Em Kenosha (Wisconsin, EUA), ocorreram tumultos e saques após a divulgação de um vídeo nas redes sociais em que um policial atirou sete vezes nas costas em um negro desarmado.
Steave Bannon, Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters
| PR)
Ideólogo da extrema-direita, Steve Bannon foi preso sob a
acusação de fraudes eleitorais. Bannon se tornou um dos personagens de maior
influência sobre o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro no Brasil
247 - Steve Bannon, o principal guru da extrema-direita no
mundo e também do clã Bolsonaro, foi preso na manhã desta sexta-feira, após uma
investigação sobre fraudes em arrecadação de recursos eleitorais, segundo
anunciou o Departamento de Justiça.
A campanha, "Nós Construímos o Muro", teria
arrecadado mais de US$ 25 milhões ao todo e depois desviado recursos.
"Como alegado, os réus fraudaram centenas de milhares de doadores",
disse a procuradora dos Estados Unidos Audrey Strauss.
Bannon se tornou um dos personagens de maior influência
sobre o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro no Brasil.
247 - O jornalista Pepe Escobar conversou com a TV 247 sobre
o ato do Facebook de banir de seu território virtual contas ligadas a Jair
Bolsonaro e ao presidente dos Estados Unidos Donald Trump que disseminavam fake
news.
Segundo apuração própria, o jornalista afirmou que tal
decisão foi uma ordem do deep state, que luta contra Trump e, consequentemente,
contra Bolsonaro. “É uma ordem que veio direto do deep state porque vai em cima
justamente dos oponentes do deep state, ou seja, todo o esquema Trump, todo o
esquema Bolsonaro. O Zuckerberg e o Facebook fazem parte do deep state, e eles
estavam começando a ficar extremamente irritados com a proeminência dessas
redes de fake news. Então veio uma ordem direta para o Facebook, e quando eu
digo direta vem basicamente a CIA e facções do deep state, e isso vai acelerar
cada vez mais. O Facebook é uma arma do deep state”.
Pepe Escobar ainda descartou um movimento do Facebook na
mesma intensidade contra sites e contas de esquerda. “Na linha de prioridades
do deep state só existe uma prioridade: descartar o Trump. Ou seja, tudo o que
está ligado em redes sociais a difusão Trump eles vão cair em cima, acho que
isso foi até o aperitivo, vai vir mais depois”.
Policias de todo o Brasil se reuniram para manifestarem
apoio aos movimentos antifascistas contra o presidente Jair Bolsonaro. O
documento, divulgado nesta sexta-feira 06, reúne mais de 500 assinaturas de
delegados, agentes de polícia, policiais e bombeiros militares, guardas
municipais, policiais penais, agentes de trânsito, policiais rodoviários
federais e policiais federais.
O texto denuncia perseguições a policiais que integram
grupos antifascistas e urge pela criação de uma Frente Única Antifascismo com
partidos, artistas e movimentos de classe e da sociedade civil.
“Nós, policiais antifascismo, acreditamos que o trabalhador
policial deve se colocar ao lado dos demais trabalhadores no enfrentamento ao
fascismo. Afinal, o projeto fascista em nosso país é um projeto de avanço no
ataque aos direitos conquistados pelos trabalhadores”, diz o documento.
O grupo também alerta para o perigo de uma ruptura
democrática no país com as recentes movimentações do presidente Jair Bolsonaro. “A
estratégia de avanço do projeto fascista no país é ampla. Mobilizam a
intolerância e o ódio aos movimentos de esquerda nas ruas e nas instituições da
República. Os esforços visando o aparelhamento e o comando da polícia federal e
da Procuradoria Geral da República confirmam isso”, alertam os policiais.
O movimento dos Policiais Antifascismo foi criado em
2017, inicialmente por policiais do Rio e da Bahia, depois prolongado para
outros estados. O bombeiro militar de Natal, Dalchem Viana do Nascimento
Ferreira, é um dos cofundadores do movimento e auxiliou na criação do
manifesto. Ele afirma que o grupo defende não só o impeachment de Jair
Bolsonaro, como a cassação da chapa, processo que aguarda julgamento no
Tribunal Superior Eleitoral.
“A eleição foi fraudada pela indústria das fake news, que
inclusive contaminou nossos colegas na segurança pública. Bolsonaro não é
nacionalista é entreguista. Trai a nação quando coloca seus interesse pessoais
acima dos interesses nacionais”, afirma o bombeiro.
Ferreira diz que o presidente não representa os policias e
denuncia a falta de um projeto de segurança para o país. “Bolsonaro não mostrou
até agora nenhuma proposta ou plano de segurança pública, não se tem nada, nem
estrutural nem paliativo . Além do discurso medíocre do bandido bom é bandido
morto – desde que não seja ligado aos seus familiares e amigos”, diz.
“O Movimento nasce da necessidade de contraponto para
evidenciar que o sistema que permite a morte de mais de 63 mil pessoas por ano
deve ser repensado. Todo esse deve ser feito longe do ambiente corporativista
das instituições. Por isso defendemos que Segurança Pública não deve ser
assunto só de polícia. Defendemos que esse debate deve ser ampliado para toda
sociedade, para além dos muros dos quartéis”, explica Ferreira.
Na última semana, Bolsonaro atacou manifestantes do
movimento antifascistas. Além de chamar de vagabundos, drogados e terroristas,
o presidente compartilhou uma postagem de Donald Trump dizendo que, assim como
o americano, pretendo criminalizar o movimento no país. Neste domingo 07 está
marcado manifestações em todo o Brasil contrário ao capitão. Ferreira garante
que os policiais antifascistas estarão ao lado do povo.
“Além desse aspecto institucional temos agora o agravamento
e ameaças de cunho anti-democrático do atual presidente. O que nos impulsiona
ainda mais para a necessidade de se colocar ao lado de uma democracia popular”,
concluiu o bombeiro.
DCM - Em coletiva de imprensa nesta sexta (5), o presidente dos
EUA Donald Trump criticou a forma como o Brasil lidou com a pandemia do
coronavírus e observou que o país está num ‘momento bem difícil’.
Ele afirmou que os EUA teriam hoje 2 milhões de mortos se
tivessem seguido o exemplo de Brasil e Suécia.
Não demorou muito para o americano integrar a lista
atualizada de comunistas. ‘Trump comunista’ está entre os termos mais
comentados do Twitter.
O grupo de hackers com fama mundial Anonymous se manifestou
neste domingo (31) no Twitter, para aderir às manifestações antirracistas que
explodiram por todo os EUA após o assassinato de George Floyd pelo policial
Derek Chauvin, em Minneápolis, no Estado de Minessota. O grupo ainda afirmou
que vai divulgar "muitos crimes" cometidos pela polícia
norte-americana. Além disso, o Anonymous também citou o presidente brasileiro
Jair Bolsonaro e outros famosos, que teriam envolvimento com o tráfico
internacional de crianças por meio de John Casablancas, amigo de Donald Trump.
Os hackers ativistas afirmaram que as autoridades
brasileiras deveriam investigar a proximidade do presidente com John
Casablancas, empresário de modelos falecido em 2013, no Rio de Janeiro, ligado
ao mandatário norte-americano Donald Trump e que teria vínculo com esse tipo de
crime.
“Algo que as pessoas devem olhar no Brasil é investigar se
Bolsonaro (sic) tem algum vínculo com o traficante e estuprador de crianças
John Casablancas, um associado próximo de Trump que atuava como procurador de
negócios de Trump no Brasil sob algum cargo obscuro e indefinido.”, escreveu o
grupo.
Em outros tuites ao longo da madrugada, o grupo afirmou que
vai expor o governo dos EUA e diversos de seus crimes já praticados.
“As pessoas já se cansaram dessa corrupção e violência de
uma organização que promete mantê-las seguras. Depois dos eventos dos últimos
anos, muitas pessoas agora estão começando a aprender que você não está aqui
para nos salvar, mas sim para nos oprimir e realizar a vontade da classe
dominante criminal. Você está aqui para manter a ordem das pessoas no controle,
não fornecer segurança para as pessoas que estão sendo controladas”, diz um
interlocutor no vídeo.
“Esses oficiais devem enfrentar acusações criminais, e o
oficial (Derek) Chauvin, especialmente, deve enfrentar acusações de
assassinato. Infelizmente, não confiamos na sua organização corrupta para fazer
justiça, então estaremos expondo seus muitos crimes ao mundo. Nós somos Legion.
Nos aguarde”, finaliza.
Mais famosos citados
Após citar Bolsonaro e o tráfico de crianças, o grupo
divulgou mais nomes de famosos que poderiam estar ligados a esse tipo de crime,
incluindo outro brasileiro, o ex-piloto de Fórmula 1 e empresário Pedro Paulo
Diniz. O Anonymous cita também a modelo Naomi Campbell, Michael Jackson,
Charles Spencer (irmão da princesa Diana), dentre outros famosos.
“Algo que as pessoas devem olhar no Brasil é investigar se
Bolsonaro tem algum vínculo com o traficante e estuprador de crianças John
Casablancas, um associado próximo de Trump que atuou como proxy para os
negócios de Trump no Brasil sob algum cargo obscuro e indefinido”, escreveu.
Sputnik Brasil - o comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica
(IRGC), Hossein Salami, declarou ontem (20) que a derrubada de drone é uma
"mensagem clara" para Washington quanto à prontidão de Teerã para
reagir em caso de ataque.
Esta situação fez com que as tensões alcançassem novos
patamares, com os dois países alegando que estavam certos em relação às suas
ações.
No entanto, a história mostra que os EUA não têm medo de ser
os primeiros a atacar, rejeitando a culpa até conseguirem o que querem.
Tanto os Estados Unidos como Irã têm divulgado imagens
defendendo as suas afirmações sobre a localização do drone RQ-4 Global Hawk: se
este estava operando nas águas internacionais ou em espaço aéreo iraniano
quando foi abatido pelo IRGC na quinta-feira (20).
Com muitas questões ainda sem resposta e relatos sobre uma
guerra iminente entre o Irã e os EUA, Mohammad Marandi, especialista em estudos
americanos e em literatura pós-colonial, professor na Universidade de Teerã,
partilha sua análise da situação no programa da Rádio Sputnik Lound&Clear.
No Irã ninguém confia nos EUA, especialmente em Donald Trump
"Esta não é a primeira vez que drones dos EUA são
derrubados no Irã, e os americanos já violaram o espaço aéreo iraniano em
muitas ocasiões. Em uma ocasião os iranianos conseguiram hackear um drone dos
EUA e fazê-lo pousar com sucesso em solo iraniano", disse Mohammad Marandi
aos apresentadores do programa, descartando as alegações norte-americanas de
que o drone de reconhecimento estava no espaço aéreo internacional quando foi
abatido.
"Ninguém no Irã confia nos EUA, particularmente,
ninguém confia em Trump", disse o professor.
Marandi recordou o terrível acontecimento de 3 de julho de
1988, o voo 655 da Iran Air, quando a aeronave foi derrubada por um míssil de
cruzeiro disparado do navio USS Vincennes, da Marinha dos EUA, resultando na
morte de 290 pessoas, entre os quais 66 crianças.
"Naquela altura os EUA mentiram sobre o voo, e a mídia
ocidental reproduziu simplesmente a posição do Governo norte-americano. Eles
mentiram descaradamente para fazer com que parecesse que a culpa era da
companhia aérea iraniana a fim de justificar suas ações. Mais tarde tornou-se
evidente que o avião estava agindo como qualquer outro avião deveria agir",
disse Marandi.
O então presidente dos EUA George H.W. Bush afirmou pouco
tempo depois que "nunca iria pedir desculpas pelos EUA, não me importa
quais sejam os fatos".
A intensificação do conflito trará resultados devastadores à
economia global
Ao ser perguntado sobre a crescente possibilidade de
agressão por parte dos EUA, Marandi afirmou que seria "um grande erro de
cálculo" para o presidente norte-americano Donald Trump ouvir os
"assim chamados especialistas iranianos que dizem aos americanos que, se
eles efetuarem um ataque limitado, os iranianos não iriam responder".
O especialista salientou também que tal agravamento do
conflito teria consequências devastadoras para a economia global.
"Na minha opinião a resposta do Irã seria implacável e
desproporcional", porque os iranianos irão não só retaliar contra as
forças agressivas, mas também atacar os países que facilitarem os EUA a efetuar
os ataques", opinou Marandi, incluindo países como os Emirados Árabes
Unidos e a Arábia Saudita.
Embora a economia não deva ser colocada à frente das vidas,
Marandi avisou que "se as pessoas não enfrentarem os Estados Unidos, sejam
governos ou cidadãos, então todos pagarão um preço, porque o bem-estar das
pessoas em todo o mundo depende da energia que vem da região do golfo
Pérsico".
Sputnik Brasil - um navio de guerra norte-americano entrou em águas
venezuelanas, mas as abandonou depois de ter comunicado com a Marinha
venezuelana.
Segundo a Marinha da Venezuela, o navio da Guarda Costeira
dos EUA USCGC James foi notado pela primeira vez pelas Forças Armadas
venezuelanas na quarta-feira (8). Na quinta-feira, um navio de patrulha
venezuelano se aproximou do navio americano e o convenceu a mudar de rumo.
"Depois de nossas comunicações por rádio, o USCGC James
foi convencido da necessidade de mudar seu rumo e deixou nossas águas",
afirmou a Marinha em um comunicado.
O USCGC James pertence à Guarda Costeira dos Estados Unidos.
Alguns internautas rastrearam a suposta presença do navio dos EUA em águas
venezuelanas.
O Comando Sul dos Estados Unidos (SOCOM) informou em um
comunicado na terça-feira (7) que os EUA planejam enviar à região o navio de
assistência hospitalar Comfort para prestar apoio aos países regionais em meio
à crise na Venezuela.
Entretanto, o SOCOM não especificou quais seriam os países
que o USNS Comfort visitaria, mas disse que os detalhes seriam anunciados mais
tarde.
A Venezuela tem lidado com uma grave crise política, com o
líder da oposição, Juan Guaidó, tendo se proclamado presidente interino do país
em 23 de janeiro.
Os EUA e vários países da Europa e América Latina, inclusive
o Brasil, reconheceram Guaidó como presidente interino do país.
A Rússia, China, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Turquia, México,
Irã e muitos outros países manifestaram seu apoio a Maduro como presidente
legítimo e exigiram que os outros países respeitem o princípio de não
interferência nos assuntos internos venezuelanos.
247 - Em entrevista ao jornalista Augusto Nunes, da Jovem Pan, exibida na noite desta segunda-feira 8, o presidente Jair Bolsonaro prometeu rever demarcações indígenas, denunciou o que chamou de "indústria das demarcações" e admitiu, com todas as letras, que quer "explorar a região amazônica com os Estados Unidos".
"A demarcação que eu puder rever, eu vou rever", disse. Bolsonaro também defendeu que indígenas e quilombolas "possam vender ou explorar" suas terras "da maneira como acharem melhor", criticou ainda o que chamou de "indústria da demarcação", o que "inviabiliza qualquer projeto na Amazônia", e defendeu: "Quero explorar a região amazônica em parceria com os Estados Unidos".
Bolsonaro defendeu seu filho Carlos Bolsonaro, vereador pelo Rio de Janeiro, afirmando que foi ele quem o colocou na presidência. "Merecia um cargo de ministro, ele me colocou aqui", disse, negando qualquer possibilidade de tirá-lo da estratégia de comunicação do governo.
Sputnik Brasil - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o
sistema elétrico nacional está sofrendo ataques constantes desde o dia 7 de
março e anunciou um plano de racionamento de energia elétrica no país.
"Começamos imediatamente os trabalhos de recuperação
com cientistas, engenheiros e hackers para libertar o cérebro do sistema
elétrico nacional, que foi atacado por vírus a partir dos EUA", declarou o
líder venezuelano à rede de televisão estatal VTV.
Maduro acusou "a oposição golpista" de tentar
"gerar violência e caos". Segundo suas palavras, após a restauração
do serviço, "em 25 de março começou uma nova fase de ataques".
O presidente afirmou que o ataque realizado nesta
sexta-feira (29) contra as linhas de transmissão "foi brutal" e
"combinou elementos eletromagnéticos e elementos de infiltração na
Corpoelec [Corporação Elétrica Nacional da Venezuela]" que atualmente
estão sendo investigados.
Maduro disse que aprovou um plano de 30 dias a partir de 31
de março para a restauração do serviço de eletricidade no país, que implica o
racionamento de energia elétrica. "Aprovei um plano de 30 dias para ir
para um regime de gerenciamento de carga, de equilíbrio no processo de geração,
de transmissão segura e consumo em todo o país", declarou.
Em 29 e 30 de março, foram registrados cortes de energia em
uma dezena de estados venezuelanos. Eles se somaram à primeira série de apagões
que começou em 7 de março.
O ministro venezuelano de Comunicação, Jorge Rodríguez,
falou sobre as recentes ações de sabotagem ao serviço de energia elétrica e
garantiu que o governo continua trabalhando para estabilizá-lo, bem como para
compensar os danos causados à infraestrutura. telesur.
Sputnik Brasil - a cooperação técnica militar de Caracas com Moscou visa
aumentar a prontidão operacional do exército venezuelano, afirmou o ministro da
Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, comentando as palavras de
políticos norte-americanos.
"Para ninguém é um segredo que o nosso país tem
relações de cooperação técnica militar com a Rússia desde o ano de 2001, e foi
feito um escândalo pela visita deles. Ninguém deve se alarmar perante a
cooperação mútua para elevar nossa prontidão operacional", afirmou o
ministro, citado pela conta do Ministério da Defesa da Venezuela no Twitter.
Enquanto isso, López afirmou que ninguém reclama sobre o
reforço da atividade dos militares norte-americanos nas proximidades das
fronteiras da Venezuela.
De acordo com ele, os militares dos EUA aumentaram 800% o
reconhecimento eletrônico em torno do território venezuelano.
"Mas este escândalo não se ouve quando aviões dos EUA
aterrissam em Cúcuta ou quando o reconhecimento eletrônico da Força Aérea dos
EUA aumentou 800% em torno do nosso território. Ninguém diz nada quando tentam
violar a soberania da Venezuela", frisou.
Em 23 de março, no território venezuelano aterrissaram dois
aviões com militares russos. De acordo com a mídia local, ao todo ao país
chegaram 99 militares, tendo entregado 35 toneladas de carga.
Nesta sexta-feira (30), Elliott Abrams, o enviado do governo
dos Estados Unidos à Venezuela, afirmou que Washington pode impor sanções
contra Moscou devido à chegada dos especialistas russos ao território da
Venezuela. Previamente, o presidente dos EUA, Donald Trump, exigiu que os militares
russos fossem retirados da Venezuela.
O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, afirmou que
os EUA estão presentes em muitas partes do mundo e que ninguém lhes diz onde
podem ou não ficar, a Rússia também espera que seu direito de cooperar com outros
países seja respeitado.
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, passou alguns dias dessa semana em Washington e Nova York para acertar os detalhes da viagem do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos que deve acontecer em meados de março, ainda sem data definida.
A agenda de Bolsonaro deve reunir temas econômicos e comerciais, segundo o chanceler. Araújo quer também que parlamentares norte-americanos visitem o Brasil para conhecer a realidade nacional e discutir temas de interesse mútuo.
A Sputnik Brasil conversou com dois especialistas, um cientista político e uma internacionalista, para tentar entender quais serão os principais pontos que serão discutidos em um eventual encontro entre Bolsonaro e Donald Trump.
Augusto Cattoni, cientista político e pesquisador do Instituto Atlântico, acredita que o assunto principal do encontro será a crise pela qual passa a Venezuela.
"Certamente a Venezuela terá uma certa prioridade devido a velocidade que um desfecho da crise Venezuela se aproxima de nós, que todo mundo já sabe qual será esse desfecho, mas não sabe como vai ocorrer e certamente uma coordenação do brasil com os estados unidos seria muito bem-vinda nesse momento", disse.
Durante a passagem por Washington, Araújo conversou com o ministro do Exterior da Turquia, Mevlüt Çavuşoğlu, sobre a definição da possível transferência da Embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém.
Cattoni acredita que esse será um tema discutido em um encontro, mas não é uma prioridade para o governo Bolsonaro neste momento.
"A possível mudança da embaixada terá uma movimentação mais devagar, mais cautelosa, do que indicada pelo próprio presidente no passado recente, o vice-presidente Mourão acendeu uma luz amarela quanto a isso também", comentou.
Já para Raquel Rocha, doutora em Relações Internacionais pela Universidade de São Paulo (USP), a questão da mudança da embaixada não será tão relevante no encontro. Para ela, o que deverá ter maior peso é uma possível cooperação bélica e técnica entre os dois países.
"Para Trump a questão da mudança da embaixada não é tão relevante assim. Acredito que deva ser colocado em pauta a cooperação técnica, compra e venda de armamento bélico, que é uma pauta que sempre volta a ser de interesse, mas principalmente a intenção é expandir a cooperação entre os dois estados, seja na pauta comercial ou seja em cima de cooperação técnica com transferência de conhecimento", afirmou.
Rocha disse que uma aproximação forte com os Estados Unidos neste momento pode estremecer as relações entre Brasil e China.
"A gente já tem questões que estão ficando um pouco delicadas em termos de funcionamento do estado brasileiro, onde a gente não pode ignorar a participação do estado chinês dentro da nossa economia, e esse alinhamento com os EUA faça com que essa relação fique cada vez mais tensa", disse.
Em Nova York, Araújo teve reuniões com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, empresários e formadores de opinião, além de especialistas em geopolítica mundial.
Jorge Arreaza, ministro das Relações Exteriores da Venezuela, classificou a diplomacia brasileira de medíocre, pois, segundo ele, está subordinada aos interesses do presidente dos EUA, Donald Trump.
"A diplomacia brasileira sempre foi um modelo para o mundo. Mas em que mãos caiu o Itamaraty Brasil: intolerância ideológica, neomcartismo, ajoelhada diante de Donald Trump, fobia à integração latino-americana, pró-imperialista e notavelmente amadora, muito medíocre", escreveu o chanceler em sua conta do Twitter.
La Diplomacia brasileña siempre fue modélica para el mundo. Pero vaya en qué manos ha caído @ItamaratyGovBr: intolerancia ideológica, neoMcarthysmo, arrodillada ante @realDonaldTrump, fobia hacia la integración latinoamericana, proimperialista y notablemente amateur, muy mediocre https://t.co/S9ll76Yllw
A declaração do ministro venezuelano veio logo após o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, ter escrito que a "esquerda mundial continua agarrada ao plano de manter Maduro no poder para espalhar as trevas da opressão na América Latina".
O chanceler brasileiro juntamente com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, realizaram no dia 7 de fevereiro uma reunião bilateral na qual discutiram mecanismos regionais para restaurar a democracia e resolver a crise na Venezuela.
Além disso, Araújo também afirmou que a reunião do Grupo de Contato Internacional para Venezuela, realizada em Montevidéu, não é uma iniciativa válida ou útil, além de destacar que a maneira de expulsar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deve ser diplomática, rejeitando uma eventual intervenção militar.
O Brasil é um dos países que não reconhece Maduro e apoia o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela, que se autoproclamou no dia 23 de janeiro durante uma manifestação da oposição nas ruas de Caracas. A Rússia, China, México e Turquia estão entre as diversas nações que manifestam seu apoio a Maduro como chefe de Estado legitimamente eleito do país.
O atual presidente venezuelano acusou Washington de estar orquestrando um golpe no país latino-americano, tendo chamado Guaidó de "marionete dos EUA".
En el escenario que nos toque batallar, asumiremos nuestra lucha con la unión Cívico-Militar, por nuestro derecho irrenunciable a la paz y a la independencia de la Patria. ¡Juntos Venceremos! pic.twitter.com/H9Tq0wxJ7h
A resposta de Moscou à decisão dos EUA sobre o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês) será espelhada: a Rússia irá suspender sua participação do tratado, afirmou neste sábado (2) o presidente russo, Vladimir Putin.
"Vamos fazer o seguinte. Nossa resposta será espelhada. Os parceiros norte-americanos anunciaram que suspendem sua participação do Tratado [INF], nós também a iremos suspender. Eles anunciaram que estão desenvolvendo investigações e pesquisas, e nós iremos fazer o mesmo", assinalou o presidente russo durante seu encontro com o chanceler Sergei Lavrov e o ministro da Defesa Sergei Shoigu.
Vladimir Putin ordenou que se abandonem iniciativas de conversações sobre o tratado.
"Todas as nossas propostas nesta área [limitação de mísseis de médio e curto alcance], tal como antes, continuam na mesa, as portas para as conversações estão abertas", apontou.
"Peço aos dois ministérios para não iniciarem mais nenhumas novas conversações sobre este assunto", disse o líder russo, sugerindo para se "esperar até que nossos parceiros estejam prontos para ter conosco um diálogo entre iguais e substancial sobre esse assunto importantíssimo, tanto para nós, como para os nossos parceiros, como para o mundo inteiro".
Vladimir Putin frisou também que a Rússia não irá se envolver em uma corrida armamentista desvantajosa para ela.
Nesta segunda-feira (1), o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que os EUA iniciam sua saída do Tratado INF com a Rússia.
"Amanhã [2 de fevereiro], os EUA irão suspender suas obrigações do Tratado INF e iniciarão o processo de saída, que será concluído daqui a 6 meses se a Rússia não voltar a cumprir [o tratado], destruindo todos os seus mísseis, lançadores e equipamentos relacionados que violam o tratado", disse.
"Amanhã [2 de fevereiro], os EUA irão suspender suas obrigações do Tratado INF e iniciarão o processo de saída, que será concluído daqui a 6 meses se a Rússia não voltar a cumprir [o tratado], destruindo todos os seus mísseis, lançadores e equipamentos relacionados que violam o tratado", disse.
Putin aprova criação de míssil hipersônico em meio à retirada dos EUA do Tratado INF
O presidente russo, Vladimir Putin, concordou com as propostas do Ministério da Defesa sobre a criação de um míssil hipersônico de baseamento terrestre de médio alcance, bem com o início do desenvolvimento de lançadores terrestres para os mísseis Kalibr.
"Concordo com as propostas do Ministério da Defesa sobre o início dos trabalhos para criação de sistemas de lançamento terrestres para o Kalibr e sobre a abertura de uma nova direção – a criação de um míssil hipersônico de médio alcance de baseamento terrestre", disse Putin neste sábado (2) durante uma reunião com o chanceler russo, Sergei Lavrov, e o ministro da Defesa, Sergei Shoigu.
A afirmação do presidente russo vem à tona após o comunicado de ontem (1) do presidente dos EUA, Donald Trump, de que os EUA irão abandonar o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês) no dia 2 de fevereiro.
Em resposta ao comunicado, o presidente russo afirmou que a Rússia responderá de forma simétrica à saída dos EUA do tratado.
"Vamos fazer o seguinte. Nossa resposta será espelhada. Os parceiros norte-americanos anunciaram que suspendem sua participação do Tratado [INF], nós também a iremos suspender", disse.
Franz Klintsevich, vice-chefe do Comitê de Defesa e Segurança do Senado russo, comentou a declaração do presidente russo.
"Trata-se de um processo muito complicado. Mas temos muitos desenvolvimentos, inclusive, de mísseis soviéticos. Acredito que no tempo mais próximo tais mísseis podem ser criados. Acho que dentro de dois anos teremos um exemplar", apontou Klintsevich.
Ele frisou que os EUA e a Europa já dispõem de mísseis similares.
'Golpe sobre sistema de controle de armas': EUA notificam Rússia sobre saída do INF
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou que o Departamento de Estado dos Estados Unidos notificou Moscou de forma oficial neste sábado (2) sobre a suspensão do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF).
"Em 2 de fevereiro, os Estados Unidos oficialmente notificaram a Federação da Rússia por meio de uma nota do Departamento de Estado sobre a suspensão de sua participação no tratado bilateral INF, de 1987, e sobre o início do procedimento de saída", disse um comunicado do Ministério.
O Ministério também notificou que a Rússia deve tomar todas as medidas para garantir sua segurança e direito de agir de forma recíproca em termos de implementação de mísseis de curto e médio alcance.
"Em vista das novas ameaças colocadas por Washington, claro, nós teremos que fazer tudo que for necessário para garantir nossa segurança nacional. A Rússia se reserva ao direito de agir reciprocamente em relação ao desenvolvimento, produção e implementação de de mísseis de curto e médio alcance", diz o comunicado.
De acordo com o documento, Moscou tomou medidas sem precedentes em relação à transparência com o tratado, mas todos os esforços foram ignorados e bloqueados pelos Estados Unidos.
"Mostrando nossa boa vontade, nós tomamos medidas sem precedentes de transparência, que vão além dos requisitos deste acordo. Porém, todos os nossos esforços foram ignorados ou boqueados pelos Estados Unidos", ressaltou o Ministério.
O Ministério enfatizou que a saída dos EUA no tratado INF é um golpe sobre todo o sistema de controle de armas, e a Rússia fez seu melhor para salvar o tratado, enquanto a responsabilidade das consequências negativas da suspensão do tratado INF é totalmente de Washington.
"[Washington] deu outro golpe sobre todo o sistema de controle de armas, que foi erguido meticulosamente por décadas […]. Esse passo certamente terá consequências negativas sobre toda a arquitetura internacional de segurança e estabilidade estratégica, principalmente na Europa. A responsabilidade disso é totalmente dos Estados Unidos […]. A Rússia fez seu melhor para salvar o tratado. Nós tentamos repetidas vezes trazer os Estados Unidos par uma conversa profissional", acrescentou o Ministério.
O documento ainda apontou que Moscou está aberta para um diálogo com significado sobre o tratado, baseado no respeito mútuo.
"Se Washington revisar sua linha destrutiva e retornar ao tratado INF, nós estamos abertos para um debate frutífero sobre o tratado e outras questões de estabilidade estratégica na base do respeito mútuo e consideração de interesses de cada um, assim como os interesses de toda a comunidade global", concluiu o Ministério.
Russia Military Capability 2019: Quick Victory - Russian Armed Forces 2019 - Вооруженные силы России
Porque o “minipacote econômico”, de medidas “microeconômicas”, com que pretende reagir às pressões do PSDB pela degola de Henrique Meirelles e sua substituição – certamente por alguém mais atucanado – serão próprias do “micropresidente” que temos.
Não se tem ideia do que seria isso, senão medidas analgésicas, porque aquilo que se poderia ter de eficiente – a queda das taxas de juros – se tornou um dilema maior diante da eleição de Donald Trump e os sinais unanimemente reconhecido de que os juros norte-americanos vão subir. Certo que, mesmo com isso, haveria gordura nos juros brasileiros, mas os que se alimentam deles tão mais que acostumados a dietas gordas.
Como Temer diz que ouviu de um dos tucanos, o senador paulista José Aníbal, o conselho de que “cabe ao dono cuidar da padaria”, o pão que tem a oferecer ao mercado é a reforma da previdência, e dura, acelerada num Congresso que – as ruas mostraram ontem – está no subsolo da representatividade.
E vai ficar ainda mais afundado, à medida em que começarem a vazar a delação comprada à Odebrecht, com as previsões de que deve alcançar perto de uma centena de parlamentares e vários auxilares do Planalto.
É pão amargo para os trabalhadores, mas certamente não é doce o suficiente para o mercado, porque os resultados certamente demoram, a não se que se parta para loucuras que só serviriam para desgastar mais o governo, pois não seriam aprovadas no Congresso.
Depois de dois anos de deterioração econômica, até para um governo legítimo seria difícil pedir sacrifícios para a população. Sacrificada ela vem sendo, o poço só se aprofunda e o alfange ensandecido da casta judiciária retira qualquer possibilidade de que se levante a cabeça.
As bicadas e as mordidas entre os que se alimentam dos despojos do Brasil só vão aumentar enquanto a carniça minguar.