País investiga qual destino final da droga, descoberta em
mala de mão durante escala do avião reserva da Presidência em Sevilha
A Guarda Civil espanhola deteve nesta terça-feira no
aeroporto de Sevilha o militar brasileiro Manoel Silva Rodrigues, de 38 anos,
que havia transportado 39 quilos de cocaína em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) integrado à comitiva do presidente Jair Bolsonaro, segundo
confirmaram fontes da corporação policial ao EL PAÍS.
A prisão do sargento da FAB ocorreu durante uma escala do
avião reserva da presidência em Sevilha, no sul da Espanha, rumo a Osaka, onde Bolsonaro participará da reunião do G-20. O ministério brasileiro de Defesa
emitiu nota confirmando a detenção do militar por tráfico de entorpecentes, e anunciou
a abertura de um inquérito para apurar o ocorrido. Bolsonaro também escreveu um
tuíte sobre o fato.
Fontes da Guarda Civil disseram que a detecção da droga e a
posterior detenção do militar ocorreram quando os membros da tripulação e suas
bagagens passaram pelo controle alfandegário obrigatório após a chegada a
Sevilha. Ao abrir a mala de mão os agentes encontraram 37 tijolos de pouco mais
de um quilo cada. "Não estava nem mesmo escondido entre as roupas",
disseram fontes da Guarda. As autoridades da Espanha agora querem saber qual
era o destino final da droga.
O militar foi levado para o comando da Guarda Civil na
capital andaluza. Nesta quarta-feira, o Tribunal de Instrução número 11 de
Sevilha ordenou nesta quarta-feira a prisão provisória do militar, sem fiança.
Inicialmente, ele está sendo investigado por um suposto crime contra a saúde
pública.
O Ministério da Defesa disse em seu comunicado que “repudia”
os atos do militar e que colaborará com as autoridades espanholas na
investigação. No Twitter, Bolsonaro disse que pediu ao ministro da Defesa que
preste "imediata colaboração" à polícia espanhola.
Após o incidente em Sevilha, a Presidência alterou a rota da
viagem de Bolsonaro ao Japão, segundo o portal UOL. Após decolar de Brasília,
Bolsonaro fará escala em Lisboa em vez de Sevilha, segundo constava na sua
agenda no final da noite de terça. O gabinete de imprensa do presidente não
explicou o motivo da mudança.
Não é a primeira vez que membros da Aeronáutica usam sua
condição de militares para traficar drogas. Em abril, o Tribunal Superior
Militar decretou a expulsão da corporação de um comandante pelo transporte de
33 quilos de cocaína numa aeronave militar que se dirigia à França com escala
nas ilhas Canárias. Outros dois colegas do comandante já tinham perdido o posto
por sua participação no caso, ocorrido em 1999. O comandante foi condenado a 16
anos da prisão por integrar “uma rede especializada no tráfico internacional de
cocaína" com a ajuda de aviões da FAB.
“Sargento preso com cocaína na Espanha fez 29 viagens e acompanhou três presidentes”
Mas foi com governo Bolsonaro que carregou cocaína https://t.co/KpRSK2VuXW
Estadão - O ministro da Justiça, Sérgio Moro, mandou áudio a membros
do MBL neste domingo, 23, dizendo que não sabe se os termos são seus, mas
pedindo desculpas por tê-los chamado de “tontos” em mensagens de 2016, conforme
mostrou reportagem do site The Intercept e da Folha de S. Paulo.
“Consta ali um termo que não sei se usei mesmo, acredito que
não, pode ter sido adulterado, mas queria assim pedir minhas escusas, se eu
eventualmente utilizei (o termo)”, disse o ministro em áudio obtido pela
Coluna.
“Porque sempre respeitei o Movimento Brasil Livre, sempre
agradeci o apoio que esse movimento deu, não só à Lava Jato, mas nos últimos
anos, 5 anos, de avanço contra corrupção e construção de um País melhor e mais
íntegro”, completou.
No episódio, o então juiz federal disse que “alguns tontos
daquele MBL” fariam protesto na frente da casa de Teori Zavascki, relator da
Lava Jato no Supremo, e reconhecendo que isso “não ajuda evidentemente”, pediu
que Deltan Dallagnol intercedesse.
Moro repete ainda, mais de uma vez, que não sabe se as
mensagens são suas ou se foram alteradas (apesar de pedir desculpas por elas).
Como justificativa ao termo, diz que na época vinha sofrendo muita pressão, por
causa da divulgação do áudio de Lula e Dilma, do qual ele não se arrepende, mas
reconhece “período complicado”.
O protesto na frente do condomínio de Teori, que acabou
acontecendo mesmo, poderia, segundo Moro explicou no áudio deste domingo,
“gerar uma animosidade do Supremo contra a 13ª Vara, o que não era desejado”.
The Intercept_Brasil - Lava Jato fingiu investigar FHC apenas para criar percepção
pública de ‘imparcialidade’, mas Moro repreendeu: ‘Melindra alguém cujo apoio é
importante’
Parte 7
Sergio Moro não gostou do alvo tucano: 'melindra alguém cujo apoio é importante'.
Um trecho do chat privado entre Sergio Moro e o procurador
Deltan Dallagnol revela que o ex-juiz discordou de investigações sobre o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na Lava Jato porque, nas palavras dele,
não queria “melindrar alguém cujo apoio é importante”. O diálogo ocorreu em 13
de abril de 2017, um dia depois do Jornal Nacional ter veiculado uma reportagem
a respeito de suspeitas contra o tucano.
Naquele dia, Moro chamou Deltan Dallagnol em um chat privado
no Telegram para falar sobre o assunto. O juiz dos processos da Lava Jato em
Curitiba queria saber se as suspeitas contra o ex-presidente eram “sérias”. O
procurador respondeu acreditar que a força-tarefa – por meio de seu braço em
Brasília – propositalmente não considerou a prescrição do caso de FHC e o
enviou ao Ministério Público Federal de São Paulo, segundo ele, “talvez para [o
MPF] passar recado de imparcialidade”.
À época, a Lava Jato vinha sofrendo uma série de ataques,
sobretudo de petistas e outros grupos de esquerda, que a acusavam de ser
seletiva e de poupar políticos do PSDB. As discussões haviam sido inflamadas
meses antes, quando o então juiz Moro aparecera sorrindo em um evento público
ao lado de Aécio Neves e Michel Temer, apesar das acusações pendentes de
corrupção contra ambos.
Sérgio Moro, Aécio Neves, Geraldo Alckmin e Michel Temer na
cerimônia de premiação “Brasileiros do Ano”, da Revista ISTOÉ, em 2016. Foto:
Diego Padgurschi/Folhapress
FHC foi citado na Lava Jato pelo menos nove vezes (1, 2, 3,
4 e 5, 6, 7, 8 e 9). Caso fossem investigados e comprovados, nem todos os
possíveis crimes cometidos pelo ex-presidente estariam prescritos.
Naquele dia, antes de responder a Moro, Dallagnol encaminhou
a dúvida do juiz para um chat em grupo chamado Conexão Bsb-CWB, no qual estavam
procuradores das duas cidades. Foi de Brasília, onde o caso tramitava, que ele
recebeu a resposta de que a documentação foi encaminhada a São Paulo sem a
análise sobre a prescrição.
A acusação que Dallagnol classificou como “recado de
imparcialidade” já era de conhecimento interno do Ministério Público desde o
final de 2016, graças à delação de Emílio Odebrecht, que afirmou que deu “ajudade campanha” a FHC para as eleições vitoriosas de 1994 e 1998. “Ajuda de
campanha eu sempre dei a todos eles. E a ele também dei. E com certeza teve a
ajuda de caixa oficial e não oficial”, afirmou o empresário, falando sobre
caixa dois. “[E]u dava e dizia que era para atender mesmo. Então vai fulano de
tal lhe procurar, como eu dizia também para Marcelo, e eles então
operacionalizavam. Ele me pediu. Todos eles.” O valor dos pagamentos não foi
divulgado.
Essas revelações sugerem mais uma vez a parcialidade na Lava
Jato, que tanto Moro quanto a força-tarefa negam veementemente. Na nota oficial
divulgada pela força-tarefa em resposta à primeira série de reportagens do
Intercept no último domingo, por exemplo, eles insistiram que seu trabalho
sempre foi movido pela “imparcialidade da atuação da Justiça”. Em entrevista aoEstadão na semana passada, o ministro Moro disse que não via “[n]enhum viés
político nas mensagens que me foram atribuídas.”
Mas, aqui, Moro estava explicitamente preocupado com
investigações da Lava Jato contra um apoiador político de seu trabalho. E
Dallagnol admitiu acreditar que outros procuradores da força-tarefa passaram
adiante uma investigação que sabidamente não resultaria em processo, a fim de
fabricar uma falsa percepção pública de “imparcialidade”, sem, no entanto,
colocar FHC em risco.
As conversas agora reveladas fazem parte de um lote dearquivos secretos enviados ao Intercept por uma fonte anônima (leia nossoeditorial e entenda). Os arquivos publicados até agora mostram, entre outras
coisas, que a Lava Jato sempre teve muita preocupação com sua imagem pública, e
seguia conselhos informais do então juiz Moro, o que é ilegal.
‘PORRA BOMBA ISSO’
Em 2016, FHC ainda apareceria em outras três delações. Em
uma delas, ele apareceu na boca do operador ligado ao MDB Fernando Baiano, por
causa do suposto beneficiamento da empresa de um filho do ex-presidente, Paulo
Henrique Cardoso, em contratos com a petroleira. Foto: Antonio Scorza/AFP/Getty
Images
Para os procuradores, era importante incluir o PSDB no rol
de investigados para acalmar o ânimo dos críticos. Eles já falavam sobre isso
muito antes de Moro alertar Dallagnol sobre evitar “melindrar” FHC.
Em uma conversa no dia 17 de novembro de 2015, o procurador
Roberson Pozzobon mandou uma sugestão em um grupo do Telegram chamado FT MPF
Curitiba 2: investigar, num mesmo procedimento, pagamentos da Odebrecht aos
institutos de Lula e FHC. “Assim ninguém poderia indevidamente criticar nossa
atuação como se tivesse vies partidário”, justificou Pozzobon. “A da LILS vocês
já sabem os indícios para a investigação, mas vejam essa fratura expostas da
Fundação iFHC”, disse ao grupo. Nesse caso – diferentemente daquele que virou
notícia na imprensa sobre caixa 2 nos anos 1990 –, os pagamentos ao iFHC aos
quais Pozzobon se referia não estariam prescritos, caso fossem propina.
Depois de comentar sobre o instituto de FHC, Pozzobon postou
duas imagens no grupo.
A primeira é uma troca de e-mails de 2014 entre a secretária
de FHC e dois interlocutores: um representante da Associação Petroquímica e
Química da Argentina, a Apla, identificado como Manuel Diaz, e um empresário do
ramo cultural, Pedro Longhi. A secretária fala para verificarem com a Braskem –
empresa do ramo petroquímico controlada pela Odebrecht – qual a “melhor maneira
para [a empresa] fazer a doação [para o iFHC]”.
A secretária dá duas opções para o que ela chama de “doação”. Uma delas seria fazer uma doação direta, ou seja, depositar dinheiro na conta bancária do instituto. A outra seria a contratação de um serviço não especificado. “Não podemos citar que a prestação de serviço será uma palestra do presidente”, afirmou. Manuel respondeu que poderia fazer doação direta. Poucos dias depois, Helena Gasparian, então assessora de FHC, enviou outro e-mail à Braskem dizendo que o ex-presidente não iria comparecer ao evento.
A segunda imagem encaminhada por Pozzobon era de um laudo daPolícia Federal daquele mesmo ano, que mostrava que a Odebrecht havia feito
pagamentos mensais que somaram R$ 975 mil ao iFHC entre dezembro de 2011 e de
2012.
Os policiais federais que fizeram o relatório explicaram que
não foram atrás desses pagamentos ao iFHC porque os dados da Braskem não foram
colocados à disposição deles. Mas ressaltaram: “É possível que outros
pagamentos tenham sido feitos e não tenham sido encontrados” por causa das
limitações dos dados ou caso tenham sido feitos por “meio de triangulação entre
Grupo Odebrecht, o contratante do serviço (exemplo do evento APLA) e o
Instituto Fernando Henrique Cardoso”.
Após enviar as imagens, Pozzobon sugeriu ao grupo aprofundar
a investigação sobre as doações. Ao contrário da investigação referente aos
recursos recebidos nos anos 90, esses fatos, se investigados, não estariam
prescritos e poderiam apontar caixa 2 em campanhas do PSDB. Os procuradores
reagiram com empolgação:
A euforia durou pouco, e os procuradores começaram a
ponderar que o caso teria chance de ser enquadrado apenas como crime tributário
– e que os argumentos de defesa de FHC poderiam também ser usados por Lula. O
argumento: Lula também poderia alegar que os pagamentos feitos ao Instituto
Lula e à LILS, sua empresa de palestras, não escondiam propinas ou caixa dois.
Quase um ano e meio depois dessa conversa, o fim do sigilo
da delação de Marcelo Odebrecht, filho de Emílio, mostraria que o esquema de
remessa de dinheiro aos institutos de FHC e de Lula tinha um modus operandi
semelhante. A Fundação FHC – ex iFHC – disse ao Intercept que os valores
recebidos foram regularmente contabilizados e que “não tem conhecimento de qualquer
investigação ou denúncia do MPF tendo por base as doações feitas pela
Odebrecht”.
‘DARÁ MAIS ARGUMENTOS PELA IMPARCIALIDADE’
Na época em que foi citado na delação de Emílio Odebrecht,
Fernando Henrique Cardoso disse que não tinha “nada a temer” e defendeu a
operação Lava Jato. Foto: Mauricio Lima/AFP/Getty Images
No ano seguinte às conversas dos procuradores, em 2016, FHC ainda apareceria em outras três delações (1, 2, 3). Em uma delas, ele apareceu na boca do operador ligado ao MDB Fernando Baiano, por causa do suposto beneficiamento da empresa de um filho do ex-presidente, Paulo Henrique Cardoso, em contratos com a petroleira. Em junho, o caso do filho de FHC foi mencionado no chat FT MPF Curitiba 3. A preocupação dos procuradores era, novamente, criar a percepção pública de imparcialidade da Lava Jato:
Três dias depois, no mesmo grupo, o assunto voltou a ser
discutido.
Nós perguntamos ao Ministério Público Federal do Paraná,
sede da força-tarefa da Lava Jato, quais são os ex-presidentes investigados e em
que fase está cada um dos procedimentos. Também questionamos quais fatos
envolvendo os ex-presidentes foram mandados para outros órgãos. Eles não
responderam aos questionamentos e se limitaram a enviar as notas já divulgadaspela instituição, que dizem que não há ilegalidade nas trocas de mensagens
reveladas pelo Intercept.
Em uma conversa com os procuradores Paulo Galvão e Carlos
Fernando Santos Lima, em 20 de maio do ano passado, no entanto, Deltan
Dallagnol relembrou quais foram os ex-presidentes investigados pela operação.
Dilma Rousseff e FHC são os únicos que ficam de fora:
Antes da publicação desta reportagem, o Intercept procurou
as assessorias do ministro Sergio Moro, do MPF no Paraná e em São Paulo, da
Procuradoria Geral da República e da Fundação Fernando Henrique Cardoso, antigo
iFHC.
A PGR disse que não vai se manifestar.
A Força Tarefa da Lava Jato em São Paulo informou que “não
cuidou de caso relativo a Fernando Henrique Cardoso. Desdobramento oriundo da
Operação Lava Jato, relativo ao ex-presidente, veio para São Paulo junto com
outros casos da ‘lista do Facchin’ e foi distribuído para uma procuradora que
não integra o grupo”. O órgão afirmou que está esperando resposta da
procuradora responsável pelo caso, mas confirma que a única investigação
envolvendo FHC é a que foi arquivada.
A assessoria de Moro respondeu que ele “não comenta supostas
mensagens de autoridades públicas colhidas por meio de invasão criminosa, que
podem ter sido adulteradas e editadas e que sequer foram encaminhadas
previamente para análise. Cabe esclarecer que o caso supostamente envolvendo o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nunca passou pelas mãos do Ministro,
então juiz da 13 Vara Federal de Curitiba, sendo encaminhado diretamente pelo
Supremo Tribunal Federal a outros fóruns de justiça. Então, nenhuma
interferência do então juiz seria sequer possível e nenhuma foi de fato feita”.
Já o MPF do Paraná, em um segundo contato, afirmou que “a
divulgação de supostos diálogos obtidos por meio absolutamente ilícito,
agravada por um contexto de sequestro de contas virtuais, torna impossível aferir
se houve edições, alterações, acréscimos ou supressões no material alegadamente
obtido.” Para o MPF, os diálogos inteiros podem ter sido “forjados pelo
hacker”. Eles disseram também que “um hackeamento ilegal traz consigo dúvidas
inafastáveis quanto à sua autenticidade, o que inevitavelmente também dará azo
à divulgação de fake news”, dizendo que há uma “uma agenda político-partidária”
nas reportagens.
O Intercept reafirma que as reportagens da série são
publicadas assim que produzidas, editadas e checadas dentro de princípios
editoriais rigorosos, e que o material é autêntico.
Na época em que foi citado na delação de Emílio Odebrecht,
Fernando Henrique Cardoso disse que não tinha “nada a temer” e defendeu a
operação Lava Jato. “O Brasil precisa de transparência. A Lava Jato está
colaborando no sentido de colocar as cartas na mesa”, afirmou. Ao Intercept, o
ex-presidente disse, por meio de sua assessoria, que não teve conhecimento de
nenhum inquérito ou denúncia relacionados à delação de Cerveró. Também afirmou
desconhecer as menções sobre seu filho e a compra de votos nas eleições – por
isso, “não sabe se teriam resultado em investigação ou denúncia”. A única
confirmada pelo ex-presidente foi a investigação que terminou arquivada.
Após a divulgação da primeira leva de reportagens sobre as
mensagens secretas da Lava Jato, FHC fez uma defesa pública de Moro: “O
vazamento de mensagens entre juiz e promotor da Lava-Jato mais parece
tempestade em copo d’água. A menos que haja novos vazamentos mais comprometedores…”,
disse.
17 de novembro de 2015
Roberson – 20:29:48 – Meus caros, o que acham de
instaurarmos um PIC para investigar, no mesmo procedimento, pagamentos
efetuados pelo Grupo Odebrecht (e outras cartelizadas) ao LULA (via LILS e
INSTITUTO) e ao FHC (via Fundação iFHC)? Assim ninguém poderia indevidamente
criticar nossa atuação como se tivesse vies partidário, poderíamos oficiar
todas as empreiteiras contratantes, verificar padrões indevidos, etc.
Roberson – 20:30:32 – A da LILS vocês já sabem os indícios
para a investigação, mas vejam essa fratura expostas da Fundação iFHC:
Roberson – 20:30:52 –
Roberson – 20:31:16 –
Roberson – 20:32:12 – Email da iFHC “GOSTARIA QUE VOCES
VERIFICASSEM COM A BRASKEM QUAL A MELHOR MANEIRA PARA FAZER A DOAÇÃO. TEMOS AS
SEGUINTES OPÇOES:
Roberson – 20:32:20 – DOAÇÃO DIRETA
Roberson – 20:32:51 – A ELABORAÇÃO DE UM CONTRATO, POREM NÃO
PODEMOS DIZER QUE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS SERÁ UMA PALESTRA DO PRESIDENTE
Roberson – 20:33:43 – E ai???? Querem mais baton na cueca?
Paulo Galvão – 20:35:08 – porra bomba isso
Roberson – 20:35:20 – Pois é!!!
Roberson – 20:35:39 – O que acha da ideia do PIC?
Roberson – 20:35:47 – Vai ser massa!
Paulo Galvão – 20:35:51 – Acho excelente sim Robinho
Roberson – 20:36:47 – Legal! Se os demais tb estiverem de
acordo, faço a portaria amanha cedo
Roberson – 20:38:08 – Acho que vale até uma BA na Secretaria
da iFHC que mandou o email. Ela é secretária da Presidencia!
Laura Tessler – 20:38:36 – Sensacional esse email!!!!
Roberson – 20:38:48 – Mais, talvez pudessemos cumprir BA nos
três concomitantemente: LILS, Instituto Lula e iFHC
Paulo Galvão – 20:39:04 – De quando é esse email?
Roberson – 20:39:12 – Uma prova reforça a outra
Paulo Galvão – 20:39:24 – Questão é, FHC estamos
investigando crime tributário apenas?
Roberson – 20:39:28 – Outubro de 2014!!!!!!!!!!!!!
Roberson – 20:39:52 – Provavelmente por isso a mençao de que
não poderia ser palestra do FHC
Paulo Galvão – 20:39:52 – Vamos pedir a fiscal, ver se o
dinheiro saiu para alguma campanha
Paulo Galvão – 20:40:16 – Pq se ficou lá e só crime
tributário? Ou teria que achar uma obra do psdb para dizer que é propina
Roberson – 20:41:52 – Sim, esse aprofundamento é essencial
Paulo Galvão – 20:42:28 – Mas a ideia é excelente.
Despolitizar
Paulo Galvão – 20:42:40 – Se bem q vc votou na Dilma hahaha
Roberson – 20:43:48 – MPF hahaha
Diogo – 21:44:28 – Mas será q não será argumento pra defesa
da lils dizendo q eh a prova q não era corrupção?
Roberson – 22:07:24 – Pensei nisso tb. Temos que ter um bom
indício de corrupção do fhc/psdb antes
Dallagnol – 22:14:24 – Claro
Dallagnol – 22:18:00 – Será pior fazer PIC, BA e depois
denunciar só PT por não haver prova. Doação sem vinculação a contrato, para
influência futura, é aquilo em Que consiste TODA doação eleitoral
Dallagnol – 09:56:20 – Creio que vale apurar com o argumento
de que pode ter recebido benefícios mais recentemente, inclusive com outros
contratos … Dará mais argumentos pela imparcialidade… Esses termos já chegaram,
Paulo? Esse já tem grupo?
Paulo Galvão – 10:00:38 – Chegaram vários do Cervero, mas
não sei se esse especificamente desceu
Paulo Galvão – 10:00:59 – Nos temos de qq forma todos os
depoimentos na pasta
Dallagnol – 10:24:20 – Algum grupo se voluntaria? Eu acho o
caso bacanissimo, pelo valor histórico. E recebendo naquela época pode ter
lavagem mais recente pela conversão de ativos ou outro método como compra
subfaturada de imóvel o que é mto comum…. Seria algo para analisar
Paulo Galvão – 10:26:33 – Deixa ver antes se desceu. Pode
ter sido mandado p outro lugar, como os que foram p o rio (e isso é um dos
temas q eu quero tratar na reunião)
Dallagnol – 21:42:18 – Caros, há uma programação de que sub
vai represetnar a lava jato no STJ até dezembro. O problema está em dezembro…
será a SUPRIMIDO
Dallagnol – 21:42:28 – ANEXO SUPRIMIDO
Dallagnol – 21:42:35 – bom termos essa pauta do subs do stj
P.N.I.. – 21:59:01 – Mestre, tudo bem? Vc acha que consegue
me ajudar com isso? Abração! http://istoe.com.br/o-acerto-de-r-12-milhoes/ O
acerto de R$ 12 milhões Em acordo de delação, Marcelo Odebrecht revela que a
presidente Dilma cobrou pessoalmente doação de campanha para pagar via caixa
dois o marqueteiro João Santana e o PMDB em 2014
P.N.I.. – 22:05:34 – SUPRIMIDO
P.N.I.. – 22:05:48 – Disse que não há nada disso.
P.N.I.. – 22:06:33 – Mas aqui sinto cheiro do Mauat, que se
tornou amiguinho do MO.
Dallagnol – 23:00:04 – [imagem não encontrada]
4 de junho de 2016
Isabel Groba – 07:39:57 – Alguém vai hoje ou amanhã na FT?
Eu precisava que fosse ligado o computador que eu uso para fazer acesso remoto.
P.N.I.. – 08:29:53 – “Queda a jato Há ministros caindo por
causa da Lava-Jato. Mas tem um que deverá cair nas próximas horas por causa de
um jato. Isto mesmo: um jato. Trata-se de Fábio Osório, advogado-geral da
União, que provocou um fuzuê ao tentar embarcar esta semana para Curitiba, na
Base Aérea. Negado o pedido, Osório deu uma carteirada nos oficiais da Aeronáutica,
dizendo ter status de ministro de Estado. A confusão chegou ao gabinete do
presidente. Para complicar ainda mais a situação de Osório, Temer descobriu que
Toffoli só revogou a sua decisão de demitir o presidente da EBC nomeado por
Dilma porque o advogado-geral da União, que deveria fazer a defesa do governo,
estava nessa fatídica viagem a Curitiba. Agora, até o padrinho do advogado, o
ministro Eliseu Padilha, está pedindo sua cabeça ao presidente.”
Dallagnol – 14:27:12 – Curitiba promete dias curitibanos
Dallagnol – 14:27:17 – [imagem não encontrada]
Dallagnol – 14:28:02 – Aeroporto fechado agora
Dallagnol – 14:28:18 – Quem aposta que amanhã vamos e não
vamos a BSB? rs
Dallagnol – 14:47:02 – Pessoal da Brigada está preocupado
com a notícia de que a série da PF dirá que “a PF que investiga”. A nota fala
do juiz é da PF, ignorando MP:
Dallagnol – 14:47:12 – [imagem não encontrada]
Dallagnol – 15:08:34 – SUPRIMIDO
Orlando SP – 15:33:36 – SUPRIMIDO
Orlando SP – 15:34:07 – SUPRIMIDO
Orlando SP – 15:34:49 – SUPRIMIDO
Paulo Galvão – 16:03:45 – [imagem não encontrada]
Paulo Galvão – 16:04:00 – SUPRIMIDO
Julio Noronha – 20:28:07 – Falando de “mídia independente”:
Julio Noronha – 20:28:16 – [imagem não encontrada]
Julio Noronha – 20:28:17 – [imagem não encontrada]
Julio Noronha – 20:28:18 – [imagem não encontrada]
Julio Noronha –20:28:18 – [imagem não encontrada]
Laura Tessler – 20:30:29 – aposto que é só
coincidência!!!😂😂😂
Dallagnol – 21:11:07 – Que absurdo!! Isso valeria ACPs em
outros locais…
6 de junho de 2016
Diogo – 00:49:28 – SUPRIMIDO🙊🙊🙊
Diogo – 00:50:13 – Ia ser engraçado pq este cara batia na
lava jato.. Mas como a lava jato começou a pegar o pmdb ele ia ter Q apoia lá
Dallagnol – 07:07:00 – Que tal a FTLJ fazer uma moção de
apoio a ela como capacitada etc para ser DG, sem mencionar lista triplice?
Orlando SP – 07:20:31 – Aí dá para fazer, inclusive podendo
expressamente falar q independentemente de lista, a SUPRIMIDO é um nome
excelente pará tal cargo.
Orlando SP – 08:17:31 – De outro lado, deve haver uma dúzia
aguardando para ser o escolhido, q ficarão bem contrariados. Temer não cometerá
este erro primário de colocar alguém desvinculado do MJ e dele próprio na PF.
Ele não é amador
P.N.I.. – 10:52:46 – Creio que cada um no seu quadrado.
Gosto da SUPRIMIDO, mas me sinto entrando em discussão de uma questão que vai
além da simples simpatia. Pode ser um passo maior que a perna por parte dela.
Além disso é um assunto de outra corporação.
Paulo Galvão – 11:41:46 – Segue petição de desmembramento do
acordo do Cerveró – deixo p o grupo responsável analisar
Paulo Galvão – 11:42:39 – Mas vejo que, sobre o filho do
FHC, é um termo que ficou no STF por conta do Delcídio e teria vindo para cá
por cópia. É o mesmo termo que trata da GE, lembrando que a GE protocolou
petição querendo colaborar e está fazendo investigação interna
Dallagnol – 12:04:38 – se veio pra cá, é nosso
Dallagnol – 12:04:40 – se veio pra cá com cópia, é nosso
Dallagnol – 12:04:46 – se pensaram em mandar pra cá, é nosso
tb
DELTAN DALLAGNOL E SERGIO MORO
13 de abril de 2017
Moro – 09:07:39 – Tem alguma coisa mesmo seria do FHC? O que
vi na TV pareceu muito fraco?
Moro – 09:08:18 – Caixa 2 de 96?
Dallagnol – 10:50:42 – Em pp sim, o que tem é mto fraco
Moro – 11:35:19 – Não estaria mais do que prescrito?
Dallagnol – 13:26:42 – Foi enviado pra SP sem se analisar
prescrição
Dallagnol – 13:27:27 – Suponho que de propósito. Talvez para
passar recado de imparcialidade
Moro – 13:52:51 – Ah, não sei. Acho questionável pois
melindra alguém cujo apoio é importante
CHAT CONEXÃO BSB-CWB
13 de abril de 2017
Dallagnol – 11:42:54 – Caros o fato do FHC é só caixa 2 de
96? Não tá prescrito? Teve inquérito?
Sergio Bruno Mpdft – 11:51:25 – Mandado pra SP
Sergio Bruno Mpdft – 11:51:44 – Não analisamos prescrição
Dallagnol – 13:26:11 –👍👍😉
DELTAN DALLAGNOL, PAULO GALVÃO E CARLOS FERNANDO SANTOS LIMA
20 de maio de 2018
Dallagnol – 01:46:42 – CF, só tem 2 (ex) presidentes presos:
Lula e Humala no peru
Dallagnol – 01:48:12 – Opa o Jorge Glas no equador tb
Dallagnol – 01:48:38 – No BR, vou considerar como
investigados Temer, Collor, Sarey e Lula
Dallagnol – 01:49:07 – (excluindo Dilma e FHC – não lembro
de investigações sobre eles fora o que tá bem sigiloso da dilma, sem conclusão)
Dallagnol – 01:49:55 – Tem um quarto com prisão decretada,
mas foragido, o Maurício Funes, de El Salvador
Dallagnol – 01:53:59 – segue artigo com atualiação dos
números de presientes investigados e presos. Faltam estados do BR, que terei na
segunda
Dallagnol – 01:54:08 – Quem pode olhar o artigo agora?
Dallagnol – 01:54:21 – ANEXO SUPRIMIDO
Dallagnol – 01:54:49 – CF, como PG viu depois de Vc, olha Vc
o artigo agora e veja se está OK. Se não, faça alterações e passa pro Paulo.
Seria bom se pudermos fechar na segunda.
21 de maio de 2018
Santos Lima – 12:58:22 – Fiz algumas substituições.
Secretary of state é um dos ministérios. A palavra para ministério é cabinet. A
FGV é uma think tank (ela mesma assim se coloca). “other ilicits é fraco,
coloquei white collar and electoral crimes,
Santos Lima – 12:59:03 – Algumas frases soltas eu coloquei
entre vírgulas. Ficou grande, mas creio que ficou mais readable.
Santos Lima – 12:59:25 – ANEXO SUPRIMIDO
Santos Lima – 13:01:48 – Tirei future na última frase e
coloquei a brazilian progressive era para fechar com o começo.
Reprovado em fevereiro na avaliação para assumir uma
gerência executiva da Petrobras, o "amigo particular" do presidente
Jair Bolsonaro, Carlos Victor Guerra Nagem foi nomeado no início do mês assessor
da presidência da estatal.
O cargo tem salário em torno de R$ 55 mil. Ao contrário da
gerência executiva, não tem como pré-requisito a experiência em cargos de
chefia.
Funcionário de carreira da Petrobras, Nagem trabalhava na
área de segurança da empresa em Curitiba e nunca assumiu função comissionada na
empresa.
Sua indicação para a gerência em janeiro foi defendida
publicamente por Bolsonaro, mas barrada pelo comitê interno que analisa as
nomeações por não cumprimento dos pré-requisitos mínimos para a função.
Gerências executivas são o segundo cargo na hierarquia da
estatal, abaixo apenas da diretoria executiva. A nomeação causou polêmica e
chegou a ser questionada por sindicatos, que alertaram sobre descumprimento do
plano de cargos da companhia.
Na época, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco
negou motivação política e disse que o escolhido tinha currículo adequado para
o cargo.
Nesta terça (4), a empresa disse em nota que ele atuará em
projetos especiais da área de Inteligência e Segurança Corporativa, entre os
quais programa de proteção de dutos.
No texto, a estatal afirma que Nagem é mestre em
administração pela Coppead/UFRJ e leciona há dez anos no ensino superior. Ele é
capitão tenente reserva da Marinha.
Nagem já se candidatou pelo PSC duas vezes sob a alcunha
Capitão Victor, mas não conseguiu votos suficientes para se eleger. Em 2002,
disputou vaga de deputado federal pelo Paraná e, em 2016, se candidatou a
vereador em Curitiba.
Nessa última campanha, recebeu o apoio do atual presidente
da República, que aparece em vídeo pedindo votos para aquele que chamou de
"amigo particular".
"É um homem, um cidadão que conheço há quase 30 anos.
Um homem de respeito, que vai estar à disposição de vocês na Câmara lutando
pelos valores familiares. E quem sabe no futuro tendo mais uma opção para nos
acompanhar até Brasília", disse Bolsonaro no vídeo, à época.
Em meio à polêmica por sua indicação, em janeiro, Bolsonaro
foi ao Twitter defender o amigo. "A era do indicado sem capacitação
técnica acabou, mesmo que muitos não gostem. Estamos no caminho certo!",
escreveu o presidente em um primeiro momento.
Depois, ele apagou o tuíte e publicou apenas o currículo do
amigo: "A seguir o currículo do novo gerente-executivo de Inteligência e
Segurança Corporativa da Petrobras, mesmo que muitos não gostem, estamos no
caminho certo".
Essa gerência foi um dos primeiros alvos de Castello Branco
que, ainda durante a transição, determinou a demissão da gerente anterior,
Regina de Luca, que é ligada ao PT e havia sido nomeada por Pedro Parente no
governo Michel Temer.
O cargo é hoje ocupado pelo coronel Ricardo Silva Marques,
que era responsável pela área de segurança da empresa que administra o bondinho
do Pão de Açúcar.
Fonte: Folha de S. Paulo
Amigo de Bolsonaro vira assessor da pr da Petrobras com salário de R$ 55 mil. Em fevereiro, ele foi reprovado na avaliação para assumir uma gerência executiva da empresa.https://t.co/KUsz9soE45
Ex-motorista do senador desembolsou R$ 64 mil por
procedimento médico; defesa do ex-motorista do senador garantiu que seu cliente
tem como comprovar os valores movimentados
RIO - O ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)
Fabrício Queiroz pagou em espécie R$ 64,58 mil por uma cirurgia ao hospital
israelita Albert Einstein , em São Paulo. Queiroz foi internado na unidade em
janeiro, quando retirou um câncer no cólon. O pagamento foi feito em 14 de
fevereiro. Desde que o assessor de Flávio recebeu alta do hospital, nunca se
soube o valor das despesas pagas pelo procedimento médico.
Na nota fiscal eletrônica (confira abaixo), à qual O GLOBO teve acesso, a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert
Einstein informa que Queiroz ficou internado de 30 de dezembro de 2018 a 8 de
janeiro de 2019. O tipo de internação foi “clínica médica”.
O ex-motorista alegou que o montante quitado em dinheiro
vivo estava guardado em sua casa para amortizar o financiamento de um
apartamento na Taquara, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. O dinheiro foi
entregue à tesouraria do hospital pela mulher de Queiroz, Márcia Oliveira de
Aguiar.
Na nota fiscal, o valor total da despesa é de R$ 86 mil. Lá,
consta um desconto de R$ 16 mil, o equivalente a 20% dos custos
hospitalares. Queiroz sustenta que
conseguiu o abatimento e que o total da despesa ficou por R$ 70 mil. Outros R$
5,42 mil foram quitados por meio de cartão de crédito, conforme consta na
fatura.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) investiga
movimentações financeiras suspeitas de Queiroz. De janeiro de 2016 a janeiro de
2017, passaram pela conta bancária do ex-motorista R$ 1,2 milhão. O pagamento
da cirurgia em dinheiro vivo se soma aos indícios de que Queiroz não tem como
comprovar a origem do dinheiro.
No final de dezembro, Queiroz chegou a faltar a um
depoimento no Ministério Público em razão de problemas de saúde. Procurado, o Hospital Israelita Albert Einstein
informou que "não abre informações sobre seus pacientes por questões de
sigilo e privacidade".
Instituto Lula - A Associação Americana de Juristas publicou uma declaração oficial na qual reconhece Luiz Inácio Lula da
Silva como preso político. Organização Não-Governamental com estatuto
consultivo no Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, a AAJ já havia
denunciado a perseguição a Lula durante a Assembleia Geral da 39ª Sessão do
Conselho de Direitos Humanos da ONU, no ano passado. Esta é a primeira vez, no
entanto, em que a entidade declara Lula oficialmente como preso político.
A declaração destaca que Lula deixou seu governo com mais de
80% de popularidade e, no ano passado, foi não apenas impedido de concorrer à
Presidência como também proibido de dar entrevistas ou de se manifestar
publicamente. O documento condena ainda a violação do preceito constitucional
da presunção de inocência até o julgamento final do processo.
Para a associação, está demonstrado que a prisão teve
motivação política, sem relação com o delito a que Lula foi acusado e que cuja
pena pretende "afastar a figura pública de Lula da Silva do processo
político nacional".
E o documento é direto ao afirmar que: "Esses fatos
enquadram o caso naquilo que o Conselho da Europa define juridicamente como uma
prisão política, e a Anistia Internacional como uma prisão de consciência".
Declaração da Associação Americana de Juristas reconhecendo
Luiz Inácio Lula da Silva como preso político
A Associação Americana de Juristas (AAJ), organização
não-governamental com estatuto consultivo nas Nações Unidas, manifesta sua
preocupação pelo prolongado encarceramento de Luiz Inácio Lula da Silva no
Brasil, ainda que a pena tenha sido reduzida por uma corte superior. Esta
condenação foi determinada como consequência de uma acusação produzida em
violação do devido processo legal, com prejuízo ao direito da defesa, sem
provas, e em um processo dirigido pelo juiz Sérgio Moro. Moro é o atual
Ministro da Justiça e foi nomeado tão logo o novo governo entreguista e
ultradireitista de Jair Bolsonaro tomou posse, beneficiado nas eleições pelo
afastamento de Lula da Silva como candidato presidencial, que tinha ampla
preferência nas pesquisas eleitorais.
Lula da Silva deixou seu governo com mais de 80% de
aprovação. Em agosto de 2018, o Tribunal Superior Eleitoral invalidou sua
candidatura e lhe proibiu de se manifestar politicamente da prisão, assim como
proibiu seu partido de usar sua popular imagem na campanha eleitoral.
É importante assinalar que a Constituição Brasileira garante
a presunção de inocência até o julgamento final do devido processo, o que nem
sequer se alcançou até o momento.
É evidente que essas condições demonstram uma prisão feita
com violação das garantias fundamentais e com motivações claramente políticas,
sem guardar relação com um delito que se enquadre em um marco típico penal, com
uma duração e penas acessórias que pretendem afastar a figura pública de Lula
da Silva do processo político nacional, e assentar as bases para discriminar a
outras pessoas de tendências ideológicas distintas por meio de procedimento
irregular.
Esses fatos enquadram o caso naquilo que o Conselho da
Europa define juridicamente como uma prisão política, e a Anistia Internacional
como uma prisão de consciência.
Portanto, a Associação Americana de Juristas declara que
Luiz Inácio Lula da Silva é um preso político e se soma à campanha
internacional por sua libertação imediata, participando da campanha
"LulaPresoPolítico" para que alcance repercussão internacional ampla.
Exortamos as organizações de juristas no mundo a participar desta campanha e a
se pronunciar no mesmo sentido.
30 de abril de 2019
Assinam:
Vanessa Ramos, presidenta da AAJ Continental
Luis Carlos Moro, secretário geral
Beinusz Szmukler, presidente do Conselho Consultivo da AAJ
Cansada, com problemas de saúde e ameaçada de morte, a estrela mais vistosa entre os evangélicos da gestão já avisou ao presidente que quer sair
Veja - A ministra Damares Alves é a estrela mais vistosa da
constelação de evangélicos do universo político. Há alguns dias, ela se reuniu
com o presidente Jair Bolsonaro para discutir seu futuro. Depois de fazer um
balanço das atividades do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos, Damares comunicou que vai deixar o cargo. Alega que está cansada e
precisa cuidar da saúde, que anda debilitada.
Desde que assumiu o comando da Pasta, há quatro meses, a
ministra enfrenta uma rotina estressante — mas com um ingrediente incomum:
Damares recebe ameaças de morte. Com isso, ela abandonou sua residência, em
Brasília, e passou a morar num hotel, cujo endereço é mantido em segredo. Por
recomendação do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República
(GSI), Damares também não costuma antecipar a agenda, circula pela cidade
escoltada e um segurança fica postado na entrada de sua sala durante todo o
expediente.
As informações estão em reportagem da edição de VEJA desta
semana. Na manhã desta sexta-feira, 3, após a publicação da matéria, a ministra
divulgou a seguinte nota: “Informo que não pretendo sair do governo”.
Conforme registra a reportagem, Damares informou a Bolsonaro
que deixará o ministério apenas quando tiver concluído a revisão dos principais
programas da Pasta. A ministra explicou ao presidente que não tem mais
condições físicas e emocionais para suportar por muito mais tempo as demandas
que o cargo impõe. Bolsonaro, ao ouvir as queixas, desdenhou: “Você vai sair,
mas daqui a quatro anos”. A ministra avisou que permanecerá no cargo, no
máximo, até dezembro deste ano.
ÉPOCA - Museu Americano de História Natural em Nova York acaba de
tomar a decisão
O Museu Americano de História Natural em Nova York, em que
seria realizada a premiação de “Pessoa do Ano” para Jair Bolsonaro, pela Câmara
de Comércio Brasil-Estados Unidos, acaba de decidir cancelar o evento.
O museu acaba de publicar o seguinte texto em sua conta no
Twitter.
"Com respeito mútuo pelo trabalho e pelos objetivos de
nossas organizações individuais, concordamos em conjunto que o Museu não é o
local ideal para o jantar de gala da Câmara de Comércio Brasil-EUA. Este evento
tradicional terá lugar em outro local na data e hora originais", dizia o
tuíte.
With mutual respect for the work & goals of our individual organizations, we jointly agreed that the Museum is not the optimal location for the Brazilian-Am. Chamber of Commerce gala dinner. This traditional event will go forward at another location on the original date & time.
Na semana passada, o museu havia publicado em sua conta no Twitter que estava "avaliando opções".
"A reserva do museu para a realização do evento
externo, privado, em homenagem ao atual presidente do Brasil, foi feita antes
que se soubesse quem seria o homenageado. Estamos profundamente preocupados, e
estamos avaliando nossas opções. Também queremos deixar claro que o Museu não
convidou o Presidente Bolsonaro; ele foi convidado como parte de um evento
externo. No entanto, estamos profundamente preocupados com os objetivos
declarados da atual administração brasileira, e estamos trabalhando ativamente
para entender nossas opções relacionadas a este evento", publicou o Museu
em sua conta oficial.
"CONTRAPARTIDA"
Lula, já ex-presidente, no Museu de História Natural de
Londres, em 2013, na abertura da exposição Gênesis, de Sebastião Salgado.
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