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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Compra de votos? Vídeo mostra distribuição de cestas básicas pela campanha de Bruno Covas


Cena extraída do vídeo mostra o carro de som e outro veículo com bandeira da campanha de Covas

No vídeo se vê carros com número 45, do PSDB, que toca música da campanha de Covas. Distribuição de cestas básicas, prática proibida pela legislação eleitoral, teria ocorrido essa semana, na Brasilândia

São Paulo – Um vídeo que circula nas redes sociais denuncia uma distribuição de cestas básicas que teria sido realizada pela campanha do atual prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB). As cestas teriam sido distribuídas na Rua Raulino Galdino da Silva, 1052, Brasilândia, zona norte da capital. No filme é possível notar uma intensa movimentação de pessoas. Moradores saindo do local com caixas, carros com o número do PSDB (45) e música da campanha tucano. A ação causou filas e aglomeração por pelo menos dois dias. A legislação eleitoral veda a distribuição de cestas básicas em campanha eleitoral, prática conhecida como compra de votos.

redebrasilatual


Assista ao VÍDEO

Confira o vídeo que mostra a distribuição de cestas básicas em meio à campanha de Covas

Segundo a Procuradoria-Geral Eleitoral, é proibido na propaganda eleitoral, entre outras coisas: “Distribuir camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais que possam proporcionar vantagem ao eleitor”. A RBA procurou a campanha de Covas para responder sobre a aparente tentativa de compra de votos, mas até o fechamento dessa reportagem não obteve resposta.

Nota da Prefeitura

Em nota enviada à RBA na noite desta quinta, a prefeitura afirma que a distribuição é parte do Programa Cidade Solidária. A nota não menciona a presença de cabos eleitorais de Covas, nem de veículo com a faixa de número 45, do candidato, tampouco a música da campanha tocada junto à aglomeração – conforme se vê e se ouve no vídeo acima. Eis a nota:

A Prefeitura de São Paulo esclarece que a distribuição de cestas faz parte do Programa Cidade Solidária, instituído no início da pandemia – em abril, por meio do Decreto nº 59.377, com foco na segurança alimentar frente a crise de emprego e renda. O programa é uma ação do poder público que conjuga e organiza os esforços da sociedade civil, em uma rede de solidariedade, com o objetivo de ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade na capital durante a crise do coronavírus.

Desde abril, início do programa, foram distribuídas mais de 2 milhões de cestas básicas (média de 4 mil por dia) a famílias em situação de vulnerabilidade, onde são contemplados grupos variados de diversas regiões da cidade, desde ambulantes, imigrantes, catadores, pessoas com deficiência e indígenas. O programa também entregou mais de um milhão de itens de higiene e limpeza e atendeu a população com máscaras de proteção.

O Cidade Solidária iniciou sua ação em parceria com as entidades civis inseridas no Pacto por Cidades Justas e com ação direta de um conjunto de secretarias municipais que desenvolvem ações sociais nos territórios.

Todas as entidades parceiras assinaram um termo de adesão com a Prefeitura de São Paulo se comprometendo a executar a distribuição das cestas respeitando integralmente às recomendações do Ministério Público Eleitoral. Qualquer ação por parte das entidades que não tenha respeitado a recomendação descumpre o acordo estabelecido no termo de adesão e será apurada.

Irregular e abusiva

Além dessa denúncia sobre cestas básicas, a campanha de Covas vem sendo alvo de outras reclamações sobre abuso de poder na eleição.

Na semana passada, gravação a que a RBA teve acesso mostrava o secretário Municipal da Educação, Bruno Caetano, comemorando a difusão, por dirigentes de creches conveniadas, de uma fake news contra o candidato do Psol a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos. O objetivo era coagir os familiares de crianças atendidas a votar no atual prefeito e candidato à reeleição, Bruno Covas (PSDB). Em mensagem enviada aos pais pela Creche Privada Conveniada Madagascar, mantida pela Associação Sonia Maria, é dito que, se Boulos vencer, “teremos o fim das creches conveniadas, não havendo vagas para os filhos de vocês e também um elevado índice de desemprego”.

Além disso, a diretora regional de Educação de São Mateus, Mirtes Innocencio da Silva, convocou reunião virtual com dirigentes e trabalhadores de creches, para falar das propostas dos candidatos. No entanto, na própria mensagem ficava claro o viés da conversa. “Ninguém vai falar aquilo que não é. Aliás, eu não preciso falar do plano do oponente, o próprio plano já se diz por conta própria. Ele tem um plano registrado na Justiça e nesse plano consta o que ele pretende e o que ele não pretende fazer. Como o Covas também tem e é esse plano que a gente pretende conversar, tá?”, diz.

A reunião foi cancelada após denúncia da RBA.


No Twitter


 

domingo, 18 de outubro de 2020

Exclusivo: pai conta como Russomanno o enganou após filho ser atropelado e morto pelo motorista do candidato


A senhora Valdete Carneiro Borges e o senhor Nélio Rocha Borges, com a foto do filho Marcelo: morto na estrada onde costumava salvar vidas (Fotos: Luís Simione)

POR VINÍCIUS SEGALLA, de Iguape (SP)
* Com Luís Simione, repórter fotográfico e cinematográfico

Em setembro de 2014, no município de Iguape, no litoral paulista, o então candidato a deputado federal Celso Russomanno prometeu ao avô de uma criança de 4 anos, que acabara de ficar órfã de pai, que faria uma doação em dinheiro e a colocaria em uma conta reservada à criança, para ser resgatada aos 18 anos ou quando ingressasse na universidade.

Quem conta é Nélio Rocha Borges, o avô, que recebeu o DCM em seu restaurante.

Ele afirma que Russomanno prometeu também que iria, dali a alguns dias, batizar a menina (que já era batizada), tornando-se seu padrinho.

Mas, depois da eleição, o candidato desapareceu da vida daquela família.

A criança, hoje com 10 anos, era filha de Marcelo Carneiro Borges, motorista de ambulância da prefeitura de Iguape.

Ele morreu aos 38 anos no dia 9 de setembro de 2014, enquanto ia de moto para um município vizinho. Um carro da campanha de Celso Russomanno atravessou a pista contrária e o atingiu de frente.

Morte instantânea.

O motorista de ambulância Marcelo Carneiro Borges, morto na estrada em 2014 por um carro da campanha de Russomanno

Quem conduzia o veículo era Adriano Anders, que disse à polícia que era garçom. Ainda no local, confessou que dormira ao volante.

Anders foi levado a um hospital para cuidar de ferimentos leves. Foi lavrado um boletim de ocorrência com essas informações, por homicídio culposo.

Essa tragédia e seus desenlaces são de conhecimento público no bairro da Barra do Ribeira, conhecido pelos turistas como Jureia, em Iguape.

Ali só se chega de balsa ou outra embarcação. No dia que fez a promessa aos pais da vítima e avós da órfã – a senhora Valdete Carneiro Borges e o senhor Nélio Rocha Borges – Russomanno antes pousou de helicóptero em Iguape.

Quando chegou de carro, dezenas de pessoas aguardavam na saída da balsa na Barra do Ribeira.

Foi no restaurante Praia e Mar – de propriedade da senhora Valdete e do senhor Nélio – totalmente lotado que o então candidato prometeu não só o investimento para a educação superior da menina, mas também que voltaria à Barra do Ribeira dali uns dias, para (re)batizar a criança como sua afilhada, em cerimônia religiosa pública para a qual todos ali estavam convidados.

O aplauso foi geral.

“No meio da tragédia que a gente estava vivendo, aquilo foi um alívio, foi algum motivo de alegria. A menina (a reportagem não irá publicar o nome da criança) lembra até hoje desse dia. A eleição foi logo depois. Eu votei nele (Russomanno), minha mulher também votou, os amigos do meu filho da prefeitura votaram nele, todo mundo aqui votou nele”, conta Nélio Borges.

Em entrevista concedida ao DCM, Nélio relatou em detalhes todo o episódio (assista ao vídeo no pé desta matéria), que teve início na manhã no dia 9 de setembro, quando recebeu um telefonema em casa e se dirigiu ao quilômetro 78 da rodovia estadual Ivo Zanella, momento em que mais nada poderia ser feito.


Com ferimentos leves, o motorista foi conduzido ao PS local. Já Marcelo teve a perna amputada e morreu na hora (Fonte: Polícia Civil de SP)

“Quando eu cheguei, meu filho já tinha sido levado pro IML (Instituto Médico Legal). Vi o carro da campanha do Celso Russomanno, um gol vermelho lotado de adesivo, e a moto do Marcelo do lado da estrada. O motorista estava sentado junto com uns policiais, com um corte na testa. Fui embora rápido de lá, direto ver meu filho, nem passei na delegacia.

Depois que eu fiquei sabendo que o Celso Russomanno tinha passado na delegacia, queria saber quem eram os familiares da vítima, queria conhecer a gente. Então, no dia seguinte do enterro, ele ligou aqui no restaurante e disse que queria conhecer a gente.

Ele falou que tinha perdido a esposa quando a filha tinha quatro anos, que estava sensibilizado com a nossa tragédia e que queria ajudar a menina. Eu disse que as nossas portas estavam abertas para ele vir encontrar a gente.”

Nélio conta do dia da promessa, a chegada do candidato, a alegria de todos.

Segundo ele, Russomanno lhe pediu que providenciasse uma série de documentos para que se pudesse abrir a conta bancária com as peculiaridades necessárias, uma conta-investimento que receberia a doação do candidato e que só poderia ser movimentada dali a 14 anos, ficando sob tutela do avô até lá.

Depois de tudo providenciado, que enviassem a documentação e ligassem para ele, Russomanno, e então marcariam a data do batismo.

A neta de Nélio Rocha Borges

“Fomos atrás dos documentos todos, chamei advogado, organizamos direitinho e eu liguei no número que ele tinha dado. Atendeu uma moça, que trabalhava com o Celso. Ela disse que não tava sabendo e me passou para outra. Nesse dia não deu certo, eu liguei de novo no outro, e depois no outro.

Um dia, a eleição já tinha passado, me deram um telefone de Brasília. Eu liguei e anotaram meu número. Daí, me ligou um homem e falou que era o doutor Pedro. Era advogado do Celso Russomanno.

Ele me falou para ir para São Paulo, no seu escritório, no bairro do Ipiranga. Um escritório grande, no fundo de uma padaria. Eu fui com minha esposa, minha neta, minha outra filha e um advogado.

O Pedro não saía do telefone, falava com a gente, gesticulava, dizia que não estava conseguindo falar com o Celso. No final, pegou o número do telefone do meu advogado e disse que em 15 dias iria entrar em contato, informando a quantia que ele ia doar e os procedimentos que a gente teria que fazer. Nem nesse dia nem nunca mais o Celso Russomanno falou pessoalmente com a gente.

Passaram os 15 dias e o advogado não ligou. Depois de 20 dias, meu advogado ligou, falou com o doutor Pedro e contou para a gente: o Celso disse que ia dar R$ 300. Eu perguntei, ‘mas como assim? R$ 300 por mês?’ Ele respondeu, ‘não, R$ 300, e acabou por aí. E nenhuma palavra sobre ir batizar a menina.

É claro que eu nem quis esse dinheiro. Eu nunca tinha pedido um real, uma moeda para ele. Foi ele que foi no meu restaurante, pediu para ir lá, prometeu aquilo tudo, levou os votos, me fez viajar para São Paulo, tirar documento. Mas eu sei como é a vida, a gente é adulto, a gente sabe.

O que me dói é a menina. Passaram anos com ela aqui, toda vez que passava um avião ou helicóptero ela dizia que era o padrinho dela, o tio Celso, que estava passando ali.

Ficou com aquilo na cabeça, olha pra você ver. Graças a Deus, nunca faltou nada pra minha neta, a não ser o pai dela. Mas é certo fazer isso com as pessoas?”

Celso Russomanno lidera as pesquisas de intenção de voto para a prefeitura de São Paulo.



Fonte: DCM

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Vídeo: PM agride mulher a pontapés no Vale do Anhangabaú, em São Paulo



Confusão começou após blitz de fiscalização sobre vendedores ambulantes da região

A Polícia Militar de São Paulo agrediu a pontapés uma mulher no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, nesta quarta-feira (8).

A confusão começou com uma discussão entre fiscais da prefeitura e vendedores ambulantes do local.

Os ambulantes teriam reagido à fiscalização e a PM partiu para o ataque.



 Outro caso de violência policial veio à tona esta semana e, desta vez, a agressão ocorreu em Manaus (AM), na terça-feira (6). A vítima foi Rhyvia Araújo, de 18 anos, que é estudante de jornalismo e trabalha na redação do site Rap Forte, uma página voltada ao rap e ao hip-hop.

Rhyvia estava sentada em um banco na unidade habitacional do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamin) quando foi abordada por dois policiais militares. Segundo ela, os agentes estavam abordando outro grupo pouco antes e a agrediram física e verbalmente por desconfiarem que ela estivesse filmando a outra abordagem. Ela teria entregado o celular desbloqueado a um dos policiais para provar que não estava os gravando.

Fonte: Revista Fórum


sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

A ex-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, visitou o Instituto Lula em São Paulo


Foto: Ricardo Stuckert

Via Instituto Lula

A ex-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, visitou o Instituto Lula em São Paulo, nesta sexta-feira (9), onde se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula e Cristina falaram sobre a atual situação da América Latina e dos dois países.

Lula disse que se reunir com Cristina é “reviver um bom momento da história política da América do Sul e das relações entre Brasil e Argentina” e lamentou que agora Brasil e Argentina tenham governantes que não entendem a importância da integração latino-americana: “são pessoas que tem uma visão muito subordinada à política americana”.



Cristina concordou e disse que estar com Lula é “estar com os melhores anos da nossa região” e que eles seguirão conversando pelo bem da América do Sul e América Latina.

Lula entregou à Cristina o livro "O caso Lula - a luta pela afirmação dos direitos fundamentais no Brasil", organizado pelo advogado Cristiano Zanin Martins, a advogada Valeska Teixeira Zanin Martins e Rafael Valim, professor da PUC-SP, que foi lançado nesta semana.

Cristina está no Brasil para participar de um ato com a ex-presidenta Dilma Rousseff na noite desta sexta-feira em São Paulo.

Delegação argentina


Além de Cristina, Lula recebeu também uma delegação de três prefeitos, quatro deputadas nacionais e secretários municipais argentinos. O ex-presidente questionou as deputadas sobre a composição no parlamento e se entusiasmou ao saber que 35% de mulheres o compõe. "Ainda somos poucas, queremos mais", disse a deputada nacional, Juliana Di Tullio.

Lula falou um pouco sobre a situação política no Brasil e comparou com a Argentina. "Estamos vivendo um processo político e não jurídico. E o que está acontecendo aqui, é o mesmo que está acontecendo na Argentina, querem destruir tudo que conquistamos nos nossos governos".

#LibertenAMilagro


Milagro Sala, líder Tupac Amaru, deputada do Parlamento do Mercosul e ex-deputada regional na Argentina foi presa no dia 16 de janeiro deste ano por participar de um acampamento em protesto contra o governador da província de Jujuy. Desde então, ela está presa. O juiz do primeiro caso determinou sua soltura em 29 de janeiro, mas no mesmo dia ela recebeu nova acusação e seguiu na prisão. Em 28 de outubro, o Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária do Conselho de Direitos Humanos da ONU considerou que a prisão de Milagro Sala foi arbitrária e solicitou sua libertação. Em 2 de dezembro foi a vez da Comissão Interamericana de Direitos Humanos pedir que o governo argentino ratificasse a decisão anterior da ONU.

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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

nossa natureza




nossa natureza


 Nossa natureza maltratada por nossas decisões,
 Gosta de se adaptar como uma confirmação discreta.

 Que sobre seu passado ela nos segue com compaixão.
 Um vaga-lume à noite para raciocinar.

 Ela pode passar por isso,
 Ele não a incomodava.

 Mesmo se nós dizemos que não é nada,
 Ela diz que nós vimos! .. O nosso caminho é dela.

 Perto de uma árvore no canto de uma curva,
 Se nossas escolhas não perdemos vadiagem.

 Se baseado um pouco sobre a nossa natureza.
 Parar de ouvir a lesão.

 Em seguida, ergue caminhos da pintura,
 Onde a conversa na estrada não é em vão.

 Para o horizonte da nossa celeste escolha,
 cor pura de nossa natureza.



Paula Fernandes - Seio De Minas


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Testemunhas novas de acusação contra Lula o inocentam



Paraná 247 – Assim como no primeiro dia de audiência do processo contra o ex-presidente Lula na Lava Jato, em que todas as testemunhas de acusação o inocentaram, o mesmo aconteceu nesta quarta-feira.

No primeiro dia, falaram Delcídio Amaral, Eduardo Leite e Augusto Mendonça. Todos disseram desconhecer qualquer ligação do ex-presidente Lula com o imóvel do Guarujá (SP), que é o foco da denúncia (leia aqui).

Desta vez, falaram Pedro Barusco, Pedro Corrêa e Paulo Roberto Costa e o cenário se repetiu.

  • Confira, abaixo, vídeo sobre a audiência:


  • Leia, ainda, nota dos advogados do ex-presidente Lula:


Mais uma vez, as testemunhas arroladas pelo Ministério Público Federal para a segunda audiência realizada dia (23/11) na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba isentaram o ex-Presidente Luiz Inacio Lula da Silva em relação à acusação de recebimento de qualquer vantagem indevida por meio de um tríplex no Guarujá.

Foram ouvidos Pedro Corrêa, Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco. Todos negaram (i) a realização de qualquer reunião com Lula em que ele tenha solicitado ou recebido vantagem indevida ou, ainda, (ii) qualquer relação entre Lula e o tríplex do Guarujá.

No item 50 da denúncia, o MPF havia relatado que Pedro Corrêa e José Janene foram apresentar ao ex-Presidente reivindicações de novos cargos e valores que seriam usados em benefícios de campanhas políticas e que, na ocasião, Lula teria negado o pleito dizendo: “Vocês têm uma diretoria muito importante, estão muito bem atendidos financeiramente. Paulinho tem me dito”. Lula, segundo o MPF, teria dito ainda que “Paulinho tinha deixado o partido muito bem abastecido com dinheiro para fazer a eleição de todos os deputados”. No entanto, na audiência de hoje Paulo Roberto Costa afirmou peremptoriamente que jamais Lula o tratou por Paulinho, até porque seu relacionamento com o então presidente era institucional e nunca houve conversa sobre vantagem indevida.

No curso da audiência, além de não seguir o rito estabelecido na lei, como registrado pela defesa em petição, Moro ainda fez nova antecipação de juízo de valor – tentando transformar o exercício do direito de defesa em falta de argumentos -, o que motivou a reiteração da sua suspeição.

A audiência também foi marcada para ouvir Nestor Cerveró. Seu depoimento, no entanto, foi transferido para amanhã (11 horas) em decorrência de uma decisão do juiz, que alegou percalços criados pela defesa, quando a mídia já havia divulgado anteriormente a palestra do magistrado no Teatro Positivo, prevista para às 20 horas de hoje.

  • Assessoria de imprensa do Teixeira, Martins & Advogados

Belchior - Saia do Meu Caminho


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quarta-feira, 6 de julho de 2016

Falência do programa Bom Prato com refeições a R$ 1, simboliza a gestão PSDB em SP





247 – Gestores dos restaurantes do Bom Prato, programa estadual que oferece refeições a R$ 1, ameaçam encerrar as atividades em São Paulo.

Em uma carta-manifesto com 20 assinaturas, eles afirmam que estão à beira de um “colapso financeiro” e oferecem “alimentação de qualidade inferior ao padrão”, por falta de recurso. Exigem aumento de subsídio do governo Alckmin (PSDB).

O secretário estadual de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, por sua vez, sugere que as unidades troquem os itens mais caros do cardápio. “Se o feijão mulatinho está caro, comprem feijão preto”, afirmou, em entrevista ao “Estado de S. Paulo”.

De acordo com as entidades, a defasagem acumulada desde 2006 é de 34,15% no custo do almoço e de 17,99% no café da manhã.

Pesaro minimiza o problema e diz que não há risco de o serviço ser interrompido. “Não há queda de qualidade, nem de caloria, nem produto. O que pode haver é substituição. Frango no lugar da carne, por exemplo” – leia aqui.

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

A corrupção endêmica e o aparelhamento tucano em SP, maior organização criminosa do país.

Segundo um dos maiores juristas do país, o PSDB conseguiu aparelhar um sistema de controle sobre a Assembleia Legislativa, as Polícias, o Judiciário e o MP



Imagens via Roberto Starck:

Garantindo que não desistirá de denunciar “a impostura política que prevalece neste país sob a forma constitucional”, o jurista Fábio Konder Comparato, uma das maiores autoridades do mundo Jurídico do país, analisa a fragilidade da democracia brasileira, a corrupção endêmica no país e, também, a sistemática blindagem dos escândalos que envolvem o tucanato em São Paulo.

Em diálogo com a reportagem Operação Abafa: como os tucanosse mantêm no poder, o jurista avalia que o PSDB “conseguiu aparelhar um sistema de controle, ou pelo menos de influência dominante, sobre a Assembleia Legislativa, as Polícias e também, em grande parte, o Judiciário e o Ministério Público”. Além de “montar igualmente um esquema de controle do eleitorado, esquema esse, aliás, vinculado à corrupção”.

Konder Comparato também recupera as origens e as características da corrupção brasileira, um “mal endêmico” desde os tempos coloniais, denunciando “o costume da privatização do dinheiro público, usado pelos oligarcas como uma espécie de patrimônio pessoal”. Vale destacar que, atenta a esse “costume”, a Carta Maior vem recuperando uma série de escândalos de corrupção que, na prática, não deram em nada. Leiam também: Tucano bom étucano solto e A Sociologia da Honestidade de FHC.


Nesta entrevista, o professor Konder Comparato alerta sobre a inexistência de uma verdadeira democracia em nosso país: “O povo jamais teve qualquer espécie de poder político no Brasil”. Um exemplo? A própria Constituição brasileira que determina ser da competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar referendo e convocar plebiscito. “Somente os mandatários do povo tem poder para autorizar as manifestações de vontade deste!”, denuncia.

  • Confiram a entrevista:



A corrupção dos órgãos oficiais do Estado de São Paulo

Como é possível avançar no combate à corrupção, apesar do bloqueio e das manobras sistemáticas que impedem, por exemplo, investigações e CPIs no Estado de São Paulo?


Fábio Konder Comparato - O PSDB acha-se no governo do Estado há mais de um quarto de século. Durante esse tempo, conseguiu aparelhar um sistema de controle, ou pelo menos de influência dominante, sobre a Assembleia Legislativa, as Polícias e também, em grande parte, o Judiciário e o Ministério Público. O partido conseguiu, além disso, montar igualmente um esquema de controle do eleitorado, esquema esse, aliás, vinculado à corrupção.

A eliminação dessa máquina de poder partidário somente ocorrerá quando tivermos introduzido em nossa organização constitucional algumas medidas, como a eleição do chefe do Ministério Público estadual pelos seus pares, e a autonomia da Polícia Judiciária em relação à chefia do Poder Executivo.

Enquanto tais medidas não existirem, é preciso usar dos poucos recursos disponíveis pelos cidadãos, como a ação popular e outras ações judiciais, bem como representações junto ao Ministério Público, ou até mesmo o Conselho Nacional de Justiça ou o Conselho Nacional do Ministério Público, em Brasília. Como se percebe, não é um jogo fácil.


A corrupção no Brasil, como um mal endêmico
O sr. vem alertando que a corrupção é um mal endêmico no Brasil. Tivemos algum avanço?



  • Konder Comparato - Denomina-se endemia uma doença infecciosa que ocorre habitualmente e com incidência significativa numa determinada população. Pois bem, falando simbolicamente, a corrupção dos órgãos públicos no Brasil é uma endemia cujas primeiras manifestações irromperam já no primeiro século da colonização. Assinale-se que, quando em 1549 aqui chegou Tomé de Souza, o primeiro Governador-Geral do Brasil, ele trazia consigo um Ouvidor-Geral, ou seja, chefe dos serviços de Justiça e Polícia, e um Provedor-Mor, ou seja, o encarregado de dirigir os assuntos econômicos da colônia. Pois bem, ambos haviam sido acusados de desviar dinheiro do Tesouro Régio, quando ainda estavam em Portugal. Ao aqui chegar, o Ouvidor-Geral enviou um ofício enviado ao Rei de Portugal, para declarar que o quadro geral da colônia configurava “uma pública ladroíce e grande malícia”.


Note-se que, à época, os administradores para cá enviados pela metrópole haviam comprado seus cargos públicos, costume já consolidado em Portugal. Aqui chegando, a fim de amortizar o valor da compra de seus cargos e para compensar o sacrifício de viver nesta colônia atrasada e distante, tais administradores procuravam de qualquer maneira ganhar dinheiro. Para tanto, associavam-se aos senhores de engenho e grandes fazendeiros, participando de seus negócios; quando não se tornavam, eles próprios, senhores de engenho ou proprietários de fazendas.

A partir de então, institucionalizou-se a associação permanente dos potentados econômicos privados com os grandes agentes estatais, formando o grupo oligárquico que até hoje comanda este país. Estabeleceu-se desde então o costume da privatização do dinheiro público, usado pelos oligarcas como uma espécie de patrimônio pessoal. Ou seja, corruptos são apenas os que se vendem por dois tostões de mel coado. É o tema do conto de Machado de Assis, Suje-se gordo!

Sem dúvida, a operação Lava Jato parece ter sido o começo de uma mudança nessa longa tradição. Mas é preciso dizer que tal operação tem sido ostensivamente seletiva, pois deixa de lado todas as ladroíces cometidas nos governos anteriores ao PT no poder, abusando do vício dos dois pesos e duas medidas.


Democracia inexistente
Quais os entraves e caminhos que ainda precisamos percorrer para que o poder, efetivamente, “emane do povo”?


  • Konder Comparato - Para resumir o assunto, o povo jamais teve qualquer espécie de poder político no Brasil. Fala-se habitualmente em reconquista da democracia com o término do regime de exceção empresarial-militar instalado em 1964, e o restabelecimento das eleições. Mas nestas, a vontade popular é sistematicamente falseada pela influência do poder econômico dos oligarcas e as práticas ardilosas dos políticos profissionais.


Pior ainda: na nossa política, desde os tempos coloniais temos tido uma tradição de dissimulação do poder oligárquico por meio de belas instituições oficiais ocultando a realidade. Nossas Constituições, por exemplo, desde a primeira de 1824, são peças puramente retóricas, incapazes de enfraquecer e, menos ainda, de extinguir o regime oligárquico.

A atual “Constituição Cidadã”, por exemplo, declara em seu art. 14 que a soberania popular é exercida, além do sufrágio eleitoral, pelo plebiscito, o referendo e a iniciativa popular legislativa. Mais adiante, porém, o art. 49, inciso XV vem precisar que “é da competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar referendo e convocar plebiscito”. Ou seja, trocando em miúdos, somente os mandatários do povo tem poder para autorizar as manifestações de vontade deste! É, literalmente, a submissão do mandante à autoridade do mandatário.

E quanto à iniciativa popular, a direção da Câmara dos Deputados já fixou, desde o início de vigência da Constituição, que os milhares de assinaturas necessárias à apresentação de um projeto de lei de iniciativa popular devem ser reconhecidas, uma a uma, pelos funcionários daquela Casa do Congresso Nacional. É exatamente por isso que até hoje nenhum projeto dessa natureza foi votado e aprovado pelo Congresso Nacional.

Revoltado contra esse embuste jurídico oficial, tentei atuar. Em 2004, em nome do Conselho Federal da OAB, apresentei à Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados um projeto de lei de regulamentação do art. 14 da Constituição, para eliminar a interpretação de que o Congresso Nacional tem poderes acima do povo soberano, em matéria de plebiscitos e referendos. O projeto ainda não foi votado em plenário na Câmara, mas já um substitutivo apresentado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania por um deputado do PT veio reafirmar, com outras palavras, que somente o Congresso Nacional tem o poder de autorizar o povo soberano a votar em plebiscitos e referendos.

Em 2005, apresentei a dois Senadores um anteprojeto de Proposta de Emenda Constitucional, introduzindo em nosso país o instituto de recall; isto é, do referendo revocatório de mandatos políticos. O povo elege e pode, portanto, destituir o representante eleito. Obviamente, após nove anos de tramitação, a proposta foi desaprovada em plenário.

Mas saibam que não desistirei de denunciar a impostura política que prevalece neste país sob a forma constitucional.

Via: Carta Maior

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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Coca-cola veneno na mesa verdade oculta

"Coca-Cola é isso aí."





Conheça a real “Felicidade” da Coca-Cola | Sequestros, torturas e desvio de água (São Paulo)



“Obrigado por compartilhar a felicidade”, diz-se no último anúncio da Coca-Cola (em espanhol), mas olhando de perto parece que a Coca-Cola de felicidade compartilha bem pouco. Se pensam que não, perguntem aos trabalhadores das fábricas que a multinacional pretende fechar agora no Estado Espanhol ou aos sindicalistas perseguidos, e alguns, até sequestrados e torturados na Colômbia, na Turquia, no Paquistão, na Rússia, na Nicarágua ou às comunidades da Índia que ficaram sem água após a saída da companhia. Isso para não falar da péssima qualidade dos seus ingredientes e do impacto na nossa saúde.

Em cada segundo consomem-se 18,5 mil latas ou garrafas de Coca-Cola em todo o mundo, segundo os dados da própria empresa. O império Coca-Cola vende as suas 500 marcas em mais de 200 países. Quem garantiria isso a John S. Pemberton, quando em 1886, elaborou tão exitosa poção numa pequena farmácia de Atlanta. Hoje, pelo contrário, a multinacional já não vende apenas uma só bebida mas muito mais. Através de campanhas multimilionárias de marketing, a Coca-Cola vende-nos algo tão desejado como “a felicidade”, “a faísca da vida” ou “um sorriso”. Todavia, nem o seu Instituto de la Felicidad [ou a Fábrica da Felicidade, em português]é capaz de esconder toda a dor que a empresa provoca. O seu currículo de abusos sociais e laborais corre, tal como os seus refrigerantes, todo o planeta.

Agora, chegou a vez do Estado Espanhol. A Companhia acaba de anunciar uma reorganização que implica o encerramento de quatro das suas onze fábricas, o despedimento de 1.250 trabalhadores e a recolocação de outros 500. Uma medida que, segundo a multinacional, é tomada “por causas organizativas e produtivas”. Pelo contrário, um comunicado da central sindical CCOO desmente esta informação e assinala que a empresa tem enormes lucros de cerca de 900 milhões de euros e um faturamento de mais de 3 bilhões de euros.

As más práticas da empresa são tão globais como a sua marca. Na Colômbia, desde 1990, oito trabalhadores da Coca-Cola foram assassinados por paramilitares e outros 65 receberam ameaças de morte, segundo “El informe alternativo de Coca-Cola” da organização War on Want. O sindicato colombiano Sinaltrainal denunciou a multinacional por detrás destas ações. Em 2001, o Sinaltrainal, através da International Labor Rights Fund e da United Steel Workers Union, conseguiu interpor nos Estados Unidos um processo contra a empresa por estes casos. Em 2003, o tribunal indeferiu a petição alegando que os assassinatos ocorreram fora dos Estados Unidos. A campanha do Sinaltrainal, de qualquer maneira, tinha já conseguido numerosos apoios.


O rastro de abusos da Coca-Cola se encontra praticamente em cada canto do planeta onde ela está presente
 

Encontramos o rastro de abusos da Coca-Cola praticamente em cada canto do planeta onde ela está presente. No Paquistão, em 2001, vários trabalhadores da fábrica do Punjab foram despedidos por protestar e as tentativas de sindicalização dos seus trabalhadores em Lahore, Faisal e Gujranwala se chocaram com a oposição da multinacional e da administração. Na Turquia, os seus empregados, em 2005, denunciaram a Coca-Cola por intimidação e torturas e por utilizar um setor especial da polícia para estes fins. Na Nicarágua, no mesmo ano, o Sindicato Único de Trabalhadores (Sutec) acusou a multinacional de não permitir a organização sindical e ameaçar com despedimentos. E encontramos casos semelhantes em Guatemala, Rússia, Perú, Chile, México, Brasil, Panamá. Uma das principais tentativas para coordenar uma campanha de denúncia internacional contra a Coca-Cola foi em 2002 quando sindicatos da Colômbia, da Venezuela, do Zimbábue e das Filipinas denunciaram conjuntamente a repressão sofrida pelos seus sindicalistas na Coca-Cola e as ameaças de sequestros e assassinatos que receberam.

Cabe destacar ainda que a companhia não é unicamente conhecida pelos seus abusos laborais mas também pelo impacto social e ecológico das suas práticas. Como a própria empresa reconhece: “A Coca-Cola é a empresa da hidratação. Sem água, não há negócio”. E onde se instala, ela suga a água até à última gota. De fato, para produzir um litro de Coca-Cola, são precisos três litros de água. E não só para a bebida mas também para lavar garrafas, máquinas… Água que a posteriori é descartada como água contaminada, com o consequente prejuízo do meio ambiente. Para saciar a sua sede uma engarrafadora da Coca-Cola pode chegar a consumir até um milhão de litros de água por dia, a empresa toma unilateralmente o controle de aquíferos que abastecem as comunidades locais deixando-as sem um bem essencial como a água.

Na Índia, vários Estados (Rajastán, Uttar Pradesh, Kerala, Maharastra) encontram-se em pé de guerra contra a multinacional. Vários documentos oficiais assinalam a diminuição drástica dos recursos hídricos onde a empresa está instalada, acabando com a água para o consumo, a higiene pessoal e a agricultura, sustento de muitas famílias. Em Kerala, em 2004, a fábrica de Plachimada da Coca-Cola foi obrigada a fechar depois do município ter negado a renovação da sua licença acusando a Companhia de esgotar e contaminar a sua água. Meses antes, o Tribunal Supremo de Kerala sentenciou que a extração massiva de água por parte da Coca-Cola era ilegal. O seu encerramento foi uma grande vitória para a comunidade.

Casos similares aconteceram também em El Salvador e Chiapas, entre outros. Em El Salvador, as fábricas de engarrafamento da Coca-Cola esgotaram os recursos hídricos após décadas de extração e contaminaram aquíferos ao desfazer-se da água não tratada procedente das fábricas da empresa. A multinacional sempre se recusou a responsabilizar-se pelo impacto das suas práticas. No México, a Companhia privatizou inúmeros aquíferos, deixando as comunidades locais sem acesso aos mesmos, graças ao apoio incondicional do Governo de Vicente Fox (2000-2006), antigo presidente da Coca-Cola do México.

O impacto da sua fórmula secreta sobre a nossa saúde está também extensamente documentado. As suas altas doses de açúcar não nos beneficiam e convertem-nos em “viciados” da sua poção. E o uso do aspartame, edulcorante não calórico substitutivo do açúcar, colocado na Coca-Cola Zero, está demonstrado que consumido em altas doses pode ser cancerígeno, como assinalou a jornalista Marie Monique Robin no seu documentário “O nosso veneno cotidiano”. Em 2004, a Coca-Cola da Grã-Bretanha viu-se obrigada a retirar, após o seu lançamento, a água engarrafada Desani, depois de se ter descoberto no seu conteúdo níveis ilegais de brometo, substância que aumenta o risco de cancro. A empresa teve que separar meio milhão de garrafas, do que havia anunciado como “uma das águas mais puras do mercado”, apesar de um artigo na revista The Grocer assinalar que a sua fonte era água tratada das torneiras de Londres.

Os tentáculos da Coca-Cola, assim mesmo, são tão grandes que, em 2012, uma das suas diretoras, Àngela López de Sá, chegou à direção da Agência Espanhola de Segurança Alimentar. Que posição vai ter, por exemplo, a Agência face ao uso do aspartame quando a empresa, que até poucos dias lhe pagava o salário como sua atual diretora, o usa sistematicamente? Conflito de interesses? Já o assinalamos antes com o caso de Vicente Fox.

A marca que nos diz vender felicidade, reparte antes pesadelos. A Coca-Cola é assim diz o anúncio. Assim é e assim a descrevemos.”


Em Jundiaí – SP, está situada a MAIOR fábrica da Coca-Cola do mundo


Foto: Alexandre Machado
A localização privilegiada e a boa infraestrutura de Jundiaí foram determinantes para que o município paulista se tornasse a sede da maior fábrica da Coca-Cola no mundo em volume de produção. A unidade tem quase 180 000 metros quadrados de área, emprega mais de 1.000 funcionários e produziu 1,7 bilhão de litros de bebidas em 2013. Os produtos que saem de lá abastecem a maior parte do Estado de São Paulo, inclusive a capital, e parte de Minas Gerais. Recentemente, a fábrica montou um gigantesco armazém vertical com 23 metros de altura, 100 de largura e 75 de profundidade. A estrutura é capaz de armazenar a produção de quatro dias da fábrica, o que simplifica a logística e encurta os prazos de distribuição. (Gabriel Castro, de Jundiaí)


Suspeita de desvio de rio para abastecimento de indústria daCoca-Cola


Existe uma investigação da Promotoria de São Paulo que apura o desvio de um rio para atender a fábrica. Isso mesmo, um rio. A capacidade desse desvio é de 500 litros por segundo. Fazendo um cálculo rápido chega-se a quantia de 30.000 litros por minuto, 1.800.000 por hora e 43.200.000 litros por dia de água roubada.
O MP indica que, em caso de seca, esse volume de água desviado causaria sério risco de escassez de água na região.
Ora, temos a maior fábrica da bebida mais vendida do mundo que utiliza 3 litros de água para cada 1 litro do veneno preto. Acredito que essa fonte de água da empresa está sobrecarregada e a seca está prejudicando as reservas mais abaixo. Eu não sou geógrafo, mas racionando sobre o rumo das águas que desembocam no mar, acredito que isso pode afetar o sistema da cantareira.
Na própria apuração do MP, indica que “em tempo de estiagem mais de 1 milhão de pessoas podem ficar sem abastecimento de água em Campinas”. ( Verdade Mundial )


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segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O rapaz da Folha descobriu o mal dos juros altos


O secretário de Redação da Folha, Vinicius Mota, publica hoje artigo – “Uma mãe para os ricos” – 




com o qual se candidata a Premio Nobel de Economia, publicando coisas até agora desconhecidas, como o fato de  que “o Tesouro Nacional está tomando dinheiro na praça com a promessa firme de pagar juros fabulosos, e por períodos longos, aos emprestadores”.

Uau! Vocês sabiam desta novidade? Não?  Fiquem sabendo, porque o rapaz descobriu uma mina de ouro:

“Que tal quase duas décadas com remuneração de 6% ao ano acima da inflação, já abatidos impostos e taxas? O patrimônio real vai triplicar. Quem emprestar R$ 1 milhão ao governo terá de volta, ao final do período, seu dinheiro corrigido pelo IPCA e mais R$ 100 mil por ano, em média.”

“Bora” aí, gente. Sei que ninguém tem R$ 1 milhão guardado, mas a gente pode fazer um “bolão”, quem sabe aí de vinte cotas de R$ 50 mil, porque a gente vai receber, cada um, R$ 5 mil de renda, além da inflação.

As análises simplórias da economia só se explicam pelos objetivos políticos que elas contém.

Com todo o respeito, não vejo razão para os argumentos de Mota não serem reproduzidos num jornal do PSTU.

“O Tesouro de Mamãe Rousseff fecha esse negócio da China, ou do Brasil, todos os dias. Não o faz por boniteza, mas por necessidade, derivada da voraz expansão estatal nos últimos seis anos.

Mamãe, entretanto, é apenas intermediária passageira nessa relação perpétua entre devedores e credores. Os empréstimos constituem obrigações intertemporais do mais amplo conjunto da população, que paga os impostos, com uma parcela menor e mais rica de poupadores.”

Não me recordo de que o rapaz tenha escrito “Papai FH”, ou “Vovô Sarney”, ou “Tio Itamar” ou ainda o “Primo Collor” terem feito isto, em escala muitíssimo maior.

Nem que o Brasil tivesse pago juros altos por uma “voraz expansão estatal” quando o Estado brasileiro estava sendo desmantelado, com privatizações a rodo, vendendo a Vale, as elétricas, a telefonia, os bancos públicos e parte importante das ações da Petrobras?

Mas, engraçado, quando isso ocorreu, a dívida pública do Brasil- aquela que Mota chama que “constituem obrigações intertemporais do mais amplo conjunto da população, que paga os impostos, com uma parcela menor e mais rica de poupadores”- cresceu de forma explosiva. Dobrou no período FHC, em relação ao PIB.

Culpe-se Dilma por não ter rompido esta situação, em que o capital exige do Estado que o remunere assim, à custa do povo, mas não porque ela não  tenha tentado e estejam aí boa parte das raízes do “fracasso econômico” que se lhe atribui.

Pois basta que Mota consulte o site de empresa em que trabalha, em 2012,  e na qual dá seus palpites econômicos:

Depois de ser, durante anos, o campeão dos juros reais entre as principais economias do mundo, o Brasil caiu agora para a quinta posição nesse ranking, com taxa de 1,8%. Os dados foram levantados pelo analista econômico da Cruzeiro do Sul Corretora / Apregoa.com, Jason Vieira.

O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (29) que a Selic (taxa báxica de juros nominais) foi reduzida 0,5 ponto percentual, de 8% para 7,5%. A diferença entre 7,5% e 1,8% ocorre porque os juros reais descontam a inflação projetada para os próximos 12 meses.

O colunista da Folha, que sei ser atento leitor de Keynes, deveria entender que é a política de crise,  na qual ele colabora na Folha, que dá amparo a esta chantagem do capital sobre o Estado, que venceu a queda de braço ensaiada por Dilma em seu primeiro mandato, forçando o rebaixamento dos juros.

Ele tem toda a razão em apontar que os juros são as tetas por onde o capital suga, como um vampiro, as receitas públicas e, com isso, torna ralo o sangue com que elas podem sustentar os serviços para a população e os investimentos públicos necessários ao desenvolvimento.

Mas quando culpa as tetas e não os dentes pelo vampirismo, perde toda a razão que pudesse ter e joga ao lado do rentismo, que não lhe merece uma condenação.

Porque, assim, vai se reunir ao coro dos que acham que o Estado gasta demais em subsídios aos pobres e à atividade econômica e “esquece”  das pressões que lhe fazem pagar quase metade do Orçamento em juros.

Mais ou menos igual à nossa oposição, que sacode os patos da Fiesp, mas que, no poder, tornou os juros um cisne resplandescente.

Ou será que o colunista acha que, caindo a “Mamãe Dilma”, quem  vai ao governo é o PSTU?





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