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segunda-feira, 18 de março de 2024

BRICS fornece atualização sobre a nova moeda


“Estamos trabalhando nisso (nova moeda) ”, disse Lyrio. Ele acrescentou: “Os países estão discutindo isso sob a presidência russa e é um dos temas discutidos durante esta presidência”.


Fonte: Cryptopolitian.com

O BRICS pretende criar uma nova moeda nos mercados globais para liquidar o comércio internacional entre os países membros. A aliança quer acabar com a dependência do dólar americano e dar destaque à moeda que será lançada em breve. O bloco de nove países pretende que as suas moedas nativas se fortaleçam, uma vez que manter o dólar americano em reserva representa um risco para o seu crescimento.

Leia também: BRICS: 10 moedas locais superam o dólar americano

A dívida não controlada de 34,4 biliões de dólares está a deixar os países em desenvolvimento preocupados, pois pode deixar um impacto negativo nas suas economias. Os bancos centrais estão agora a acumular ouro em vez do dólar americano para se manterem afastados da dívida da moeda americana. Para os não iniciados, os países BRICS são os maiores compradores de ouro, acumulando toneladas do metal precioso, informou o Conselho Mundial do Ouro .


BRICS: novidades sobre a moeda

Fonte: Getty Images

O sherpa brasileiro Mauricio Lyrio fez uma atualização sobre os acontecimentos da moeda do BRICS. O Sherpa confirmou que o BRICS continua trabalhando em uma moeda comum e o tema será discutido na próxima cúpula. Lyrio explicou que a aliança está trabalhando para o avanço da moeda comum e do sistema de pagamentos.

Leia também: BRICS: Rússia assina lei para usar ativos digitais para comércio


“Estamos trabalhando nisso (nova moeda) ”, disse Lyrio. Ele acrescentou: “Os países estão discutindo isso sob a presidência russa e é um dos temas discutidos durante esta presidência”.

 

Além disso, se os BRICS lançarem uma nova moeda ou sistema de pagamento comum, o dólar americano será o mais duramente atingido. Os países em desenvolvimento acabarão lentamente com a dependência do dólar americano e optarão pelo novo sistema de pagamentos. Leia aqui para saber quantos setores nos EUA serão afetados se os BRICS abandonarem o dólar para o comércio.

Leia também: BRICS: Elon Musk diz que a América irá à falência

A próxima cimeira está prevista para Outubro deste ano, na região de Kazan, na Rússia. A 16ª cimeira do BRICS contará com a presença dos novos países membros, Emirados Árabes Unidos (EAU), Egipto, Irão e Etiópia.

Fonte: Watcher.Guru

 

domingo, 17 de março de 2024

Do golpe ao lobby


AGU de Bolsonaro voltou a frequentar o Planalto


 (foto: Divulgação/Redes Sociais)

O mundo dá voltas. O ex-advogado-geral da União Bruno Bianco, escalado por Jair Bolsonaro e pelo general Augusto Heleno para atuar na tentativa de golpe de estado em 2022, voltou aos corredores do Executivo Federal durante o governo Lula – desta vez como lobista do BTG Pactual. Desde julho de 2023, após cumprir quarentena, Bianco ocupa o cargo de gerente de relações institucionais no banco de investimentos.

No dia 4 de fevereiro de 2024, Bruno Bianco liderou uma reunião entre o BTG e os dois principais assessores do ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, nas dependências da própria AGU, em Brasília: o ministro-substituto Flávio José Roman e advogado-geral adjunto Paulo Ceo. Além deles, esteve no encontro o procurador da Agência Nacional de Telecomunicações, Cássio Cavalcante.

A pauta da reunião não consta nas agendas oficiais de Román, Ceo e Cavalcante, mas foi registrada por Ana Paula Severo, subprocuradora da AGU, que também esteve presente. Segundo a descrição dela, o assunto foi a "solução consensual da Oi junto ao TCU", um tema que movimenta o mercado de telecomunicações por envolver cifras que chegam a R$ 50 bilhões e que está diretamente ligado aos interesses do BTG Pactual.

Maior operadora de telefonia fixa do país, com atuação em 88% dos municípios, a Oi está à beira da falência. A situação é alvo de intensa preocupação no BTG Pactual, que é dono de quase 70% da V.tal, uma empresa de infraestrutura de telecomunicações que será diretamente impactada pelo futuro da Oi, já que as duas empresas compartilham infraestrutura e contratos comerciais.

Devido à intensa relação entre a Oi e a V.tal, qualquer mudança na situação da operadora, como intervenção governamental ou alteração de ativos pela Anatel, afeta diretamente os interesses do BTG. Os planos de expansão da V.tal, vinculados a compromissos específicos, também são moldados pela resolução da crise da Oi, impactando as projeções de investimento e retorno do BTG.

A crise parecia próxima ao final nesta semana, quando a Assembleia Geral de Credores da Oi votaria o plano de recuperação judicial da operadora, mas a reunião foi cancelada. Assim, todas as atenções ficam voltadas para o possível acordo entre Oi, Anatel e TCU, tema da visita de Bianco ao governo Lula. A possível decisão de mudar as concessões de telefonia fixa para o modelo de autorização é crucial para a Oi se livrar de obrigações regulatórias pesadas.

Hoje lobista com acesso ao governo Lula, um ano antes, Bianco defendeu, em uma reunião ministerial de Jair Bolsonaro, um encontro de teor golpista com embaixadores, que inclusive tornou o ex-presidente inelegível por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

As declarações de Bianco constam de um vídeo com a íntegra da reunião, realizada em julho de 2022, que embasou a operação da Polícia Federal contra militares e ex-ministros de Bolsonaro suspeitos de participarem de uma tentativa de golpe de estado. Em sua fala, Bianco disse que Bolsonaro estava "corretíssimo com relação à reunião com embaixadores".

"O senhor também está correto em mostrar para o mundo, como chefe de Estado, a sua postura", acrescentou o então advogado-geral da União.

As imagens foram encontradas no computador de Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e tornadas públicas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o STF.

Como se não bastasse, o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, escalou a AGU, então chefiada por Bianco, como protagonista de uma trama golpista que consta no 'diário' em que fazia anotações sobre a tentativa de mudar o resultado das eleições, segundo reportagem da Veja.

Enquanto Heleno, Bianco e Bolsonaro se envolviam na trama, um outro ministro do governo já estava ligado no caso BTG. Em 19 de dezembro de 2022, poucos dias antes do fim da gestão, a V.Tal recebeu autorização de Fábio Faria, então ministro das Comunicações, para captar até R$ 2,5 bilhões em recursos para projetos de telecomunicações na modalidade incentivada, com redução na cobrança do imposto de renda para investidores. Um dia depois da autorização, Fábio Faria deixou o governo.

Com a canetada, os projetos listados pela V.tal se tornaram prioritários na emissão de debêntures. A portaria segue em vigor, já que tem validade de cinco anos. Com a decisão, a emissão das debêntures da V.Tal passou a contar com benefício fiscal, com a redução de 22% para 15% no Imposto de Renda para pessoas jurídicas e para 0% entre investidores pessoas físicas.

Três meses depois de sair do governo Bolsonaro, Fábio Faria também foi trabalhar na área de relações institucionais do BTG.


Por: Paulo Motoryn Repórter

Para continuarmos denunciando o extremismo político que se infiltra em áreas críticas do governo, doe agora!

Fonte: Intercept Brasil


sábado, 16 de março de 2024

PRESIDENTE LULA É CONVIDADO PARA A PLENÁRIA DA CAMPANHA NACIONAL POR DIREITOS SOCIAIS


Auditoria Cidadã da Dívida: Esperamos contar com a presença do presidente Lula para manifestarmos nossas reivindicações, e obtermos seu apoio para fortalecer nossa causa.


 Auditoria Cidadã da Dívida

O Presidente Lula foi formalmente convidado para participar da 1ª Plenária da Campanha Nacional por Direitos Sociais, que acontece nos dias 23 e 24 de março em Brasília! Este convite reflete nosso compromisso em unir forças para enfrentar desafios sociais e promover a igualdade no Brasil.

A Campanha, apoiada por dezenas de organizações sociais, busca garantir direitos fundamentais e reduzir a desigualdade em nosso país.

Esperamos contar com a presença do presidente Lula para manifestarmos nossas reivindicações, e obtermos seu apoio para fortalecer nossa causa.

Mais detalhes sobre a Campanha e a Plenária podem ser encontrados aqui. Junte-se a nós nesta jornada por um Brasil mais justo e inclusivo!




 #DireitosSociaisJá #PresidenteLula #Igualdade #JustiçaSocial #BrasilMelhor #CampanhaNacionalporDireitosSociais


Fonte:  Auditoria Cidadã da Dívida


quinta-feira, 14 de março de 2024

Lava Jato e a cooperação controversa com os EUA: o que há por trás do interesse norte-americano


A colaboração secreta e ilegal entre o Departamento de Justiça dos EUA e os procuradores de Curitiba gerou críticas, evidenciando uma possível interferência estrangeira nas investigações da operação Lava Jato.


© Folhapress / Jorge Araúj

Revelações de conversas vazadas do Ministério Público Federal no Paraná, que já são conhecidas pelo público, apontam para uma subordinação a interesses estrangeiros, especialmente dos Estados Unidos. Dez anos depois, a Sputnik Brasil conversa com especialistas que dão visões acerca dos impactos e interesses por trás do envolvimento dos EUA na operação que sacudiu a Justiça, a política, a economia e a sociedade do Brasil.

Lier Pires Ferreira, pesquisador do Laboratório de Estudos Políticos de Defesa e Segurança Pública (Lepdesp), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e do Núcleo de Estudos dos Países BRICS (NuBRICS), da Universidade Federal Fluminense (UFF), trouxe à tona questões controversas sobre a cooperação entre autoridades americanas e brasileiras durante a operação Lava Jato.


"Conversas vazadas do Ministério Público Federal no Paraná revelam que um dos aspectos mais controvertidos da Lava Jato foi sua subordinação a interesses estrangeiros, em particular dos Estados Unidos. Há que se lembrar que, anos antes, no governo [do presidente americano Barack] Obama, a presidente Dilma Rousseff e a Petrobras haviam sido alvos de espionagem ilegal dos americanos", relembra o especialista.

 

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As discussões se concentram em como essa influência impactou não apenas as dinâmicas políticas e legais internas no Brasil, mas também a economia nacional.

Petrobras, principal alvo da Lava Jato, aceitou pagar uma multa significativa, parte da qual seria destinada a um fundo de combate à corrupção. No entanto, a tentativa dos procuradores de Curitiba de gerir esse fundo foi barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ação teve consequências devastadoras para grandes empresas brasileiras, como Petrobras, Odebrecht e JBS, resultando na perda de valor patrimonial e de fatias de mercado e desemprego em massa.


Arquitetura jurídica montada pelos EUA


À Sputnik Brasil, Fábio de Sá e Silva, autor de estudos sobre a Lava Jato, pesquisador e doutor em direito, política e sociedade da Universidade Northeastern (EUA), e professor associado de estudos internacionais e professor Wick Cary de estudos brasileiros na Universidade de Oklahoma (EUA), relembra que muitas das opiniões e inferências acerca da influência dos EUA na operação foram tratadas como teoria da conspiração, mas que houve de fato uma ingerência por parte do governo norte-americano.


"O que é um fato  e muito bem documentado  é que os EUA construíram toda uma arquitetura jurídica de combate à corrupção no mundo alinhada com os interesses nacionais, e a Lava Jato se deu um pouco a partir dessa arquitetura. […] De certa forma, os americanos fazem o que é bom para eles. O que me interessa questionar é por que os brasileiros — procuradores, juízes, veículos de imprensa  fizeram o que fizeram na Lava Jato, cujas consequências para a economia, o direito, a política e o próprio combate à corrupção no país são terríveis", indaga Silva.

 

Questionado sobre o interesse dos EUA na operação, Lier Pires destaca que, para além de intenções jurídicas e políticas, era um interesse de impacto que ajudava financeiramente o governo norte-americano.


"O interesse dos EUA direcionava-se prioritariamente à Petrobras, cujos desvios de conduta impactavam investidores norte-americanos, já que as ações da petrolífera brasileira eram negociadas em bolsas americanas. Não por outro motivo, em 2018 a Petrobras aceitou pagar uma multa superior a US$ 800 milhões [aproximadamente R$ 4 bilhões de reais]. Como se sabe, cerca de 80% desse dinheiro retornaria ao Brasil. Os procuradores de Curitiba pleiteavam a gestão dessa verba, que seria destinada a um fundo de combate à corrupção. Quase tiveram êxito. Todavia a manobra foi abortada pelo STF", comenta Ferreira à Sputnik Brasil.

 

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'Ninguém é inocente'


O especialista destaca ainda que a interferência dos EUA na Lava Jato revela a importância de Washington na política brasileira. Além disso, ressalta a falta de visão estratégica das autoridades judiciais brasileiras, criticando a abordagem que prejudicou empresas em vez de focar mais as pessoas físicas envolvidas.


"O fato que me parece mais relevante é que a influência dos EUA na Lava Jato revela primeiramente a importância de Washington na vida política brasileira, como já denunciava estridentemente o ex-governador Leonel Brizola. […] Ela traz à tona a total falta de visão estratégica das autoridades judiciais brasileiras, míopes em aspectos básicos do geodireito e do constitucionalismo estratégico. […] O fato é que as punições devem pesar mais sobre as pessoas físicas do que sobre as empresas", avalia.

 

Para Rafael Ioris, professor de história moderna da América Latina na Universidade de Denver (EUA), existia uma combinação realizada entre os agentes brasileiros e norte-americanos. Segundo ele, "ninguém é inocente".


"Os atores do governo dos Estados Unidos, especialmente o Departamento de Justiça, tinham uma narrativa e perspectiva de que a corrupção era um grande problema na América Latina e já haviam criado treinamentos, cartilha de como combater a corrupção na América Latina. […] Havia um interesse [dos EUA] na operação. […] Ninguém é inocente. Um começou a ajudar o outro [Brasil e EUA]", crava.


A queda de uma farsa


Rafael Ioris continua destacando que embora a grande mídia norte-americana legitimasse o que a mídia brasileira veiculava, com o tempo essa narrativa começou a ser descontruída. Afinal, as coberturas tanto brasileira quanto norte-americana tinham o objetivo de disseminar que a corrupção era o problema principal da América Latina.


"Aos poucos, especialmente depois da eleição do [Jair] Bolsonaro, muita gente começou a perceber que havia uma conexão entre o discurso antiestablishment, antipolítica que resultou na eleição de Bolsonaro […]. Houve uma certa preocupação com o resultado […] e houve uma percepção de que precisávamos [o Brasil] investigar mais um pouco [a Lava Jato]. […] foi um processo com grandes danos para a economia brasileira", arremata.


A 'corrupção sistêmica' e o interesse por trás


À Sputnik Brasil, Larissa Liz Odreski Ramina, professora de direito internacional público da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e coordenadora de iniciação científica da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da mesma instituição, ressalta que houve uma sistematização do que consideraram, à época, corrupção sistêmica, fazendo uso seletivo.


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"Utiliza-se desse discurso da corrupção sistêmica de forma seletiva para atacar apenas governos, forças políticas e líderes do chamado progressismo latino-americano. Ou seja, aqueles que se opõem aos ajustes neoliberais ditados pelo Fundo Monetário Internacional. […] A guerra jurídica foi utilizada contra todos os modelos alternativos às políticas neoliberais, e essa narrativa da corrupção sistêmica teve o efeito de considerar a corrupção como um crime transnacional, […] da mesma forma que o tráfico de drogas e o terrorismo internacional são considerados — em uma perspectiva militar — como ameaças à segurança nacional dos Estados Unidos", evidencia.

 

Para o pesquisador Lier Pires Ferreira, há aspectos legais na cooperação judiciária entre EUA e Brasil que não podem ser ignorados.


"Algo diverso ocorre nas ações interventivas, ainda que não tenham caráter direto, isto é, político ou militar. Essas ações são ao mesmo tempo ilegais e ilegítimas, pois ferem a soberania nacional. A submissão brasileira aos interesses norte-americanos no contexto da Lava Jato não apenas apequenou o Brasil, mas feriu sua soberania e imagem perante o conjunto das nações. Além disso, como já dito, teve um imenso custo econômico, muito superior aos recursos financeiros que conseguiu repatriar. A Lava Jato é um exemplo de que um país soberano jamais deve prostrar-se aos interesses estrangeiros, ainda que travestidos de nobres ideais", reforça Pires.

 

O professor Fábio de Sá pontua que essas tais formas importadas pela Lava Jato sequer são dominantes no direito americano.


"Por exemplo, [o então juiz Sergio] Moro condenou Lula utilizando decisões de tribunais federais americanos que diziam que não é preciso ato de ofício para configurar corrupção. Mas essa não é a 'lei da terra' nos EUA; a Suprema Corte decidiu, em 2016, que para se punir alguém por corrupção é preciso identificar com clareza um ato de ofício correspondente […]. Então o que vejo em tudo isso é um apelo aos EUA que serve para legitimar abusos, o recurso aos EUA como fonte de legitimação simbólica — o que funciona bem em um país com elites e imprensa que padecem do complexo de vira-latas", afirma o professor.

 

Lava Jato, 10 anos: da midiatização
 aos interesses próprios, analista
 avalia impactos da operação

Fonte: Sputnik Brasil


 

 

domingo, 10 de março de 2024

MAIS “AUTONOMIA” PARA O BANCO CENTRAL?


Ao invés de mais autonomia ao BC, devemos lutar para um novo modelo de política econômica, que privilegie não o Mercado Financeiro, que não produz nada, mas sim a quem produz riqueza no país: o povo.


Auditoria Cidadã da Dívida

Desde o fim do ano passado, tramita no Congresso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 65/2023), que amplia a “autonomia” do Banco Central. Se aprovado o texto, o órgão deixará de ser uma autarquia federal com orçamento vinculado à União e passará a ser uma empresa pública com autonomia financeira e orçamentária. O presidente do BC está cada vez mais ansioso pela PEC, que, na prática, protege ainda mais a atual política monetária, que estabelece juros altíssimos, sob a desculpa de combater uma inflação preços de alimentos e tarifas públicas que não caem com a alta de juros.

Ao invés de dar mais autonomia ao Banco Central, devemos é lutar para um novo modelo de política econômica, que privilegie não o Mercado Financeiro, que não produz nada, mas sim a quem produz riqueza no país e necessita dos recursos governamentais: o povo. Por isso, convidamos você a fazer parte da Campanha “É Hora de Virar o Jogo”!

Conheça e participe!


 

O jornalismo que afaga as empresas não tem limites


Oito anos depois, ninguém foi responsabilizado criminalmente pela perda dessas vidas e pelos milhares de atingidos em Mariana. Esta é a estratégia que se repete no caso de Brumadinho.


arte

Depois do quinto aniversário da tragédia-crime de Brumadinho, uma sessão solene no Congresso na quarta-feira passada (06/03), homenageou as 270 vítimas fatais da Vale. Passou em brancas nuvens na imprensa. Isso apesar do “gancho” evidente proporcionado por outro fato relacionado - esse sim noticiado - que ocorreu no mesmo dia: a votação do HC do presidente da Vale à época do rompimento da barragem, Fabio Schvartsman, que pediu o trancamento da ação criminal em que é réu por homicídio doloso qualificado. 

Ou seja, o executivo sequer admite ir a julgamento apesar de estar provado no processo que a instabilidade da barragem era de conhecimento da companhia por ele presidida, que inclusive pressionou a consultoria Tuv Süd a conceder o certificado de conformidade da barragem, apesar do risco constatado. Os engenheiros da Tuv Süd e outros executivos da Vale, além de Schvartsman, estão entre os 15 réus da ação que os responsabiliza pelas decisões que resultaram nas 270 mortes.

Dois dos três integrantes da Segunda Turma do TRF-6 se manifestaram a favor do pedido do ex-presidente da Vale - um deles ainda não se pronunciou e os votos ainda podem ser alterados até 12 de março. 

Nas notícias sobre a vitória parcial de Schvartsman não se ouviu a Avabrum - a associação dos familiares das vítimas de Brumadinho - que no mesmo dia pedia Justiça logo ali, no Congresso Nacional, pelas mortes de suas “jóias”, como se referem aos filhos, pais, mães, irmãos, noivos, esposos, amigos, afogados no mar de lama que se estendeu por 300 quilômetros e afetou a população de 17 cidades.

A Vale, que faz propaganda sobre o apoio que teria dado a familiares de vítimas e comunidades atingidas pela lama, lutou - e ainda luta - na Justiça para reduzir o valor das indenizações e da reparação de danos. 

Exatamente como fez e continua fazendo com os atingidos pelo rompimento de outra barragem, em novembro de 2015, controlada pela Vale e BHP Billiton, que destruiu um distrito de Mariana e provocou a morte de 19 pessoas. Até mesmo uma hidrelétrica que tem a companhia como sócia-proprietária e teve seu reservatório invadido pela lama trava uma batalha jurídica para ser ressarcida, como revelou reportagem da Pública desta semana. 

Oito anos depois, ninguém foi responsabilizado criminalmente pela perda dessas vidas e pelos milhares de atingidos em Mariana. Esta é a estratégia que se repete no caso de Brumadinho. 

Primeiro a companhia manobrou para que o processo, que corria em Brumadinho desde 2019, fosse transferido para a Justiça Federal em Belo Horizonte, o que fez com que voltasse à estaca zero. Por isso o julgamento, do qual o ex-presidente da Vale tenta escapulir, ainda não foi realizado. O HC de seu ex-presidente é mais um capítulo dessa história pela impunidade.

Como diz a Avabrum, um crime dessa magnitude não pode ficar sem culpados. Não há dinheiro que pague as vidas perdidas ou impeça novos crimes de mineradoras. 

Boa parte das vítimas fatais trabalhava para a própria Vale; muitos morreram dentro do refeitório da companhia que, como também era de conhecimento dos executivos, estava na rota dos rejeitos em caso do acidente previsível diante das condições da barragem. Mas a Vale deixou a lama rolar. 

Schwartsman, que assumiu o cargo prometendo que nunca mais haveria outra Mariana, recebia uma remuneração tão alta quanto deveria ser sua responsabilidade. De acordo com matéria de 2018 da revista Exame (um ano antes de Brumadinho), o cargo de presidente da Vale era o segundo mais bem pago por empresas brasileiras, com salário superior a 60 milhões de reais por ano. 

Segura de seu poder e da cautela da imprensa ao tocar no nome da companhia - que é anunciante de peso e conhecida por sua extensa banca de advogados - a Vale nem se preocupou com a repercussão negativa ao tomar outra atitude de arrepiar: pediu e obteve na mesmíssima quarta-feira 6 de março uma liminar na Justiça para proibir a comunidade Kamakã, uma das seis etnias do povo Pataxó HãHãHãe, de sepultar o cacique Merong Kamakã nas terras em que viviam, reivindicadas pela companhia. 

Merong, combativa liderança indígena de 36 anos, foi encontrado morto na segunda-feira passada, em circunstâncias ainda obscuras. 

A empresa limitou-se a divulgar uma nota, em que disse lamentar o falecimento do cacique e afirmou que busca uma "solução com a comunidade que preserve suas tradições, dentro da legalidade" (grifo meu).

Mas os “ganchos” desta quarta-feira não foram suficientes para alçar os atingidos pela maior tragédia humanitária do Brasil ao noticiário. A Vale até mereceu um comentário indignado - mas a favor da companhia. 

Na última edição da “Veja”, uma matéria na editoria de Política dá ares de escândalo a uma suposta ingerência do governo na cúpula da companhia e critica: “Lula, como se sabe, vem intimidando a Vale abertamente com suas falas, o que tem provocado prejuízos para a empresa privada” (grifo meu).

Imagino que o jornalista se refira à fala do presidente da República, de 28 de fevereiro passado, em que ele disse: “A Vale não pode pensar que ela é dona do Brasil. Ela não pode pensar que ela pode mais do que o Brasil. Então, o que nós queremos é o seguinte: as empresas brasileiras precisam estar de acordo com aquilo que é o pensamento de desenvolvimento do governo brasileiro. É só isso que nós queremos”.

Faltou a imprensa mostrar nesta semana que a Vale também não é dona do noticiário. 


Sem Aliados, não há jornalismo independente. Ao longo destes 13 anos, a Pública se tornou o que é porque nunca esteve sozinha. É o seu apoio que sustenta a existência e a resistência do nosso jornalismo comprometido com as pessoas. Contribua com a nossa história!

Via: Marina Amaral

Diretora Executiva da Agência Pública
marina@apublica.org


A História da privatização da Vale



quarta-feira, 6 de março de 2024

Alguns fatos sobre o continente africano hoje


A África possui 60% de terras aráveis, África possui 90% da reserva de matérias-primas, África possui 40% da reserva mundial de ouro, África possui 33% da reserva de diamantes, África possui 80% da reserva global de Coltan (mineral para produção telefónica e electrónica), principalmente na República Democrática do Congo


Mapa do continente africano

 
A África tem 60% da reserva mundial de cobalto (mineral para o fabrico de baterias de automóveis), África é rica em petróleo e gás natural, África (Namíbia) tem a linha costeira mais rica em peixe do mundo, África é rica em manganês, ferro e madeira, África é três vezes a área da China, três vezes a área da Europa, três vezes a área dos Estados Unidos da América, África tem trinta e meio milhões de km2 (30 875 415 km2), África tem 1,3 mil milhões de habitantes (a China tem 1,4 mil milhões de habitantes em 9,6 milhões de km2). O que significa que a África é SUBPOPULADA.

As terras aráveis ​​da República Democrática do Congo são capazes de alimentar toda a África.

E todas as terras aráveis ​​de África são um cordão para alimentar o mundo inteiro. A República Democrática do Congo possui rios importantes que podem iluminar toda a África. O problema é que a CIA, as empresas ocidentais e vários fantoches africanos desestabilizaram a RDC durante décadas e vários países africanos para que pudessem ter acesso aos seus recursos.

África é um continente culturalmente diversificado em termos de dança, música, arquitectura, escultura, etc. África acomoda mais de 30.000 receitas medicinais e ervas que o Ocidente modifica nos seus laboratórios.

África tem uma população global jovem que deverá atingir 2,5 mil milhões até 2050.

Com tudo isto, África é conhecida como um dos continentes mais pobres do mundo devido à falta de gestão, à guerra, ao imperialismo e ao neocolonialismo.

📸 mapa da África 1840 - #Africa


Fonte:


 

 

terça-feira, 5 de março de 2024

Jeffrey Sachs: “Os EUA e a UE são cúmplices dos crimes de guerra de Israel”


O economista norte-americano acusou Washington de fornecer "todos os dias" a Tel Aviv munições que depois são utilizadas para punir a população civil da Faixa de Gaza


Jeffrey Sachs - Michael Campanella /Gettyimages.ru

O renomado economista americano Jeffrey Sachs condenou a campanha militar das forças israelenses no território da Faixa de Gaza, que inclui bombardeios incessantes contra infraestruturas críticas e a população civil do enclave palestino.

“ O que Israel fez foi um crime de guerra massivo ”, disse Sachs, que acusou o Ocidente de ser “cúmplice” nas ações de Tel Aviv. " Os EUA são quem fornece munição todos os dias a Israel . Cabe aos EUA parar com isso agora; Israel não vai parar sozinho, os EUA têm que fazer isso", disse ele.


O Exército Israelense usa Gaza como campo
 de testes para seus robôs militares

“ Os EUA e a União Europeia [UE] são cúmplices dos crimes de guerra de Israel e cortar a ajuda à UNRWA é ser cúmplice dos crimes de guerra”, afirmou o economista, referindo-se à suspensão do financiamento de vários países à Agência das Nações Unidas para a Palestina. Refugiados no Médio Oriente, na sequência  de acusações israelitas  de que pelo menos doze dos seus funcionários participaram no  ataque  perpetrado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. 

“Os EUA estão nas mãos do poderoso lobby que tem apoiado Israel, não importa o que Israel esteja fazendo. Mas o povo americano está profundamente chateado e contra o que o nosso próprio governo nos EUA está fazendo neste momento . e é uma vergonha para a UE não parar esta guerra agora ", disse ele.

Neste contexto, Sachs instou a ONU a apresentar “todos os dias” uma resolução relevante perante o Conselho de Segurança e, caso seja vetada por Washington, expressou o seu desejo de que “os EUA permaneçam isolados em todo o mundo”. por essa ." Deve recordar-se que Washington já vetou  três vezes uma  resolução do Conselho de Segurança da ONU que apelava a um cessar-fogo humanitário imediato na Faixa de Gaza.

Fonte: RT en Español


 

 

Click Verdade - Jornal Missão


'Se não existisse Israel, os EUA precisariam inventar um Israel', disse Joe Biden em 1986

Ainda quando era senador, o atual presidente Biden falou sobre o investimento norte-americano em Israel, enfatizando que era para "proteger os interesses dos EUA na região".


GOVERNADORES DO SUL E SUDESTE PEDEM RENEGOCIAÇÃO COM A UNIÃO, SEM QUESTIONAR A NECESSIDADE DE AUDITORIA DA DÍVIDA


O Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, chegou a dizer que se não for encontrada uma solução, pode não conseguir pagar a folha do funcionalismo (que vem pagando o pato há anos, diga-se)


Auditoria Cidadã da Dívida

O jornal Correiro Brazilense publicou ontem (03/03) a notícia de que os governadores dos sete estados da região Sul e Sudeste, que participam do Cosud — consórcio de integração das duas regiões, pedem a renegociação da dívida dos estados com a União. O Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, chegou a dizer que se não for encontrada uma solução, pode não conseguir pagar a folha do funcionalismo (que vem pagando o pato há anos, diga-se).

A coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida (ACD), Maria Lucia Fattorelli, pontua o fato de que, apesar da justificada queixa, os governadores não mencionam a necessidade de auditoria integral dessa dívida, que já foi paga várias vezes, como fartamente demonstrado pela ACD há anos!
No final do anos 90, o Governo Federal refinanciou a dívidas dos estados (sem a necessária auditoria) e somou a estas dívidas os passivos de bancos estaduais (cuja soma superava o valor das dividas dos estados), totalizando R$ 112 bilhões. A partir de então, os estados passaram a pagar esta “dívida” à União, que recebeu de 1997 a 2019 a soma de R$ 357 bilhões de juros e amortizações (o TRIPLO da dívida inicial). Hoje, essa “bola de neve” tem servido como instrumento de chantagem para sacrificar a sociedade de várias formas: exigência de ajuste fiscal, contrarreformas, privatizações, cortes de investimentos sociais, além dos chamados “Regimes de Recuperação Fiscal”.

Veja, por exemplo, este conteúdo da ACD sobre o assunto.
Vale ressaltar que o montante pago pelos estados à União só pode ser gasto no pagamento da dívida federal, alimentando o Sistema da Dívida. Enquanto a chamada dívida pública não for auditada, os recursos públicos, sejam dos estados, sejam da união, serão drenados para um sistema que está no centro de todos os problemas nacionais!
#AuditoriaJá


 

Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida


segunda-feira, 4 de março de 2024

A FOME ASSOMBRA A POPULAÇÃO PORQUE A DÍVIDA É PRIORIDADE


 O governo anunciou R$ 900 milhões para o Programa de Aquisição Alimentar (PAA) para a distribuição de alimentos a famílias em situação de insegurança alimentar. Se comparado aos R$ 1,89 trilhões que são destinados à dívida pública, o valor é irrisório


Auditoria Cidadã da Dívida

A erradicação da fome é uma das bandeiras do Governo Lula e dos governos anteriores do PT. Em 2014, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) anunciou que o Brasil havia saído do mapa da fome. Uma vitória para o povo brasileiro que, infelizmente, durou pouquíssimo tempo, tendo o país retornado ao mapa em 2022, com a redução das políticas sociais dos governos Temer e Bolsonaro.

Segundo o relatório da FAO, (confira aqui), em 2022, o país possuía cerca de 91,4 milhões de pessoas em estado de insegurança alimentar, de moderada a grave.

Em 2023, o governo Lula anunciou o total de R$ 900 milhões para o Programa de Aquisição Alimentar (PAA), R$ 250 milhões a mais que o ano anterior, para aquisição de alimentos da agricultura familiar para a distribuição a famílias em situação de insegurança alimentar (Saiba mais).

Pode parecer muito, mas, se comparado aos R$ 1,89 trilhões que são destinados à chamada dívida pública, o valor é irrisório.

Juros e amortizações não matam a fome da população vulnerável! Precisamos garantir mais recursos para a população, por meio da manutenção e ampliação dos direitos sociais.

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 Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida


sexta-feira, 1 de março de 2024

Putin: Ocidente gostaria de fazer com Rússia o mesmo que fez em outras regiões, incluindo na Ucrânia


Na quinta-feira (29), o presidente russo Vladimir Putin fez seu tradicional discurso anual perante a Assembleia Federal, parlamento do país, no centro de exposições Gostiny Dvor, em Moscou. Essa é a 19ª vez que o chefe de Estado russo discursou na presença dos legisladores das duas câmeras do parlamento.



Sputnik Brasil

 Tradicionalmente, o conteúdo da fala do presidente russo é mantido em segredo até o último momento. A ênfase dos temas varia dependendo da situação na política interna e externa.

O porta-voz presidencial, Dmitry Peskov, afirmou que Putin pronunciará seu discurso não apenas como chefe de Estado atual, mas também como um candidato presidencial. Ele acrescentou que parte do discurso será endereçada ao Ocidente, mas Vladimir Putin se concentrará principalmente nas questões de soberania da Rússia.


A Rússia provou que pode responder a quaisquer desafios, disse o presidente russo Vladimir Putin no início de seu discurso perante os parlamentares da Assembleia Federal. O líder russo ressaltou que o país não vai permitir que ninguém interfira em seus assuntos internos.



 O fortalecimento da soberania da Rússia está avançando em todas as áreas, incluindo na operação militar especial, observou Putin.

Em lugar da Rússia, o Ocidente quer um espaço dependente, decandente e moribundo onde se possa fazer tudo o que se queira, disse o presidente durante o discurso.


"O chamado Ocidente, com seus tiques coloniais, o hábito de fomentar conflitos entre os povos por todo o mundo, não busca simplesmente restringir nosso desenvolvimento. No lugar da Rússia, eles precisam de um espaço dependente, decadente e moribundo onde possam fazer tudo o que queiram", disse Putin.


 O chefe de Estado russo chamou de hipocrisia a discussão no Ocidente sobre a estabilidade estratégica enquanto tenta infligir uma derrota estratégica à Rússia no campo de batalha.

"A Rússia está pronta para um diálogo com os EUA sobre estabilidade estratégica. Mas gostaria de frisar uma coisa, caros colegas, para que me entendam corretamente. Neste caso estamos lidando com um país cuja liderança está agindo abertamente de forma hostil contra nós. E daí? Eles querem com toda a seriedade discutir conosco questões de estabilidade estratégica, ao mesmo tempo que tentam infligir à Rússia, como eles mesmos dizem, uma derrota estratégica no campo de batalha. Este é um bom exemplo de tal hipocrisia" disse Putin.


 

 As Forças Armadas da Rússia adquiriram uma enorme experiência durante a operação militar especial, isso diz respeito à interação de todos os ramos e tipos de tropas, declarou Putin nesta quinta-feira (29).

"As nossas Forças Armadas adquiriram uma colossal experiência de combate. Isso se aplica à interação de todos os tipos e ramos de tropas, táticas modernas e arte operacional", observou o chefe de Estado.

No seu discurso perante o parlamento, Putin disse que o sistema hipersônico Kinzhal tem sido usado com grande eficiência na zona de operação militar especial e que o sistema hipersônico Tsirkon já foi usado em combate. Já as unidades hipersônicas de alcance intercontinental Avangard e os sistemas a laser Peresvet estão em serviço operacional. Estão sendo concluídos os testes do míssil de cruzeiro de alcance ilimitado Burevestnik e do veículo submarino não tripulado Poseidon.



 "Estes sistemas confirmaram suas características elevadas, podemos dizer sem exagero, características únicas", relatou Putin.

Putin afirmou que a Rússia vai reforçar os agrupamentos de tropas na direção oeste.

"Há uma séria necessidade de fortalecer os agrupamentos na direção estratégica ocidental para neutralizar as ameaças associadas a mais uma expansão da OTAN para Leste, atraindo a Suécia e a Finlândia para a aliança", ressaltou ele.



 Rússia continuará desenvolvendo laços com Oriente Médio e América Latina

A Rússia buscará novos pontos de contato com os parceiros no Oriente Médio e América Latina.


 

 "A Rússia tem boas relações de longa data com os países árabes, eles representam uma civilização única, desde o Norte da África ao Oriente Médio, que hoje está se desenvolvendo dinamicamente. Consideramos que é importante buscar novos pontos de contato com nossos amigos árabes, para aprofundar todo o conjunto de parcerias. O mesmo vamos fazer na direção latino-americana", observou o presidente russo.

 

Escala dos desafios históricos enfrentados pela Rússia requer um trabalho mais coordenado do Estado, da sociedade e dos negócios, disse Putin. Apesar de todas as dificuldades, a Rússia tem planos de longo prazo. É o programa de um país forte e soberano que enfrenta o futuro com coragem, enfatizou o líder russo. O presidente russo sublinhou que a Rússia tem recursos e oportunidades para alcançar os planos declarados.

Mensagem anual de Vladimir Putin para a Assembleia Federal da Rússia terminou após duas horas e seis minutos. O discurso foi concluído com palavras de crença na vitória da Rússia.


 

Fonte: Sputnik Brasil


domingo, 25 de fevereiro de 2024

'O BRICS é uma nova maneira de pensar', diz Zakharova em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil


Em entrevista exclusiva ao podcast Mundioka, da Sputnik Brasil, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, destacou pontos que a nação acredita serem primordiais.


© Sputnik / Vladimir Astapkovich

Questionada sobre se há ou não preocupações por um mundo "bipolar" (controlado majoritariamente por duas nações), Zakharova respondeu dizendo que "isso não é ideal".

Aos jornalistas Melina Saad e Marcelo Castilho, a representante oficial do MRE russo elencou os motivos que fazem com que ela descredite as construções de poder.


"O mundo com dois polos não é ideal. Depois que essa forma de mundo colapsou, a nossa civilização vem tentando fazer um novo sistema funcionar […]. O mundo unipolar não existe, tampouco está funcionando. […]. Não há país neste mundo que possa ser o mandatário do mundo inteiro, que possa ter o direito ou a possibilidade de controlar o mundo", disparou a representante do governo russo.

 

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Ela continua: "Nós [o mundo] não elegemos nenhum Estado ou nação para controlar as nossas vidas. Temos o direito internacional como uma ótima base para resolver diferentes crises, estabelecer contatos uns com os outros e promover o bom relacionamento entre países, nações e organizações".



 Durante a resposta, ela enfatiza que há muitos polos no mundo, econômicos e culturais, além de centros de civilização e desenvolvimento moderno e tecnológico. E que esse mundo multipolar é o caminho que a sociedade deve seguir.


"Esse é o caminho que a gente [sociedade] deve, de fato, escolher… Estou falando da Rússia, do Brasil e de outros países do mundo que têm voz própria e são livres para expressar os pontos de vista", arremata.


BRICS: nova ordem mundial?

Para Zakharova, reside uma dualidade no fato de o BRICS ser ou não uma nova ordem mundial.


"O BRICS não é um instrumento de ajuda, por exemplo, para alguém realizar algo. Mas, ao mesmo tempo, é um bloco neutro. […] São possibilidades dos países de se desenvolverem em várias áreas, incluindo a economia, ecologia, segurança, tecnologia, educação e cultura. Além da chance de os países do bloco se mostrarem ao mundo", embasa.


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 Lula à Rússia para cúpula do BRICS

Segundo Zakharova, além da individualidade, o bloco permite um compartilhar de soluções para um futuro próspero.


"O BRICS é uma nova maneira de pensar. Você pode ser independente e, ao mesmo tempo, pode se juntar, se reunir, estar com os demais e ainda pode se proteger e manter a sua dignidade nacional, cultura, civilização e tradições", sublinha.


 

 Ocidente é responsável por arruinar a ONU

Para Zakharova, o surgimento da Organização das Nações Unidas (ONU) possui esse papel de manutenção, respeito e avanço. Mas, em sua visão, o Ocidente está arruinando o que uma vez foi a organização.


"Muitos países do Ocidente coletivo estão tentando arruinar os princípios da ONU, da Carta da ONU. […] Eles não respeitam o direito internacional, os outros membros do Conselho de Segurança… […] eles estão sempre impedindo iniciativas, propostas de paz — como temos visto no Oriente Médio —, não respeitam outros países como Estados independentes e soberanos", indaga Zakharova.

 

Brasil no Conselho de Segurança da ONU

Desde antes de deixar a presidência do Conselho de Segurança da ONU, assim como outros países, o Brasil almeja ter uma cadeira permanente no órgão. A Rússia, por exemplo, estaria disposta a lutar pelo desejo brasileiro. Zakharova confirmou isso à Sputnik Brasil.


"Nós [a Rússia] apoiamos o Brasil. Não no futuro, mas agora! A gente [Rússia] reiteradamente repete que deve ser assim [novos países no Conselho], e claro que a gente apoia o Brasil", referenda a representante do governo russo.

 

Negar genocídio em Gaza é esconder a realidade,
diz ministro Luiz Marinho à Sputnik

Rússia e Brasil aliados no combate à fome

Questionada sobre como a Rússia poderia ajudar o Brasil no combate à fome, Zakharova detalhou a existência de uma "falsa realidade" em alguns locais graças a uma "campanha" estadunidense chamada "invasão russa à Ucrânia e a fome mundial".

Ela explica que o mote foi promovido por Washington. A autoridade enxerga os movimentos do poder norte-americano como "ridículos".


"Isso é muito injusto. Porque o problema da fome acontece há centenas de anos e é um problema para várias regiões, África, Ásia e diferentes países em diversas partes do mundo", exemplifica.


Segundo Zakharova, a Rússia sempre foi uma das doadoras para muitos países, organizações internacionais e assistências humanitárias.


"Cada país que sempre precisou, nós [a Rússia] estávamos lá. […] Estamos dispostos a unir todos os líderes do mundo, não apenas políticos, mas também representantes da sociedade civil, organizações humanitárias ou não governamentais para superar esse problema. Mas focando em termos práticos, e não propagandistas", conclui.


Fonte: Sputnik Brasil


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