Seis bombardeiros de Rússia e China realizaram a segunda
patrulha conjunta na região da Ásia-Pacífico.
Na terça-feira (22), seis bombardeiros de Rússia e China
patrulharam juntos a região da Ásia-Pacífico, segundo comunicado de imprensa do Ministério da Defesa
russo.
"Em 22 de dezembro de 2020, a Força Aeroespacial
da Rússia e a Força Aérea do Exército de Libertação Popular da China realizaram
a segunda patrulha aérea conjunta com aviões da aviação de longo alcance na
região da Ásia-Pacífico", de acordo com o ministério russo.
Os aviões agiram estritamente de acordo com as normas do
direito internacional. Não houve violações do espaço aéreo de países terceiros.
O Ministério da Defesa russo destacou que a patrulha
conjunta é realizada para desenvolvimento da parceria sino-russa, aumento do
nível da colaboração das Forças Armadas dos dois países, aperfeiçoamento de
suas capacidades de realização de ações conjuntas e reforço da estabilidade
estratégica global.
A patrulha foi realizada no âmbito do cumprimento das
cláusulas do plano de colaboração militar para o ano de 2020 e não é dedicada
contra países terceiros, segundo Ministério da Defesa da Rússia.
A primeira patrulha deste tipo foi realizada em 23 de julho
de 2019.
Una patrulla de bombarderos pesados rusos y chinos con capacidad nuclear, escoltados por cazas de países vecinos, realizan una misión conjunta sobre el Pacífico pic.twitter.com/CxivzjQ3cR
Porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, durante entrevista coletiva
No dia seguinte ao recuo do presidente Jair Bolsonaro em
relação à produção da vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em
parceria com o Instituto Butatan, estive hoje na entrevista coletiva do
Ministério das Relações Exteriores em Pequim para saber a reação do governo
chinês. Em minha pergunta, citei as frases ditas por Bolsonaro ao justificar
sua decisão, entre elas a de que o povo brasileiro “não será cobaia de
ninguém”, referência ao fato de a vacina chinesa ainda não ter concluído todas
as etapas de testes necessárias antes da aprovação final.
Ao ouvir a pergunta, o porta-voz Zhao Lijian exibiu um
sorriso discreto, o único em toda a coletiva de mais de 40 minutos, e não fez
referência direta a Bolsonaro. Mapa-múndi com a China no centro ao fundo, leu
calmamente um texto em seu pódio e limitou-se a dizer que “China e Brasil têm
colaborado nos testes de vacinas, e nós acreditamos que essa colaboração irá
ajudar na vitória final sobre o vírus na China, no Brasil e ao redor do mundo.”
Com quantas doses se restaura uma reputação? Para a China,
que sofreu um dano considerável a sua imagem internacional devido às falhas
cometidas no início da pandemia de Covid-19, o sucesso no desenvolvimento da
vacina pode ajudar, mas dificilmente será suficiente. O governo chinês nega que
a oferta de priorizar nações em desenvolvimento e a promessa de tornar a vacina
chinesa um “bem público global” sejam parte de uma “diplomacia da vacina” para
ganhar aliados e reparar os arranhões em sua reputação. (…)
China has officially joined COVAX. It was a concrete step to ensure equitable distribution of vaccines, especially to developing countries, and to encourage more capable countries to join and support COVAX. pic.twitter.com/HC8AHTNBOI
General Santos Cruz, CoronaVac e Jair Bolsonaro (Foto: PR | Reuters)
General Santos Cruz fez mais um duro ataque a Jair
Bolsonaro, desta vez criticando-o pelo veto à aquisição de 46 milhões de doses
da CoronaVac, produzida na China, travando uma guerra ideológica com o
país. Segundo ele, Bolsonaro possui uma "mediocridade extrema"
247 - O general Carlos Alberto Santos Cruz, ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo, fez nesta quinta-feira (22) mais um duro ataque a Jair Bolsonaro, desta vez pelo veto à aquisição de 46 milhões de doses da vacina chinesa CoronaVac, anteriormente anunciada pelo ministro da Saúde, o também general Eduardo Pazuello.
Em declaração ao jornal Estado de S.Paulo, Cruz disse que “é
um nível de mediocridade extrema o jeito como isso está sendo tratado”.
“Se vai comprar a vacina A, B ou C, não sei, mas é uma
questão de saúde pública que deve ser discutida tecnicamente, não politicamente
assim”, acrescentou o ex-ministro de Bolsonaro.
Reações
O comportamento de Bolsonaro, que constrangeu seu ministro
da Saúde publicamente e criou mais um mal estar diplomático com a China,
parceiro estratégico do Brasil, gerou reações negativas em diversos setores da
sociedade.
O ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta, que se demitiu
por se negar a prescrever cloroquina aos brasileiros, disse que Jair Bolsonaro
representa uma liderança tóxica e recomendou ao ministro Eduardo Pazuello que
se demita.
A mídia corporativa também se posicionou em seus editoriais
nesta quinta. O jornal Folha de S.Paulo declarou que “Jair Bolsonaro precisa
ser contido”. Já o jornal Estado de S.Paulo declarou que “Bolsonaro é um
presidente ignorante que atua contra a saúde dos brasileiros”.
No campo político, a oposição também se movimenta. A Rede
Sustentabilidade elabora uma ação, que pretende ajuizar no STF a obrigação do
governo na compra e distribuição de vacinas aprovadas pela Anvisa. Vários
governadores se manifestaram à fala de Bolsonaro contra a Coronavac. O PDT,
também está entrando com ação no Supremo para garantir a competência de estados
e municípios para impor medidas, como vacinação obrigatória.
A vacina chinesa está em fase adiantada de ensaios clínicos (Foto: Xinhua)
Lei a ser aprovada pelo Congresso Nacional poderá permitir
compra de vacina chinesa sem registro da Anvisa. Governadores passaram a
considerar essa hipótese como válida depois que Bolsonaro afirmou que país não
vai adquirir a Coronavac e deixou no ar a ameaça de que a Anvisa não vai aprová-la
247- A ameaça velada de Bolsonaro de a Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) retardar o registro da Coronavac, a vacina
chinesa que será produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, já mobiliza a
reação de governadores, que estudam alternativas caso isso ocorra.
Os governantes estaduais cogitam aprovar no Congresso
Nacional uma lei que permita a compra da vacina mesmo sem o registro nacional,
desde que ela fosse aprovada pela agência equivalente de algum outro país ou
região com tradição científica, como EUA, União Europeia, Japão ou a própria
China, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de
S.Paulo.
Já existe uma lei, a 13.979, aprovada em fevereiro para que
o país enfrentasse a Covid-19, que prevê a aquisição excepcional e temporária
de medicamentos, equipamentos, materiais e insumos na área de saúde sem
registro da Anvisa. A nova lei a ser proposta pelos governadores para liberar a
Coronavav se inspiraria nela.
De acordo com essa lei, o produto a ser adquirido em caráter
emergencial tem que ser aprovado por uma das seguintes agências: FDA, dos EUA,
European Medicine Agency, da União Europeia, Pharmaceuticals and Medical
Devices Agency, do Japão, ou National Medical Products Administration, da
China.
O governador do Maranhão Flávio Dino, do PCdoB, lembra que o
estado comprou respiradores dessa forma. O deputado federal Alexandre Padilha
(PT-SP), que já foi ministro da Saúde, também vê este como um caminho
alternativo. “Se Jair Bolsonaro mantiver sua xenofobia sanitária,
influindo na Anvisa, podemos resolver isso com base na Lei 13.979”,
afirma.
Jornalista Aquiles Lins e o deputado federal Rogério
Correira (PT-MG) comentam as principais notícias do dia. Leia matéria do Brasil
247 sobre a negativa de Jair Bolsonaro em adquirir a vacina
disparada dos preços dos alimentos impulsionou a inflação
oficial no País a 0,64% em setembro, maior resultado para o mês desde 2003,
segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
divulgados ontem pelo IBGE.
Carnes, arroz e óleo de soja pesaram no bolso das famílias,
assim como a gasolina, que pode voltar a pressionar em outubro, devido ao novo
reajuste divulgado pela Petrobrás nas refinarias. Também esboçam reação alguns
itens ligados ao turismo, como passagens aéreas, locação de veículos e pacotes
turísticos.
O IPCA veio acima do previsto até pelos economistas mais
pessimistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam um
avanço mediano de 0,54%. O resultado motivou uma série de revisões para cima
nas estimativas do mercado financeiro para a inflação no encerramento de 2020.
No entanto, as apostas permanecem abaixo da meta de 4% perseguida pelo Banco
Central. Em setembro, a taxa do IPCA acumulada em 12 meses alcançou 3,14%.
"É uma inflação (de setembro) preocupante, mas não tem
nenhum risco para este ano, quando é provável que o IPCA fique em 2,5%. A
questão mesmo está em 2021, quando devemos ter câmbio pressionado, commodities
pressionadas e a China com um crescimento forte", previu o
economista-chefe da consultoria MB Associados, Sergio Vale.
O economista João Fernandes, da Quantitas, não acredita que
a inflação mais elevada de setembro ameace a condução da política monetária
pelo Banco Central. Ele argumenta que o IPCA foi impulsionado por fatores
pontuais, enquanto que o risco para o quadro de juros baixos no País permanece
sendo fiscal.
"Não tem comparação da importância desse IPCA com a incerteza
fiscal de curto prazo. A inflação mais alta reduz a chance de um novo corte da
Selic (taxa básica de juros), mas é um efeito limitado. O que poderia suscitar
uma alta de juros agora seria o governo romper o compromisso com o teto, não
uma reação a essa inflação", opinou Fernandes.
Ajuste fiscal
O cenário atual de incertezas sobre o ajuste fiscal tem
ajudado a desvalorizar o real ante o dólar, o que encarece commodities e
insumos no atacado e acaba chegando também ao varejo, lembra André Braz,
coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da
Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
"Nossas coletas preliminares (do Índice de Preços ao
Consumidor da FGV) indicam que outubro já está bem salgado, inflação mais alta
que setembro. Eu diria que ficará perto de 0,8%. A inflação de serviços vem um
pouco maior, puxada por passagem aérea, que está subindo mais de 40% em
outubro, um choque. Essa alta pode ser confirmada pelo IPCA-15", relatou
Braz.
Em setembro, as famílias gastaram 2,28% a mais com
alimentação. Segundo Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de
Preços do IBGE, houve uma disseminação maior de produtos alimentícios com aumentos
de preços, o que levou a uma inflação de alimentos também mais elevada que o
habitual para meses de setembro.
"Tem dois componentes influenciando preços. Tem a
questão do auxílio emergencial, uma vez que os recursos são direcionados pelas
famílias mais pobres para a compra de alimentos, e tem a questão do câmbio, que
torna mais atraente a exportação e acaba restringindo a oferta desses produtos
no mercado doméstico", justificou Kislanov.
O óleo de soja aumentou 27,54%, enquanto o arroz ficou
17,98% mais caro. No ano, o óleo de soja já acumula uma alta de 51,30%, e o
arroz subiu 40,69%. As famílias também pagaram mais em setembro pelo tomate,
leite longa vida e carnes.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por causa dos alimentos e da gasolina, inflação teve grande
alta nas contas do IBGE. A maior variação e o maior impacto, mais uma vez, veio
do grupo alimentação e bebidas. O campeão foi o óleo de soja, com aumento de
27,5% no mês e 51,3% no ano. O arroz também subiu muito, com alta de 17,9% em
setembro e 40,7% em 2020. Assista ao Vídeo
Charles Brown, comandante da Força Aérea dos EUA, dá uma
entrevista coletiva ao lado de um avião de combate estacionado em um hangar do
Exército dos EUA.
Um cenário de guerra futura ocorrerá perto da costa dos
Estados Unidos, na qual a Rússia ou a China terão que enfrentar, disse um alto
funcionário militar do Pentágono.
De acordo com reportagem publicada nesta sexta-feira pelo
portal digital DefenseNews , o comandante da Força Aérea
dos Estados Unidos, Charles Brown, prevê que uma futura guerra entre o país
norte-americano e seus rivais será diferente das que foram travadas nas últimas
décadas e alerta do possível local da luta. “ O campo de batalha do
futuro não ficará muito longe da nossa costa ”, afirma.
O alto comando chega a afirmar que o hipotético cenário de
guerra ocorreria entre o Exército dos Estados Unidos e o da Rússia ou China,
razão pela qual insta o Departamento de Defesa (Pentágono) a estar vigilante e
preparado para uma guerra de desgaste, já que os riscos para o povo americano
seriam semelhantes aos da Segunda Guerra Mundial.
Para conquistar oponentes em potencial, observa ele, a Força
Aérea dos Estados Unidos deve abandonar as missões sem sucesso, abandonar
equipamentos desatualizados e cancelar programas que não a ajudarão a conter
ameaças futuras.
Relatório: EUA ficam atrás da China e da Rússia em avanços
militares
“As futuras pressões orçamentárias provavelmente exigirão as
decisões de reestruturação mais fortes e difíceis que vêm sendo feitas em
gerações”, diz o alto funcionário, ao criticar os itens anteriores designados
pelo Congresso dos EUA à Força Aérea, por não contribuírem os benefícios que
hoje são exigidos diante da intensa competição no campo defensivo que os EUA
mantêm com a China e a Rússia.
Nesse sentido, Brown aponta que a Força Aérea propôs ao
comando superior do Pentágono retirar a aeronave de combate leve A-10
Thunderbolt II Warthog, a aeronave espiã U-2 e os drones de vigilância RQ-4
Global Hawk, acrescentou. , tal pedido foi rejeitado sistematicamente.
Durante a última década, a China tornou-se uma ameaça real à
segurança nacional dos Estados Unidos, termina o relatório do meio digital, mas
não sem antes dizer que o Pentágono se propôs a estabelecer parcerias com as
Forças Aéreas internacionais consideradas fundamentais para dissuadir a Rússia
e a China.
O presidente russo, Vladimir Putin, encontra-se com seu
homólogo cubano, Miguel Díaz-Canel, em Moscou, 29 de outubro de 2019 (Foto:
AFP)
China e Rússia reforçam sua aliança com Cuba, ajudando a
ilha a enfrentar as sanções dos Estados Unidos, que afetaram sua economia.
Os governos de Pequim e Moscou têm fortalecido sua aliança
estratégica com Cuba para superar o difícil momento econômico que atravessa
devido às sanções impostas pelos Estados Unidos, noticiou o jornal
argentino Perfil neste sábado , citando reportagens
publicadas esta semana por Meios de comunicação oficiais cubanos e russos.
No caso da China, Cuba tem tentado aumentar suas exportações
ao gigante asiático para obter mais receita, de modo que Pequim “é hoje
um dos mais importantes mercados de exportação da lagosta cubana, e espera-se
que este ano dobrem vendas ”, destacou o jornal.
O embaixador de Cuba na China, Carlos Miguel Pereira Hernández,
em anúncio recente relatou o aumento das exportações de crustáceos para
enriquecer a mesa chinesa, “apesar do enorme impacto da nova pandemia de
coronavírus, que causa o COVID-19, em comércio mundial ".
Rússia e China condenam aumento do bloqueio
norte-americano a Cuba
O Governo russo, por sua vez, tem procurado fortalecer a
cooperação com Cuba na esfera do petróleo. A maior das Antilhas é
autossuficiente em menos de 50% do combustível que encontra em seu território e
em sua área no Golfo do México, enquanto os embargos impostos pelos Estados
Unidos à Venezuela, fornecedora de Havana, sob condições Descritos como
financeiramente especiais, eles tornam o envio consideravelmente mais difícil.
Diante de tal cenário, a empresa russa Zarubezhneft JSC
cavou um poço em Boca de Jaruco, cidade litorânea muito próxima a Havana,
capital de Cuba. É o primeiro poço horizontal em fluxo, com movimentação
inicial de óleo de 52 toneladas / dia naquele campo.
Embora a cooperação estratégica de Cuba com China e Rússia
seja "tradicional" nas condições atuais, quando a
Casa Branca intensificou as sanções a Havana , esses laços entre
aliados se ampliaram em um claro desafio ao governo dos Estados Unidos.
Enrique Roca: Os EUA pretendem impedir que Cuba se
desenvolva
Desde 1960, Washington mantém um forte bloqueio contra Cuba
e impõe várias sanções a esta nação caribenha. No entanto, em 2015, o
ex-presidente dos EUA, Barack Obama, deu início a um processo de distensão que
foi retardado desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca em 2017.
Entre outras medidas punitivas, Trump restringiu as viagens
de americanos e navios de cruzeiro a Cuba, limitou as remessas familiares,
aplicou o Título III da Lei Helms-Burton - congelada por seus antecessores
desde 1996 - e pressionou bancos e companhias de navegação a eles negociam com
a ilha.
A Organização das Nações Unidas (ONU)
já expressou sua preocupação com o impacto negativo do bloqueio
econômico dos Estados Unidos contra Cuba.
Diferentes organizações de direitos humanos também
condenaram as perigosas consequências dos embargos dos Estados Unidos contra o
povo cubano, especialmente em meio à crise de saúde desencadeada pela eclosão
do novo coronavírus.
No Brasil de Fato Entrevista de hoje é especial sobre as
sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos a Cuba e Venezuela e que se
mantem mesmo em tempos de pandemia.
O Brasil de Fato bate um papo com dois especialistas: Vivian
Mendes do Movimento Paulista de Solidariedade a Cuba e Edson Bagnara do Comitê
Brasileiro pela Paz na Venezuela.
Em maio, Donald Trump anunciou a Operação Warp Speed
(Velocidade Dobrada), que visa garantir que os EUA sejam o primeiro país a
obter a vacina contra a COVID-19 e recebam o maior número de imunizações.
Os EUA têm financiado várias empresas farmacêuticas em troca
de um compromisso de "reservar" o maior número possível de doses para
os norte-americanos, caso tenham sucesso no desenvolvimento da vacina, uma ação
chamada Operação Warp Speed (Velocidade Dobrada), anunciada em maio pelo
presidente norte-americano Donald Trump.
Esta ação preocupa vários especialistas, que temem que
outros países, especialmente os mais pobres, não tenham acesso à vacina, pois é
impossível competir com o dinheiro oferecido por Washington.
No caso da América Latina, vários países, que em tempos recentes
demonstraram maior afinidade com os EUA, viraram a página e estão abrindo
negociações com a Rússia e a China para acessar suas versões do medicamento.
Exemplos disso são Brasil, Chile, Colômbia e Equador.
"A posição americana de acumular vacinas impulsiona
os países latino-americanos a se abrirem para a Rússia e a China. É por isso
que alguns países estão procurando outras alternativas", explicou o
sociólogo colombiano Javier Calderón, pesquisador da Universidade de Buenos
Aires, Argentina, à Sputnik Mundo.
"A verdade é que a atitude dos Estados Unidos faz os
países latino-americanos sentirem empatia e proximidade com a China e a
Rússia", concluiu Laborde.
Operação Warp Speed
A Operação Warp Speed visa dar aos EUA acesso a cerca de 300
milhões de doses de vacinas.
Washington anunciou que selecionaria 14 projetos de
desenvolvimento de medicamentos para esta operação.
Por exemplo, a empresa Johnson & Johnson recebeu
cerca US$ 456 milhões (R$ 2,53 bilhões) do governo norte-americano, a Moderna
Therapeutics obteve US$ 500 milhões (R$ 2,78 bilhões), e a empresa britânica
AstraZeneca chegou a um acordo para US$ 1,2 bilhão (R$ 6,67 bilhões).
Além disso, os EUA concordaram em pagar US$ 1,6 bilhão (R$
8,89 bilhões) à Novavax em troca de 100 milhões de doses de sua vacina, e
pagarão um total US$ 1,95 bilhão (R$ 10,83 bilhões) à Pfizer e à empresa alemã
de biotecnologia BioNTech em troca de 100 milhões de doses.
Acordos
Enquanto isso, mais de 20 países, incluindo Brasil e México,
expressaram interesse em adquirir a vacina russa Sputnik V contra o novo
coronavirus, revelou Denis Logunov, vice-diretor do Centro Nacional de Pesquisa
de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, com sede em Moscou, à Sputnik.
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, São Paulo,
anunciou em 11 de agosto que o Brasil poderia começar a imunizar a população contra
a COVID-19 com a droga desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em janeiro
de 2021.
O presidente mexicano Andrés Manuel Lopez Obrador disse que
estaria disposto a testar ele mesmo a vacina russa.
Presidente do México, Lópes Obrador
Autoridades da Nicarágua, Guatemala, Bolívia, Argentina,
Colômbia, Paraguai e Peru também demonstraram interesse na Sputnik V.
Interesse comercial
Por outro lado, Calderón disse à Sputnik que a abertura da
América Latina para Rússia e China também é de natureza comercial.
"A vacina chinesa será gratuita para os países do
Terceiro Mundo, e a Rússia anunciou um preço bastante acessível. Esta
situação é muito diferente da proposta de vacina dos EUA, que
custará US$ 50 [R$ 277,90] em duas doses. Por ser uma vacina que deve ser dada
a toda a população, implica muito dinheiro, e é por isso que os governos estão
fazendo um cálculo econômico a respeito das possibilidades que os Estados
Unidos podem nos oferecer", afirmou Calderón.
O sociólogo colombiano afirma esperar que os governos
latino-americanos coloquem o bem-estar do povo em primeiro lugar.
"Espero que eles adquiram a vacina, seja a chinesa,
russa ou norte-americana, que seja acessível, mas que também sirva para nos
imunizar contra o vírus. Espero que os governos latino-americanos entendam que
além da obsessão econômica e hegemônica de Trump está a saúde do povo",
refletiu Calderón.
Todd Chapman, Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Embassy
Brasília | Reuters)
Todd Chapman diz que o Brasil não pode encarar a compra de
equipamentos de internet apenas como uma questão comercial, levando em conta
preços e aspectos técnicos. Diz que o 5G é tema de "segurança
nacional" para os Estados Unidos
247 – No momento em que o Brasil se encontra praticamente
ocupado pelos Estados Unidos, com um governo totalmente submisso a seus
interesses, o embaixador estadunidense em Brasília, fez questão de deixar claro
que o País não tem autonomia para selecionar seus fornecedores para rede de 5G
– a internet de altíssima velocidade – na banda larga.
"É uma tema bastante importante para o mundo. É a
próxima geração de telecomunicações que será a base da revolução tecnológica
que vai beneficiar a todos. Nosso interesse é que essa tecnologia seja usada
para promoção de atividades econômicas, avanço da sociedade e para o bem de
nossos princípios, como a democracia. E que essa tecnologia não seja usada para
reprimir a sociedade, como estamos vendo em vários regimes autoritários no
mundo. A tecnologia deve liberar e não reprimir as pessoas. É importante que os
fornecedores de um produto tão sensível tenham os mesmos princípios que você.
Por isso, a posição dos EUA e nosso alerta para nossos amigos e aliados, como o
Brasil, é saber com quem se está trabalhando. Nós já sabemos que Huawei e
outras empresas da China, como a ZTE, têm a obrigação, por lei, de entregar
toda a informação que passa por elas. Trata-se da segurança nacional dos
Estados", disse ele, em entrevista aos jornalistas Bruno Rosa e Claudia
Antunes, publicada no Globo.
"A seleção de fornecedores do 5G não é para nós uma
questão comercial. Nós não temos uma empresa puramente americana que esteja
competindo. Isso não é para ganhar US$ 1 bilhão. É um assunto de segurança
nacional. Muitos países já decidiram excluir a Huawei por questão de segurança,
como Austrália, Japão e Inglaterra, por exemplo. E esse número é crescente
porque mais pessoas estão fazendo a mesma análise, vendo o comportamento da
Huawei de roubar propriedade intelectual. A Inglaterra disse que vai tirar tudo
da Huawei de seu sistema nos próximos anos. E isso vai custar um pouco de
dinheiro, mas não tanto como as pessoas estão falando. Na Europa, para
substituir todo o equipamento da Huawei em 5G serão US$ 3,5 bilhões. São US$ 7
por usuário", apontou ainda Chapman.
Por fim, ele deixou claro que haverá consequências. "Eu
diria que represálias não, consequências sim. Cada país é responsável por suas
decisões. As consequências que estamos vendo no mundo é que há um receio de
empresas que estão baseadas na propriedade intelectual de fazer investimentos
em países onde essa propriedade intelectual não seja protegida."
No Twitter
Em qualquer governo que preza pela soberania, um embaixador que falasse o que falou o embaixador dos EUA sobre a disputa do 5G no Brasil seria convidado a se calar e pedir desculpas. No caso do Brasil atual parece que o Bolsonaro não se faz respeitar pelo embaixador americano.
Sputnik Brasil - O portal chinês Sohu informa que, de todo o arsenal de
mísseis da Rússia, a maior ameaça para os EUA é o míssil balístico
intercontinental RS-28 (Sarmat). A mídia chinesa chama esta arma de
"míssil russo mais terrível".
O portal Sohu indica que o aparecimento dos mísseis Sarmat
RS-28 no arsenal da Rússia será um pesadelo para os EUA. O autor chama a
atenção para o fato de o Sarmat ser capaz de superar até mesmo os mais
promissores sistemas de defesa antiaérea que estão sendo desenvolvidos nos EUA.
Na publicação é igualmente assinalado que as tentativas dos americanos de criar um sistema capaz de deter o Sarmat não conduziram a nada, destacando superioridade dos desenvolvimentos nucleares russos.
O RS-28 é um míssil balístico intercontinental pesado de combustível líquido que está sendo elaborado para o Exército russo. O míssil é projetado para substituir o antigo míssil soviético R-36M Voevoda, como o componente básico do potencial nuclear da Rússia. As ogivas do Sarmat dispõem de uma série de contramedidas destinadas a penetrar qualquer "escudo" antimíssil.
Após encontro com o autoproclamado presidente interino da Venezuela, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, afirmou que não poupará esforços no restabelecimento da democracia venezuelana.
Em um pronunciamento ao lado de Juan Guaidó há pouco, em Brasília, Bolsonaro reiterou a linha adotada pelo seu governo diante da crise no país vizinho.
"Nós não pouparemos esforços, dentro obviamente da legalidade, da nossa Constituição e de nossas tradições, para que a democracia seja restabelecida na Venezuela. E todos nós sabemos que isso será possível através, não apenas de eleições, mas de eleições limpas e confiáveis", afirmou o presidente brasileiro.
Por sua vez, Guaidó afirmou que não há possibilidade de diálogo com o governo de Nicolás Maduro sem que novas eleições sejam convocadas. Ele também afirmou que "apesar das ameaças" retornará à Venezuela na segunda-feira, segundo a AFP.
Guaidó têm visitado diversos países em busca de apoio para a oposição que lidera contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Quem também se encontrou com líder opositor foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que anunciou o encontro através de sua conta oficial no Twitter e pediu uma saída democrática para a crise política na Venezuela.
Conversei com Gaidó. Novas eleições livres são o caminho para o futuro democrático na Venezuela. Intervenções militares não conduzem à democracia. Pressão internacional ajuda. A luta é do povo venezuelano, só ele pode escolher seu destino político.
O fato de o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, pedir ajuda à comunidade internacional representa a prova da sua impotência, escreve o jornal alemão Frankfurter Allgemeine.
A edição assinala que as palavras de Guaidó de que "nós devemos levar em consideração todos os métodos em prol da libertação da nossa pátria" revelam a incapacidade do líder da oposição venezuelana.
Segundo o jornal, essa fraqueza de Guaidó pode ser usada pelo presidente legítimo da Venezuela, Nicolás Maduro, como prova de que o seu oponente quer entregar o país e seus grandes recursos "nas mãos do imperialismo americano".
"Não se sabe agora se Guaidó voltará a Caracas depois dos discursos na Colômbia", concluiu o jornal alemão.
Em janeiro desse ano, na Venezuela ocorreu uma onda de protestos contra o atual presidente Nicolás Maduro, reeleito para o segundo mandato. Em 23 de janeiro, o líder da oposição, Juan Guaidó, declarou-se presidente interino da Venezuela, tendo sido apoiado pelos EUA, vários países da Europa e América Latina, inclusive o Brasil. Maduro recebeu apoio de tais países como a Rússia, México, China, Turquia, Indonésia e outros. Continue lendo aqui.
As Forças Armadas brasileiras vão indicar até o fim deste ano um general para assumir um posto no Comando Sul (SouthCom) das Forças Armadas norte-americanas, informou o almirante Craig Faller, que comanda divisão voltada à segurança americana na América Central, Caribe e a América do Sul.
A informação foi prestada pelo militar estadunidense no último dia 7 de fevereiro, em uma audiência na Comissão de Forças Armadas do Senado dos Estados Unidos. Se confirmada, será a primeira vez que o representante militar do Brasil ocupará o posto, integrado ao Exército daquele país.
"Até o fim do ano o Brasil enviará um general para servir como vice-comandante de interoperabilidade do Comando Sul", declarou Faller durante a audiência, mencionando ainda que o Brasil foi o primeiro signatário da América Latina do acordo para uso pacífico do espaço ("Space Situational Awareness Agreement").
A audiência gerou um documento de 20 páginas, nas quais Faller relata o incremento das parcerias no Cone Sul com a Colômbia (primeiro país latino-americano na OTAN) e com o Chile (do maior exército de guerra marítima do mundo – "Rim of the Pacific"). A meta é incrementar a segurança dos EUA.
"Queremos inimigos que nos temam e amigos que façam parceria conosco", declarou o almirante aos senadores norte-americanos. No total, Faller listou seis países como ameaças aos interesses dos EUA: Rússia, China, Irã e os seus "aliados autoritários" Cuba, Nicarágua e Venezuela.
Segundo o almirante, tanto Rússia quanto a China "estão expandindo sua influência no Hemisfério Ocidental, muitas vezes à custa dos interesses dos EUA".
"[A] Rússia continua a usar a América Latina e o Caribe para espalhar desinformação, coletar informações sobre os Estados Unidos e projetar poder", declarou, acrescentando que o envio de bombardeiros à Venezuela "foi planejado como uma demonstração de apoio ao regime de [Nicolás] Maduro e como uma demonstração de força aos Estados Unidos".
Já a China é acusada de realizar empréstimos da ordem de R$ 150 bilhões "predatórios e não transparentes", o que o almirante entende que muitos países já perceberam como uma "ameaça que é hipotecar o seu futuro" para Pequim. Faller disse temer pela expansão do uso de tecnologia chinesa na região.
"Se governos da América Latina e do Caribe continuarem a usar sistemas chineses de informação, nossa habilidade e capacidade de compartilhar informações em rede será afetada", complementou.
Sobre o Irã, o militar dos EUA mencionou uma ação recente na qual autoridades brasileiras teriam prendido um membro do grupo xiita libanês Hezbollah no país. Ainda sobre o Brasil, Faller adiantou que militares brasileiros participarão de exercícios conjuntos com forças dos EUA.
"O Brasil se unirá ao SPMAGTF (Grupo de Trabalho Ar-Terra para Fins Especiais da Marinha) este ano, além de liderar nosso exercício naval multinacional UNITAS AMPHIB", revelou.
"Com base nessa iniciativa, estamos trabalhando com aliados e parceiros para desenvolver um conceito para uma força-tarefa multinacional capaz de agir em diferentes escalas e que trabalha dentro das estruturas de cooperação de segurança existentes para melhorar nossa capacidade coletiva de responder rapidamente às crises", completou Faller.
A audiência do militar dos EUA no Senado, porém, gerou reações em Brasília. Ao jornal Valor Econômico, o Ministério da Defesa confirmou o ineditismo da indicação de um general brasileiro para o Comando Sul das Forças armadas norte-americanas. Contudo, a pasta reforçou que isso não significa que o Brasil se engajaria em uma intervenção militar na Venezuela, cogitada pelo presidente estadunidense Donald Trump.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou oficialmente neste domingo a realização dos exercícios militares de maior escala do país, de acordo com uma transmissão ao vivo do evento.
Antes do início dos exercícios, o presidente chegou ao estado de Miranda, no norte do país, para averiguar equipamentos militares, incluindo lançadores de foguetes fabricados na Rússia, usados pelas Forças Armadas da Venezuela.
Os exercícios militares durarão até o dia 15 de fevereiro e serão os maiores e mais importantes
exercícios já realizados por Caracas em 200 anos de história, segundo Maduro.
A situação política na Venezuela se agravou após 23 de janeiro, quando Guaidó se declarou presidente interino do país e foi imediatamente reconhecido pelos Estados Unidos, Canadá e outros aliados dos EUA, dentre eles Brasil.
Rússia, México, China, Turquia, Uruguai e vários outros países se manifestaram reafirmando apoio a Maduro como o único legítimo chefe de Estado democraticamente eleito do país.
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, passou alguns dias dessa semana em Washington e Nova York para acertar os detalhes da viagem do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos que deve acontecer em meados de março, ainda sem data definida.
A agenda de Bolsonaro deve reunir temas econômicos e comerciais, segundo o chanceler. Araújo quer também que parlamentares norte-americanos visitem o Brasil para conhecer a realidade nacional e discutir temas de interesse mútuo.
A Sputnik Brasil conversou com dois especialistas, um cientista político e uma internacionalista, para tentar entender quais serão os principais pontos que serão discutidos em um eventual encontro entre Bolsonaro e Donald Trump.
Augusto Cattoni, cientista político e pesquisador do Instituto Atlântico, acredita que o assunto principal do encontro será a crise pela qual passa a Venezuela.
"Certamente a Venezuela terá uma certa prioridade devido a velocidade que um desfecho da crise Venezuela se aproxima de nós, que todo mundo já sabe qual será esse desfecho, mas não sabe como vai ocorrer e certamente uma coordenação do brasil com os estados unidos seria muito bem-vinda nesse momento", disse.
Durante a passagem por Washington, Araújo conversou com o ministro do Exterior da Turquia, Mevlüt Çavuşoğlu, sobre a definição da possível transferência da Embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém.
Cattoni acredita que esse será um tema discutido em um encontro, mas não é uma prioridade para o governo Bolsonaro neste momento.
"A possível mudança da embaixada terá uma movimentação mais devagar, mais cautelosa, do que indicada pelo próprio presidente no passado recente, o vice-presidente Mourão acendeu uma luz amarela quanto a isso também", comentou.
Já para Raquel Rocha, doutora em Relações Internacionais pela Universidade de São Paulo (USP), a questão da mudança da embaixada não será tão relevante no encontro. Para ela, o que deverá ter maior peso é uma possível cooperação bélica e técnica entre os dois países.
"Para Trump a questão da mudança da embaixada não é tão relevante assim. Acredito que deva ser colocado em pauta a cooperação técnica, compra e venda de armamento bélico, que é uma pauta que sempre volta a ser de interesse, mas principalmente a intenção é expandir a cooperação entre os dois estados, seja na pauta comercial ou seja em cima de cooperação técnica com transferência de conhecimento", afirmou.
Rocha disse que uma aproximação forte com os Estados Unidos neste momento pode estremecer as relações entre Brasil e China.
"A gente já tem questões que estão ficando um pouco delicadas em termos de funcionamento do estado brasileiro, onde a gente não pode ignorar a participação do estado chinês dentro da nossa economia, e esse alinhamento com os EUA faça com que essa relação fique cada vez mais tensa", disse.
Em Nova York, Araújo teve reuniões com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, empresários e formadores de opinião, além de especialistas em geopolítica mundial.
Jorge Arreaza, ministro das Relações Exteriores da Venezuela, classificou a diplomacia brasileira de medíocre, pois, segundo ele, está subordinada aos interesses do presidente dos EUA, Donald Trump.
"A diplomacia brasileira sempre foi um modelo para o mundo. Mas em que mãos caiu o Itamaraty Brasil: intolerância ideológica, neomcartismo, ajoelhada diante de Donald Trump, fobia à integração latino-americana, pró-imperialista e notavelmente amadora, muito medíocre", escreveu o chanceler em sua conta do Twitter.
La Diplomacia brasileña siempre fue modélica para el mundo. Pero vaya en qué manos ha caído @ItamaratyGovBr: intolerancia ideológica, neoMcarthysmo, arrodillada ante @realDonaldTrump, fobia hacia la integración latinoamericana, proimperialista y notablemente amateur, muy mediocre https://t.co/S9ll76Yllw
A declaração do ministro venezuelano veio logo após o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, ter escrito que a "esquerda mundial continua agarrada ao plano de manter Maduro no poder para espalhar as trevas da opressão na América Latina".
O chanceler brasileiro juntamente com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, realizaram no dia 7 de fevereiro uma reunião bilateral na qual discutiram mecanismos regionais para restaurar a democracia e resolver a crise na Venezuela.
Além disso, Araújo também afirmou que a reunião do Grupo de Contato Internacional para Venezuela, realizada em Montevidéu, não é uma iniciativa válida ou útil, além de destacar que a maneira de expulsar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, deve ser diplomática, rejeitando uma eventual intervenção militar.
O Brasil é um dos países que não reconhece Maduro e apoia o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela, que se autoproclamou no dia 23 de janeiro durante uma manifestação da oposição nas ruas de Caracas. A Rússia, China, México e Turquia estão entre as diversas nações que manifestam seu apoio a Maduro como chefe de Estado legitimamente eleito do país.
O atual presidente venezuelano acusou Washington de estar orquestrando um golpe no país latino-americano, tendo chamado Guaidó de "marionete dos EUA".
En el escenario que nos toque batallar, asumiremos nuestra lucha con la unión Cívico-Militar, por nuestro derecho irrenunciable a la paz y a la independencia de la Patria. ¡Juntos Venceremos! pic.twitter.com/H9Tq0wxJ7h