Mostrando postagens com marcador fake news. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador fake news. Mostrar todas as postagens

domingo, 12 de julho de 2020

Pepe Escobar: prioridade do 'deep state' é descartar Trump e, por tabela, Bolsonaro




247 - O jornalista Pepe Escobar conversou com a TV 247 sobre o ato do Facebook de banir de seu território virtual contas ligadas a Jair Bolsonaro e ao presidente dos Estados Unidos Donald Trump que disseminavam fake news.

Segundo apuração própria, o jornalista afirmou que tal decisão foi uma ordem do deep state, que luta contra Trump e, consequentemente, contra Bolsonaro. “É uma ordem que veio direto do deep state porque vai em cima justamente dos oponentes do deep state, ou seja, todo o esquema Trump, todo o esquema Bolsonaro. O Zuckerberg e o Facebook fazem parte do deep state, e eles estavam começando a ficar extremamente irritados com a proeminência dessas redes de fake news. Então veio uma ordem direta para o Facebook, e quando eu digo direta vem basicamente a CIA e facções do deep state, e isso vai acelerar cada vez mais. O Facebook é uma arma do deep state”.

Pepe Escobar ainda descartou um movimento do Facebook na mesma intensidade contra sites e contas de esquerda. “Na linha de prioridades do deep state só existe uma prioridade: descartar o Trump. Ou seja, tudo o que está ligado em redes sociais a difusão Trump eles vão cair em cima, acho que isso foi até o aperitivo, vai vir mais depois”.





No Twitter


***

sábado, 11 de julho de 2020

A investigação do MP está mostrando que o MBL operava um gabinete do ódio


Ilustração: The Intercept Brasil


O cerco se fechou contra as fake news nesta semana. Depois que diversas páginas e contas foram derrubadas no Facebook ligadas ao bolsonarismo, o Ministério Público de São Paulo prendeu homens ligados ao MBL, sendo um deles um famoso propagador de mentiras. Essa indústria de fake news, que forneceu a base para ascensão da extrema direita no Brasil, parece estar com os dias contados.

Na manhã de sexta-feira, a Polícia Civil  prendeu dois empresários ligados ao MBL.  Eles são acusados pelo Ministério Público de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. O MBL nega que os empresários tenham ligação com o grupo e tenta a todo custo descolar sua imagem dessa investigação. Mas o fato é que a polícia também cumpriu um mandado de busca na sede do movimento e investiga empresas ligadas a ele. Não é possível afirmar que a sede do MBL não é ligada ao MBL, não é mesmo?

Motivos para o grupo estar na mira da investigação não faltam. Além da ligação estreita que mantém com os empresários presos, está sendo investigada a relação financeira obscura entre o MBL e uma das empresas da família de Renan dos Santos, um dos líderes do movimento. Há a suspeita de que essa relação seja para a prática do crime de lavagem de dinheiro. Segundo nota do MP-SP, as evidências obtidas indicam que os envolvidos “construíram efetiva blindagem patrimonial composta por um número significativo de pessoas jurídicas, tornando o fluxo de recursos extremamente difícil de ser rastreado”.

Os procuradores afirmam que a família de Renan comprou e abriu duas dezenas de empresas que hoje se encontram inoperantes — outro forte indicativo de lavagem de dinheiro. Essas empresas devem juntas à União cerca de R$ 400 milhões em impostos. Uma bagatela de quase meio bilhão teria deixado de entrar nos cofres públicos!

Intercept teve acesso ao procedimento de investigação criminal, que está disponível na íntegra ao final desse texto. O MP estranha o fato do “MBL/MRL” ter se negado publicamente a “prestar contas acerca dos valores que vêm angariando ao longo de sua existência, e que vêm financiando a manutenção do “Movimento””. Na investigação consta também que o juiz acatou o pedido do MP para quebrar o sigilo bancário e fiscal de Renan Santos. Agora a estranha relação entre o MBL e a empresa da sua família finalmente deverá ser esclarecida.

A cara de pau em negar a estreita relação do grupo com os presos não resiste a uma googlada. Carlos Augusto de Moraes Afonso é um dos presos que manteve uma forte parceria com o MBL. Usando o pseudônimo de Luciano Ayan, ele ficou famoso por comandar o extinto Ceticismo Político, um site reacionário que publicava fake news. O auge da fama foi atingido quando ele apareceu no Profissão Repórter para explicar uma reportagem mentirosa publicada sobre Marielle Franco.

A manchete insinuava que a vereadora assassinada mantinha relações com o tráfico. O que o MBL fez diante disso? Largou o parceiro ferido na estrada e repudiou a disseminação da mentira? Claro que não. O grupo saiu em defesa de Luciano Ayan e passou a atacar os jornalistas da Globo em suas redes sociais. Produziram até um vídeo para defendê-lo.

Um ex-parceiro do MBL já havia denunciado o que está sendo investigado agora. Em carta enviada à CPMI das Fake News, Roger Scar contou que Luciano Ayan o procurou para assumir o Jornalivre, um site dedicado a produzir notícias com viés de direita para o MBL. Ayan não revelava de onde vinha a grana para manter o site, e o salário de R$ 2 mil de Roger. Dizia apenas que havia um doador anônimo por trás.

Segundo ele, o MBL encomendava conteúdos fakes e de apoio ao candidato Jair Bolsonaro. Foi aí que ele começou a desconfiar quem era a alma bondosa que mantinha financeiramente seu site:  “(…) a ficha começou a cair. Na realidade, Luciano havia mentido desde o princípio sobre o suposto apoiador do site. Quem realmente financiou o Jornalivre foi o MBL, e Luciano não passava de um laranja, um intermediário que fazia a ponte entre eles e eu”.

O ex-editor do Jornalivre afirma que a ideia de Ayan era “fazer precisamente o que as milícias bolsonaristas fazem hoje, com assassinato de reputações.” Ou seja, conforme Scar, o grupo pagava para Luciano Ayan comandar uma espécie de Gabinete do Ódio do MBL. Roger não é o único a apontar essas relações. Há outros ex-integrantes que as confirmam.

No texto do procedimento investigatório, consta que Ayan ameaçou membros do MBL que questionaram as nebulosas doações recebidas através de vaquinhas on-line e das lives no YouTube. Ayan “passou a efetuar intimidações e ameaçar internautas que faziam menções questionadoras a estas doações via Superchat que não possuem lastro, e cuja origem não se sabe ser lícita ou ilícita, posto que, como referido, são feitas por meio de pagamentos que não deixam lastro no sistema bancário (via cartão pré-pago).”

Ainda segundo a investigação, essa seria uma “nova e peculiar” técnica de lavagem de dinheiro. As frequentes doações online de valores relevantes não passavam pelo sistema bancário dos investigados, “justamente de forma a proporcionar, de forma mais eficiente, a ocultação da origem dos valores”. O MP chama essa grana de “cifras ocultas”, já que as doações são efetuadas por cartões pré-pago e podem ser feitas em nome de qualquer pessoa.  Para os investigadores, a origem do dinheiro dessas doações é “provavelmente ilícita”.

Infográfico presente no procedimento investigatório do MP-SP (Imagem/Reprodução)


O MBL fazia arrecadação de dinheiro por meio de suas lives no YouTube, e cada doação era chamada pelos integrantes de “pimba”. Alessander Monaco, preso nesta sexta-feira (10), era um “pimbador” em série.

O deputado Kim Kataguiri, que hoje faz a egípcia tentando escamotear sua proximidade com Ayan, o considerava um analista político de respeito. O MBL o considerava um professor e chegou a convidá-lo para ministrar uma aula pública em frente à sede do Facebook, onde o grupo fazia um protesto:



 Ayan era tão próximo do movimento que chegou a ser sócio de uma empresa junto com Pedro D’Eyrot, líder e um dos fundadores do MBL. É esse o nível de proximidade de Ayan com  lideranças do grupo.

Alessander Monaco, o outro homem ligado ao MBL preso na operação, é suspeito de, dentre outras coisas, realizar “doações altamente suspeitas através da plataforma Google” — leia-se suspeita de lavagem de dinheiro. Esses indícios circulam pelas redes desde o ano passado. 

Monaco trabalhou durante um ano como funcionário do estado de São Paulo durante a gestão de Doria, um político que sempre foi um grande parceiro do MBL. Aliás, integrante do MBL contratado pela gestão Doria não chega a ser novidade.

O MBL fazia arrecadação de dinheiro por meio de suas lives no YouTube. Cada doação era chamada pelos integrantes de “pimba”. Monaco era um “pimbador” em série. Fazia doações com valores acima da média e era festejado pelo grupo.

Registro de algumas das "pimbadas"de Alessander Monaco. (Reprodução/YouTube


As doações frequentes e vultosas de Monaco viraram piada interna entre os integrantes do MBL. Tanto que o grupo passou a apresentar suas lives exibindo em cima da bancada um porta-retrato com uma foto em homenagem ao doador “anônimo”. Na foto abaixo, Alessander aparece sentado à mesa em uma live do grupo.

Foto: Reprodução/Instagram, YouTube


A impressão que ficava era a de que Monaco era só um fã do MBL com dinheiro de sobra para gastar. Mas não é isso o que o MP acha nem o que diz esse ex-coordenador do grupo, Ian Madonaldo:



 A investigação afirma que “as doações efetuadas mensalmente por ele ao MBL somavam valores muito além da sua capacidade econômico-financeira”.

Além das “pimbadas”, o MP suspeita das 50 vezes que Monaco foi para Brasília entre julho de 2016 e agosto de 2018. Apesar de ganhar apenas R$ 6 mil mensais como funcionário da gestão Doria à época, ele torrou mais de R$ 100 mil gastos com passagens. Em todas as vezes, ele foi ao Ministério da Educação, mas nunca apresentou uma justificativa plausível. Em praticamente todo o período em que as viagens foram feitas, o ministro da Educação era Mendonça Filho, do DEM. É um partido que sempre esteve próximo do MBL e foi por meio dele que o grupo elegeu três lideranças: Kim Kataguiri, Fernando Holiday e Mamãe Falei. É mais uma história que precisa ser melhor esclarecida.

O MP identificou também um significativo aumento de patrimônio de Monaco. Em 2017, saltou de R$ 146.196,96 para R$ 465.376,92.  A investigação aponta também que a Receita Federal observou um gasto de cartão de crédito mensal médio de R$ 27.456,63 — um valor incompatível com seu salário.

Os integrantes do MBL sugerem que estão sendo vítimas de uma perseguição do bolsonarismo, com quem rompeu e hoje faz oposição. Pelo que vimos acontecer no Brasil nos últimos anos, essa é algo factível. É realmente possível que haja uma disposição em enquadrar o MBL teleguiada por agentes bolsonaristas.

Nós conhecemos o tamanho da influência do bolsonarismo dentro das polícias e do Ministério Público. Mas isso não significa que as suspeitas não fazem sentido. Fazem. O MBL nunca foi transparente quanto ao financiamento do grupo. Nunca prestou contas aos filiados do dinheiro que arrecada por meio das “pimbadas”. Quem faz a auditoria dessas doações? Quanto de dinheiro o MBL arrecadou com elas? Quanto Luciano Ayan recebeu para montar o gabinete do ódio do grupo? Ninguém sabe, nem mesmo os integrantes do grupo. A gestão financeira do MBL é uma caixa-preta que apenas a família do Renan Santos tinha acesso. Mas esse segredo parece estar com os dias contados.

Acesse aqui a íntegra do procedimento investigatório criminal que o MP-SP  abriu contra o MBL.



Segundo Ministério Público e Receita Federal, esquema envolve ocultação de patrimônio e sonegação de R$ 400 milhões.


***

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Jornal Nacional expõe rede de Fake News de Bolsonaro



O telejornal exibiu fotos de Bolsonaro com alguns dos assessores que tiveram contas banidas no Facebook e mostrou elo com Donald Trump e com a Ucrânia


Por: Revista Fórum

O Jornal Nacional, da TV Globo, desta quarta-feira (8) deu destaque à decisão do Facebook de remover contas ligadas ao presidente Jair Bolsonaro, seus filhos, e apoiadores que formavam uma rede de fake news.

“Facebook remove contas de suas redes sociais pelo que chama de comportamento inautêntico. Fake news e ataques a adversários do presidente Bolsonaro disseminados por filhos dele, o deputado federal Eduardo e o senador Flávio. E ainda assessores do presidente, dos filhos e deputados do PSL”, disseram os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos já na abertura do telejornal.

Segundo a rede social foram derrubadas 35 contas no Facebook, 38 no Instagram, 14 páginas e 1 grupo, com 350 participantes, ligados a funcionários dos gabinetes do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e dos deputados estaduais bolsonaristas Anderson Moraes (PSL-RJ) e Alana Passos (PSL-RJ).

O telejornal montou uma diagrama mostrando uma correlação das contas com diferentes países, entre eles os Estados Unidos de Donald Trump e a Ucrânia, e expôs as imagens do presidente, dos filhos e dos parlamentares envolvidos na rede.

O Jornal Nacional deu destaque a três assessores: Tercio Tomaz – que atua em gabinete no Palácio do Planalto -, Eduardo Guimarães e Paulo Xuxu – ligados a Eduardo. Tomaz e Xuxu apareceram no telejornal em fotos ao lado de Jair Bolsonaro.

O JN escutou a relatora da CPMI das Fake News, Lídice da Mata (PSB-BA), que disse que a medida adotada pela rede social reforça as investigações da CPMI das Fake News.





No Twitter



***

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Em 24h, perfis falsos tuitaram 26 mil mensagens pró-Bolsonaro



  • Foi assim que impulsionaram mais uma hashtag



Entre o domingo 28/VI e esta segunda-feira 29/VI, mais de 26 mil postagens com a hashtag #GoBolsonaroMundial no Twitter foram feitas de forma automatizada.

O levantamento é do perfil Bot Sentinel, que rastreia posts de contas não autênticas, as quais muitas vezes fazem uso de robôs.

No período, também foram identificadas 1.290 publicações de perfis falsos usando a hashtag #Bolsonaro2022 e outras 389 com #FechadocomBolsonaroaté2026.




*** 

terça-feira, 23 de junho de 2020

Canais bolsonaristas retiraram mais de 2 mil vídeos do Youtube desde o início de junho, indica levantamento



Allan dos Santos, do Terça Livre, na CPI das Fake News | Jorge William


Por: O GLOBO

João Paulo Saconi

Um levantamento feito pela empresa de análise de dados Novelo Data constatou que 2.015 vídeos publicados por canais bolsonaristas no Youtube desapareceram da plataforma desde o início de junho. Dos 81 produtores de conteúdos observados pela equipe da Novelo, pelo menos 37 tiveram vídeos apagados este mês. O recordista em exclusões foi o canal Gigante Patriota, com menos 1.300 vídeos disponíveis para os usuários da rede — 94% deles foram removidos no último fim de semana. Há motivos diversos que podem ter levado ao sumiço das publicações.


Desde o fim de maio, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vem autorizando diligências contra blogueiros, empresários e parlamentares que compõem a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro na internet. Há uma suspeita de que ataques à Corte tenham tido alcance turbinado com a ajuda dessas pessoas. O mesmo pode ter acontecido com a realização de manifestações antidemocráticas. A exclusão de vídeos pode estar relacionada com uma tentativa dos canais de não serem enquadrados nas apurações que tramitam no tribunal, no caso dos ataques virtuais, e na Procuradoria-Geral da República (PGR), no caso dos protestos.
Um dos personagens mais conhecidos entre os alvosdas decisões de Moraes, o blogueiro Allan dos Santos, do canal Terça Livre, teve 272 vídeos apagados neste mês, até o último sábado. Santos foi alvo de buscas e apreensões duas vezes.


Outros canais também tiveram números expressivos de vídeos apagados até o último sábado. Foram os casos, por exemplo, do Foco do Brasil (66 vídeos a menos); Notícias News N. N. (45 vídeos a menos); Notícias Políticas (43 vídeos a menos); Ficha Social (40 vídeos a menos); Seu Tube (33 vídeos a menos) e Folha Política (24 vídeos a menos).

Os motivos para que os vídeos desapareçam do Youtube são diversos. Eles podem ser apagados por quem os publicou; retirados da listagem pública (e, portanto, seguem disponíveis para determinados usuários) e apagados pela própria plataforma por violarem condições de uso — neste último caso, um aviso sobre ocorrências deste tipo é exibido no lugar do conteúdo. Essas possibilidades foram esclarecidas pela Google, administradora da plataforma, ao Sonar (leia a nota na íntegra no fim da reportagem). A empresa, no entanto, não comenta casos específicos. 


Comportamento expressivo no intervalo de um ano

O programador Guilherme Felitti, fundador da Novelo, explica que o levantamento não encontrou avisos de violação das normas do Youtube. Essa é uma das evidências que o leva a crer que são os próprios youtubers que estão efetuando as retiradas de seus vídeos do site. O monitoramento em questão é feito há um ano, mas só agora as exclusões de conteúdos foram tão expressivas. Em março, por exemplo, os canais deletaram 695 vídeos. Em abril, 247. Em maio, foram 1.112 — número já ultrapassado antes do fim de junho.


— A maioria dos vídeos foram deletados uma semana após a operação de busca e apreensão dentro do inquérito de fake news. Existe um  comportamento parecido desses youtubers entre maio e junho — explica Felitti, complementando: — Não é possível identificar uma estratégia clara, no entanto. Em alguns desses canais que deletaram vídeos ou esconderam vídeos, ainda há vídeos que atacam o STF. Não é como se eles tivessem apagado todos os vídeos mencionando a Corte. Não encontramos um fio condutor dessa estratégia. 

Para Felitti, o Youtube deveria ser objeto de mais atenção no Brasil. Ele classifica a plataforma como um "mamute", dada a sua relevância. No entanto, ainda de acordo com o programador, há poucas iniciativas que compilem dados e façam o trabalho de registro da memória desta rede. No caso da Novelo, esse processo acontece por meio da aplicação de uma Application Programming Interface (API) (ou Interface de Programação de Aplicativos, em português).

— O Brasil sempre tem uma cultura muito calcada em televisão. O brasileiro sempre adorou a TV e não é à toa que o Youtube faz um sucesso tremendo por aqui. Há uma força cultural na plataforma: a gente usa muito, vê muito, estamos sempre lá. E é  inevitável que essa cultura derrame na política —justifica Felitti, que afirma: — A gente precisa se organizar para entender como esses movimentos sociais se estruturaram no Youtube. Quem são as pessoas, as práticas e o que elas fazem. 

A Novelo já havia feito levantamento sobre o Youtube observando os conteúdos que a plataforma selecionou aqueles que estavam mais "em alta" para os usuários brasileiros nas eleições de 2018. A empresa de análise de dados constatou que a maior parte dos conteúdos exibidos como os mais populares eram desfavoráveis ao Partido dos Trabalhadores (PT), adversário de Bolsonaro no segundo turno do pleito naquele ano.

Nos próximos dias, canais de Youtube posicionados à esquerda do espectro político também estarão em foco a partir de novos estudos divulgados pela Novelo.

Em nota sobre o caso, o Youtube informou: "Não comentamos casos específicos. O YouTube é uma plataforma de vídeo aberta e qualquer pessoa pode compartilhar conteúdo, que está sujeito a revisão de acordo com as nossas diretrizes da comunidade. Além disso, o próprio responsável pelo canal pode escolher não compartilhar mais determinado conteúdo ou deixá-lo em modo privado. Em casos assim, a plataforma costuma exibir a mensagem ‘Vídeo indisponível’."

  • A primeira versão desta reportagem, publicada às 20h do dia 22 de junho de 2020, afirmava que 2.100 vídeos foram apagados em junho. A segunda, às 20h45m, atualizou esse número para 2.015, a pedido da Novelo Data.



ódio na mira da justiça, movimentos antirracistas e antifascistas, em Washington DC, Estados Unidos  tentam derrubar estátua de ex-presidente genocida e escravagista, Alexandre Moraes derruba sigilo em operação da PF, Wassef planejava sequestro de jornalista, Bolsonaro se aproxima de seu favorito para o Ministério da Educação, batalhão de choque faz operação na casa de familiares de Queiroz em Minas Gerais.




No Twitter



*** 

domingo, 21 de junho de 2020

APÓS ZAMBELLI INCITAR ATAQUES, DEPUTADO RECEBE AMEAÇA DE MORTE E RECORRE AO STF; VEJA PRINT




Por: ÉPOCA

'Não tenho culpa. Ele foi querer mexer com assuntos que não lhe cabem', afirmou Zambelli

O deputado Rogério Correia, do PT de Minas Gerais, recebeu nesta sexta-feira ameaças de morte horas após a deputada Carla Zambelli, do PSL de São Paulo, prometer um "tsunami bolsonarista em suas redes".

O deputado afirmou que levará as ameaças à polícia e ao Supremo Tribunal Federal.

Tudo começou após Correia divulgar, na sexta 19, que enviara a Alexandre de Moraes um pedido de retenção do passaporte de Abraham Weintraub, investigado no inquérito das fake news, por ameaças à democracia e crime de racismo, dizendo haver indícios de que Weintraub queira deixar o país.

Na tarde desta sexta-feira, Carla Zambelli respondeu a uma publicação de Correia nas redes sociais falando sobre o “tsunami”:

"Hoje vc vai sentir o tsunami Bolsonarista em suas redes. Seu ato é uma afronta ao povo brasileiro que votou em Bolsonaro e Vc não respeita o PROCESSO DEMOCRÁTICO! DITADORZINHO!".
Correia começou então a receber uma série de ameaças.

A que considerou mais grave teve 40 mensagens de um mesmo usuário do Facebook. O usuário tentou ligar, pelo chat, várias vezes para o deputado.

Nas mensagens, o responsável pelo ataque cita uma bomba no carro do deputado, tiros e tortura, além de palavrões.

"Não é possível. A deputada faz uma ameaça dessas e depois chegam até ameaças de morte. Recebi ameaças de morte horas depois. Vou pedir uma investigação à polícia e ao STF, para o gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Percebi muitos robôs, muitas mensagens, com muitos xingamentos e ódios. Isso só comprova como os bolsonaristas agem de fato", criticou o petista.

Zambelli é investigada pelo STF no inquérito das fake news e em outro que apura atos antidemocráticos, no qual teve seu sigilo bancário quebrado. No inquérito das fake news, a parlamentar ficou em silêncio ao depor à PF, no começo do mês.

Procurada, a deputada minimizou o fato e disse também ser alvo. Disse que o deputado “quis mexer com assuntos que não lhe cabem”.

"Eu também recebo todo dia um monte de ameaças de petistas. Ninguém mandou ele... Não vou responder isso a essa hora. Mas todos nós estamos sujeitos a isso na profissão que a gente exerce. Não tenho culpa se uma pessoa isoladamente vem ameaçá-lo por uma atitude dele, não minha. Ele que originou. Ele foi querer mexer com assuntos que não lhe cabem. Não cabe a um deputado o que a polícia vai fazer com um passaporte de um ministro".




Deputada Carla zambelli ameaça deputado Rogério Correia hoje você vai sentir o tsunami bolsonarista.  deputada federal Carla Zambelli  PSL-SP uma das defensoras mais ferrenhas de Jair Bolsonaro, ameaçou o deputado Rogério Correia (PT-MG) com um ataque virtual da rede bolsonarista.



No Twitter:





***

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Após ex-ministro falar em fuga, senador pede apreensão do passaporte de Weintraub




Da Folha e DCM

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) protocolou, na manhã desta sexta-feira (19), no STF (Supremo Tribunal Federal), um pedido para que o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub seja proibido de sair do país.

A medida cautelar também pede a apreensão do passaporte do ex-ministro, assim como qualquer documento de viagem emitido em nome de Weintraub.

O ex-ministro publicou em seu perfil no Twitter, também nesta sexta, que está saindo do país “o mais rápido possível”. “Aviso à tigrada e aos gatos angorás (gov bem docinho). Estou saindo do Brasil o mais rápido possível (poucos dias). NÂO QUERO BRIGAR! Quero ficar quieto, me deixem em paz, porém, não me provoquem”, escreveu o ex-ministro.

(…)



*** 

quarta-feira, 17 de junho de 2020

VIDEO: Alvo da PF, youtuber bolsonarista afirma que divulgou “mentira” que lhe foi passada por Carla Zambelli




Por: DCM

O blogueiro bolsonarista Beto Louco disse que a deputada federal Carla Zambelli foi a fonte de uma informação sobre o Doria, que posteriormente foi desmentida. O apoiador afirmou que ela ‘mentiu’.

Alberto Junio Silva é acusado de operar uma rede de fake news conhecida como Pensa Brasil, ele foi alvo da operação da Polícia Federal que investiga os atos antidemocráticos, na última terça (16).



 Canal Sempre na Luta - Rogério Correia

Este vídeo tem apenas pouco mais de 1min, mas sua importância é enorme. Ele demonstra para quem insiste em negar o enorme mal que as fake news trazem para a democracia e para o Brasil. A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) “denuncia” que as Lojas Havan pertencem à “Paulinha, filha da Dilma”. Dez entre dez pessoas inteligentes sabem que a Havan é do empresário sonegador Luciano Hang, também conhecido como o maior bolsonarista do mundo. Sem um pingo de vergonha na cara, a deputada do PSL gravou o vídeo, compartilhou em suas redes e fez estrago. Depois, a receita de sempre: deleta, culpa um assessor e diz que “foi sem querer”...


***

Gerente do Whatsapp admite que eleição brasileira foi fraudada por envio massivo de mensagens




Por: Carta Campinas

Um gerente do WhatsApp admitiu pela primeira vez que a eleição brasileira de 2018 teve o uso em massa de mensagens contratada por empresas privadas em favor de um dos candidatos, o que significa dizer que a eleição foi fraudada por contratação de serviço ilegal. 

“Na eleição brasileira do ano passado houve a atuação de empresas fornecedoras de envios massivos de mensagens, que violaram nossos termos de uso para atingir um grande número de pessoas”, afirmou Ben Supple, gerente de políticas públicas e eleições globais do aplicativo WhatsApp.

A declaração aconteceu, em palestra no Festival Gabo, como informa reportagem do jornal Folha de S.Paulo. O Festival Gabo é um evento que acontece em Medelim na Colômbia para jornalistas e qualquer cidadão. Criado em homenagem ao escritor Gabriel García Márquez , o festival tem uma série de debates, principalmente relacionados à imprensa.

As fraudes do Whatsapp na eleição de 2018 não são novidades. Em junho, o espanhol Luis Novoa, dono da Enviawhatsapps, confirmou que empresários brasileiros contrataram programa de sua agência para fazer disparos de mensagens em massa, pelo Whatsapp, em favor do então candidato Jair Bolsonaro (PSL) durante a campanha eleitoral de 2018. Em gravação obtida pelo jornal Folha de S.Paulo, Novoa afirma que só foi descobrir do uso político quando algumas linhas telefônicas utilizadas passaram a ser cortadas pelo aplicativo de mensagens.

Segundo a reportagem, “empresas, açougues, lavadoras de carros e fábricas” brasileiras contrataram os serviços de Novoa. Até então, ele disse achar normal, pois muitas empresas utilizam os disparos pelo Whatsapp para fazer marketing comercial.

A legislação veta que empresas façam campanha para candidatos, inclusive desde 2016 é proibido o financiamento de empresas, além disso o TSE veta o uso de ferramentas de automatização, como os softwares de disparo em massa.


RedeTVT

O WhatsApp admitiu pela primeira vez que a eleição brasileira de 2018 teve uso de envios maciços de mensagens, com sistemas automatizados contratados de empresas. Entre as suspeitas estão a de que empresários teriam contratos os serviços para impulsionar a campanha do então candidato Jair Bolsonaro contra o candidato do PT, Fernando Haddad. Flavia Lefévre, integrante do Intervozes, e José Carlos Portela, advogado criminalista, comentam o caso.


***

domingo, 31 de maio de 2020

Extrema direita faz manifestação "estilo KKK" em Brasília




Via: CONVERSA AFIADA

Grupo liderado por Sara Winter realizou ato contra o STF


No início da madrugada deste domingo 31/V, manifestantes bolsonaristas realizaram um ato em frente ao prédio do Superior TribunalFederal (STF), em Brasília. O grupo, liderado pela ativista Sara Winter, tinha como principal alvo o ministro Alexandre de Moraes.

Sara Winter, pseudônimo de Sara Fernanda Giromini, é uma ex-militante feminista que converteu-se à extrema direita, ao fundamentalismo católico e a movimentos pró-monarquia. Ela é uma das investigadas no inquéritodas fake news que corre no Supremo.

Ela também é uma das lideranças do movimento "300 doBrasil" - grupo de apoiadores de Bolsonaro atualmente acampado na Praça dos Três Poderes. Segundo reportagem da Folha de São Paulo publicada em 12/V, a própria Sara Winter confessa que o grupo possui participantes armados - o porte de armas de fogo em manifestações políticas é proibido pela Constituição Federal.

Nesta madrugada, entretanto, a manifestação dos "300 doBrasil" reuniu pouco menos de trinta participantes. O grupo, entretanto, chamou atenção: marchou até a sede do Supremo, bradando palavras de ordem como "viemos cobrar, o STF não vai nos calar" e "inconstitucional, Alexandre imoral".

O bando utilizava máscaras, roupas pretas e tochas - símbolos freqüentemente utilizados em manifestações da extrema direita pelo mundo, como os grupos "alt-right" dos Estados Unidos ou mesmo a Ku Klux Klan.



Em tempo: na quarta-feira 27/V, Sara Winter ameaçou o ministro Alexandre de Moraes em um vídeo publicado nas redes sociais: "a gente vai infernizar a tua vida. A gente vai descobrir os lugares que o senhor frequenta, a gente vai descobrir quem são as empregadas domésticas que trabalham para o senhor, a gente vai descobrir tudo da sua vida", disse a militante.



Em tempo2: Sarah Winter (com "h" no final) era o nome de uma simpatizante nazista acusada de espionagem durante a Segunda Guerra.




*** 

terça-feira, 16 de abril de 2019

Raquel Dodge arquiva ação contra fake news do STF; Moraes reage e nega pedido



Sputnik Brasil - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manifestação informando o arquivamento da ação do Supremo que apura supostas fake news.

A ação havia sido criada por meio de ofício do presidente da Corte, Dias Toffoli, em 14 de março, e sorteada para ser responsabilidade de Moraes.

Nesta semana, Moraes censurou o site Antagonista e a revista Crusoé e também determinou operações de busca e apreensão contra 7 pessoas acusadas de publicar "conteúdo de ódio" contra o Supremo.

  • Na manifestação enviada a Moraes, Dodge afirma que pediu informações sobre o inquérito aberto por Toffoli — mas não recebeu os dados solicitados. Dodge informa que a "a situação é de arquivamento deste inquérito penal".

A procuradora-geral acusa o STF de não observar as determinações da Constituição e coloca em xeque as ações e provas colhidas por determinação de Moraes:


"Nenhum elemento de convicção ou prova de natureza cautelar produzida será considerada pelo titular da ação penal", escreve a PGR. "Também como consequência do arquivamento, todas as decisões proferidas estão automaticamente prejudicadas".

O Antagonista publicou a íntegra da decisão de Dodge.

Moraes nega solicitação da PGR e diz que pedido é 'genérico'

Alexandre de Moraes negou o pedido de arquivamento feito por Dodge. O ministro do Supremo também determinou que as ações ligadas ao processo do inquérito das fake news não serão suspensas.

  • "Na presente hipótese, não se configura constitucional e legalmente lícito o pedido genérico de arquivamento da Procuradoria Geral da República, sob o argumento da titularidade da ação penal pública impedir qualquer investigação que não seja requisitada pelo Ministério Público", afirmou o ministro. "Diante do exposto, indefiro integralmente o pedido da Procuradoria Geral da República", escreveu Moraes em seu despacho, segundo o G1.
***


Comentários Facebook