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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Em nota, entidade de Direitos Humanos apoia decisão do STF de prender deputado Daniel Silveira


É tal o nível de isolamento político do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), preso pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns emitiu uma nota oficial, nesta quarta-feira (17), afirmando que poia integralmente a decisão corte máxima e que aguarda que a prisão do parlamentar bolsonarista seja mantida pela Câmara dos Deputados.



É tal o nível de isolamento político do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), preso pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns emitiu uma nota oficial, nesta quarta-feira (17), afirmando que poia integralmente a decisão corte máxima e que aguarda que a prisão do parlamentar bolsonarista seja mantida pela Câmara dos Deputados.

A Câmara irá decidir nesta quinta-feira (18), às 10h, se mantém ou revoga prisão do deputado Daniel Silveira. São necessários 257 votos para manter o político preso, confirmando a determinação do plenário do Supremo.

A entidade de direitos humanos disse que espera a instauração de procedimento ético-disciplinar na Câmara, em face da gravidade do caso e da reincidência do parlamentar.

“Assim estará preservada a democracia”, diz um treho da nota da Comissão Arns.

Mas a tendência é a Câmara dos Deputados “relaxar” a prisão de Daniel Silveira, por considerá-la inconstitucional, no entanto, poderá aplicar-lhe a perda do mandato com a cassação no Conselho de Ética. Ou seja, a liberdade será trocada pelos direitos políticos.

Mesmo tendo a prisão relaxada pela Câmara e a cassação de seu mandato se efetivar, Daniel Silveira ainda poderá continuar réu em denuncia proposta pela PGR ao Supremo.

A seguir, leia a íntegra da nota da Comissão Arns:


Nota à Imprensa

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns acompanha estarrecida o episódio da manifestação contrária às Instituições e ao Supremo Tribunal Federal (STF) feita pelo parlamentar Daniel Silveira (PSL-RJ), com ofensas ao STF e seus ministros e incentivo de violência contra eles, atitude em que é reincidente. O Supremo reagiu decretando a prisão do deputado, em flagrante delito, sem direito à fiança, nos termos da Constituição Federal, decisão confirmada por unanimidade pelo Plenário do Tribunal, a que se seguiu o oferecimento de denúncia pelo Procurador Geral da República contra o autor do discurso de ódio.

A liberdade de expressão é um esteio do Estado de direito, mas não se coaduna com a propagação do ódio e o claro incentivo à violência. A imunidade parlamentar protege a democracia e não pode e não deve ser usada para atentados ao Estado de Direito. O incentivo à violência contra as instituições democráticas não faz parte do mandato parlamentar, é absolutamente contrário à missão do Parlamento, pelo que a imunidade constitucional não pode incidir no caso.

A Comissão Arns apoia integralmente a decisão do STF e aguarda que seja mantida pela Câmara dos Deputados, com admissão da denúncia oferecida, se já recebida, e com determinação da instauração de procedimento ético-disciplinar, em face da gravidade do caso e da reincidência do parlamentar. Assim estará preservada a democracia.

Comissão Arns – 17 de fevereiro de 2021

Fonte: Blog do Esmael


Independente

STF prende Daniel Silveira com base na Lei de Segurança Nacional. E Câmara tem palavra final

Assista ao VÍDEO



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sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

OAB denuncia governo federal à OEA por atuação no combate à pandemia


Petição assinada pelo presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, afirma que o Estado brasileiro violou artigos da Convenção Americana de Direitos Humanos e pede apuração da conduta do governo brasileiro.


O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) apure a atuação do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus.

Na denúncia, o órgão afirma que o Estado brasileiro violou artigos da Convenção Americana de Direitos Humanos. O documento, assinado pelo presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, foi enviado à comissão nesta quarta-feira (20), segundo informou Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (21).


 

 Na petição, a OAB alega "omissão [do governo federal] em solucionar o colapso do sistema de saúde brasileiro, sobretudo da cidade de Manaus (AM), determinando o imediato cumprimento dos tratados internacionais assumidos em matéria de direitos humanos, resguardando o direito à saúde e à vida, garantindo tratamento adequado".

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil pede ainda que a comissão solicite ao governo cópias de todos os documentos oficiais relacionados à gestão de recursos federais ao Amazonas.

Fonte: Sputnik Brasil


sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Mais um pedido de impeachment para a conta do presidente Jair Bolsonaro. No total, incluindo aditamentos e pedidos rejeitados e retirados pelos autores, foram 59 solicitações de afastamento.




 Art. 5º, 7º e 9º da Lei de Impeachment

O advogado e pesquisador Lauro Chamma Correia se encontra preso em penitenciária paulista desde 2018 acusado de ter roubado e estuprado mulheres em São Paulo. Ele é autor do 41º pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro.

Devido às acusações enfrentadas pelo denunciante, a Agência Pública não entrou em contato para entrevista. Sua denúncia foi lida e resumida pela reportagem. 

Correia é o segundo detento a pedir o impedimento do presidente e lembra que, segundo o artigo 14 da lei 1079/50, “é permitido a qualquer cidadão denunciar o Presidente da República ou Ministro de Estado por crime de responsabilidade perante a Câmara dos Deputados”. 


Resumo do pedido

O pedido de impeachment protocolado por Lauro Chamma Correia possui treze páginas escritas à mão. Assinado em 23 de novembro de 2020, o documento só foi protocolado pela Câmara dos deputados no dia 9 de dezembro, e aguarda a análise do presidente da casa ao lado de outros 40 pedidos.

O autor, que está preso desde 2018 por acusação de estupro, denuncia Jair Bolsonaro por crime de responsabilidade por desrespeitar os direitos humanos. Entre as supostas infrações do denunciado, estariam o que o pedido classifica como “desfiguração” do antigo Ministério dos Direitos Humanos, hoje chamado Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH), sob comando de Damares Alves, além da “pulverização” do Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura.

Além disso, Bolsonaro teria se afastado da responsabilidade de assegurar tratados internacionais de direitos humanos firmados pelo Brasil, o que implicaria crime de responsabilidade pelo artigo 5º da lei de Impeachment.

Como provas das acusações, o autor indica que a Câmara dos Deputados acesse seis documentos em diferentes órgãos públicos, entre eles a cópia de um processo que tramita no MMFDH, e as cópias de processos e petições envolvendo Bolsonaro na Comissão Internacional de Direitos Humanos da ONU. O autor também sugere outros 14 documentos suplementares para o processo, incluindo todas as petições, manifestações e representações que ele já impetrou no Ministério Público no período em que se encontra preso.

Anexada ao pedido a pedido do denunciante está também uma carta enviada pelo autor à Comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet.

Segundo o Correia, desde fevereiro de 2019 ele envia correspondências ao órgão internacional denunciando violações de direitos humanos cometidas pelo governo Bolsonaro. Nessa última carta, ele diz que centenas de pessoas estão sendo presas, torturadas e mortas por agentes estatais no Brasil, incluindo ele próprio, e pede ajuda da comissária para tomar providências, uma vez que “não há interesse do Estado brasileiro em ouvir minha história”.


Pedido 0041 na íntegra



Os pedidos de impeachment de Bolsonaro

Ao todo, 1459 pessoas e organizações assinaram pedidos deimpeachment do presidente Jair Bolsonaro até meados de agosto. Dos 55 pedidos enviados ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e recebidos pela casa, apenas um foi arquivado até hoje. No total, incluindo aditamentos e pedidos rejeitados e retirados pelos autores, foram 59.


terça-feira, 14 de julho de 2020

Bolsonaro é denunciado na ONU por descaso na proteção dos povos indígenas na pandemia



Representação é do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que questiona vetos do presidente que desobrigam governo de fornecer água e prestar atendimento médico


Por Revista Fórum

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) denunciou o presidente Jair Bolsonaro ao Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU por descaso na proteção dos povos indígenas. O ofício enviado pelo parlamentar cita os diversos vetos do presidente que desobrigam o governo federal de fornecer água potável, higiene e leitos hospitalares a indígenas, em legislação de proteção dessas comunidades durante a pandemia de coronavírus.

Em despacho ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, publicado no Diário Oficial da União (DOU) do último dia 8 de julho, Jair Bolsonaro vetou, entre outros artigos, o acesso universal a água potável no Projeto de Lei nº 1.142, de 2020, que “dispõe sobre medidas de proteção social para prevenção do contágio e da disseminação da Covid-19 e cria um plano emergencial de enfrentamento ao coronavírus nos territórios indígenas”.

Ao justificar o veto, Bolsonaro diz que permitir acesso à agua potável aos indígenas “cria despesa obrigatória ao Poder Público”, citando como fontes da decisão os Ministérios da Economia, da Saúde, da Justiça e Segurança Púbica e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Outra medida vetada pelo presidente, pela mesma justificativa de “criação de despesa ao poder público” é a “distribuição gratuita de materiais de higiene, de limpeza e de desinfecção de superfícies para aldeias ou comunidades indígenas”.

Bolsonaro ainda vetou a compra de respiradores e máquinas de oxigenação sanguínea e a oferta emergencial de leitos hospitalares e de unidade de terapia intensiva (UTI).



Na última semana (9), durante o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), um grupo de organizações mencionou os vetos de Jair Bolsonaro às medidas de apoio aos povos indígenas em razão da pandemia do novo coronavírus. O Governo Federal “vetou aspectos essenciais do plano emergencial indígena para a COVID-19, como o acesso à água”, ressaltou o pronunciamento.

A menção ocorrida na ONU diz respeito aos vetos no Projeto de Lei (PL) nº 1142/2020 que dispõe sobre medidas de apoio aos povos indígenas em razão da pandemia do novo coronavírus. O PL teve dezesseis importantes artigos vetados pelo presidente Bolsonaro, sendo o projeto de lei mais vetado em toda história do país.

Em nota emitida na quarta feira (8), o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) sustentou que a oposição de Bolsonaro ao plano emergencial reafirma “o preconceito, o ódio e a violência do atual governo em relação aos povos indígenas, quilombolas e populações tradicionais”. A justificativa do presidente para os vetos baseia-se exclusivamente na falta de orçamento, o que é desmentido pela recente aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 10/2020 pelo Congresso Nacional



No Twitter




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terça-feira, 16 de junho de 2020

Damares omite dados de violência policial para blindar governo de protestos, diz analista




Por: Sputnik Brasil

A pasta liderada pela ministra Damares Alves excluiu informações sobre violência policial de relatório de 2019 sobre denúncias enviadas ao governo federal. A Sputnik Brasil ouviu um sociólogo e um especialista no tema, que apontam que esconder dados se tornou uma tendência do governo.

Em 2017 e 2018, o relatório apresentava os dados sobre violações de direitos humanos cometidas por policiais, denúncias acumuladas através do Disque 100. O canal foi criado em 1997 e a partir de 2003 tornou-se responsabilidade do governo federal. Atualmente, o canal é administrado pelo Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos, liderado pela ministra Damares Alves.

Nos anos anteriores, os dados apontaram aumento da violência policial no Brasil. Em 2016, foram 1.009 denúncias registradas, o que aumentou para 1.319 no ano seguinte e 1.637 em 2018. Em nota enviada a uma reportagem publicada pelo jornal O Globo, o Ministério afirmou que e exclusão dos dados foi técnica e falou em divulgação posterior após "estudo aprofundado", alegando inconsistências nas informações.

Para José Ricardo Rocha Bandeira, especialista em segurança pública e presidente do Conselho Nacional de Peritos Judiciais (CONPEJ), a alegação de inconsistência do governo não é verdadeira, uma vez que as informações já haviam sido divulgadas no mesmo formato em anos anteriores.

  • "A supressão desses dados a respeito da violência policial é algo muito grave. Muito grave porque, primeiro a justificativa do governo federal alegando inconsistência nos dados não procede, porque esse é um modelo que já vinha sido adotado, é um modelo utilizado, e nunca tivemos problemas com esse tipo de análise e inserção de dados", afirma o especialista em entrevista à Sputnik Brasil.




O presidente do CONPEJ também vincula a omissão dos dados com a onda de protestos contra o racismo e a violência policial, que se espalhou pelo mundo após o assassinato de George Floyd, nos Estados Unidos.

  • "Infelizmente o governo federal decide omitir esses dados em um momento em que nós estamos vivendo diversas manifestações ao redor do mundo justamente devido à violência policial. E o governo federal, sem dúvida alguma, ao omitir esses dados pretende de alguma forma se resguardar para que esses movimentos em defesa dos direitos humanos e contra a violência policial não cresçam no Brasil", afirma.

Manifestantes durante cerimônia em memória de 
George Floyd, assassinado pela polícia em Minneapolis, 
Minnesota (EUA), 4 de junho de 2020

Sonegação de dados é típica de governos autoritários, diz sociólogo

A exclusão ou questionamento de dados pelo governo federal comandado pelo presidente Jair Bolsonaro não é novidade. Em 2019, dados do INPE sobre desmatamento no Brasil foram amplamente questionados pelo governo. Já neste ano, o episódio da exclusão de dados sobre os mortos durante a pandemia da COVID-19 em relatório do Ministério da Saúde, tornou-se episódio notório.

  • "Mais uma vez o governo federal opta pela estratégia de omissão de dados. Assim como feito recentemente no que diz respeito aos dados da COVID-19, da pandemia, onde o governo decidiu também alterar o modelo de exibição desses dados", afirma o especialista em segurança pública.

Policiais de UPPs durante operação na Cidade de Deus e na 
Comunidade do Karatê, no Rio de Janeiro (arquivo)

Para o sociólogo Alexandre Magalhães, professor do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o caso da omissão de dados de violência policial também se relaciona com o da COVID-19.

  • "Quando as informações sobre determinadas questões expõe alguma tragédia social ou ambiental em curso, o governo atual busca maneiras de impedi-las de vir a público", afirma o sociólogo em entrevista à Sputnik Brasil.




O pesquisador acrescenta que considera essa medida parte de um "esforço contínuo" do governo federal de esconder informações sensíveis.

  • "Há um esforço contínuo de sonegação de informações importantes em domínios dos mais distintos, desde aqueles relacionados ao combate à corrupção, como aconteceu com o extinto COAF [o Conselho de Controle de Atividades Financeiras foi renomeado em 2019 e agora se chama Unidade de Inteligência Financeira], como lembramos bem, passando pela destruição ambiental até a omissão de dados sobre a violência policial. Tal política de sonegação de dados e informações é típica de governos autoritários que buscam esconder as mazelas e problemas de suas sociedades - já que não têm interesse algum em resolvê-las - e impossibilitar qualquer tipo de controle social e democrático", aponta.


Omissão de dados retarda políticas públicas e silencia movimentos

O especialista em segurança pública, José Ricardo Rocha Bandeira, ressalta que a falta dos dados prejudica a elaboração de políticas públicas no setor e pode influenciar a atuação das polícias. Para ele, chama a atenção o fato de que a omissão de dados vem em um momento em que parte da política institucional defende o aumento da letalidade e do enfrentamento policial no combate ao crime.

  • "Porque eles acreditam que uma polícia mais letal, uma polícia que enfrenta mais, é uma polícia capaz de reduzir os índices de violência e de criminalidade, coisa que nós já sabemos que não é verdade. Há mais de 30 anos que nós temos uma política de enfrentamento no Brasil e nós não conseguimos reduzir nenhum número de violência ou de criminalidade nas principais regiões do país", afirma o especialista.


O sociólogo Alexandre Magalhães avalia que a estrutura policial brasileira é um resquício da Ditadura Militar e que a atuação da sociedade civil tem sido fundamental para melhorar os dados sobre a violência da polícia no Brasil.

  • "Apenas para se ter uma ideia, somente as polícias do Rio de Janeiro mataram mais de 1,8 mil pessoas em 2019. E, ao que tudo indica, mesmo com a pandemia, [em 2020] esse número deve ficar muito próximo ou mesmo ultrapassar o recorde macabro", diz.


Ao longo do mês de abril deste ano, a polícia do Rio de Janeiro bateu recordes de letalidade, tendo sido responsável pela morte de 177 pessoas, apesar das restrições impostas pela pandemia no estado. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, esse foi o mês de abril mais violento da história fluminense.

No Rio de Janeiro, manifestantes protestam contra a
 violência policial nas favelas e contra o racismo,
 em 7 de junho de 2020.


Sem dados, situação pode piorar ainda mais

Bandeira lamenta a situação atual e aponta que mesmo a divulgação dos dados com atraso pode ser um problema, tendo em vista a atual política de segurança pública. O atraso nos dados, segundo ele, impede a sociedade civil de se organizar propriamente e demandar melhoras.

  • "Nós, infelizmente, temos uma verdadeira política de extermínio nas periferias dos grandes centros do Brasil. Jovens, negros e pobres têm morrido indiscriminadamente nas periferias. Nós temos uma política de encarceramento que é extremamente preconceituosa. Então o jovem que não é morto devido à violência nas periferias, ele será encarcerado, 70% da nossa população carcerária é composta por jovens, negros e pobres", ressalta o especialista.

Neilton Pinto chora durante o funeral de seu filho, 
João Pedro Pinto, de 14 anos. De acordo com testemunhas, 
o adolescente foi baleado durante operação policial contra 
traficantes em São Gonçalo, no Rio de Janeiro.

Na mesma linha, o sociólogo Alexandre Magalhães ressalta que movimentos sociais denunciam a violência policial como parte da gênese da instituição.

  • "Considerando o surgimento e o desenvolvimento dessas instituições ao longo da nossa história, vemos de forma cabal que elas não foram criadas para garantir a segurança da população. Ou melhor dizendo, elas foram criadas para garantir a segurança de uns e suas propriedades em detrimento de outros. Isto é, alguns precisam ser sacrificados para que outros possam continuar vivendo e consumindo. Não à toa, uma das reivindicações coletivas de movimentos sociais negros e periféricos é a desativação dessa máquina de guerra racista e violenta", conclui Magalhães.
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sexta-feira, 3 de maio de 2019

Bolsonaro recebe pedido de Damares Alves para deixar o governo



Cansada, com problemas de saúde e ameaçada de morte, a estrela mais vistosa entre os evangélicos da gestão já avisou ao presidente que quer sair

Veja - A ministra Damares Alves é a estrela mais vistosa da constelação de evangélicos do universo político. Há alguns dias, ela se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro para discutir seu futuro. Depois de fazer um balanço das atividades do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares comunicou que vai deixar o cargo. Alega que está cansada e precisa cuidar da saúde, que anda debilitada.

Desde que assumiu o comando da Pasta, há quatro meses, a ministra enfrenta uma rotina estressante — mas com um ingrediente incomum: Damares recebe ameaças de morte. Com isso, ela abandonou sua residência, em Brasília, e passou a morar num hotel, cujo endereço é mantido em segredo. Por recomendação do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), Damares também não costuma antecipar a agenda, circula pela cidade escoltada e um segurança fica postado na entrada de sua sala durante todo o expediente.

As informações estão em reportagem da edição de VEJA desta semana. Na manhã desta sexta-feira, 3, após a publicação da matéria, a ministra divulgou a seguinte nota: “Informo que não pretendo sair do governo”.

Conforme registra a reportagem, Damares informou a Bolsonaro que deixará o ministério apenas quando tiver concluído a revisão dos principais programas da Pasta. A ministra explicou ao presidente que não tem mais condições físicas e emocionais para suportar por muito mais tempo as demandas que o cargo impõe. Bolsonaro, ao ouvir as queixas, desdenhou: “Você vai sair, mas daqui a quatro anos”. A ministra avisou que permanecerá no cargo, no máximo, até dezembro deste ano.

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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Doria faz uso indevido da imagem de sem teto, promete almoço e desaparece


Gerson e Doria


“Eu poderia processar ele”: exposto sem autorização no Facebook, o sem teto Gerson espera o almoço que Doria prometeu. Por Zambarda


A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) fica na Rua Libero Badaró, a poucos metros da Prefeitura de São Paulo.

Ali em frente vive o mendigo Gerson, de 41 anos, que ficou famoso após estrelar uma publicação do prefeito João Doria Jr. no Facebook.

Doria passava pela área, viu Gerson e achou que a cena renderia. Câmeras flagraram o “encontro”. Sua equipe fez o resto do serviço.

O nome de sua filha foi citado. “A mãe dela a proibiu de ver o pai por conta do alcoolismo”, lê-se.

O post de 13 de janeiro teve 186 mil curtidas e mais de 40 mil compartilhamentos na rede. Um público equivocado de esquerda pagou mico inventando que ele era “fake”, alguém fantasiado. A realidade é pior.

Gerson não autorizou o uso de sua imagem como peça de propaganda política. Ele contou ao DCM que não gostou do comportamento de Doria, do assédio da mídia e de como a fotografia foi divulgada sem o seu consentimento.

“Quando o prefeito passou por aqui, eu pedi pra ele parar de tirar os moradores de rua. Eu tava bravo porque o ‘rapa’ tava levando os cobertores de todo mundo. Mas, depois, ele disse que me ajudaria”, afirma.

“Nunca pedi nada pro Doria. Só peço dinheiro sempre porque vivo na rua, como peço agora pra você. Ele prometeu almoçar conosco, algo que não cumpriu até agora”.

Gerson possui problemas psiquiátricos e recebe tratamento. “Estou bem melhor hoje porque tenho assistência”, declara.

Tem dois amigos. Um deles é Paulo César Vieira Sousa, que foi também fotografado por Doria sem camisa e ilustrou uma reportagem da Veja sobre doações de sabonete e xampu a abrigos. O outro é o senhor Natalino, o “Natal”.

Paulo César

“Foi só a foto girar na internet que vieram a Globo, o SBT e a Veja aqui. Só que nenhum deles ouve direito a história e chegaram a divulgar que eu era um mendigo falso. Dividimos a comida e temos ajuda da Secretaria de Direitos Humanos”, comenta.

“Eu poderia processar o prefeito por ter tirado foto sem a minha autorização. Mas não vou fazer isso. Dá muito trabalho”.

No Facebook, Doria elogia uns tais “Espaços Vida, que vão ajudar o Gerson e as mais de 16 mil pessoas que vivem nesta situação a terem oportunidades de uma vida mais digna”. Um factoide.

Há um pedido da Secretaria de Direitos Humanos para que o retrato seja retirado do Facebook por causa da exposição indevida de uma pessoa em situação de rua.

A Secretaria de Comunicação teria concordado, mas a imagem continua na rede social. A tramitação do requerimento está emperrada por conta da transição da gestão Haddad para a atual. A equipe de DH deve ser substituída em breve.

Ainda que o apelo de Direitos Humanos chegue ao gabinete do prefeito, é pouco provável que ele seja respeitado. O estilo populista de Doria é baseado nesse tipo de estratégia barata, de vale tudo eleitoreiro.

Os amigos Paulo César e Natal reclamaram que a prefeitura não foi ajudá-los com as chuvas recentes na cidade. “Não fizeram nada por nós ainda. Eu tomei banho é na chuva”.


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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Bate soldado, cabeça de papel, quem não bater direito vai preso no quartel




Acabou a diplomacia. Temos uma justiça seletiva. E os " cães " dos golpistas vão vir para cima do povo. Chega de sermos passivos. Uma garota ficou cega de um olho esquerdo. É hora de invadirmos e colocar os golpistas para fora do planalto com a força do povo. Vamos colocar esses lixos em uma lata de lixo. O policial que vir para cima da população a mando dos golpistas sarnentos e porcos maçons para nos agredir, lembre-se, nós pagamos sua farda, salário, arma e munição. Fiquei surpreso nos atos de protestos, os sites das corregedorias de polícia foram temporariamente tirados do ar. STF, não iremos tolerar policiais bandidos usando farda e arma pago com dinheiro público vir agredir a população. Temos muitas mídias, iremos denunciar em todos os cantos desse planeta o golpe no Brasil. Vamos reagir! Amarrem seus cães na coleira, ou vamos acabar com a instituição policial corrupta.




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sábado, 2 de julho de 2016

Em frente a embaixada de Israel em Ancara, Turcos gritam: "Morte a Israel!"




Muçulmanos turcos reuniram em frente à embaixada israelense em Ancara para expressar solidariedade com os palestinos.

Aceitando a convocatória da Organização dos direitos humanos e solidariedade para as pessoas oprimidas, cidadãos comuns e varias ONGs se reuniu na sexta-feira por ocasião do Dia Mundial da Al-Quds.

Indignado gritavam "Morte a Israel e patrocinadores regionais de sionistas”!”““,” Viva a Intifada palestina e unidade da comunidade muçulmana" e assim como “Israel! fora da Palestina", a fim de defender a nação palestina contra as atrocidades e crimes do regime de Tel Aviv.

Por sua parte, o diretor de Mazlumder, Omer Faruk Unsal, disse que os muçulmanos devem defender a libertação de Al-Quds (Jerusalém) e apoiar os seus irmãos e irmãs palestinos. "Nós não podemos sentir-nos em paz até que a nação palestina se livre totalmente de ocupação israelense", disse ele.

Ele também expressou sua oposição clara ao acordo selado em junho passado 26 entre Ankara e regime de Tel Aviv para normalizar as relações bilaterais congeladas após o assalto protagonizado em maio 2010 por soldados israelenses contra um comboio humanitário turco que viajava para Gaza Gaza para entregar ajuda.

No ataque, 10 ativistas turcos foram mortos, de modo que a Turquia suspendeu as suas relações com esse regime.

"Este acordo é inaceitável e não atende a exigência do povo turco que pede fim ao cerco israelense imposto a Faixa de Gaza e contradiz as petições das famílias dos mártires de assalto em 2010, uma vez que impede seus autores sejam levados à justiça", lamentou. Embora o presidente turco, Recep Tayip Erdogan, acredita que seu país precisa o regime israelense, a oposição turca critica relações turco-israelense e garante que os turcos "não precisam" ter ligações com esse regime.



vídeo mostra como um soldado do regime israelense brutalmente preso uma criança palestina de 12 anos, durante uma manifestação pacífica na aldeia de Nabi Saleh contra o confisco de terras palestinas para expandir o assentamento ilegal de Halamish pelo regime de Tel Aviv.



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