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segunda-feira, 13 de julho de 2020

Militares soltam nota de repúdio a Gilmar Mendes, acionam PGR e crise se agrava




247 - Os ministros militares divulgaram no início da tarde desta segunda-feira (13) uma dura nota de repúdio contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Assinam a nota o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e os comandantes das três Forças, Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antonio Carlos Moretti (Aeronáutica).

Além da nota, a cúpula militar anunciou que está entrando com uma representação contra o ministro do STF na Procuradoria Geral da República (PGR), aprofundando a crise aberta no fim de semana. O repúdio deve-se ao fato de Gilmar Mendes ter afirmado numa live transmitida pela TV 247 no sábado que  “o Exército está se associando a esse genocídio”. Ele se referia ao compromisso dos militares com o governo Bolsonaro na pandemia de coronavírus e à ocupação militar do Ministério da Saúde, crítica que ele reafirmou neste domingo (12). 

A nota menciona Mendes diretamente, algo completamente inusual do ponto de vista político e ele sequer é tratado como ministro do STF, sendo qualificado como “senhor”: “O ministro da Defesa e os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica repudiam veementemente a acusação apresentada pelo senhor Gilmar Mendes, contra o Exército brasileiro (...)”.
Veja a nota:



“Comentários dessa natureza, completamente afastados dos fatos, causam indignação. Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana. O ataque gratuito a instituições de Estado não fortalece a Democracia”, diz a nota. Além disso, o texto afirma que “genocídio é definido por lei como 'a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso' (Lei nº 2.889/1956)”. 

“Trata-se de um crime gravíssimo, tanto no âmbito nacional, como na justiça internacional, o que, naturalmente, é de pleno conhecimento de um jurista. Na atual pandemia, as Forças Armadas, incluindo a Marinha, o Exército e a Força Aérea, estão completamente empenhadas justamente em preservar vidas. Informamos que o MD [Ministério da Defesa] encaminhará representação ao Procurador-Geral da República (PGR) para a adoção das medidas cabíveis”, finaliza a nota.
A cúpula militar produziu duas notas de resposta, a primeira no sábado, de defesa da conduta das Forças Armadas, sem qualquer menção a Mendes. 

A segunda nota, escrita ainda no domingo, surpreende, porque não se cogitava sua publicação. Mais cedo, tanto Augusto Heleno como Hamilton Mourão informaram que não haveria a segunda nota, o que indica seu distanciamento e desinformação em relação ao núcleo central do poder militar.
“O Ministério da Defesa já publicou uma nota a respeito, sem citar nomes. A nota é muito esclarecedora”, afirmou logo cedo à CNN o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional. O general vice-presidente, Hamilton Mourão, afirmou o mesmo: “O Ministério da Defesa já se pronunciou”. Ambos foram desmentidos pela nota da cúpula das Forças Armadas.



Em uma parceria inédita com o Instituto Brasiliense de Direito Público, recebemos o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o médico Drauzio Varella, a infectologista Maria dos Remédios e o ministro do STF Gilmar Mendes para um debate sobre como será a vida na pós-pandemia.



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terça-feira, 7 de julho de 2020

'Gripezinha' testa 'histórico de atleta': Bolsonaro irá recuar após infecção pela COVID-19?




Por: Sputnik Brasil

O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta terça-feira (7) que foi infectado pelo novo coronavírus, tema classificado por ele anteriormente como uma "gripezinha". Para especialistas, há uma pergunta: o mandatário mudará as suas ações após pegar a doença que já infectou mais de 1,6 milhão de brasileiros?

Após ter realizado três testes em março, depois de uma viagem oficial aos Estados Unidos na qual vários integrantes acabaram testando positivo para a COVID-19, Bolsonaro voltou a se sentir mal no fim de semana, e o quadro de febre na segunda-feira (6) o fez ir ao hospital para exames e para um novo teste.

Dentre as repercussões, uma chamou a atenção: o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, demitido por Bolsonaro por discordar frontalmente das pressões contrárias ao distanciamento social, declarou que o presidente deveria refletir neste momento.

Em entrevista à Sputnik Brasil, o cientista político e professor da Universidade Veiga de Almeida, Guilherme Carvalhido, avaliou que é provável que Bolsonaro perceba que vive hoje uma contradição, considerando que está com a COVID-19 e o seu discurso que rejeitava o isolamento social e o uso de máscaras. Ele acha que um recuo já pode ser visto.

  • "Como ele foi contaminado há pouco tempo, a gente tem que saber quais serão as consequências para a saúde do presidente [...] acredito que isso fará com o discurso dele se torne o quê? Muito mais ameno e contraponha aquilo que ele dizia lá no início [...] mesmo que a saúde dele não seja tão afetada de forma significativa, ele terá que contrapor no seu discurso inicial de que ele estava ali equivocado, que o discurso inicial dele de que a pandemia não era grave não era correto, como nós já sabíamos", afirmou.

Contudo, nem todos acreditam que Bolsonaro voltará atrás. Em suas declarações também nesta terça-feira (7), o presidente não indicou recuos. Pregou que idosos e pessoas com comorbidade tomem mais cuidado. Sobre os jovens, garantiu que "possibilidade de algo mais grave é próximo de zero", algo que as estatísticas não dão sustentação.

Jair Bolsonaro come cachorro quente em Brasília durante pandemia de coronavírus. Foto de 23 de maio de 2020.


O mandatário brasileiro ainda reforçou que está tomando hidroxicloroquina, medicamento eficaz para doenças como malária, lúpus e artrite, mas que já foi descartado pela comunidade científica dentro e fora do Brasil como útil para tratar a COVID-19. A insistência de Bolsonaro é uma mostra de como ele pensa, segundo o cientista político e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rodrigo Prando.

  • "Acredito que o presidente sempre está ideologicamente muito convicto da sua visão de mundo e nem mesmo a doença o fará mudar. Até porque ele deu uma entrevista não faz muito tempo e nela já deixou claro que se tratou com a hidroxicloroquina, e disse que usando no início da doença é 100% comprovado que não há o desenvolvimento de sintomas piores, o que cientificamente não é correto. Se ele segue receitando um remédio que não tem a sua eficácia comprovada, é pouco provável que ele vá mudar a sua postura em relação à doença", ponderou.


Negacionismo em xeque

Depois de ver muitos assessores e ministros próximos contraírem a COVID-19, muito se debateu sobre Bolsonaro ter sido ou não infectado pela doença. Após os exames feitos em março darem negativo, o presidente manteve o seu discurso favorável à flexibilização do distanciamento em prol da economia, mesmo com a doença em aceleração no país.

Tal negacionismo do que vinha sendo indicado pela comunidade médica e científica para lidar com o novo coronavírus colocou Bolsonaro em rota de colisão com governadores e prefeitos. A dúvida é se, diante da sua infecção, o presidente irá também recuar no negacionismo de raízes contrárias ao que defende a ciência.

Para Guilherme Carvalhido, a perspectiva é que Bolsonaro dê um passo atrás, sobretudo pela impressão dada à sociedade civil de que o presidente se sentia imune à COVID-19, já que tentava não usar máscaras sempre que possível e não fugia de aglomerações – às vezes, ele acabava provocando-as em suas saídas do Palácio do Planalto.

  • "Ora bolas, ele estava ali mesmo sem saber que estava com a COVID-19, sem a proteção necessária, então ele estava sendo o quê? Infelizmente, foi irresponsável do ponto de vista social das suas atitudes, visto que até mesmo ele poderia [ser infectado]. Isso não há dúvida que reduzirá fortemente a questão negacionista", arriscou ele.

O cientista político e professor da Universidade Veiga de Almeida ainda argumentou que o mandatário brasileiro tem hoje duas saídas políticas: o silêncio ou a retratação. E pelo que ele chama de "lógica do bolsonarismo", há um bom palpite do que deverá acontecer em Brasília.

"O silêncio eu acho que será o que mais ele vai adotar, pela posição dele é mais fácil isso. Ou ele vai admitir o equívoco em relação à sua posição inicial. Pelo meu entender, pela lógica política do que a gente chama de bolsonarismo e pela própria figura do presidente, ele tenderá a ficar em silêncio, mas não seria negativo ou ruim ele admitir a posição inicial como equivocada", destacou.

Presidente Jair Bolsonaro acena para apoiadores durante visita ao hospital de campanha em obras em Águas Lindas, em Goiás


Por sua vez, Rodrigo Prando buscou em um dos grandes teóricos da sociologia, o alemão Max Weber, para explicar que Bolsonaro possivelmente não está preocupado em mudar o seu discurso sobre o novo coronavírus, mesmo diante da sua infecção. As convicções ideológicas seriam mais importantes para o presidente, de acordo com ele.

  • "Tem um autor na sociologia que eu sempre uso para os meus alunos nas aulas que é o Max Weber. Ele diz que todo aquele que atua dentro da ética da convicção não está preocupado com o resultado das suas ações, mas em apenas reafirmar as convicções dos seus valores e não se preocupa com o resultado prático disso. O presidente Bolsonaro é aquele que se enquadra exatamente dentro dessa visão weberiana de uma ética da convicção", sentenciou.

O cientista político e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie assinalou ainda que não vê o fim do negacionismo no governo Bolsonaro, sendo uma prova disso o fato do próprio político estar ingerindo a hidroxicloroquina, droga que pode gerar arritmia cardíaca em pacientes portadores da COVID-19.

"Não acredito que seja o fim do negacionismo. Ele vai dizer provavelmente que não sentiu muita coisa, que os sintomas foram brandos e certamente fará isso associado à ideia do uso da hidroxicloroquina, até porque já se sabe que o Exército já produziu uma quantidade enorme em seus laboratórios", destacou.

Em um ponto os dois especialistas ouvidos pela Sputnik Brasil concordam fielmente. "Se ele continuar a insistir [em negar], a realidade baterá à porta", finalizou Guilherme Carvalhido.



O jornalista Leonardo Attuch comenta o diagnóstico de Jair Bolsonaro, que mais se parece com uma operação de propaganda em defesa da cloroquina



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sexta-feira, 3 de julho de 2020

Teste de vacina de covid-19 funciona e Pfizer pode produzir 1 bi de doses



  • O estudo foi randômico e testado em 45 voluntários; a Pfizer irá conduzir novos estudos em breve para checar eficácia da vacina


POR: EXAME

Julho já começou com uma boa notícia e a vacina experimental contra o novo coronavírus produzida pela gigante farmacêutica Pfizer em parceria com a empresa de biotecnologia Bio NTech demonstrou bons resultados em testes com humanos. A vacina estimulou a resposta imune dos pacientes saudáveis, mas também causou efeitos colaterais, como febre, em doses mais altas.

O estudo foi randômico e testado em 45 voluntários que receberam três doses da vacina ou placebo; destes, 12 receberam uma dose de 10 microgramas, outros 12 tomaram 30 microgramas, mais 12 receberam uma dose de 100 microgramas e nove foram tratados com a versão em placebo da vacina.

A dose mais alta, de 100 microgramas, causou febre em metade dos participantes do teste — por conta dos efeitos colaterais, o grupo não recebeu uma segunda dose.



A Fiocruz deve produzir no Brasil a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, contra a Covid-19. O acordo prevê acesso tanto a doses do medicamento quanto à transferência de tecnologia para que seja produzido em território nacional.


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quinta-feira, 2 de julho de 2020

Brasil ultrapassa 61 mil mortes e 1,5 milhão de infectados por Covid-19




247 com Reuters - O Brasil registrou 47.984 novos registros de coronavírus nas últimas 24 horas, segundo balanço divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa. O país registra ao todo 1.501.353 de pessoas já infectadas.

O País segue com mais um dia de mortes diárias elevadas tendo registrado 1.277 novos óbitos. Com isso o total de mortes por coronavírus no Brasil subiu para 61.990.

O Brasil é o segundo país do mundo com maior contagem de casos e mortes devido ao vírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que possuem cerca de 2,7 milhões de infecções confirmadas e mais de 128 mil óbitos.

O Ministério da Saúde tem registrado avanço recente da doença pelas regiões Sul e Centro-Oeste, inicialmente menos afetadas pela doença, disseram autoridades da pasta na quarta-feira, acrescentando que mais de 90% dos municípios brasileiros já registraram casos de coronavírus.

Apesar de o país estar no pico da pandemia, muitos Estados e municípios já iniciaram processos de retomada econômica e flexibilização dos isolamentos — incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, os Estados mais afetados pela doença no Brasil.

São Paulo, segundo o ministério, atingiu 302.179 casos e 15.351 óbitos. O governo paulista estimou, em entrevista coletiva concedida por autoridades nesta quinta-feira, que o Estado pode chegar a 15 de julho com até 23 mil mortes e 470 mil casos de Covid-19.

O Rio de Janeiro, por sua vez, tem 116.823 infecções e 10.332 mortes, com um elevado índice de 60 óbitos para cada 100 mil habitantes — ante 29 óbitos a nível nacional, se considerada a mesma proporção. Apenas Amazonas e Ceará, ambos com 69 mortes a cada 100 mil pessoas, têm taxas maiores.




O Brasil registrou 47.984 novos casos por Covid-19 no dia 2 de julho de 2020, chegando ao total de 1.501.353 pessoas diagnosticadas desde o início da pandemia, segundo levantamento feito a partir dos números divulgados pelas secretarias estaduais de Saúde. Após 1.277 novos óbitos, o país tem 61.990 mortes. No entanto, a pesquisa EpiCovid-19, patrocinada pelo Ministério da Saúde e coordenada pela Universidade Federal de Pelotas, indica que estes números podem ser exponencialmente maiores. O estudo, que é o mais amplo feito desde o início da pandemia, estimou que, em seis semanas, o número real de pessoas infectadas no Brasil dobrou e chegou a oito milhões.


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quarta-feira, 24 de junho de 2020

Brasil tem 1,152 milhão de casos e 52,7 mil mortes provocadas pela Covid-19



  • Brasil registra 1.364 novos óbitos em 24 horas no terceiro boletim diário de terça-feira (23) do consórcio inédito entre veículos de imprensa e com dados das secretarias estaduais de Saúde

247 - O boletim desta manhã de quarta-feira (24), divulgado por um consórcio inédito entre veículos de imprensa e com dados das secretarias estaduais de Saúde, registrou 1.152.066 casos confirmados da Covid-19 e 52.788 mortes provocadas pela doença no Brasil. Na terceira atualização diária do consórcio de terça-feira (23), o país registrou 1.364 novos óbitos em 24 horas. A informação é do jornal O Globo.

O próximo levantamento será divulgado às 13h, completando a segunda de três vezes ao dia. “A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde na gestão do interino Eduardo Pazuello”, diz a reportagem.



No epicentro da pandemia do coronavírus, acontece o maior genocídio depois do holocausto. Morre um brasileiro por minuto no Brasil segundo dados oficiais contestados. É possível que o número de mortes seja mais que o dobro dos números registrados, segundo estudo. Paulo Guedes, ministro do governo Bolsonaro, mais interessado em ganhar dinheiro salvando os ricos, ajuda aos bancos e grandes empresas e força a população a aumentar ainda mais as aglomerações ampliando a contaminação e promovendo um caos social no país. O povo clama por eleições gerais e a política da extrema direita fracassa perdendo apoio da grande maioria da população.




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segunda-feira, 22 de junho de 2020

Com mais de 50 mil mortes, Bolsonaro publica comentário de Alexandre Garcia defendendo cloroquina contra “gripezinha”



  • "Eu ouço todos os dias depoimentos de pacientes que tiveram uma 'gripezinha' graças a hidroxicloroquina […] Fica todo mundo achando que a OMS é o padrão", afirma o jornalista, ex-Globo, no comentário compartilhado por Bolsonaro

Por: Revista Fórum

Calado desde que o Ministério da Saúde confirmou que o Brasil ultrapassou as 50 mil mortes pelo coronavírus neste domingo (21), Jair Bolsonaro preferiu compartilhar um comentário do jornalista Alexandre Garcia sobre o tema nas suas redes sociais na manhã desta segunda-feira (22).


No comentário, Garcia diz que milhares de vidas poderiam ter sido salvas se não houvesse a politização do uso da cloroquina “só porque o Presidente da República foi o primeiro a aconselhar o uso da hidroxicloroquina”.

“Eu ouço todos os dias depoimentos de pacientes que teve uma ‘gripezinha’ graças a hidroxicloroquina […] Fica todo mundo achando que a OMS é o padrão”, afirmou o jornalista, ex-Globo, usando a expressão popularizada por Bolsonaro e as críticas em relação à Organização Mundial da Saúde (OMS).

No comentário, o jornalista que atuou na ditadura militar e é ferrenho defensor de Bolsonaro elogiou ainda o voto do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), único que foi contra o prosseguimento do inquérito das fake news no julgamento ocorrido em plenário.

“O único soldado de passo certo no batalhão. Foi 10 a 1. Ele perdeu”, disse Garcia, com críticas ao inquérito ser conduzido pelo STF.





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domingo, 14 de junho de 2020

Embora existam várias equipes em todo o mundo procurando uma vacina contra o covid-19, não há garantia de que a encontrarão



Coronavírus: 4 vírus potencialmente mortais para os quais não há vacina e como aprendemos a conviver com eles


Elaboração BBC News World

Milhões de pessoas em todo o mundo têm a esperança de acabar com a pandemia do covid-19 no desenvolvimento de uma vacina.

Especialistas alertaram que mesmo acelerar o ritmo de desenvolvimento de uma vacina pode ser demorado ou, pior ainda, simplesmente não ocorrer.



"Pode se tornar outro vírus endêmico em nossas comunidades e esses vírus nunca desaparecem", disse o diretor de Emergências em Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan.
Embora a possibilidade de conviver com esse vírus possa ser devastadora para muitos, em um momento em que o número de infecções confirmadas é superior a 5,4 milhões e o número de mortos é de cerca de 350.000, na realidade, não seria um caso isolado.
A busca por uma vacina pode durar anos e décadas.


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A alta taxa de mortalidade da doença pelo Ebola 
requer medidas extremas de controle da saúde.

A alta taxa de mortalidade da doença pelo Ebola requer medidas extremas de controle da saúde.

Em alguns casos, esse processo é inútil, enquanto em outros acaba produzindo bons resultados. Foi exatamente o que aconteceu com o vírus Ebola.

Detectada pela primeira vez em 1976 e com uma taxa de mortalidade de 50% , não foi até este ano que em alguns países e sob a aprovação da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma vacina foi autorizada para evitá-la.

A BBC Mundo fala sobre outros quatro vírus potencialmente mortais que ainda não foram executados com o mesmo destino, mas com os quais encontraram maneiras de viver.

1. HIV

Mais de 30 anos se passaram desde que os cientistas conseguiram isolar o HIV, a causa da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).

Sua aparência causou grande alarme porque, durante anos, seu contágio chegou a uma sentença de morte .

Este vírus foi a causa da morte de mais de 32 milhões de pessoas, segundo dados da OMS.

Estrelado por Tom Hanks e Denzel Washington, 
o filme Filadélfia foi um dos primeiros a abordar a
 questão do HIV e sua estigmatização social.

Também teve um impacto significativo no cotidiano das pessoas, pois as forçou a modificar alguns hábitos sexuais, uma vez que essa era uma de suas principais rotas de infecção.

O fato de muitas de suas primeiras vítimas mais famosas serem homens gays também causou inicialmente um forte estigma social na doença, a ponto de alguns meios de comunicação se referirem à Aids como "câncer gay".

Você quase quatro décadas mais tarde, é ainda nenhuma vacina para o HIV e cerca de 40 milhões de pessoas infectadas em todo o mundo, este vírus é para longe de desaparecer .

No entanto, o desenvolvimento de melhores métodos de prevenção de contágio e tratamentos que reduzam sua letalidade levou a infecção pelo HIV a se tornar um problema de saúde crônico que não impede os afetados de levar uma vida normal e saudável.

Recentemente, além disso, houve dois casos de pessoas sendo curadas pelo tratamento com células-tronco.

No entanto, especialistas alertam que esta terapia é muito arriscada e não pode ser aplicada genericamente para tratar todos os casos de HIV.

2. Gripe aviária

Desde o final dos anos 90, foram detectadas duas cepas de influenza aviária que infectaram e mataram muitas pessoas.

Os surtos de gripe aviária forçaram
 o abate de milhares de aves.

São vírus transmitidos entre pássaros e que, por sua vez, os transmitem aos seres humanos por contato direto ou com objetos infectados com as fezes de animais doentes.

Em 1997, os primeiros casos de infecção pelo vírus H5N1 foram detectados em Hong Kong, levando ao abate de todas as galinhas da ilha.

Desde então, foram relatados casos em mais de cinquenta países da África , Ásia e Europa, com uma taxa de mortalidade de 60% em casos humanos.

A cepa A H7N9 foi detectada pela primeira vez em maio de 2013 na China, onde desde então foram relatados alguns surtos esporádicos.

Segundo a OMS, entre 2013 e 2017, houve cerca de 1.565 infecções humanas confirmadas, das quais 39% morreram.

Embora ambas as cepas apresentem uma alta taxa de mortalidade , de acordo com a OMS, é incomum que esses vírus se espalhem por contato pessoa a pessoa.

Uma vez que isso foi provado, ficou mais fácil interromper sua propagação.

3. SARS

Identificado pela primeira vez em 2003, o SARS-CoV é um tipo de coronavírus que se acredita ter sido transmitido aos seres humanos por um animal, provavelmente um morcego.

Tal como acontece com a covid-19,
 acredita-se que o vírus causador da SARS
 venha de um morcego.

As primeiras infecções foram registradas em 2002 na província chinesa de Guangzhou.

Este vírus foi a causa de uma epidemia de síndrome respiratória aguda grave (SARS) que em 2003 afetou 26 países com um total de mais de 8.000 casos .

Desde então, um pequeno número de infecções foi relatado.

Ao contrário da gripe aviária, esse vírus é transmitido principalmente pelo contato humano e, de fato, muitos dos casos ocorreram em centros de saúde, porque as precauções necessárias não foram tomadas para impedir sua propagação.


Segundo a OMS, uma vez adotadas essas medidas, a epidemia terminou em julho de 2003.

Até então, mais de 8.400 casos haviam sido confirmados, causando cerca de 916 mortes, com uma taxa de mortalidade de cerca de 11%.

4. MERS

O MERS-CoV também é um tipo de coronavírus. Foi detectada pela primeira vez em 2012 e é a causa de uma doença conhecida como síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS).

As epidemias de SARS e MERS fizeram o uso
 de máscaras popular como medida preventiva
 em muitos países da Ásia.

É um vírus com alta taxa de letalidade: entre os 2.494 casos confirmados que ocorreram no mundo até novembro de 2019, foram registradas cerca de 858 mortes.

O vírus foi detectado pela primeira vez na Arábia Saudita, mas depois foram encontrados casos em 27 países , incluindo 12 do Oriente Médio.

Segundo a OMS, a maioria dos casos detectados em países fora do Oriente Médio eram pessoas infectadas naquela região.

O vírus é transmitido principalmente de animais para pessoas e, especificamente, acredita-se que os dromedários sejam a principal fonte de infecção.

A disseminação de humano para humano é rara, a menos que haja contato próximo sem medidas profiláticas adequadas.

No caso do MERS, como no caso da SARS, após o controle da epidemia, os esforços para desenvolver vacinas foram suspensos.












Como o sistema imunológico funciona e o que faz quando entra em contato com o coronavírus



Coronavírus: por que estamos recebendo mais e mais doenças de origem animal


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sexta-feira, 12 de junho de 2020

Bolsonaristas tentam vandalizar protesto que chamava atenção para mortes por COVID-19 no RJ (VÍDEOS)




Por: Sputnik Brasil

A organização Rio de Paz, conhecida por fazer atos contra a violência no Rio de Janeiro, faz nesta quinta-feira (11) um protesto na praia de Copacabana para chamar atenção para o grande número de mortes provocadas pela COVID-19.

No ato, foram feitas 100 covas rasas nas areias da praia, com cruzes e bandeiras do Brasil, para simbolizar os mortos durante a pandemia.

Durante a tarde um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro vandalizaram o protesto e derrubaram as cruzes, como mostram vídeos postados nas redes sociais da ONG.


 Em uma das filmagens um senhor que usava a máscara no queixo xingava os autores do protesto.

"O povo está unido contra isso, seus m***as. Fala dos governadores. Agora foi o do Pará", falou, em referência a operação da Polícia Federal desta quarta-feira (10).


 Em resposta, um pai que perdeu o filho de 25 anos para o novo coronavírus pedia, para as pessoas que tentavam vandalizar o protesto, que respeitassem a dor das famílias.

"Só sabe dizer que os outros são comunistas, respeitem as dores das pessoas. Tem que respeitar", dizia, ao colocar de volta as cruzes simbólicas em pé.


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quinta-feira, 11 de junho de 2020

Brasil registra mais de 800 mil casos da covid-19 e quase 41 mil pessoas já morreram



Mesmo com avanço da pandemia, governos afrouxam isolamento social - Luiza Castro / Sul 21

Somente entre quarta (10) e quinta-feira(11) foram registrados 30.412 novos casos e mais de 1.200 óbitos


Nara Lacerda
Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

O Brasil registrou 40.919 mortes por causa da covid-19 até esta quinta-feira (11).  Em um dia, foram 1.240 confirmações. Pela terceira vez consecutiva nesta semana, os registros de óbitos ficaram acima de mil em 24 horas. Os números foram divulgados pelo Conselho Nacional de Secretárias de Saúde (Conass).

Ainda de acordo com os dados do Conass, 802.828 brasileiros já foram infectados pela doença. Como o número de testes realizados no país ainda é insuficiente, até mesmo o Ministério da Saúde já admitiu que a realidade pode ser ainda mais crítica.

Um dos indícios de subnotificação é o crescimento cada vez mais acelerado de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave. Segundo os registros dos cartórios brasileiros, foram contabilizados mais de 8 mil casos desde 16 de março. No mesmo período do ano passado, o número era de 384.


Sem sinais de que a velocidade de transmissão vá diminuir, o país está cada vez mais próximo do Reino Unido, segunda nação do mundo em números totais de mortes. Por lá, no entanto, os casos fatais crescem em um ritmo bem menos acelerado, após adoção de medidas de isolamento. Entre quarta (10) e quinta-feira (11), foram pouco mais de 100. Atualmente o Brasil é o terceiro na lista dos que mais contabilizam mortes e o segundo em números de casos totais, atrás apenas dos Estados Unidos. 

Evolução semanal da pandemia no Brasil / Arte: Bertolo


O que é coronavírus


É uma extensa família de vírus causadores de doenças tanto em animais como em humanos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em humanos, os vários tipos de vírus podem provocar infecções respiratórias que vão de resfriados comuns, como a síndrome respiratório do Oriente Médio (MERS), a crises mais graves, como a síndrome respiratória aguda severa (SRAS). O coronavírus descoberto mais recentemente causa a doença covid-19.


Como ajudar quem precisa?


A campanha “Vamos precisar de todo mundo” é uma ação de solidariedade articulada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo. A plataforma foi criada para ajudar pessoas impactadas pela pandemia da covid-19. De acordo com os organizadores, o objetivo é dar visibilidade e fortalecer as iniciativas populares de cooperação.

Edição: Rodrigo Chagas


Rede TVT


Mortes por covid podem chegar a 4 mil por dia até fim de julho

A projeção é da Casa Branca com base em modelo matemático utilizado pelo governo dos Estados Unidos. Conversamos com o professor Fernando Aith, titular da escola de saúde pública da USP e diretor do Centro de Pesquisas em Direito Sanitário da USP. Aith também fala sobre o anúncio de uma vacina que será produzida em parceria com o Instituto Butantan em SP.



No Twitter:



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sábado, 6 de junho de 2020

Trump deixa de seguir Bolsonaro no Twitter e internautas ironizam



Na noite desta sexta-feira, a conta do presidente brasileiro desapareceu da lista de perfis seguidos pelo norte-americano, e não demorou muito para a notícia render comentários e memes


Por: Revista Fórum

Esta sexta-feira (5) definitivamente não foi um bom dia na relação entre Jair Bolsonaro e Donald Trump. Pela manhã, o estadunidense chegou a citar o Brasil como exemplo negativo no combate ao coronavírus, e disse que se os Estados Unidos fizessem o mesmo teriam mais de 2 milhões de mortos.

E para terminar, de noite, Trump parece ter feito uma limpa na lista de perfis que segue no Twitter, e um dos removidos foi justamente o presidente brasileiro. Entre os 46 perfis que restaram, não consta o de Jair Bolsonaro.

A internet não demorou em reagir, através de comentários e memes que surgiram, ironizando a situação, com especiais alusões à piada de que os seguidores bolsonaristas colocariam Trump na lista de personagens comunistas.

Porém, o presidente brasileiro parece que não quer desistir da relação. Bolsonaro mantém Trump entre os cerca de 400 perfis que segue, e também declarou, nesta mesma sexta, que copiará de novo o norte-americano, ao dizer que pretende retirar o Brasil da OMS, como fizeram os Estados Unidos recentemente.

Vejam alguns comentários e memes sobre o fato:





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terça-feira, 2 de junho de 2020

Brasil tem recorde de mortes diárias e passa de 30 mil óbitos por COVID-19





Nesta terça-feira (2), o Brasil teve 1.262 mortes causadas pela COVID-19 e chegou a 31.199 óbitos causados pela doença.
O balanço de dados da pandemia no Brasil divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (2) mostra que o país superou todas as marcas diárias anteriores de mortes por COVID-19. O dia com mais mortes causadas pela doença até então era o dia 21 de maio, quando houve 1.188 mortes.
O número de casos registrados da doença chegou a 555 mil, tendo sido registrados 28.936 casos de COVID-19 no Brasil nas últimas 24 horas. Os números colocam o Brasil como o segundo país do mundo em número de casos e como o quarto país do mundo em número de mortes causadas pelo novo coronavírus.
Apesar do aumento constante das mortes e dos casos, desde o dia 18 de março o governo do presidente brasileiro Jair Bolsonaro não tem um ministro da Saúde. O presidente segue contrariando as medidas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e participa semanalmente de manifestações antidemocráticas. Bolsonaro também é protagonista de uma crise política no governo, sendo alvo de investigação que o acusam de interferência na Polícia Federal. O presidente brasileiro nega as acusações.

DETALHES A SEGUIR



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