seu país.
A atitude de Sakobi não foi um ato isolado. Ela se inspirou
no atacante Cédric Bakambu, também do Congo, que havia feito o mesmo gesto
durante a Copa Africana de
Nações deste ano. O objetivo é chamar a atenção para os conflitos armados que
acontecem no africano.
A região leste da República Democrática do Congo é palco de
um constante combate contra a milícia M23, liderada pela etnia tutsi. No ataque
mais recente, mais de 270 pessoas perderam a vida. A região faz fronteira com o
Ruanda, que é acusado de fornecer armas para o grupo.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), até o
ano passado, 7 milhões de pessoas estavam desabrigadas, e mais 42 mil entraram
nessa estatística em 2024. O gesto de Sakobi é um lembrete do sofrimento do
povo congolês e um apelo por ajuda e paz.
Em sua volta às redes, o Anonymous Brazil, seguindo o
exemplo do grupo americano, prometeu mostrar provas do envolvimento de
Bolsonaro com “a morte de uma pessoa pública no Brasil”.
“Aguarde”, escreveu a página.
'Exmo. Jair Messias Bolsonaro. Você está diretamente ligado a morte de uma pessoa pública no Brasil. Aguarde.'#Anomymous 🇧🇷
G1 - Segundo o MP, um dos policiais matou rapaz de 18 anos com um
tiro nas costas na Região de Curitiba, no mês de abril.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou dois
policiais militares envolvidos na morte de um motociclista na BR-277, em São
José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. De acordo com o MP-PR,
os PMs plantaram uma arma na cena do crime, após um deles matar o rapaz.
O caso aconteceu em 21 de abril deste ano. No dia, a
primeira informação dada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobre a
ocorrência foi que o motociclista estava armado e entrou em confronto com os
policiais militares.
A denúncia do MP-PR, feita pelo promotor João Milton Salles,
foi apresentada à Justiça na quinta-feira (30).
Além de ter acesso à denúncia, a RPC obteve com
exclusividade imagens que são usadas como provas da investigação feita pela
Polícia Civil, com o apoio do MP-PR.
As imagens mostram o que aconteceu no dia que Leandro Pires
morreu depois de ser atingido nas costas por um tiro disparado pelo policial
militar Wanderson Teixeira Rigotti.
A denúncia
Rigotti foi denunciado por homicídio e fraude processual. O
policial militar Jeferson de França dos Santos, que estava com Rigotti no
momento da morte da vítima, foi denunciado por fraude processual.
Na denúncia, o MP-PR apontou que "Rigotti ciente da
ilicitude e reprovabilidade de sua conduta, com a inequívoca intenção de matar,
efetuou disparos de arma de fogo contra a vítima Leandro Pires Cordeiro".
O promotor afirmou que a Leandro não teve nenhuma
possibilidade de defesa.
De acordo com o MP-PR, a motivação de Rigotti foi torpe,
pois o PM atirou com a intenção de matar como repreensão porque o jovem não
obedeceu a ordem de parada.
As imagens da câmera de segurança da concessionária que
administra o trecho da BR-277 onde Leandro morreu mostraram como foi a
perseguição, que aconteceu por depois das 14h.
Às 14h07, Leandro – de moto – olha para trás e ergue a mão
esquerda na altura do capacete. Olha de novo e, então, some da imagem.
"Vendo aqui pela imagem já dá para perceber que não
havia arma, mas, mesmo assim, a perícia fez a análise e foi categórica em afirmar
que ele fazia um movimento em direção ao capacete. Possivelmente, fechando o
capacete porque entrou na rodovia", afirmou o promotor.
No momento em que Leandro foi baleado, a câmera monitorava o
trânsito e não fez o registro da morte. Às 14h20, as imagens mostram Rigotti e
Santos próximos ao corpo do jovem. Um carro da PRF já estava no local.
Outro veículo policial aparece logo depois, e os PMs ficam
conversando.
Com a imagem aproximada, dá para ver quando Rigotti chega
perto do corpo, se agacha e levanta rapidamente. Nesse momento, segundo a
perícia, o PM segura um objeto na mão direita que fica visível quando ele se
abaixa. Logo depois, Rigotti se levanta e, de acordo com a perícia, é possível
ver os dedos das duas mãos do policial.
"A partir daí é que nós começamos a perceber e ficou
muito claro para a gente o ato deles em adulterar o local do crime inserindo a
arma de fogo sob esse rapaz para justificar a tese deles de que estavam sendo
vítimas de uma agressão", disse o promotor.
Rigotti dá três pequenos chutes no corpo, e se vira para
conversar com um colega. Um carro com outros PMs chega. Rigotti volta a chutar
o corpo na região da cintura e vai cumprimentar os colegas.
Na sequência das imagens, Rigotti volta em direção ao corpo,
dá mais um chute no corpo e vai ao encontro de outro PM que tinha acabado de
chegar.
O que acontece agora
Agora, cabe a Justiça decidir se aceita a denúncia do MP-PR
tornando os policiais réus. Se isso acontecer, os PMs podem ir a júri popular.
"A Polícia Militar lembra que à época dos fatos, tão
logo o Comando da unidade (a qual os policiais pertencem) foi informado a
respeito, um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado, o qual está em
fase de conclusão e será encaminhado à Vara da Auditoria da Justiça Militar
Estadual (VAJME) para apreciação.
Institucionalmente, a PM respeita as conclusões as quais
chegou o Ministério Público.
A Corporação lembra que para qualquer situação denunciada,
busca-se a elucidação de todos os fatos, e, se ficar comprovada
responsabilidade para qualquer um dos policiais militares, as medidas são
tomadas, conforme a legislação, sendo respeitados os direitos ao devido
processo legal, à ampla defesa e ao contraditório".
Protesto
No dia da morte, amigos de Leandro fizeram um protesto na
rodovia, queimaram pneus e fecharam o trecho da BR-277.
Um dos amigos afirmou que nunca viu Leandro com uma arma,
nem o ouviu dizendo que mataria alguém.
"Falaram que ele estava armado, trocou tiro com a
polícia. E ele estava com a gente antes de a polícia abordar. Ele estava junto
com a gente. Não tinha arma, não tinha nada", disse o amigo.
Grupo queimou pneus e fechou um dos sentidos da BR-277,
no
dia 21 de abril, em protesto contra a morte de Leandro
Sputnik Brasil - O cineasta José Padilha afirma em texto publicado na Folha
de S. Paulo nesta terça-feira (16) que se enganou com o ex-juiz e hoje ministro
da Justiça Sergio Moro. O diretor dos filmes Tropa de Elite também disse que o
pacote anticrime de Moro irá fortalecer os grupos paramilitares.
"Pois bem, quero reconhecer o erro que cometi",
esceveu Padilha na Folha sobre o apoio a Moro. "Digo isso porque não há
outra explicação: Sergio Moro finge não saber o que é milícia porque perdeu sua
independência e hoje trabalha para a família Bolsonaro. Flávio Bolsonaro não
foi o senador mais votado em 74 das 76 seções eleitorais de Rio das Pedras por
acaso…"
Padilha reconhece que o pacote anticrime de Moro é
"razoável no que tange ao combate à corrupção corporativa e
política", mas o classifica como "absurdo no que se refere à luta
contra as milícias".
O cineasta diz que a crença de Moro de que milícias e o que
o varejo do tráfico são semelhantes é falsa e segure que o ministro deve
estudar os casos de "auto de resistência", como são chamadas as
mortes cometidas por policiais em serviço.
Padilha ressalta que o descontrole da violência policial irá
benificiar os grupos paramilitares:
"O hábito que os policiais milicianos têm de plantar
armas e drogas nos corpos de suas vítimas para justificar execuções é tão usual
que deu origem a um jargão: todo bom miliciano carrega consigo um "kit
bandido". Aprovado o pacote de Moro, nem de "kit bandido" os
milicianos precisarão mais."
G1 - Relatório aponta transações financeiras atípicas enquanto jovem personal trainner trabalhou no gabinete de Jair Bolsonaro
RIO — Um novo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviado ao Ministério Público do Rio (MP-RJ) mostra outras movimentações atípicas na conta corrente de Nathália Melo de Queiroz, filha de Fabrício Queiroz e ex-assessora do presidente Jair Bolsonaro quando ele era parlamentar na Câmara dos Deputados.
Entre junho e novembro do ano passado, a conta de Nathália recebeu o montante de R$ 101 mil, entre o salário na Câmara e outros rendimentos. Deste total, ela repassou para seu pai R$ 29,6 mil, o equivalente a 80% do total de R$ 36,6 mil que ganhou como assessora de Jair Bolsonaro.
Queiroz é investigado pelo MP-RJ em apuração sobre possível prática de “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio — quando servidores devolvem parte dos salários aos deputados que os nomearam. Em fevereiro, o ex-assessor confirmou em depoimento por escrito que servidores do gabinete de Flávio Bolsonaro devolviam parte do salário e que esse dinheiro era usado para ampliar a rede de colaboradores junto à base eleitoral do então deputado.
G1 - Transferência, na boca do caixa, foi sete meses após o crime, segundo relatório. PM reformado e o ex-PM Élcio Queiroz devem depor nesta sexta-feira sobre o atentado contra Marielle.
Caso Marielle: R$ 100 mil foram depositados na conta de suspeito, diz Coaf ( Vídeo )
Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou um depósito de R$ 100 mil, em dinheiro, na conta do policial reformado Ronnie Lessa, denunciado pelo assassinato de Marielle e Anderson. O Ministério Público citou esse relatório em um pedido de bloqueio dos bens de Lessa e do ex-PM Élcio Queiroz, também preso.
O depósito foi feito na boca do caixa, no dia 9 de outubro de 2018, sete meses depois do crime.
O MP pediu o bloqueio para garantir a indenização por danos morais e materiais às famílias da vereadora e do motorista.
Além do relatório, o MP cita no pedido a lancha, apreendida em Angra dos Reis em nome de uma pessoa que seria “laranja” de Ronnie Lessa, os automóveis do PM reformado (um deles, um Infinity avaliado em R$ 150 mil), e a casa dele, localizada em um “condomínio luxuoso na Barra da Tijuca”. Tudo isso, segundo o Ministério Público, seria incompatível com a renda de um policial militar reformado.
O pedido de arresto foi aceito pelo juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal, na mesma decisão em que recebeu a denúncia do MP e decretou a prisão de Ronnie Lessa e Elcio Queiroz.
Advogado de Ronnie Lessa, Fernando Santana afirmou desconhecer esse depósito e disse que ainda vai conversar com seu cliente sobre o tema.
Depoimento e transferência
Lessa e Queiroz devem ser levados para depor nesta sexta-feira (15) sobre o atentado a Marielle. Na quinta (14), ambos foram levados para audiência de custódia em Benfica por terem sido presos em flagrante, na terça-feira (12), por posse ilegal de arma. Na casa de um amigo de Ronnie a polícia encontrou 117 fuzis incompletos desmontados. Já Queiroz foi preso com uma pistola, e Lessa tinha armas em casa.
Passo a passo da dupla no dia do crime, de acordo com a investigação:
Às 16h59, o celular de Élcio Queiroz é detectado por antenas no condomínio de Lessa, o Vivendas da Barra
Entre 17h e 22h não é possível captar sinais dos telefones de Élcio e Lessa;
Às 17h24, câmeras filmaram o Cobalt prata utilizado no assassinato de Marielle e Anderson próximo ao Quebra-Mar, na Barra;
Às 18h45, câmeras de segurança mostram o Cobalt chegando à Rua dos Inválidos, onde Lessa e Élcio aguardaram pela saída da vereadora de um evento na Casa das Pretas, de acordo com a investigação;
Por volta das 21h10, Anderson e Marielle são assassinados na Rua Joaquim Palhares, no Estácio;
Às 22h11, antenas de telefonia voltaram a captar um deslocamento do celular de Élcio. O movimento indica que o suspeito foi do condomínio Vivendas da Barra para o restaurante Resenha e Grill, onde chegou às 22h30.
Às 23h18, o telefone de Lessa foi detectado no mesmo local que o de Élcio. Para a polícia, essa é uma prova de que os acusados continuaram juntos após o crime.
Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz negam qualquer envolvimento nas mortes de Marielle e Anderson.
Na Metrô de Buenos Aires, renomearam a estação “Rio de Janeiro” para “Rio de Janeiro - Marielle Franco”, em homenagem à nossa Mari. Que homenagem linda! #MarielleFrancoPresentepic.twitter.com/HC3fEhiKrt
DCM-Guilherme Taucci Monteiro, 17 anos, um dos assassinos que atacaram a Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, era fã de Walking Dead, a série sobre zumbis, de pistolas, de facas, de Bolsonaro — e da morte.
Pouco antes do atentado, “Guilherme Alan”, como se identificava no Facebook, publicou trinta fotos em que vestia roupas negras e a máscara de caveira com as quais se suicidou após o massacre.
Ele curtia páginas como “Um amor: Armas”, “Eu Amo Armas” e “Portal Armas de Fogo”.
Compartilhava fotos também de facas, arsenais, bombas e vídeos de atiradores.
Estava num grupo de 13 mil membros dedicado a adeptos da cutelaria. Morreu com os objetos de desejo.
Em 2018, fez campanha para Jair Bolsonaro.
Republicou uma imagem de Bolsonaro abraçado a policiais e a legenda “O meu candidato é apoiado pela polícia, o seu é procurado por ela”.
Entusiasta da página oficial de JB, deu like em várias postagens indigentes e odientas envolvendo Lula.
Compartilhou uma postagem de Eduardo Bolsonaro com um retrato de um cabo morto e, embaixo, homens na cadeia.
“Para quem tem pena de bandido assassino”, escreveu Eduardo.
Numa foto de que Guilherme gostou, Eduardo aparece com o que parece ser um fuzil e os dizeres: “Às vezes me pego pensando, por que o MST nunca invadiu minha propriedade?”.
Seguia contas fascistoides como Bolsonaro Opressor 2.0, especializada em difamação, calúnia e papagaiada raivosa contra “esquerdopatas”.
Marielle Franco também não era poupada por Guilherme.
Junto com seu comparsa Luiz Henrique de Castro, de 26 anos, frequentou comunidades extremistas para juntar dicas para executar seu plano.
Num fórum chamado Dogolochan, trocaram informações com outras pessoas.
O Dogolochan foi criado em 2013 por um hacker chamado Marcelo Valle Silveira Mello.
Conhecido como Psy ou Batoré, Mello foi a primeira pessoa condenada na Justiça brasileira por crime de racismo na internet em 2009.
Pegou um ano e dois meses de prisão. É criador de uma criptomoeda em homenagem a Bolsonaro.
O fórum de extrema direita é um esgoto aberto para racismo, xenofobia, misoginia e toda espécie de sociopatia.
O administrador deu detalhes de como ajudou os dois a conseguir armas e descreve Guilherme como “um bom garoto que acabou descobrindo da pior forma possível que brincadeiras podem se tornar pesadelos reais”.
O Brasil é um país doente, governado por um adorador da violência, amigo das milícias, que acha normal o filho visitá-lo com uma Glock no hospital, dividir com os brasileiros um vídeo de golden shower, ameaçar levar seus adversários para “a ponta da praia” — noves fora tudo.
OLHAR DIGITAL: Justiça determina suspensão do jogo 'Bolsomito 2k18' após pedido de MP
Lançado no dia 5 de outubro, dois dias antes do primeiro turno, o “Bolsomito 2K18” coloca o agora presidente eleito Jair Bolsonaro em luta corporal contra grupos opositores. Entre os alvos, estão pessoas negras, população LGBT, eleitores do Partido dos Trabalhadores (PT), integrantes do MST e outros. No trailer, há inclusive uma cena que insinua que o protagonista atropela e mata seus adversários com um caminhão.
Depois dessa apreensão na casa ao lado, alguém ainda acredita que esse vídeo foi feito nos USA! Tenha dó! Bolsonaro um Governo de Milícias!Retuitem. pic.twitter.com/pPDwIj1YUg
O facebook tirou do ar as páginas dos assassinos de Suzano, pois os dois eram fervorosos bolsonaristas. Se fossem lulistas, a Globo estaria interrompendo novela para anunciar.
Hoje,antes da tragédia em Suzano,Bolsonaro novamente dá mau exemplo aos brasileiros ao dizer que dorme com arma do lado da cama no Palácio do Alvorada. Sempre incentivando a violência. Lamentável a atitude do vizinho do assassino de Marielle! #ArmasNãohttps://t.co/IensizyzFi
Em Suzano, população cai na real e vaia Doria, governador de São Paulo Doria banalizou a violência na campanha eleitoral, quando defendeu armas, ao lado de Bolsonaro. A população acordouhttps://t.co/Q4qaeUYcJ6