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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Veto de Lula de R$ 5,6 bilhões é destaque na mídia, que se cala diante dos R$ 2,5 trilhões aprovados para o Sistema da Dívida


O dinheiro para emendas parlamentares aumenta a cada ano, tendo o próprio Congresso aprovado R$53 bilhões para seus pares! Lula vetou apenas R$5,6 bilhões e a gritaria foi geral. VOCÊS VIRAM ALGUÉM GRITANDO SOBRE OS R$2,5 TRILHÕES PARA O SISTEMA DA DÍVIDA?


Auditoria Cidadã da Dívida

Em sua coluna no UOL, o Jornalista Leonardo Sakamoto comentou a notícia da ampliação do fundo eleitoral destinado aos partidos políticos de R$ 2 bi para R$ 4,9 bi e de um pacote de emendas parlamentares de mais de R$ 53 bi, dos quais Lula vetou apenas R$ 5,6 bi (veto que já está causando “comoção, ameaças e ranger de dentes”, segundo o jornalista).

Ao querer cada vez mais, o Congresso lembra que sua grande prioridade é se manter no poder. O povo? Um detalhe menor, de acordo com o jornalista.

Outro fato que chama atenção em relação às notícias relacionadas ao fundo eleitoral é que a grande mídia está dando mais destaque ao veto de Lula (R$5,6 bilhões) do que, propriamente, ao imenso volume das emendas parlamentares aprovadas pelo Congresso (R$53 bilhões), que atingem patamares cada vez mais altos.

Se, de uma forma ou de outra, estes valores causam repercussão na mídia, imagina o que aconteceria se a população despertasse e entendesse que estes valores das emendas parlamentares correspondem a menos de 10 dias do gasto com o Sistema da Dívida? O orçamento para 2024 aprovado pelo Congresso Nacional destina R$2,5 trilhões para gastos com juros e amortizações da chamada dívida pública nunca auditada!

A conscientização da população em relação ao modelo econômico adotado no Brasil é essencial para mudar os rumos desta situação, como tratamos na campanha #Éhoradevirarojogo. Conheça aqui a campanha e participe!



Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida

 

sábado, 20 de janeiro de 2024

Esquerda e direita são sócias na Bahia


Marqueteiro de Lula e ACM Neto desmatam área verde


Ilustração

Os debates ideológicos entre esquerda e direita, na Bahia, têm um teto. É um espigão de 50 andares projetado para ser construído dentro de uma área de proteção permanente, no centro de Salvador.

Explico! Sidônio Palmeira foi o principal marqueteiro do presidente Lula nas eleições de 2022. Partiu dele e de sua equipe algumas das peças icônicas que marcaram a vitoriosa disputa eleitoral: entre apelos à democracia, estímulos ao consumo de picanha e cerveja e as diferenças fundamentais entre Lula e Bolsonaro, por exemplo.

No mundo dos negócios, ao que parece, essas distinções são relativizadas. Sidônio é sócio do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, do União Brasil, em empreendimentos luxuosos no estado.

Empresários endinheirados e outros políticos do campo da direita também fazem parte dessa sociedade – como o ex-prefeito de Mata de São João, o milionário João Gualberto, do PSDB, e o também tucano Tiago Coelho, deputado estadual na Bahia.

Um dos negócios mais recentes entre eles é a construção de um arranha-céu no Corredor da Vitória, reduto da elite soteropolitana. Quem vai tocar essa obra é a Novonor, antiga Odebrecht. E o que garantiu a possibilidade desse empreendimento existir foi uma arranjo político.

No fim do ano passado, a Câmara de Vereadores de Salvador votou a desafetação de 40 locais na cidade – sendo 15 áreas verdes. Esse é um termo técnico que indica que um bem público tem a sua destinação transformada, podendo ser vendido, doado ou trocado com a iniciativa privada.

Uma das áreas contempladas no projeto foi justamente os 6.699 metros quadrados na Vitória, doados à prefeitura em 1988, como compensação fundiária pela construção de outro prédio de luxo. Até a desafetação, a área estava registrada em cartório como espaço que não poderia ser edificado.

A Câmara de Vereadores em sua ampla maioria apoia o atual prefeito Bruno Reis, do União Brasil. Ele foi alçado ao cargo, em 2020, pelo seu padrinho político ACM Neto. Esse ano tenta a reeleição.

Se não é um bolsonarista assumido, ACM Neto teve flertes profundos com o ex-presidente. Entretanto, na última campanha eleitoral para governador da Bahia, diante alta popularidade de Lula no estado, o herdeiro carlista preferiu adotar um discurso de "palanque neutro" e não indicar nenhum candidato – "tanto faz", disse, quando questionado quem gostaria de ver subindo a rampa do Palácio do Planalto.

A fluidez ideológica engrena o apetite empresarial. Com Sidônio, ACM Neto comprou a antiga sede do Palácio dos Esportes, que pertencia ao governo do estado – a ideia é transformar o lugar em um hotel de luxo na cidade.  

Vale lembrar que o marqueteiro não é um profissional contratado para um job específico. Ele é autor intelectual da imagem pública do PT, sobretudo na Bahia.

Desde 2006, quando Jaques Wagner se elegeu governador pela primeira vez, derrotando a longa linhagem do avô de ACM Neto, Sidônio é o mentor das campanhas e do discurso dos governos petistas – sua empresa, a Leiaute Propaganda, por somas milionárias, passou a prestar serviço para os consecutivos mandatos que o partido foi enfileirando no estado.

Na última vitória, o neófito Jerônimo Rodrigues derrotou justamente ACM Neto, o sócio de Sidônio. Para além das ótimas relações empresariais que mantém – claro, bem longe dos olhos do eleitor –, há uma urgente preocupação ambiental quando esse tipo de clubinho pluripartidário se organiza.

Em sua dissertação de mestrado na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia, a pesquisadora Marina Teixeira mostra como o instrumento da desafetação em Salvador historicamente segue o movimento de "especulação e valorização imobiliária da cidade", destruindo áreas verdes de proteção, e alienando bens públicos para atores privados.

Nesse ponto, Sidônio Palmeira e ACM Neto, quando unem forças, passam a ter um enorme diferencial competitivo para a saúde financeira do negócio que tocam: interlocução ampla e livre trânsito nas esferas de poder. Seja municipal, estadual ou federal.

Amigos, amigos. Negócios também fazem parte!


Via: André Uzêda Editor Sênior


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quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Manifesto de ex-ministros e intelectuais defende Lula por apoiar ação da África do Sul contra Israel


Signatários rebatem acusações de antissemitismo sofridas pelo governo brasileiro por apoiar denúncia contra genocídio na Palestina


Flickr/Palácio do Planalto - Presidente Lula manifestou apoio à petição da África do Sul em 10 de janeiro

Ex-ministros, intelectuais, parlamentares e ativistas dos direitos humanos enviaram uma carta aberta ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, nesta quarta-feira (17/01), defendendo o governo brasileiro por seu apoio à petição na Corte Internacional da ONU, feita pela África do Sul, contra Israel por genocídio contra os palestinos. 

A defesa, assinada por nomes como Paulo Sérgio Pinheiro, ex-ministro da Secretaria de Estado de Direitos Humanos; a professora Marilena Chaui; e o jornalista Breno Altman, vem de encontro a críticas "hipócritas" que a diplomacia brasileira tem sido alvo, sendo acusada de "deslegitimar Israel, quebrar a irmandade com o povo judeu" e "reforçar o antissemitismo". 

O documento alerta que tais acusações, como a instrumentalização política do termo 'antissemitismo' são um "flagelo perigoso" que "deve ser combatido vigorosamente". E defende que "condenar o apartheid e o desrespeito sistemático, por Israel, das decisões dos órgãos da ONU e de leis internacionais humanitárias e de direitos humanos, incluindo a não prevenção de genocídio", não significa ser "antissemita". 



"Qualquer referência à crise em Gaza deve ser examinada no contexto da história das relações entre Israel e o povo palestino", argumenta a carta, informando que o Estado israelense é uma potência ocupante diante de uma Palestina "submetida a anos de apartheid, 56 anos de ocupação militar e a 16 anos de bloqueio em Gaza". 

No final de dezembro passado, o governo da África do Sul apresentou a petição à Corte Internacional de Justiça da Organização das Nações Unidas (ONU), acusando Israel de descumprir a Convenção de Prevenção e Punição do Genocídio de 1951.  

Já no dia 10 de janeiro, o presidente Lula por meio de uma nota do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, manifestou seu apoio à iniciativa do governo sul-africano. 


Leia a carta na íntegra:


Carta Aberta de apoio ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República Senhor Luiz Inácio Lula da Silva e ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado das Relações Exteriores, Embaixador Mauro Vieira

17 de janeiro de 2024

O governo da África do Sul apresentou, em 29 de dezembro passado, uma petição à Corte Internacional de Justiça da Organização das Nações Unidas (ONU), em Haia, órgão com 15 juízes que julga disputas entre Estados, com o apoio de 67 países, inclusive o Brasil. A petição acusa o Estado de Israel de descumprir a Convenção de Prevenção e Punição do Genocídio de 1951.

No dia 10 de janeiro, em uma nota do Ministério das Relações Exteriores, o presidente da República relatou os esforços e ações que seu governo tem feito em inúmeros fóruns, em prol do cessar fogo, da libertação dos reféns e da proteção da população civil em Gaza. Destacou ainda a atuação incansável do Brasil no exercício da presidência do Conselho de Segurança para promover uma solução diplomática para o conflito. À luz da continuidade de flagrantes violações ao direito internacional humanitário em Gaza, o presidente Lula manifestou seu apoio à iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça, para que determine que Israel cesse imediatamente todos os atos e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados nos termos da Convenção de Genocídio.

A decisão do presidente da República suscitou críticas como a alegação de uma suposta falta de coerência da diplomacia brasileira ao apoiar a ida à Corte, que foi considerada em discordância com a política externa de equilíbrio entre Israel e a Palestina, e teria por objetivo a deslegitimação de Israel quebrando a irmandade(sic) com o povo judeu, reforçando o antissemitismo.

Não há incoerência alguma na diplomacia brasileira. Essas críticas ignoram que o Estado brasileiro tem se guiado, nas relações internacionais, pela primazia do respeito aos direitos humanos, conforme o artigo 4º da Constituição de 1988. A política externa brasileira sob a constitucionalidade democrática sempre respeitou a primazia das normas internacionais e das decisões de órgãos multilaterais. 

Qualquer referência à crise em Gaza deve ser examinada, como asseverou recentemente o secretário-Geral da ONU, no contexto da história das relações entre Israel e o povo palestino. A manutenção da equidistância nas relações do Brasil advém da situação das duas partes do conflito, sob o ângulo das obrigações do Brasil em face da legislação internacional: o Estado de Israel, como potência ocupante, e a Palestina ocupada, submetida a anos de apartheid, 56 anos de ocupação militar e a 16 anos de bloqueio em Gaza.

Muitas críticas apontam que o processo na Corte deixa de lado o exame dos ataques do Hamas em 7 de outubro. Porém, o Hamas não pode ser parte em um processo perante a Corte Internacional de Justiça, que examina apenas disputas entre Estados. A Corte examinará a defesa de Israel, que culpa o Hamas pelas mortes de civis e não pela sua própria conduta. Em qualquer hipótese, o órgão judicial que pode penalizar os crimes de guerra do Hamas é o Tribunal Penal Internacional (que investiga e processa indivíduos), mas Israel impediu o procurador do Tribunal de entrar em Gaza diante do risco de que ele pudesse investigar e processar autoridades oficiais de Israel.

A acusação de reforçar o antissemitismo faz parte da campanha de instrumentalização política do termo, ao considerar qualquer crítica ao Estado de Israel e seu governo como antissemita. O antissemitismo é um flagelo perigoso e deve ser combatido vigorosamente. Mas não significa ser antissemita condenar o apartheid e o desrespeito sistemático, por Israel, das decisões dos órgãos da ONU e de leis internacionais humanitárias e de direitos humanos, incluindo a não prevenção de genocídio. Conforme observado pela Declaração de Jerusalém e pelo The Nexus Document sobre antissemitismo, equiparar falsamente antissemitismo com crítica a Israel prejudica a importante luta conta o antissemitismo.

Lamentavelmente todas essas críticas hipócritas à decisão do governo em cartas jactanciosas, editoriais, avalanche de notas na mídia social não levam em conta natureza, âmbito e extensão dos ataques militares de Israel a Gaza, com um bombardeio contínuo durante 100 dias em uma das regiões mais densamente povoadas do mundo, forçando a evacuação de 1,9 milhão de pessoas (85% da população de Gaza) de suas casas, deslocadas para áreas cada vez mais exíguas, sem abrigo adequado, onde continuam a ser bombardeadas, mortas, feridas e privadas de necessidades básicas para sobrevivência. Os ataques já mataram mais de 23 mil palestinos. Gaza se transformou em um cemitério de mais de 10 mil crianças, com milhares de feridos com amputações sem anestesia, desaparecidos, supostamente enterrados sob os escombros. Foram mortos 82 jornalistas, muitos com suas famílias extensas. Mais de 150 funcionários da ONU foram mortos, mais do que em qualquer outro conflito nos 78 anos de história da organização.

Israel destruiu vastas áreas de Gaza, incluindo bairros inteiros, danificou ou destruiu mais de 355 mil casas palestinas, terras agrícolas, padarias, escolas, quatro universidades, empresas, mesquitas e locais de culto, cemitérios, sítios culturais e arqueológicos, serviços municipais e instalações de água e saneamento e redes de eletricidade, sistema médico e de saúde palestinos. Israel continua a reduzir Gaza a escombros, matando, ferindo e destruindo a população e criando condições de vida que a petição da África do Sul alega serem calculadas para a destruição física dos palestinos como grupo étnico e nacional.

Os aqui abaixo assinados apoiam o governo democrático do Brasil e concordam com a decisão tomada pela diplomacia brasileira junto à Corte Internacional de Justiça. Nesse sentido, apoiamos o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro de Estado das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira.

PAULO SÉRGIO PINHEIRO, Ex-ministro da Secretaria de Estado de Direitos Humanos

KENNETH ROTH, Ex-diretor Executivo da Human Rights Watch

EMBAIXADOR JOSÉ MAURÍCIO BUSTANI, Ex-diretor Geral da Organização para Proibição de Armas Químicas

JUAN E. MENDEZ, Ex-assessor Especial do Secretário-Geral da ONU para a Prevenção do Genocídio

FABIO KONDER COMPARATO, Professor Emérito da Faculdade de Direito, USP

EMBAIXADOR TADEU VALADARES, Ex-diretor do Departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais, Ministério das Relações Exteriores

JAMES CAVALLARO, Ex-presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, OEA

MARILENA CHAUI, Professora Emérita, Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, USP

PAULO VANNUCHI, Ex-ministro de Direitos Humanos

REGINALDO NASSER, Professor de Relações Internacionais, PUC-SP

ROGERIO SOTTILI, Ex-ministro de Direitos Humanos

LUIZ CARLOS BRESSER PEREIRA, Ex-ministro da Fazenda, Ex-ministro da Administração Federal e da Reforma do Estado

EMBAIXADOR EDUARDO ROXO

LUIZ EDUARDO SOARES, Antropólogo e Escritor, Ex-secretário Nacional de Segurança Pública

NILMA LINO GOMES, Ex-ministra da Igualdade Racial

EMBAIXADOR FRANCISCO ALVIM

JOSE´LUIZ DEL ROIO, Historiador, Ex-senador da Itália

IDELI SALVATI, Ex-senadora, Ex-ministra de Direitos Humanos

MILTON HATOUM, Escritor

ELEONORA MENICUCCI DE OLIVEIRA, Ex-ministra de Políticas para as Mulheres

BRENO ALTMAN, Jornalista

SALEM NASSER, Professor de Relações Internacionais, FGV-Direito

PEPE VARGAS, Deputado Estadual- RS e Ex-ministro de Direitos Humanos

LAURA GREENHALGH, Jornalista

MARIA DO ROSARIO, Deputada Federal, Ex-ministra de Direitos Humanos

MARIA VICTORIA DE MESQUITA BENEVIDES, Professora Emérita da Faculdade de Educação, USP

BRUNO HUBERMAN, Professor de Relações Internacionais, PUC-SP

EMBAIXADOR JOSÉ VIEGAS FILHO, Ex-ministro da Defesa


 Fonte: Ópera Mundi



 

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Brasil apoia denúncia da África do Sul contra 'atos genocidas' de Israel na Faixa de Gaza


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu nesta quarta-feira (10) o embaixador da Palestina em Brasília, Ibrahim Alzeben, em uma reunião para discutir a situação crítica dos palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.


© Foto / Lula Marques / Agência Brasil

O encontro ocorreu após mais de três meses desde o início da atual crise na região.

Durante a reunião, o presidente Lula reiterou a condenação imediata do Brasil aos ataques terroristas do Hamas ocorridos em 7 de outubro de 2023. No entanto, enfatizou que tais atos não justificam o uso indiscriminado, recorrente e desproporcional de força por parte de Israel contra civis.


Lula recebe telefonema de premiê 

japonês e dialoga sobre possível

 acordo Mercosul-Japão


A nota, publicada no portal do Ministério das Relações Exteriores, ressaltou os números alarmantes, citando as mais de 23 mil pessoas que perderam a vida, sendo 70% mulheres e crianças, enquanto 7 mil permanecem desaparecidas.


A nota continua: "Mais de 80% da população foi objeto de transferência forçada, e os sistemas de saúde, de fornecimento de água, energia e alimentos estão colapsados, o que caracteriza punição coletiva."

 

Segundo o comunicado, o presidente brasileiro destacou os esforços pessoais realizados junto a diversos líderes internacionais em busca de um cessar-fogo, a libertação de reféns em poder do Hamas e a criação de corredores humanitários para a proteção dos civis.


Seis morreram em ataque israelense contra 

ambulância na Faixa de Gaza


Diante das evidentes violações ao direito internacional humanitário, o presidente expressou seu apoio à iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça (CIJ).

A proposta visa determinar que Israel cesse imediatamente todas as ações e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados, conforme os termos da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.

"O governo brasileiro reitera a defesa da solução de dois Estados, com um Estado palestino economicamente viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que incluem a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, tendo Jerusalém Oriental como sua capital", finaliza.


Venezuela expressa apoio à África do 

Sul em denúncia contra Israel

 por 'atos genocidas' em Gaza


O processo contra Israel no CIJ


O processo na CIJ alega "supostas violações de Israel de suas obrigações nos termos da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio [a Convenção de Genocídio] em relação aos palestinos na Faixa de Gaza", conforme comunicado da entidade.

A África do Sul e a Autoridade Nacional Palestina, que também responde pela Cisjordânia — que tem outros 3,2 milhões de habitantes —, são signatários da convenção.

Fonte: Sputnik Brasil



AO VIVO: A África do Sul inicia seu caso de genocídio contra Israel na CIJ em Haia.

 

 

sábado, 30 de dezembro de 2023

Live sobre Arcabouço Fiscal é a mais assistida do ano


Com mais de 5 mil visualizações, a Live “Projeto de lei do Arcabouço Fiscal contradiz Lula” foi a mais assistida do ano. No vídeo, explicamos que o novo Arcabouço Fiscal (PLP 93/2023, já transformado na Lei Complementar 200/2023) deixa o gasto com juros da dívida e seus mecanismos fora de qualquer teto ou controle.



O Sistema da Dívida é e pode ser enfrentado mediante a realização da auditoria e o controle dos gastos com juros da dívida pública.

Durante o ano de 2023, dedicamos esforços significativos para abordar esse tema a fim de disseminar o conhecimento entre a população, pois essa é a nossa maior arma contra aqueles que acreditam ter carta branca para agir como desejam em nosso país.

Veja essa live e entenda o Novo Arcabouço Fiscal. Assista:




 

Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida


sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

“AGÊNCIA DE RISCO ELEVA NOTA DE CRÉDITO DO BRASIL”. MAS O QUE ISSO SIGNIFICA?


Essa agência está dizendo para os bancos e rentistas que possuem títulos da dívida pública brasileira (inclusive os estrangeiros) que o Brasil é um país que os remunera cada vez melhor!



 
Nesta semana, jornais noticiaram que a agência classificadora de risco Standard & Poor’s melhorou a nota de crédito do Brasil, de “BB-” para “BB”, nível considerado “Especulativo”. Mas o que isso significa?

Essa agência está dizendo para os bancos e rentistas que possuem títulos da dívida pública brasileira (inclusive os estrangeiros) que o Brasil é um país que os remunera cada vez melhor!

A euforia do mercado financeiro foi anunciada no dia em que o governo Lula comunicou ao funcionalismo público que o reajuste salarial em 2024 será ZERO, indicando que fará todo sacrifício para que sobre mais dinheiro para pagar os juros abusivos do Sistema da Dívida.

Adicionalmente, a agência confessou abertamente (acesse aqui) que o ganho garantido a esses rentistas tem sido obtido devido às reformas estruturais aprovadas depois de 2016, ou seja, as contrarreformas da Previdência, Trabalhista, e o arrocho fiscal (teto) imposto pela EC-95 e pelo novo arcabouço fiscal (Lei complementar 200/2023).

Precisa explicar mais?

AUDITORIA DA DÍVIDA JÁ! COM PARTICIPAÇÃO SOCIAL!



Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida


quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Fattorelli comenta fala do presidente Lula sobre dívida para investimento


A coordenadora nacional da ACD entende como correta a fala do presidente, pois o papel correto da dívida pública é servir para investimentos de interesse da sociedade, como fazem os países ricos, e não para especulação. Assista ao vídeo:




O presidente Lula levantou uma questão crucial durante seu discurso no Conselhão, que tem tido grande repercussão na grande mídia. Ele provocou os interesses do mercado, acostumado a ter toda a dívida a seu serviço ao questionar “Qual é o problema de endividar o país para empregar em investimentos?”

A coordenadora nacional da ACD, Maria Lucia Fattorellli, entende como correta a fala do presidente, pois o papel correto da dívida pública é servir para investimentos de interesse da sociedade, como fazem os países ricos, e não para especulação, conforme explica no vídeo curto disponível em nosso canal no Youtube


 

Fonte:  Auditoria Cidadã da Dívida


segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Lula, Bolsonaro, Dilma ou Temer: quem gastou mais no cartão corporativo?


Levantamento da BBC News Brasil no Portal da Transparência mostra que Lula foi o que mais usou o cartão corporativo. Entenda


📷 Foram gastos quase R$ 1,78 bilhão com cartões corporativos de 2004 a 2022, em valores atualizados(foto: Agência Brasil)


O governo de Luiz Inácio Lula da Silva disponibilizou rapidamente uma enorme planilha que detalha dezenas de milhões de reais em gastos públicos com cartão corporativo pelos últimos quatro presidentes (2003 a 2022), retirando o sigilo de milhares de operações.


Desde que os números foram revelados, apoiadores de diferentes governos passaram a discutir nas redes sociais sobre qual presidente teria usado mais o cartão: Lula, Dilma Rousseff, Michel Temer ou Jair Bolsonaro?


A planilha divulgada pelo governo — após pedido da organização especializada em transparência Fiquem Sabendo — não é a fonte ideal para concluir qual deles registrou mais despesas. Os dados do Portal da Transparência, que trazem o total dos gastos com cartão por cada governo, indicam que essa planilha não traz todas as despesas feitas pelos quatro presidentes.



Por isso, a BBC News Brasil fez um amplo levantamento no portal, tanto das despesas totais com cartão, como dos gastos específicos da Presidência da República, em cada governo, desde 2004 (o portal não tem dados anteriores a isso).


 

Os números analisados pela reportagem indicam que, na média anual, a administração Lula foi a que mais gastou com o cartão, tanto quando se considera o total do governo (R$ 111,6 milhões ao ano), como quando se observa apenas as despesas da Presidência (R$ 13,6 milhões). Os valores foram atualizados pela inflação.


Na outra ponta, a administração Temer aparece como a que menos usou o cartão: R$ 66 milhões na média anual de todo o governo, e R$ 6,3 milhões na média anual da Presidência.


Já Dilma e Bolsonaro se alternam. O governo dela aparece como o segundo que mais gastou no total (R$ 105,4 milhões em média), enquanto ele aparece com o segundo maior gasto quando se considera apenas o uso do cartão pela presidência (R$ 11,3 milhões em média).


Considerando os quatro governos, foram gastos quase R$ 1,78 bilhão de 2004 a 2022 com cartões corporativos.


Eis a média anual de cada presidente, calculada após atualização das despesas pela inflação:


Gasto total do governo com cartões (média anual)


Lula: R$ 111.615.995,03

Dilma: R$ 105.359.749,99

Temer: R$ 66.018.287,49

Bolsonaro: R$ 66.859.775,58


Gasto da Presidência com cartão com cartões (média anual):

 

Lula: R$ 13.651.977,23

Dilma: R$ 10.168.224,19

Temer: R$ 6.352.463,95

Bolsonaro: R$ 11.297.276,77


Já na segunda-feira (23/01), uma nova leva de informações trouxe mais detalhes sobre o hábito de consumo presidencial, com a liberação das notas fiscais dessas operações, novamente a pedido da Fiquem Sabendo. Essas notas, porém, foram divulgadas pelo governo em papel físico e e estão sendo escaneadas pela organização. Isso permite saber os itens exatos consumidos no cartão.


A primeira leva digitalizada (cerca de 2,6 mil páginas, 20% do total) revelou que Bolsonaro usou o cartão corporativo para comprar itens como picanha, caviar, filé mignon e camarão, além de combustível para as motociatas que realizava com apoiadores.


A organização está tentando obter acesso também às notas fiscais das despesas dos governos anteriores.


A seguir, a BBC News Brasil explica melhor a diferença entre a planilha divulgada pelo governo e os dados do Portal da Transparência. E detalha também os números de cada governo levantados pela reportagem.


Planilha x Portal da Transparência


O cartão corporativo passou a ser adotado no governo Fernando Henrique Cardoso com objetivo de dar mais agilidade para compras emergenciais e de baixo valor, evitando os trâmites burocráticos de uma licitação. Seu uso, porém, tem sido acompanhado de polêmicas em diferentes governos, já que há operações com valores vultosos pouco transparentes.


Esses cartões são usados não só para despesas diretas do presidente, mas também gastos de diferentes órgãos, como os ministérios ou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que cuida da segurança presidencial. Um uso comum, por exemplo, ocorre em viagens oficiais de autoridades e servidores.


Os gastos com esses cartões são disponibilizados a cada mês no Portal da Transparência, uma ferramenta administrada pela Controladoria Geral da União (CGU) que permite acompanhar as despesas do governo. No entanto, parte do uso do cartão é mantida em sigilo — ou seja, embora o Portal traga os valores totais gastos, não é possível saber os detalhes de parte das operações, como o local da compra, o que foi adquirido e por qual servidor responsável pelo cartão.


A justificativa costuma ser a segurança de autoridades ou garantir o sucesso de ações sigilosas, como operações da Polícia Federal.


📷 A justificativa para manter gastos no cartão corporativo em sigilo costuma ser a segurança de autoridades  (foto: Getty Images)


A organização Fiquem Sabendo, especializada em transparência, chegou a solicitar a queda desse sigilo ao governo Bolsonaro, mas o pedido foi negado. A justificativa da recusa se baseou neste trecho da Lei de Acesso à Informação: "As informações que puderem colocar em risco a segurança do Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição".


Com o fim do mandato de Bolsonaro, portanto, a justificativa para o sigilo caiu e as informações foram disponibilizadas pelo novo governo, junto com despesas de outros presidentes desde 2003, atendendo ao pedido da Fiquem Sabendo.


No entanto, o governo Lula liberou a planilha sem explicar o seu conteúdo, o que levantou muitas dúvidas e questionamentos sobre qual seria exatamente o escopo das despesas divulgadas.


Assim como os números do Portal da Transparência analisados pela BBC News Brasil, o conteúdo dessa planilha indica que os maiores gastos teriam sido realizados pelo atual presidente, nos seus dois primeiros mandatos (2003 a 2010). Seus apoiadores, porém, passaram a argumentar que os dados de Lula incluiriam despesas de todo governo — ou seja, não seriam apenas da Presidência da República, mas também de ministérios.


Segundo essa argumentação, as despesas de Lula estariam infladas em relação a de outros anos, que seriam restritas aos gastos da Presidência da República.


No entanto, essa informação não procede. A BBC News Brasil questionou a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) no dia 13 de janeiro e, após uma semana, o órgão esclareceu que os dados divulgados na planilha se referem apenas a gastos relacionados diretamente aos presidentes, registrados no Portal da Transparência como despesas da Secretaria Especial de Administração da Presidência (unidade gestora identificada pelo código 110001).


Ainda assim, há diferenças entre o conteúdo da planilha e os dados dessa unidade gestora extraídos pela BBC News Brasil diretamente do Portal da Transparência.


Um ponto que não foi esclarecido ainda pelo governo é se os dados incluem gastos dos presidentes em viagens ao exterior, por exemplo. A planilha não parece incluir essas despesas, enquanto a CGU disse à reportagem que "é possível que despesas no exterior componham as transações" dos cartões corporativos.


A nota da Secom diz ainda que está produzindo uma nova planilha das despesas com cartão. "Haverá uma nova publicação em breve, uma vez que alguns registros não foram incluídos na extração original", respondeu o órgão.


A Secom ressaltou ainda que gastos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que foram classificados como sigilosos "permanecerão sem publicação até o posicionamento do GSI acerca da persistência ou não das razões para classificação".


Segundo o órgão, o governo "divulgará, juntamente com a nova planilha, os critérios (escopo) utilizados para extração (dos dados)".


Entenda o levantamento da BBC News Brasil


Diante do argumento de apoiadores de Lula de que não seria possível comparar os gastos no cartão corporativo porque as despesas do petista incluiriam mais órgãos do governo do que as de outros presidentes, a BBC News Brasil fez duas análises.


A reportagem comparou tanto o total gasto por cada governo, como as despesas relacionadas diretamente ao presidente, por meio da Secretaria Especial de Administração da Presidência.


Esses gastos são identificados pela CGU na categoria "cartões de pagamentos do governo federal". Os dados disponibilizados vão de 2004, segundo ano do primeiro governo Lula, até outubro de 2022. Ou seja, os dois meses finais do mandato de Bolsonaro ainda não entraram no sistema.


Em ambos os casos, foi retirada uma média anual dessas despesas para cada governo — como cada um dos presidentes governou por uma quantidade diferentes de anos, não faria sentido comparar o total.


Para essa comparação, o gasto de cada ano foi atualizado pela inflação (IPCA) até dezembro de 2022, e depois foi retirada a média de cada presidente.


No caso de Lula, como o Portal da Transparência fornece apenas dados a partir de 2004, foi feita a média de sete anos de gestão (2004 a 2010), ficando de fora o primeiro ano do mandato.


O valor total gasto pelo governo corrigido pela inflação ficou em R$ 781.311.965,24, dando uma média anual de R$ 111,6 milhões.


Já o gasto da Secretaria Especial de Administração da Presidência somou R$ 95.563.840,61 em sete anos, uma média de R$ 13,6 milhões.


Para Dilma, foram considerados os anos de 2011 a 2015 (cinco anos), já que em 2016 ela foi afastada do cargo em abril. O total do governo deu R$ 526.798.749,95, e a média anual ficou em R$ 105,4 milhões.


A despesa da Secretaria Especial de Administração da Presidência com cartão somou R$ 50.841.120,94 nos cinco anos da presidente (R$ 10,2 milhões em média)


Para Temer, foram considerados apenas 2017 e 2018, já que são os únicos anos completos de mandato, o que significou um total de R$ 132.036.574,98 para o governo e uma média de R$ 66 milhões.


No seu caso, a Secretaria Especial de Administração da Presidência gastou R$ 12.704.927,90 com cartão nos dois anos, ou R$ 6,3 milhões em média.


E, para Bolsonaro, foi feita a média dos quatro anos de governo (2019 a 2022). O total gasto por sua administração com cartões deu R$ 267.439.102,32, com a média anual em R$ 66,8 milhões.


Já a Secretaria Especial de Administração da Presidência somou R$ 45.189.107,08 no cartão. Na média anual, o gasto ficou em R$ 11,3 milhões.


Os dados disponibilizados pela CGU não têm uma apresentação padronizada. O Portal da Transparência mantém apenas dez anos de gastos dos governos (2013 a 2022) para consulta online.


"Isso se deve à necessidade de se manter um volume administrável de dados em disco, de maneira a não comprometer o desempenho do Portal", explicou a instituição.


Já as despesas com cartão corporativo de 2004 a 2012 foram enviadas em planilhas de Excel após a solicitação da reportagem.


Sigilo questionado


Para Gil Castello Branco, secretário-geral da organização Contas Abertas, o cartão corporativo deveria ser destinado, sobretudo, às despesas emergenciais ou imprevisíveis.


"Notadamente quando não há tempo, ou conveniência, para que seja feita uma licitação e que sejam emitidos empenhos e ordens bancárias", ressalta.


Na sua avaliação, é compreensível que algumas despesas sejam sigilosas, como operações da Polícia Federal que não podem ser antecipadas com emissões de notas de empenho, descrevendo previamente os nomes dos agentes, o local, e a data das compras.


"Em fóruns internacionais, são debatidos, inclusive, o sigilo ou não, por exemplo, da padaria onde é comprado o pão para a residência oficial do presidente da República. Supostamente, essa informação facilitaria um eventual atentado", acrescenta.


Na sua avaliação, porém, parte das informações não é divulgada porque as autoridades temem algum constrangimento.


"Costumo dizer que os presidentes não têm salário, e sim poupança. Tudo o que imaginarmos relacionados ao dia a dia da família presidencial e seguranças são pagos pelos cidadãos. E os presidentes, seja quem for, comem iguarias preparadas por chefs famosos, vestem-se bem orientados por estilistas, têm cabeleireiros e outros serviços pessoais à disposição, consomem bebidas alcoólicas, etc", exemplifica.


"São despesas pagas pelos contribuintes que, se reveladas, pensam as autoridades, geram constrangimento perante os eleitores", acredita Castello Branco, que defende a ampla divulgação das despesas com os cartões corporativos, com exceção apenas das que envolvam a segurança do presidente e de seus familiares.


A planilha divulgada pelo governo Lula revela, por exemplo, que todos os quatro presidentes eram clientes do mercado La Palma, um comércio gourmet em Brasília.


No total, a Presidência da República consumiu cerca de R$ 3,6 milhões nas duas unidades do mercado, em valores não atualizados pela inflação. Lula, em oito anos, usou o cartão em compras que somaram R$ 1,175 milhão. Dilma, por sua vez, gastou cerca de R$ 1,2 milhão em pouco mais de cinco anos. Já as despesas de Temer somaram R$ 492 mil em cerca de dois anos e meio. Enquanto Bolsonaro consumiu cerca de R$ 680 mil em quatro anos.


Polêmicas novas e antigas


Essas despesas têm sido alvo de polêmicas desde que o cartão corporativo foi adotado no governo Fernando Henrique Cardoso.


Em 2008, no segundo mandato de Lula, o Senado chegou a instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o uso dos cartões. Um dos investigados foi o então ministro dos Esportes, Orlando Silva (PCdoB-SP), que virou alvo após pagar R$ 8,30 em uma tapioca em Brasília com o cartão corporativo. Ele alegou que se enganou no momento do pagamento e que ressarciu o valor, já que o cartão só poderia ser usado em viagens.


Também sofreu questionamento uma despesa de R$ 20.112 com diárias em hotel e alimentação, em uma viagem ao Rio de Janeiro para qual levou a esposa, sua filha bebê e uma babá. Ele argumentou que estava em agenda oficial e que a presença de sua mulher fazia parte do protocolo da viagem.


Apesar disso, Silva decidiu devolver do próprio bolso R$ 30.870,38 gastos com o cartão em dois anos como ministro.


📷 Gastos em motociatas promovidas pelo ex-presidente também aparece em cartão corporativo(foto: EPA)


No caso de Bolsonaro, algumas despesas também chamam atenção, como gastos elevados com alimentação e abastecimento de combustível em dias que o ex-presidente realizou motociatas com apoiadores.


Segundo levantamento do jornal O Globo, o uso do cartão corporativo soma R$ 1,5 milhão em dias de motociata. A maior parte envolve hospedagens em hotéis de alto padrão (R$ 865.787), alimentação (R$ 580.181), apoio logístico (R$ 36.047) e gasolina (R$ 18.691).


Quando Bolsonaro realizou uma motociata em São Paulo no dia 15 de abril de 2022, por exemplo, o cartão da presidência realizou sete compras no valor total de R$ 62.206 na lanchonete Tony e Thais, que fica em Moema.


Nessa mesma data, também foram gastos no total R$ 2.614,61 em dois postos de combustível.


Após a divulgação desses dados, foi levantado o argumento de que as despesas indicam a possibilidade de o cartão da presidência ter sido usado não só para os gastos da equipe presidencial, mas para fornecer lanches e combustível para os apoiadores que participaram da motociata.


Segundo Gustavo Badaró, professor de Direito Processual Penal da Universidade de São Paulo, se isso tiver ocorrido, o ex-presidente poderia ser enquadrado no crime de peculato (desvio de dinheiro público), que tem pena de 2 a 12 anos de prisão, além de multa.


Além disso, poderia ser cobrado a ressarcir os cofres públicos na esfera civil.


Outras despesas podem levantar esse tipo de suspeita. A planilha revela que Bolsonaro gastou R$ 55 mil em uma padaria no Rio de Janeiro um dia após a festa de casamento do seu filho Eduardo Bolsonaro, que ocorreu na cidade em 25 de maio de 2019.


- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-64380490


Fonte: Estado de Minas 


quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Filhos de Renan Calheiros e Jader Barbalho serão ministros de Lula


Jader Filho assumirá a pasta de Cidades, enquanto Renan Filho ficará com os Transportes




O empresário Jader Filho e o ex-governador de Alagoas Renan Filho serão ministros do governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os dois, que são filhos dos senadores Jader Barbalho (PA) e Renan Calheiros (AL), respectivamente, representarão o MDB na Esplanada, assim como a senadora Simone Tebet, indicada para o Ministério do Planejamento.

Jader Filho, que é irmão do governador do Pará, Helder Barbalho e presidente do diretório do MDB no Pará, comandará a pasta de Cidades. Já Renan Filho assumirá o Ministério dos Transportes. Os nomes dos dois foram indicados pelas bancadas do MDB na Câmara e no Senado e aceitos por Lula em uma reunião com integrantes do partido na tarde desta quarta-feira (28), em um hotel na capital federal.

O anúncio oficial dos nomes deve ser feito nesta quinta-feira (29), assim como os nomes dos demais ministros ainda não anunciados. Oficialmente, 16 nomes ainda precisam ser apresentados, embora grande parte deles já esteja definida. Entre os ministros a serem apresentados ainda estão Marina Silva (Meio Ambiente), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Reginaldo Lopes (Desenvolvimento Agrário), além de Tebet, já citada acima.

Fonte: O Tempo


CNN Brasil

A Polícia Federal indiciou o senador Renan Calheiros (MDB-AL) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As investigações apontam que o senador, que hoje é relator da CPI da Pandemia, pediu e recebeu R$ 1 milhão em propina da Odebrecht em 2012. 3 de jul. de 2021



O Liberal


Apesar de acusado em delação, Jader Barbalho nega ter recebido propina. 26 de mai. de 2017



domingo, 19 de setembro de 2021

“Percebi logo que a Lava Jato era parte de um golpe contra o Brasil”, diz Brian Mier


O jornalista, em entrevista à TV 247, expôs a cooperação entre a força-tarefa da Lava Jato e as autoridades americanas. Ambas estavam empenhadas em dar um “golpe” no Brasil, denunciou. Assista


Brian Mier e Sergio Moro

247 O jornalista Brian Mier, em entrevista à série ‘Grandes Jornalistas’, da TV 247, afirmou que a Operação Lava Jato, que prendeu injustamente o ex-presidente Lula, promoveu um “golpe” articulado pelos Estados Unidos. Desde 2015, Mier vem denunciando ao público internacional a cooperação entre a força-tarefa da Lava Jato e autoridades estadunidenses.

“Eu sabia desde o início, lembrando daquela caça às bruxas do mensalão. Estou no Brasil desde 1991, menos de 1995 a 2000. Eu lembrei do mensalão, porque eu nunca confiei na Lava Jato. Também identifiquei que um golpe estava em andamento desde 2013. Vimos como o New York Times estava mudando a narrativa para enquadrar o Brasil como um ‘país de perdedores’, quase um Estado falido, com a pior corrupção de todos os tempos. Nesse momento eu começo a rebater. Um golpe estava chegando, tinha algo errado com a Lava Jato, que estava trabalhando com o Departamento de Justiça, e isso nunca pode ser bom para um país. Desde 2015 ou 2016 eu publiquei mais de 60 matérias sobre a Lava Jato em inglês, e, principalmente, desde o início mencionando o envolvimento do governo dos Estados Unidos”, contou.

Brian Mier denunciou os acordos de leniência com autoridades estrangeiras. Desde os pagamentos, a mídia estrangeira não cobre mais a Lava Jato. “Houve um blecaute na mídia anglo em 2016, quando a Corte do Distrito Sul de Nova York multou em 3,5 bilhões de dólares a Petrobras e a Braskem. Isso entrou na mídia, no New York Times, Washington Post e Guardian, como a maior multa já cobrada pelo Departamento de Justiça sobre uma empresa estrangeira, através de uma lei chamada Lei sobre Práticas de Corrupção no Exterior. Depois daquele momento, sumiu qualquer menção aos Estados Unidos na Lava Jato. Quando eu escrevi que existia uma parceria com o Departamento de Justiça falavam, ‘você é um teorista da conspiração’. Como? Você pode abrir no site do Departamento de Justiça e ler que ele está falando sobre a parceria com a Lava Jato. É um absurdo”, completou.


TV 247

O jornalista Leonardo Attuch entrevista o jornalista Brian Mier sobre sua trajetória profissional e os desafios do jornalismo no Brasil.

35:00 "Percebi logo que a Lava Jato era parte de um golpe contra o Brasil", diz Brian Mier

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quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Defesa de Lula vai à Justiça para OAS cumprir decisão e devolver dinheiro de apartamento no Guarujá


Segundo o advogado Cristiano Zanin, a defesa entrou com pedido após o TJSP reconhecer a existência do crédito em favor do espólio de Dona Marisa até o momento a empreiteira não ter devolvido o dinheiro


(Foto: Reuters | Reprodução)

247 - A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cuida do espólio da ex-primeira-dama Marisa Letícia, ingressou com ação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) contra a empreiteira OAS para que ela restitua R$ 662,4 mil referente a cotas da compra do apartamento no edifício Solaris, no Guarujá. 

Segundo o advogado Cristiano Zanin, a defesa entrou com pedido após o TJSP reconhecer a existência do crédito em favor do espólio de Dona Marisa até o momento a empreiteira não ter devolvido o dinheiro.

A Lava Jato acusou falsamente Lula de ter recebido um triplex no Guarujá como suposta retribuição por contratos assinados entre o Grupo OAS e o governo federal, mas os advogados do petista provaram que ele nunca recebeu nem foi dono do imóvel, que pertencia à OAS e foi inclusive dado em garantia de um empréstimo feito à Caixa Econômica Federal.

Os advogados ainda demonstraram que dona Marisa Letícia pagou, em prestações à cooperativa Bancoop, parte de uma cota que lhe daria direito a um apartamento no local, mas desistiu do negócio quando o empreendimento foi transferido à OAS. Ainda viva, a ex-esposa de Lula requereu a devolução dos valores pagos ao banco, que deverá ser feita diante de determinação do TJSP.

“Requer-se seja dado início à execução provisória da sentença, com a intimação da ré OAS, na pessoa de seus advogados constituídos, para que pague o valor atualizado da condenação, que em setembro de 2021 é de R$ 662.473.32 (seiscentos e sessenta e dois mil, quatrocentos e setenta e três reais e trinta e dois centavos), conforme cálculo descritivos anexos, sob pena da aplicação de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento”, diz a defesa no pedido.


TV 247

Tribunal de Justiça de São Paulo divulgou nesta quarta-feira, 26 de maio, acórdão sobre a decisão que determinou à OAS devolver ao espólio de Marisa Letícia Lula da Silva os valores que ela pagou pela cota de um apartamento simples no empreendimento, que nunca foi entregue a ela nem à família do ex-presidente Lula.

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Internautas querem Moro preso após carta de Léo Pinheiro expor um crime brutal da Lava Jato


Nome do ex-juiz é um dos assuntos mais comentados nas redes após o empreiteiro Léo Pinheiro escrever uma carta desmentindo sua própria delação com acusações contra o ex-presidente Lula


 (Foto: Reprodução/Twitter)

247 O nome ex-juiz Sérgio Moro é um dos assuntos mais comentados nas redes após o empreiteiro Léo Pinheiro escrever uma carta desmentindo sua própria delação com acusações contra o ex-presidente Lula. 

Internautas apontam que Moro foi o principal personagem que, em nome da força-tarefa, quebrou a economia do Brasil e promoveu um achincalhamento contra o petista. 


Saiba mais 

 Na carta escrita em maio e anexada ao processo em junho, Pinheiro disse que nunca autorizou ou teve conhecimento de pagamentos de propina às autoridades citadas no caso. Também disse que não houve menção sobre vantagens indevidas durante o encontro ocorrido na Costa Rica. Esse documento foi uma das bases da defesa de Lula, liderada pelo advogado Cristiano Zanin, para solicitar à Justiça de São Paulo o arquivamento da investigação.

Na carta escrita de próprio punho, Pinheiro afirmou também que não sabe informar “se houve intercessão do Ex. Presidente Lula junto à Presidente (ex) Dilma e/ou Ex. Ministro Paulo Bernardo”. “A empresa OAS não obteve nenhuma vantagem, pois inclusive não foi beneficiada por empréstimos do BCIE – Banco Centro Americano de Integração Econômica. Não sabendo informar se houve efetividade da solicitação do Presidente do BCIE, senhor Nick Rischbieth Alöe junto ao senhor Ex. Presidente Lula e demais autoridades citadas”, concluiu Pinheiro.

Veja a repercussão:


 

 

 

 

 


LÉO PINHEIRO ESCREVE CARTA DE PRÓPRIO PUNHO E VOLTA ATRÁS EM ACUSAÇÕES CONTRA LULA | Cortes 247

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terça-feira, 24 de agosto de 2021

Lula se reúne com Eunício, que votou pelo impeachment de Dilma


O objetivo é firmar um movimento do ex-presidente com outras lideranças que disputaram as eleições nos últimos anos


O deputado e o ex-presidente mantiveram diálogo nos últimos anos, mesmo sendo opositores políticos (foto: Twitter/Reprodução )

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou, em agendas diferentes, com os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Cid Gomes (PDT-CE) e o ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), em Fortaleza, nesta segunda-feira (23/8).



 As reuniões ocorreram com o objetivo de firmar um movimento do ex-presidente com outras lideranças que disputaram as eleições nos últimos anos, focando na sua possível candidatura presidencial em 2022 e em oposição a Jair Bolsonaro.

Lula foi ao Ceará na companhia da presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT) e do ex-deputado estadual Ilário Marques (PT-CE). O encontro com Tasso durou aproximadamente uma hora e ocorreu no escritório particular do tucano.

De acordo com a assessoria de imprensa do deputado, a conversa focou no cenário atual da política brasileira, na importância da defesa intransigente da democracia, no fortalecimento das instituições e no compromisso de resistência a qualquer ato ou medida que ponha em risco a democracia no Brasil. Jereissati informou ainda que não formou nenhuma aliança eleitoral.

O deputado e o ex-presidente mantiveram diálogo nos últimos anos, mesmo sendo opositores políticos. Durante a prisão de Lula, o senador enviou uma carta de solidariedade após a morte do neto do petista, em março de 2019.  

Após o encontro, Lula se reuniu com o senador Cid Gomes (PDT), irmão do ex-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes, que vem atacando o petista nos últimos meses. Além disso, ele encontrou com o governador Camilo Santana (PT) e teve uma agenda com o ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB).

Lula tem se encontrado com políticos do centro e deu sinais de que está planejando formar aliança com outros partidos além da esquerda, para se opor a Jair Bolsonaro na próxima eleição. De acordo com aliados do ex-presidente, o partido mais próximo é o PL, legenda "número 2" no bloco formado pelo Centrão e que hoje declara apoio a Bolsonaro.

No Ceará, PSDB e PT podem continuar sendo opostos, e os tucanos caminham para firmar aliança com o PDT, enquanto a legenda petista fala em candidatura própria.

Com informações de Estadão Conteúdo

Fonte: Estado de Minas


TV Senado

Eunício espera pelo menos 50 votos favoráveis ao encaminhamento do impeachment de Dilma - 11 de mai. de 2016

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E o golpe ????



 

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