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sábado, 2 de janeiro de 2021

Documentário explica a influência dos EUA na Lava Jato. Assista



 Trabalho do GGN registrou indícios de irregularidades na cooperação da Lava Jato em Curitiba com os EUA e explicou ações que a Petrobras enfrentou em solo norte-americano

Jornal GGN Em janeiro de 2020, o GGN lançou no Youtube uma série inédita sobre a influência dos Estados Unidos na Operação Lava Jato e a formação da indústria do compliance no Brasil.

Dividida em cinco capítulos do gênero documentário, a série Lava Jato Lado B registrou os indícios de que a cooperação entre a força-tarefa de Curitiba e os agentes do governo dos Estados Unidos teria ocorrido sem o acompanhamento da autoridade central brasileira e, portanto, à margem da lei.

Criminalistas que atuam na operação ou acompanham a Lava Jato têm questionado e levantado fatos controversos e evidências de irregularidades ao longo dos últimos anos. Mas a força-tarefa sempre negou, e continua negando, qualquer desvio de conduta [leia a resposta da turma de Curitiba ao final]. 

Em 1 de julho de 2020, a Agência Pública, parceria do Intercept Brasil na divulgação do dossiê “Vaza Jato”, revelou diálogos que confirmam a pré-disposição da força-tarefa curitibana em solicitar ou entregar informações ao FBI sem passar pelos órgãos do Executivo, que deveriam ter cuidado dos interesses nacionais em jogo.

Por causa dessa parceria, a Petrobras e outras campeãs nacionais foram denunciadas e processadas nos Estados Unidos com base na FCPA, a lei anticorrupção norte-americana. Pagaram multas bilionárias e tiveram prejuízos financeiros superiores aos recursos recuperados pela Lava Jato.

No caso da Petrobras, parte da multa cobrada pelas autoridades norte-americanas retornou ao Brasil e seria injetado numa fundação a ser criada sob a batuta da Lava Jato em Curitiba. Mas o projeto foi abortado pelo Supremo Tribunal Federal.

A SÉRIE EM 5 VÍDEOS

No primeiro capítulo da série do GGN, o espectador conhece as origens da FPCA e da estrutura governamental que prepararam os Estados Unidos para uma cruzada mundial contra a corrupção.

O segundo capítulo aborda a cooperação jurídica entre Brasil e EUA, do Banestado à Lava Jato. O alinhamento do ex-juiz Sergio Moro aos interesses norte-americanos e a formação de outros agentes brasileiros também são retratados.

O capítulo três expõe o uso da luta anticorrupção como instrumento da geopolítica norte-americana e seus interesses sobre o patrimônio da Petrobras, que foi espionada durante o governo Dilma.

O quarto episódio detalha as ações contra a Petrobras nos EUA, incluindo a class-action liderada pelo advogado brasileiro, Andre Almeida, que falou com exclusividade ao GGN e revelou a presença de norte-americanos em Curitiba ainda em meados de 2015.

Almeida chama atenção para um aspecto pouco abordado na mídia local: a conduta dúbia dos procuradores de Curitiba que, no Brasil, trataram a Petrobras como “vítima” e, ao mesmo tempo, nos EUA, ajudaram os norte-americanos a processá-la como “criminosa”.

No último vídeo, a última peça do xadrez, a que explica a lógica financeira por trás de grandes operações como a Lava Jato: a indústria do compliance.

A série exclusiva do GGN tem a participação especial de Cristiano Zanin, Valeska Teixeira, André de Almeida, Mark Weisbrot, Pedro Serrano, Rubens Barbosa, Celso Amorim e André de Araújo. As entrevistas foram gravadas entre outubro e novembro de 2019.

“Lava Jato Lado B” contou com a edição e imagens do jornalista e produtor Nacho Lemus (Telesur), locução de Marco Aurélio Carvalho (Criar Brasil), a colaboração dos jornalistas André Sampaio e Zé Bernardes. O argumento é de Luis Nassif. Roteiro e entrevistas, Luis Nassif e Cintia Alves (GGN). Coordenação geral de Lourdes Nassif (GGN).

O projeto foi financiado coletivamente via Catarse.

Confira os 5 episódios abaixo:

COMO A ANTICORRUPÇÃO VIROU BANDEIRA POLÍTICA DOS EUA - EP.1 - #LavaJatoLadoB




DO BANESTADO À LAVA JATO: A COOPERAÇÃO BR-EUA - EP.2 - #LavaJatoLadoB




A GEOPOLÍTICA DO CAPITAL: PRÉ-SAL NA MIRA DOS EUA - EP.3 - #LavaJatoLadoB

Assista ao VÍDEO


OS PROCESSOS QUE A PETROBRAS ENFRENTOU NOS EUA - EP. 4 - #LavaJatoLadoB

Assista ao VÍDEO


LAVA JATO E A INDÚSTRIA DO COMPLIANCE - EP.5 -#LavaJatoLadoB




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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Fantástico mostra famílias que não têm o que comer e lembra fala de Bolsonaro negando fome no país


O catador de latinha Irapuã Oliveira consola a filha que chora antes de comer, quanto seus pais só vão observar (Foto Reprodução / TV Globo)asil

Matéria teve como base Nobel da Paz concedido a Programa Mundial de Alimentos da ONU; entrevistados não conseguiram auxílio emergencial

Na edição deste domingo (11), o Fantástico, da Rede Globo, mostrou famílias que passam algum dia da semana sem ter o que comer – e isso a 40 minutos do centro do Rio. A reportagem tinha como gancho o Prêmio Nobel da Paz concedido na semana passada ao Programa Mundial de Alimentos da ONU.

Na matéria, três famílias foram entrevistadas em Japeri, na Baixada Fluminense. O repórter Marcelo Canellas lembra que é o segundo estado mais rico do país. Cada uma delas mostra a geladeira ou despensa e relata a dificuldade para conseguir comida. Os entrevistados questionados disseram que não conseguiram o auxílio emergencial.

A reportagem lembra que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou, no mês passado, que 10,1 milhões de pessoas estão na situação de ficar ao menos um dia por semana sem ter o que comer, chamado de “insegurança alimentar grave”. E isso em 2018.

E fez questão de relembrar frase do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no ano passado, em entrevista a correspondentes estrangeiros, em que ele negou que houvesse fome no país.

A matéria mostrou a sequência inteira, legendada. Nela, Bolsonaro afirma: “Falar que se passa mal no Brasil é uma grande mentira. Passa-se mal, não come bem, aí eu concordo. Agora, passar fome? Não. Você não vê gente, mesmo pobre, pelas ruas, com o físico esquelético como a gente vê em alguns países aí pelo mundo”.

Relatos

Em uma das casas, a dona de casa Andressa Garcia Oliveira, com sete filhos, confirma que fica às vezes um dia inteiro sem comer. Ela contou que seu arroz tinha acabado naquele dia e ia buscar o alimento na casa da mãe. Ela recebe o Bolsa Família, que dura apenas dez dias.

A dona de casa Maria de Lourdes Silva teve o pagamento reduzido por empréstimos consignados. Ela mostra a geladeira com uma panela com arroz e garrafa de água, apenas. “Amanhã eu não sei se vou comer.”

Outra entrevista foi com o catador de latinha Irapuã de Oliveira Barros. Ele e a mulher estão morando com os quatro filhos de favor nos fundos de uma igreja evangélica e mostram a despensa, com menos de cinco pacotes de comida. Sua renda mensal é de R$ 20 a R$ 40. “Por mês?”, pergunta o repórter, espantado. O casal faz macarrão para as filhas e não come. A mais velha chora antes de começar a comer.

Isabela Alves Oliveira, a mulher do catador de latinhas, diz que não conseguiu o auxílio emergencial e não tem o Bolsa Família.

Fora do mapa da fome com Dilma

Na reportagem, é lembrado que o Brasil já foi muito elogiado pelo programa da Organização das Nações Unidas premiado com o Nobel. E que o país foi retirado do mapa da fome mundial em 2013. O programa da Rede Globo não mencionou, mas naquele ano o Brasil era presidido por Dilma Rousseff e fazia dez anos que o PT estava governando o país.

Daniel Balaban, diretor do Programa Mundial de Alimentos (WFP, na sigla em inglês) no Brasil disse que desde lá, número voltou a crescer.

No mapa da fome, figuram países que têm mais de 5% de sua população na situação de “insegurança alimentar grave” – que ficam ao menos uma vez por semana sem comer. Com 10 milhões de pessoas nessa situação em 2018, o pior índice desde 2004. “O número do IBGE mostra que estava no limiar do mapa da fome. E nós acreditamos que o número hoje é maior”, disse Belaban.

Fonte: Revista Fórum


NETTEC NOTÍCIAS

Não sei se vou comer amanhã". Veja relatos dos brasileiros que passam fome

Dez milhões de brasileiros ficam pelo menos um dia da semana sem comer. Na semana em que o Prêmio Nobel da Paz foi entregue ao Programa Mundial de Alimentação da ONU, o repórter Marcelo Canellas mostra como é a vida de quem não tem o que comer.

Assista ao vídeo



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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Lula ao EL PAÍS: “Quero que a Justiça diga que eu sou inocente e que Bolsonaro é um lacaio”



Em entrevista, petista afirma que presidente Bolsonaro deu cidadania à extrema direita no Brasil e defende candidatura de Jilmar Tatto à prefeitura de São Paulo. 


O EL PAÍS entrevistou nesta quarta-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ―a íntegra da entrevista, em vídeo, está disponível na página. Na conversa, transmitida ao vivo nos canais do jornal no Facebook e no YouTube, o petista falou sobre as eleições municipais no Brasil, as presidenciais dos Estados Unidos, as forças políticas em ação na América Latina e a situação das democracias na Venezuela e Bolívia. “Quem define a democracia da Venezuela é o povo da Venezuela.” Também comentou o processo que o levou à prisão. “Eu poderia ter ido para uma embaixada, não fui. Mentira tem perna curta e é por isso que o Sergio Moro está acovardado agora”, disse Lula. “Eu quero que a Justiça, que eu acredito que é pra todos, diga que eu sou inocente e que o Bolsonaro é um lacaio”, completou o ex-presidente.

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Um dos políticos mais populares do país, Lula governou o Brasil entre 2003 a 2010 e manteve seu partido na Presidência até 2016, com o impeachment de Dilma Rousseff. Condenado por corrupção no âmbito da Operação Lava Jato, o petista foi impedido pela Justiça de disputar a presidência contra Jair Bolsonaro em 2018 e segue inelegível. Ficou 580 dias preso em Curitiba, até que o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que réus só devem ir para a cadeia se esgotados todos os recursos da defesa. Lula nega todas as acusações e afirma que é vítima de perseguição política da Lava Jato.

Desde que deixou a prisão, Lula tem se dedicado a articulações políticas no PT e na esquerda que tenta se posicionar contra o Governo Bolsonaro. No feriado de 7 de Setembro, o petista lançou um vídeo no qual fortaleceu a polarização com Bolsonaro e fez críticas à política econômica, externa e à gestão da pandemia. O vídeo foi lido como uma senha de que estaria de volta ao ringue político, rumo a 2022, apesar do impedimento da Justiça.

A conversa com Lula faz parte da série multiplataforma do jornal para discutir o Brasil em plena crise da pandemia do coronavírus. Lula é o quinto ex-presidente a ser entrevistado na série multiplataforma do EL PAÍS. Fernando Collor (PROS), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) também passaram pelo programa.


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sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Governo Bolsonaro usa dados de gestão do PT de redução do desmatamento para se defender de críticas da França

Desmatamento na Amazônia (Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT)

Nota ainda insinua que, sem acordo UE-Mercosul, problema ambiental na Amazônia pode piorar; para deputado, atitude mostra que narrativa contada internamente ignora “os fatos e a verdade”

Para se defender de uma acusação da França, o governo Bolsonaro precisou usar dados da redução do desmatamento na Amazônia obtida nas administrações do PT, de 2004 a 2012. O argumento foi utilizado em nota conjunta dos ministérios da Agricultura, Meio Ambiente e das Relações Exteriores.

No documento, os ministérios escrevem: “De 2004 a 2012, o desmatamento da região chamada de Amazônia Legal caiu 83%, enquanto que a produção agrícola subiu 61%”. O intervalo de tempo compreende parte dos governos Lula (2004-2010) e Dilma (2011-2012).

“Nesse mesmo período, o rebanho bovino cresceu em mais de 8 milhões de cabeças, chegando a 212 milhões em 2012”, segue o governo brasileiro.

“Só revela a manipulação de um governo que constrói uma narrativa para seu público ignorando a ciência, os fatos e a verdade”, disse o deputado federal Paulo Pimenta (PT-MG). “Por isso não pode reconhecer aqui o que usam como argumento no exterior”, completou.

Acordo Mercosul-UE

O documento buscava responder a relatório do governo francês divulgado na semana passada. Este mostrava que a implementação do acordo Mercosul-UE poderia provocar aumento de desmatamento, para que fossem elevadas as produções agropecuárias no país.

Os dados de desmatamento sob a gestão Bolsonaro foram totalmente omitidos do documento. Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram que, entre 1º de agosto de 2018 e 31 de julho de 2019, a Amazônia teve o maior desmatamento para um período de dez anos na região. O registro foi de derrubada de 9.762 km² de vegetação nativa, alta de 29,5% sobre igual período de 2017 a 2018.

Por outro lado, o governo do militar reformado insinuou que, sem o acordo com a União Europeia, os problemas ambientais na Amazônia podem piorar. Com essa espécie de chantagem, os ministérios encerram a nota. Ali, escrevem que, se o acordo não entrar em vigor, seria “claro desincentivo aos esforços do país para fortalecer ainda mais sua legislação ambiental”. Prosseguem, enfatizando que a não aprovação do acordo traria consequências negativas do ponto de vista social e econômico, “que poderiam agravar ainda mais os problemas ambientais da região”.

*Com informações do UOL

Fonte: Revista Forum 


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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Confira a íntegra do Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil



Proposta apresentada nesta segunda-feira, 21 de setembro, pelo PT e Fundação Perseu Abramo tem 210 páginas e está divida em três partes: diagnóstico, medidas emergenciais e propostas para o futuro




Fonte: Lula


Fundação Perseu Abramo

  • Acompanhe o lançamento do Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil, documento da Fundação Perseu Abramo (FPA) e do Partido dos Trabalhadores (PT) que reúne propostas ao mesmo tempo factíveis e ambiciosas para salvar vidas, gerar empregos e renda, desenvolver a economia nacional, radicalizar a democracia hoje ameaçada, promover a soberania e construir um novo país.


sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Lula na Fórum: A Lava Jato por toda a América Latina tem o dedo do Departamento de Justiça dos EUA




Em entrevista ao Fórum Onze e Meia desta sexta-feira (4), em edição especial do aniversário de 19 anos da Fórum, o ex-presidente Lula falou sobre a interferência dos Estados Unidos na América Latina.

“Eu aprendi que todos esses golpes na América Latina têm o dedo dos EUA. E a questão da Lava Jato espalhada por toda a América Latina tem o dedo do Departamento de Justiça americano. Isso já está provado em vários países”, disse Lula. “Eles dão golpe quando faz políticas públicas, quando não faz pode ficar”, completou o ex-presidente.

Lula afirmou que a sua gestão elevou papel do Brasil no cenário internacional. Para o ex-presidente, o governo dos EUA reagiu a esse fortalecimento e também ao crescimento das relações da China com a região, atuando contra o seu governo e os de países vizinhos.

“O Brasil teve a petulância de virar protagonista internacional no meu mandato. Se tem uma coisa que eu me orgulho, é que o Brasil passou a ser levado a sério pela China, pela Rússia, pelos EUA (…) mas eles [EUA] acham que o Brasil não tem esse direito, de ser protagonista. O Brasil, para eles, é colônia”, disse Lula, citando realizações de sua política externa e algumas reações contrária dos EUA.

“O que aconteceu no Equador, na Bolívia, o que quase acontece na Argentina, se a Cristina [Kirchner] não reagi e não se elege, o que aconteceu com o companheiro [Fernando] Lungo no Paraguai, foi o que aconteceu no Brasil (…) Eles falaram: ‘esse Brasil tá demais, esse Lula, tá demais, esse PT e essa Dilma tá demais, vamos tirar eles daí’ E como é que vai me prender? Inventaram a Lava Jato”, avaliou o ex-presidente

“Eu lamento que a gente não tenha se libertado de ser colônia. A última tentativa foi no meu governo”, finalizou.

Assista a entrevista completa:



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sábado, 25 de julho de 2020

‘Caixa Preta do BNDES’: Véio da Havan construiu império com 55 empréstimos junto ao banco estatal




Por: Canal da Resistência

Impedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de propagar fake news e discurso de ódio nas redes sociais nesta sexta-feira (25), o empresário bolsonarista Luciano Hang, o veio da Havan, construiu seu império, que soma 147 lojas em 18 estados, com 55 empréstimos obtidos via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES.

Ostentando réplicas da Estátua da Liberdade, símbolo do capitalismo estadunidense, em cada entrada da loja, o empresário, no entanto, obteve a maioria dos empréstimos – 50 dos 55 – durante os governos de Lula e Dilma Rousseff, classificados como “comunistas” por ele.

No entanto, foram nos governos Itamar Franco, em 1993, e Fernando Henrique Cardoso, em 1997, que ocorreram os empréstimos mais polpudos – R$ 33,9 milhões de um total de 72 milhões recebidos do banco estatal – que permitiu Hang a abrir as primeiras filiais da matriz, situada em Brusque, Santa Catarina.

Os dados foram obtidos pelos jornalistas Guilherme Waltenberg e Gabriela Vinha, do site Metrópoles, via Lei de Acesso à Informação, já que o Veio da Havan se negou a fornecê-los. Na média, Hang obteve 1,6 empréstimo por ano desde a fundação da empresa, em 1986.
Em suas lives, Hang faz questão de mentir, dizendo que não contratou nenhum empréstimo no banco durante os governos do PT.

“Como se fosse verdade que o ‘Véio da Havan’ pegou, durante a época do PT, empréstimos do BNDES. Quero dizer para vocês que é mentira. É fake news! A Havan, durante a época do PT, não pegou empréstimos, até porque eu já era inimigo deles, né?”, disse em vídeo respondendo a Alexandre Frota (PSDB-SP) que acusou Jair Bolsonaro de não ter aberto a “caixa-preta do BNDES” para proteger o empresário.


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quarta-feira, 22 de julho de 2020

Lava Jato trouxe prejuízo de R$ 142,6 bilhões para a economia brasileira em apenas um ano, aponta economista (assista)




247 - A economista Rosa Maria Marques, professora de economia da PUC-SP, analisou o impacto negativo que a operação Lava Jato trouxe à economia do país. Rosa Marques destaca que houve uma grande movimentação nos setores empresariais para instaurar a agenda regressiva de reformas neoliberais e que a Lava Jato foi parte dessa engrenagem. 

Em seu artigo, Marques mobiliza os estudos sobre a operação, que já começam a ganhar a atenção de pesquisadores e estudantes de economia. Ela diz: “segundo Nozaki (2018), do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a operação provocou o desmantelamento de “importantes setores da economia nacional, principalmente da indústria petrolífera e da sua cadeia de fornecedores, como a construção civil, a metal-mecânica, a indústria naval, a engenharia pesada, além do programa nuclear brasileiro. Apenas em seu primeiro ano, estima-se que a Lava Jato retirou cerca de R$ 142,6 bilhões da economia brasileira. Ou seja: a operação produziu pelo menos três vezes mais prejuízos econômicos do que aquilo que ela avalia ter sido desviado com corrupção.”

Marques prossegue: “Walde Junior (2019), por sua vez, estima que, nos três primeiros anos, ocorreram mais de 2,5 milhões de demissões ligadas às empresas investigadas pela Operação Lava Jato ou a suas fornecedoras. Dois exemplos trazidos por este pesquisador são bastante ilustrativos: que a Petrobras teria reduzido o número de seus funcionários de 446 mil, em dezembro de 2013, para pouco mais de 186 mil em dezembro de 2016; e que a construtora Engevix teria, no mesmo período, demitido 82% dos trabalhadores de seu quadro (de 17.000 para 3 mil). Mas é difícil se separar o efeito da operação dos demais fatores anteriormente mencionados.”

E conclui: “por isso, talvez seja mais importante enfatizar que, para além dos números das empresas diretamente afetadas, tais como retração do investimento, do total de trabalhadores e do faturamento, fruto da não preservação das empresas ao ter sido feito o combate à corrupção realizada por indivíduos, é importante se atentar para seu resultado: o desmantelamento do setor da construção civil e do petróleo e do gás no país. Este último já está vivendo um franco processo de entrega para o grande capital estrangeiro via os leilões do pré-sal.”

Baixe o livro Relações Obscenas na íntegra gratuitamente o link abaixo:

Assista a entrevista de Rosa Maria Marques:



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domingo, 7 de abril de 2019

Por que têm tanto medo de Lula livre?




Já alcançaram o objetivo, que era impedir a minha eleição

Luiz Inácio Lula da Silva

Faz um ano que estou preso injustamente, acusado e condenado por um crime que nunca existiu. Cada dia que passei aqui fez aumentar minha indignação, mas mantenho a fé num julgamento justo em que a verdade vai prevalecer. Posso dormir com a consciência tranquila de minha inocência. Duvido que tenham sono leve os que me condenaram numa farsa judicial.

O que mais me angustia, no entanto, é o que se passa com o Brasil e o sofrimento do nosso povo. Para me impor um juízo de exceção, romperam os limites da lei e da Constituição, fragilizando a democracia. Os direitos do povo e da cidadania vêm sendo revogados, enquanto impõem o arrocho dos salários, a precarização do emprego e a alta do custo de vida. Entregam a soberania nacional, nossas riquezas, nossas empresas e até o nosso território para satisfazer interesses estrangeiros.

Hoje está claro que a minha condenação foi parte de um movimento político a partir da reeleição da presidenta Dilma Rousseff, em 2014. Derrotada nas urnas pela quarta vez consecutiva, a oposição escolheu o caminho do golpe para voltar ao poder, retomando o vício autoritário das classes dominantes brasileiras.

O golpe do impeachment sem crime de responsabilidade foi contra o modelo de desenvolvimento com inclusão social que o país vinha construindo desde 2003. Em 12 anos, criamos 20 milhões de empregos, tiramos 32 milhões de pessoas da miséria, multiplicamos o PIB por cinco. Abrimos a universidade para milhões de excluídos. Vencemos a fome.

Aquele modelo era e é intolerável para uma camada privilegiada e preconceituosa da sociedade. Feriu poderosos interesses econômicos fora do país. Enquanto o pré-sal despertou a cobiça das petrolíferas estrangeiras, empresas brasileiras passaram a disputar mercados com exportadores tradicionais de outros países.

O impeachment veio para trazer de volta o neoliberalismo, em versão ainda mais radical. Para tanto, sabotaram os esforços do governo Dilma para enfrentar a crise econômica e corrigir seus próprios erros. Afundaram o país num colapso fiscal e numa recessão que ainda perdura. Prometeram que bastava tirar o PT do governo que os problemas do país acabariam.

O povo logo percebeu que havia sido enganado. O desemprego aumentou, os programas sociais foram esvaziados, escolas e hospitais perderam verbas. Uma política suicida implantada pela Petrobras tornou o preço do gás de cozinha proibitivo para os pobres e levou à paralisação dos caminhoneiros. Querem acabar com a aposentadoria dos idosos e dos trabalhadores rurais.

Nas caravanas pelo país, vi nos olhos de nossa gente a esperança e o desejo de retomar aquele modelo que começou a corrigir as desigualdades e deu oportunidades a quem nunca as teve. Já no início de 2018 as pesquisas apontavam que eu venceria as eleições em primeiro turno.

Era preciso impedir minha candidatura a qualquer custo. A Lava Jato, que foi pano de fundo no golpe do impeachment, atropelou prazos e prerrogativas da defesa para me condenar antes das eleições. Haviam grampeado ilegalmente minhas conversas, os telefones de meus advogados e até a presidenta da República. Fui alvo de uma condução coercitiva ilegal, verdadeiro sequestro. Vasculharam minha casa, reviraram meu colchão, tomaram celulares e até tablets de meus netos.

Nada encontraram para me incriminar: nem conversas de bandidos, nem malas de dinheiro, nem contas no exterior. Mesmo assim fui condenado em prazo recorde, por Sergio Moro e pelo TRF-4, por “atos indeterminados” sem que achassem qualquer conexão entre o apartamento que nunca foi meu e supostos desvios da Petrobras. O Supremo negou-me um justo pedido de habeas corpus, sob pressão da mídia, do mercado e até das Forças Armadas, como confirmou recentemente Jair Bolsonaro, o maior beneficiário daquela perseguição.

Minha candidatura foi proibida contrariando a lei eleitoral, a jurisprudência e uma determinação do Comitê de Direitos Humanos da ONU para garantir os meus direitos políticos. E, mesmo assim, nosso candidato Fernando Haddad teve expressivas votações e só foi derrotado pela indústria de mentiras de Bolsonaro nas redes sociais, financiada por caixa 2 até com dinheiro estrangeiro, segundo a imprensa.

Os mais renomados juristas do Brasil e de outros países consideram absurda minha condenação e apontam a parcialidade de Sergio Moro, confirmada na prática quando aceitou ser ministro da Justiça do presidente que ele ajudou a eleger com minha condenação. Tudo o que quero é que apontem uma prova sequer contra mim.

Por que têm tanto medo de Lula livre, se já alcançaram o objetivo que era impedir minha eleição, se não há nada que sustente essa prisão? Na verdade, o que eles temem é a organização do povo que se identifica com nosso projeto de país. Temem ter de reconhecer as arbitrariedades que cometeram para eleger um presidente incapaz e que nos enche de vergonha.

Eles sabem que minha libertação é parte importante da retomada da democracia no Brasil. Mas são incapazes de conviver com o processo democrático.






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quinta-feira, 21 de março de 2019

Briga entre Moro e Maia tem como "pano de fundo" prisão de caciques do MDB.



Mandado de prisão assinado por Marcelo Bretas se deu na semana em que a troca de farpas entre Maia e Moro chegou ao ápice, com o presidente da Câmara afirmando que o ex-juiz se comporta como presidente da República

O momento da prisão do ex-presidente Michel Temer





Jornal GGN – A operação da Lava Jato no Rio de Janeiro que prendeu, nesta quinta (21), Michel Temer, Eliseu Padilha e Moreira Franco, entre outros nomes ligados à cúpula do MDB, ocorre paralelamente à briga entre Sergio Moro – colega do juiz Marcelo Bretas – e Rodrigo Maia – genro de Moreira Franco – por causa do pacote anticrime apresentado à Câmara.

Na noite anterior ao cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão pela PF, Moro e Maia intensificaram a troca de farpas publicamente. O presidente da Câmara disse à imprensa que o ministro da Justiça está extrapolando sua competência ao se comportar como presidente da República e exigir que a Câmara discuta seu pacote de mundanças na legislação penal.

A mensagem desagradou Moro, que usou o Instagram da esposa, Rosangela Moro, para divulgar uma nota oficial, na noite de quarta (20), insinuando que os deputados fazem corpo mole em relação ao pacote anticrime e que o País já não aguenta mais empurrar corrupção para debaixo do tapete.


O mandado de prisão contra o sogro de Maia e outros emedebistas foi emitido por Bretas em 19 de março. Na véspera, a imprensa noticiava que o presidente da Câmara desacelerou a tramitação do pacote anticrime criando um grupo especial que deverá debater as propostas por pelo menos 90 dias. Somente depois disso é que o projeto será enviado para uma das comissões permanentes da Casa.


Na visão de Moro, o Congresso deve tocar o pacote anticrime e a Reforma da Previdência ao mesmo tempo. Maia, para quem Moro não tem poder de decisão sobre os trabalhos da Câmara, também alegou que a nova previdência é a prioridade.

Prisão de Temer é tentativa da Lava Jato de sair das cordas




LAVA JATO NA PAREDE

Além disso, a operação que leva à prisão mais um ex-presidente da República ocorre no momento em que a Lava Jato está sob forte pressão. O Supremo Tribunal Federal julgou, recentemente, que caixa 2 deve ser julgado pela Justiça Eleitoral, esvaziando denúncias construídas pelos procuradores que atuam na operação. Além disso, a turma de Deltan Dallagnol entrou na mira do STF por causa do fundo bilionário construído com R$ 2,5 bilhões da Petrobras.


Canalhas golpistas descobrem que Temer é um gângster



CONVERSA AFIADA: Olá, tudo bem?


O Brasil assiste ao exercício de um dos traços do nosso celebrado Homem Cordial: a hipocrisia.

A prisão dos gângsters Michel Temer e Moreira Franco permite que os moradores e serviçais da Casa Grande demonstrem sem qualquer pudor essa característica essencial: a dissimulação, o fingimento.

Eles descobriram agora que o Temer e o Moreira são ladrões!

Roubaram R$ 1,8 bilhão!

E, na tentativa de envernizar a biografia, eles passam a saudar a Lava Jato que os prendeu com muitos anos de atraso.

A mesma Lava Jato do Moro que, anos atrás, se recusou a aceitar essa delação que levou agora os dois ao cárcere.

Hoje os dissimulados saúdam a higiene do sistema.

Os safados estão presos!

Como dizia a Dilma, são todos moralistas sem moral.

Na hora de derrubar a Dilma, uma mulher honesta, uma Presidenta honesta, e abrir a porta para instalar o neolibelismo, o Temer e o Moreira eram dois estadistas.

Esses mesmos gatunos de hoje pareciam Winston Churchill.

Rasgaram a Constituição para dar o poder à máfia - e os hipócritas diziam que foi tudo dentro da Constituição...

Ai de quem falasse em Golpe!

Quando o Temer tentou se esconder atrás de pseudo-gênios tucanos - o Ilan, o Pedro Malan Parente e a Maria Silvia -, diziam que ele escalou o dream team, a Seleção Brasileira de 1950.

É porque ele fez um projeto de Reforma da Previdência que eles diziam que curava até dor de corno.

Quando a Câmara não deixou processar o chefe dos malfeitores, ufa, que alívio! Foi preservada a governabilidade, disseram...

Para garantir a Reforma da Previdência dos bancos.

E manter intacta a ponte para o futuro... do salteador Moreira Franco.

Quando o Ministrário Gilmar Mendes despachava no escuro do Palácio Jaburu com a dupla de sicários, a Casa Grande e seus fâmulos se calavam.

Cães danados, agora, todos a eles!

Viva a Lava Jato!

A Pátria está salva!

Não importa se a Constituição tenha sido estuprada para dar o poder a essa Camorra!

Então, como agora, o que interessa é garantir o meu... quer dizer, o dos bancos!

Esse podcast é sobre a hipocrisia.

Podcast Episode

quarta-feira, 20 de março de 2019

APROVAÇÃO DE BOLSONARO CAI 15 PONTOS E, É CONSIDERANDO O PIOR PRESIDENTE ESTREANTE EM 24 ANOS.




247 - Pesquisa realizada pelo Ibope e divulgada nesta quarta-feira, 20, mostra que o presidente Jair Bolsonaro perdeu 15 pontos percentuais de popularidade nos primeiros sessenta dias de governo.

A proporção de quem considera sua administração boa ou ótima caiu de 49% em janeiro para 39% em fevereiro e chegou a 34% em março, segundo a pesquisa do Ibope, divulgada pelo jornalista José Roberto de Toledo, da revistaPiauí.

Percentual da população que considera seu governo ruim ou péssimo subiu de 11% em janeiro para 24% em março. Outros 34% consideram que é regular, e 8% não souberam avaliar.

Se 62% diziam confiar no presidente em janeiro, só 49% ainda confiam nele agora. Perda de 13 pontos. Ao mesmo tempo, a desconfiança saltou de 30% para 44%.

"Em comparação com outros presidentes eleitos, porém, o começo da passagem de Bolsonaro pelo Palácio do Planalto é o pior já registrado. Nos seus primeiros mandatos, Dilma, Lula, Fernando Henrique e Collor sustentaram taxas mais altas do que os 34% de Bolsonaro nos meses iniciais. A popularidade deles só ficou abaixo desse patamar nos segundos mandatos de FHC e Dilma, quando os presidentes já acumulavam mais de quatro anos de desgastes", diz o jornalista José Roberto de Toledo.

A pesquisa foi realizada entre 16 e 19 de março, em todas as regiões do Brasil, com a população de 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.


UOL


TV 247 - Ibope do governo despenca




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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Cresce laranjal do partido presidencial





  • É o milagre dos santinhos

Notas revelam compra de 10 milhões de panfletos por duascandidatas do PSL a 48 horas da eleição


Envolvido numa polêmica sobre possíveis candidaturas laranjas, o PSL teve duas candidatas que adquiriram, a menos de 48 horas da eleição, mais de 10 milhões de santinhos, folders e praguinhas. O partido destinou a poucos dias do primeiro turno R$ 268 mil para duas candidatas a deputada estadual no Ceará e em Pernambuco. O montante mal parou nas contas de campanha de Gislani Maia e Mariana Nunes, que gastaram praticamente todo o valor recebido em gráficas entre os dias 5 e 6 de outubro.

Candidata no Ceará, Gislani teve receita de quase R$151 mil, dos quais R$ 150 mil vieram da direção nacional do PSL no dia 5 de outubro. Até então, ela não tinha obtido doação alguma. No próprio dia 5, a candidata repassou quase R$ 143 mil para três gráficas. A campanha de Gislani custou o triplo da de Hélio Góes, candidato do PSL ao governo do Ceará, e quase 18 vezes mais que o postulante do partido ao Senado, Márcio Pinheiro, que teve despesa de R$ 8,5 mil — e não recebeu nenhum centavo do PSL.

Gislani foi a única mulher a receber dinheiro do PSL no Ceará, embora o partido tenha tido outras 18 candidaturas femininas no estado. Além dela, apenas Heitor Freire, presidente da sigla no estado, foi beneficiado com recursos partidários. Freire foi eleito deputado federal e apresentou gastos de campanha de R$ 64,2 mil, menos da metade de Gislani.

As notas fiscais do dia 5 de outubro apresentadas pela candidata à Justiça Eleitoral são pelo fornecimento de 4,8 milhões de santinhos, panfletos e botons, além de 20 mil adesivos para carros. O número de eleitores em Fortaleza não chega a 1,8 milhão e, no Ceará, é de 6,3 milhões. Gislani obteve 3.501 votos.

A maior parte da despesa da candidata — R$ 103,2 mil — foi concentrada em uma única gráfica, a M C de Holanda Carvalho, cujo nome fantasia é EH 8 Comunicação Visual. A gráfica também imprimiu material para Heitor Freire.

(...) — Praticamente tudo relacionado à campanha do presidente Bolsonaro no Ceará foi produzido aqui — afirmou o técnico de impressão, embora o presidente tenha declarado apenas R$ 55 mil em gastos no local, usados para a confecção de adesivos.

O GLOBO orçou com a EH8 a impressão de 10 mil adesivos para carro a serem entregues em três dias, metade da quantidade paga por Gislani. Os funcionários, no entanto, recusaram a encomenda, alegando que só conseguiriam produzir 500 unidades no prazo estabelecido. (...)

Mariana Nunes é outra candidata a movimentar grandes montantes de recursos às vésperas do primeiro turno. Apesar de ter obtido apenas 1.741 votos — ficando no 189º lugar na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco — ela teve recursos dignos de uma campeã de votos. Sua campanha custou R$ 127.860, segundo a prestação de contas entregue à Justiça Eleitoral — mais do que líderes de votos do partido, como Janaína Paschoal (PSL-SP), deputada estadual mais votada da história do Brasil, que gastou R$ 58,4 mil.

A candidata recebeu R$ 128 mil da direção estadual do PSL, dos quais R$ 118 mil entre os dias 2 e 5 de outubro. Quase todo esse montante —R$ 113,9 mil — foi gasto na impressão de cinco milhões de santinhos e um milhão de praguinhas (adesivos) na gráfica Juliane Mirella de Carvalho Gonçalves. A empresa também foi contratada por Lourdes Paixão e Érika Siqueira, candidatas que também receberam grandes quantias do partido dias antes da eleição e obtiveram, respectivamente, 274 e 1.315 votos.

Para a procuradora regional Silvana Batini, que já atuou como procuradora regional eleitoral no Rio, a prática de desviar recursos de candidaturas femininas é comum:

— Não estou falando sobre esse caso específico, mas uma das formas de burlar a lei é justamente colocar a candidata feminina diluída em outras candidaturas. Então, no final das contas, o dinheiro não está sendo usado para promover as candidaturas femininas. (...)

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sábado, 2 de fevereiro de 2019

GOLPISMO NO SENADO 1: Votação encaminhada por Alcolumbre, pau-mandado de Onyx, ignora os Artigos 60, 401 e 412 do Regimento Interno. Aí é o vale-tudo





Um desastre para o país o que se passa no Senado. E, se querem saber, o resultado é também ruim para o governo Bolsonaro. Sabem por quê? Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil, ao arrumar um títere para rasgar o Regimento Interno do Senado, está criando dificuldades para o governo, ainda que venham a ser bem-sucedido na empreitada e o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) se torne presidente da Casa. Depois virão as reformas. Depois das reformas, virão outros desafios. A causa a que Onyx se lançou larga derrotados demais pelo caminho. Uma Proposta de Emenda Constitucional precisa de 49 votos.

Está tudo errado. O Regimento Interno do Senado é explícito sobre a forma de votação. Reproduzo o caput:

Está tudo errado. O Regimento Interno do Senado é explícito sobre a forma de votação. Reproduzo o caput:

“Art. 60. A eleição dos membros da Mesa será feita em escrutínio secreto, exigida maioria de votos, presente a maioria da composição do Senado e assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional das representações partidárias ou dos blocos parlamentares com atuação no Senado.”


Mas o Regimento Interno não pode mudar nunca? Claro. Ele próprio estabelece as condições no Artigo 401:

Art. 401. O Regimento Interno poderá ser modificado ou reformado por projeto de resolução de iniciativa de qualquer Senador, da Comissão Diretora ou de comissão temporária para esse fim criada, em virtude de deliberação do Senado, e da qual deverá fazer parte um membro da Comissão Diretora.

1º Em qualquer caso, o projeto, após publicado em avulso eletrônico, ficará sobre a mesa durante cinco dias úteis a fim de receber emendas.
§ 2º Decorrido o prazo previsto no § 1º, o projeto será enviado:
I – à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, em qualquer caso;
II – à comissão que o houver elaborado, para exame das emendas, se as houver recebido;
III – à Comissão Diretora, se de autoria individual de Senador.
3º Os pareceres das comissões serão emitidos no prazo de dez dias úteis, quando o projeto for de simples modificação, e no de vinte dias úteis, quando se tratar de reforma.
4º Aplicam-se à tramitação do projeto de alteração ou reforma do Regimento as normas estabelecidas para os demais projetos de resolução.

5º A redação final do projeto de reforma do Regimento Interno compete à comissão que o houver elaborado e o de autoria individual de Senador, à Comissão Diretora.


Pergunta óbvia de resposta idem: Davi Alcolumbre pôs em votação a mudança do regimento: 50 a 2 a favor da mudança. O Senado conta com 81 membros. Cabe a pergunta: ele seguiu o rito? A resposta é óbvia.

A ser assim agora, então se muda a o Regimento Interno a qualquer hora, a depender das maiorias da hora, e não há mais regras.

O Inciso III do Artigo 412 ainda abre uma exceção para um eventual acordo contrariar o Regimento no Inciso III do Artigo 312, a saber:

“III – impossibilidade de prevalência sobre norma regimental de acordo de lideranças ou decisão de Plenário, exceto quando tomada por unanimidade mediante voto nominal, resguardado o quorum mínimo de três quintos dos votos dos membros da Casa;”

Também não houve a unanimidade. Nada do que foi votado é legal. Caso prevaleça a decisão e caso Alcolumbre se torne presidente, em voto aberto, presidindo ou não a sessão — outra excrescência —, não sei se o lado derrotado recorre ao Supremo. E, nesse caso, sabe-se lá o que o tribunal poderia fazer. É bom lembrar que, na votação do impeachment de Dilma, o tribunal interferiu na formação da comissão da Câmara.

Mas pergunto outra vez: esse tipo de coisa interessa à política e ao próprio governo?

Continua aqui






 Reinaldo Azevedo fala sobre as eleições legislativas



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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Janot ‘chuta o balde’ e diz que impeachment teve como objetivo ‘frear a Lava Jato’;




O impeachment da presidente Dilma Rousseff foi a forma encontrada por políticos acusados de corrupção de obstruir a Operação Lava Jato.


Quem diz isso é o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que cita a “solução Michel”, no inquérito em que pede investigação contra Romero Jucá, Sergio Machado, Renan Calheiros e José Sarney.


  • Abaixo, um trecho da reportagem do blog de Fausto Macedo:


No pedido de instauração de inquérito contra o ex-presidente José Sarney (PMDB/AP), os senadores Renan Calheiros (PMDB/AL) e Romero Jucá (PMDB/RR) e o ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado por obstrução à Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cita a “solução Michel” – suposto ‘acordão’ entre os peemedebistas para alçar Michel Temer à Presidência da República, a partir do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, com o objetivo de estancar as investigações sobre esquema de propinas instalado na Petrobrás.

De acordo com o procurador, o ‘plano’ elaborado pelo que chamou de ‘quadrilha’ foi colocado em prática logo após Temer assumir interinamente a presidência, em maio de 2016.

Janot não atribui em nenhuma passagem de seu pedido envolvimento de Temer com o grupo de peemedebistas na trama para barrar a Lava Jato. Mas é taxativo. “Mais de uma vez nas conversas gravadas o senador Romero Jucá evidencia que o timing para a implementação do grande acordo de estancamento da Operação Lava Jato ficaria especialmente favorecido com o início do governo de Michel Temer.”

O procurador-geral da República cita, no pedido, a “solução Michel”, em referência a uma conversa gravada do senador Romero Jucá (PMDB-RR) com o ex-presidente da Transpetro. No diálogo, que consta do acordo de colaboração premiada de Sérgio Machado, os dois falam em um ‘grande acordo nacional’ para ‘parar tudo’ e ‘delimitar’ a Lava Jato.

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