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segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Fantástico, da Globo, faz longa matéria sobre rede de fake news bolsonarista punida pelo Facebook



Programa fez questão de destacar que as informações coletadas pelo Facebook de contas de assessores próximos à família Bolsonaro podem ser adicionadas às ações do STF que pedem a cassação do presidente


Por: Revista Fórum

O programa Fantástico, da Globo, veiculou em sua edição da noite deste domingo (2) uma longa reportagem mostrando detalhes sobre a investigação do Facebook que derrubou páginas de assessores próximos à família Bolsonaro que são utilizadas para disseminar fake news e promover ataques contra adversários.

Durante a exibição da matéria, o programa procurou evidenciar a proximidade entre assessores que se fingiam de “jornalistas” com o presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e deputados bolsonaristas.

No dia 8 de julho, o Facebook derrubou uma rede de distribuição de fake news e perfis falsos ligada aos gabinetes de Jair Bolsonaro, do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e dos deputados estaduais bolsonaristas Anderson Moraes (PSL-RJ) e Alana Passos (PSL-RJ). Todos tiveram destaque na matéria do Fantástico.

Técnicos da rede social identificaram 35 contas, 14 páginas e 1 grupo, além de 38 contas no Instagram, que pertence ao Facebook. O grupo contava com 350 participantes. Já as páginas no Facebook somavam 883 mil seguidores, e os perfis do Instagram, 917 mil. 

Já neste sábado (1), o Facebook informou que acatou pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) e vai bloqueou, em todo o mundo, as contas de perfis bolsonaristas.

A medida vem após o ministro do STF, Alexandre de Moraes, aumentar o valor da multa diária contra a rede social para R$ 1,2 milhão e cobrar o pagamento de R$ 1,92 milhão por descumprimento da ordem judicial, no âmbito do inquérito das fake news. O ministro também intimou pessoalmente o presidente da empresa no país a cumprir sua determinação.
Dando detalhes de como funcionava a operação das páginas de fake news bolsonaristas, o Fantástico destacou, por exemplo, as notícias falsas criadas sistematicamente contra Fernando Haddad (PT), oponente de Bolsonaro na eleição de 2018.

A reportagem também ressaltou que as informações colhidas pelo Facebook sobre as páginas foram enviadas à Polícia Federal e podem ainda serem anexadas às ações que pedem a cassação de Bolsonaro no STF.


No twitter




 Catraca Livre

Uma parceria entre o Facebook e o Laboratório Forense Digital do Atlantic Council (DFRLab) levantou a existência de uma rede de propagação de fake news nas redes sociais ligada aos gabinetes da família Bolsonaro e a políticos do PSL.

O levantamento veio junto com o anúncio da derrubada de 73 contas identificada pelo Facebook no Brasil por violação de políticas da plataforma e comportamento inautêntico coordenado. Ao todo, a  plataforma baniu 38 perfis, 14 páginas e 1 grupo no Facebook e 38 contas no Instagram.


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sábado, 1 de agosto de 2020

Bomba no clã: Julian Lemos acusa Eduardo de desviar R$ 600 mil do PSL e comprar apartamento com auxílio-moradia



O deputado Eduardo Bolsonaro, filho número 3 do ex-capitão que ocupa o Planalto, é acusado de comprar apartamento com dinheiro da Câmara, de desviar quase R$ 2 milhões do PSL para sua ONG política e de praticar rachadinhas com a advogada Karina Kufa


247 - Reportagem da revista Istoé traz acusações graves contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro. A matéria diz que o 03 desviou dinheiro da Câmara e do PSL, além de praticar rachadinhas com Karina Kufa, advogada ligada ao clã

O relato da revista é chocante: “a troca de ataques começou com Eduardo humilhando Julian, que é uma espécie de tesoureiro do PSL e principal aliado do deputado Luciano Bivar, presidente nacional da legenda: ambos romperam com o presidente e seus familiares, o que levou-os a deixarem o partido e tentarem criar o Aliança pelo Brasil, que não saiu do papel. Dudu malvadeza, como é conhecido no PSL de oposição aos Bolsonaros, disse que Julian era “pau de arara, favelado e traíra”. 

A matéria prossegue: “tudo porque Julian é paraibano e a família presidencial não prezaria muito quem nasce nesse estado. Julian ficou ofendido. “Sabe qual problema de um ladrão arrogante? É achar que um nordestino como eu tem medo de algo ou de alguém. Pela minha honra eu não tenho limites. Ela é a única coisa que eu tenho. Em setembro eu avisei. Não mexe comigo”, foi como Julian reagiu aos ataques de Eduardo. Mas, logo na sequência, o parlamentar paraibano começou a metralhar o filho do presidente, numa profusão de mensagens no Twitter, de corar de vergonha o mais pacato cidadão. A maioria das mensagens traz acusações gravíssimas a Eduardo, a quem Julian chama de “demagogo, ladrão e hipócrita”. 

Segundo a revista, “o dirigente nacional do PSL não fica só em revides inconsequentes. O mais grave são as denúncias de que o filho do presidente usou recursos milionários do fundo partidário (dinheiro público) para financiar atividades particulares de uma entidade em defesa de interesses conservadores (CPAC) e também verbas do auxílio-moradia e auxílio-mudança da Câmara, recebidos irregularmente, para dar de entrada na compra de um apartamento.”


Bolsonaro diz que usou auxílio-moradia para comer gente


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sábado, 25 de julho de 2020

Ex-bolsonarista, Julian Lemos diz que Eduardo Bolsonaro é ladrão


Julian Lemos, homem da campanha de Bolsonaro. Foto: Divulgação


DCM - Do Twitter de Julian Lemos, atacando o filho 03 do presidente:

Rachadinhas? Sim, muitas! Quem é você ladrão para apontar o dedo pra mim? Veremos quem é ” pau de arara e favelado” traíra, eu? Quando paguei mais de 35 mil Reais de custas processuais do seu pai eu era o melhor homem do mundo não era? Surfistinha maconheiro descarado!

Ladrão é ladrão!

O vagabundo botou uma advogada pilantra dentro de PSL para fazer contratos milionários e com isso tirar a “parte dele” até viagens ela pagou, quando viu que não iríamos permitir, e que era um “bom negócio” inventaram um novo partido, comigo não ladrão, já falei, me deixe quieto.

216 mil Reais de auxílio moradia desviados para dar entrada na compra de um apartamento, esse Deputado ladrão, falso moralista e liberal de araque adora um auxílio mudança mesmo morando em Brasília, é esse tipo de gente que gosta de atacar os outros, 216+30 = 246 mil!






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quarta-feira, 8 de julho de 2020

Jornal Nacional expõe rede de Fake News de Bolsonaro



O telejornal exibiu fotos de Bolsonaro com alguns dos assessores que tiveram contas banidas no Facebook e mostrou elo com Donald Trump e com a Ucrânia


Por: Revista Fórum

O Jornal Nacional, da TV Globo, desta quarta-feira (8) deu destaque à decisão do Facebook de remover contas ligadas ao presidente Jair Bolsonaro, seus filhos, e apoiadores que formavam uma rede de fake news.

“Facebook remove contas de suas redes sociais pelo que chama de comportamento inautêntico. Fake news e ataques a adversários do presidente Bolsonaro disseminados por filhos dele, o deputado federal Eduardo e o senador Flávio. E ainda assessores do presidente, dos filhos e deputados do PSL”, disseram os apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos já na abertura do telejornal.

Segundo a rede social foram derrubadas 35 contas no Facebook, 38 no Instagram, 14 páginas e 1 grupo, com 350 participantes, ligados a funcionários dos gabinetes do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e dos deputados estaduais bolsonaristas Anderson Moraes (PSL-RJ) e Alana Passos (PSL-RJ).

O telejornal montou uma diagrama mostrando uma correlação das contas com diferentes países, entre eles os Estados Unidos de Donald Trump e a Ucrânia, e expôs as imagens do presidente, dos filhos e dos parlamentares envolvidos na rede.

O Jornal Nacional deu destaque a três assessores: Tercio Tomaz – que atua em gabinete no Palácio do Planalto -, Eduardo Guimarães e Paulo Xuxu – ligados a Eduardo. Tomaz e Xuxu apareceram no telejornal em fotos ao lado de Jair Bolsonaro.

O JN escutou a relatora da CPMI das Fake News, Lídice da Mata (PSB-BA), que disse que a medida adotada pela rede social reforça as investigações da CPMI das Fake News.





No Twitter



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terça-feira, 23 de junho de 2020

Canais bolsonaristas retiraram mais de 2 mil vídeos do Youtube desde o início de junho, indica levantamento



Allan dos Santos, do Terça Livre, na CPI das Fake News | Jorge William


Por: O GLOBO

João Paulo Saconi

Um levantamento feito pela empresa de análise de dados Novelo Data constatou que 2.015 vídeos publicados por canais bolsonaristas no Youtube desapareceram da plataforma desde o início de junho. Dos 81 produtores de conteúdos observados pela equipe da Novelo, pelo menos 37 tiveram vídeos apagados este mês. O recordista em exclusões foi o canal Gigante Patriota, com menos 1.300 vídeos disponíveis para os usuários da rede — 94% deles foram removidos no último fim de semana. Há motivos diversos que podem ter levado ao sumiço das publicações.


Desde o fim de maio, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vem autorizando diligências contra blogueiros, empresários e parlamentares que compõem a base de apoio do presidente Jair Bolsonaro na internet. Há uma suspeita de que ataques à Corte tenham tido alcance turbinado com a ajuda dessas pessoas. O mesmo pode ter acontecido com a realização de manifestações antidemocráticas. A exclusão de vídeos pode estar relacionada com uma tentativa dos canais de não serem enquadrados nas apurações que tramitam no tribunal, no caso dos ataques virtuais, e na Procuradoria-Geral da República (PGR), no caso dos protestos.
Um dos personagens mais conhecidos entre os alvosdas decisões de Moraes, o blogueiro Allan dos Santos, do canal Terça Livre, teve 272 vídeos apagados neste mês, até o último sábado. Santos foi alvo de buscas e apreensões duas vezes.


Outros canais também tiveram números expressivos de vídeos apagados até o último sábado. Foram os casos, por exemplo, do Foco do Brasil (66 vídeos a menos); Notícias News N. N. (45 vídeos a menos); Notícias Políticas (43 vídeos a menos); Ficha Social (40 vídeos a menos); Seu Tube (33 vídeos a menos) e Folha Política (24 vídeos a menos).

Os motivos para que os vídeos desapareçam do Youtube são diversos. Eles podem ser apagados por quem os publicou; retirados da listagem pública (e, portanto, seguem disponíveis para determinados usuários) e apagados pela própria plataforma por violarem condições de uso — neste último caso, um aviso sobre ocorrências deste tipo é exibido no lugar do conteúdo. Essas possibilidades foram esclarecidas pela Google, administradora da plataforma, ao Sonar (leia a nota na íntegra no fim da reportagem). A empresa, no entanto, não comenta casos específicos. 


Comportamento expressivo no intervalo de um ano

O programador Guilherme Felitti, fundador da Novelo, explica que o levantamento não encontrou avisos de violação das normas do Youtube. Essa é uma das evidências que o leva a crer que são os próprios youtubers que estão efetuando as retiradas de seus vídeos do site. O monitoramento em questão é feito há um ano, mas só agora as exclusões de conteúdos foram tão expressivas. Em março, por exemplo, os canais deletaram 695 vídeos. Em abril, 247. Em maio, foram 1.112 — número já ultrapassado antes do fim de junho.


— A maioria dos vídeos foram deletados uma semana após a operação de busca e apreensão dentro do inquérito de fake news. Existe um  comportamento parecido desses youtubers entre maio e junho — explica Felitti, complementando: — Não é possível identificar uma estratégia clara, no entanto. Em alguns desses canais que deletaram vídeos ou esconderam vídeos, ainda há vídeos que atacam o STF. Não é como se eles tivessem apagado todos os vídeos mencionando a Corte. Não encontramos um fio condutor dessa estratégia. 

Para Felitti, o Youtube deveria ser objeto de mais atenção no Brasil. Ele classifica a plataforma como um "mamute", dada a sua relevância. No entanto, ainda de acordo com o programador, há poucas iniciativas que compilem dados e façam o trabalho de registro da memória desta rede. No caso da Novelo, esse processo acontece por meio da aplicação de uma Application Programming Interface (API) (ou Interface de Programação de Aplicativos, em português).

— O Brasil sempre tem uma cultura muito calcada em televisão. O brasileiro sempre adorou a TV e não é à toa que o Youtube faz um sucesso tremendo por aqui. Há uma força cultural na plataforma: a gente usa muito, vê muito, estamos sempre lá. E é  inevitável que essa cultura derrame na política —justifica Felitti, que afirma: — A gente precisa se organizar para entender como esses movimentos sociais se estruturaram no Youtube. Quem são as pessoas, as práticas e o que elas fazem. 

A Novelo já havia feito levantamento sobre o Youtube observando os conteúdos que a plataforma selecionou aqueles que estavam mais "em alta" para os usuários brasileiros nas eleições de 2018. A empresa de análise de dados constatou que a maior parte dos conteúdos exibidos como os mais populares eram desfavoráveis ao Partido dos Trabalhadores (PT), adversário de Bolsonaro no segundo turno do pleito naquele ano.

Nos próximos dias, canais de Youtube posicionados à esquerda do espectro político também estarão em foco a partir de novos estudos divulgados pela Novelo.

Em nota sobre o caso, o Youtube informou: "Não comentamos casos específicos. O YouTube é uma plataforma de vídeo aberta e qualquer pessoa pode compartilhar conteúdo, que está sujeito a revisão de acordo com as nossas diretrizes da comunidade. Além disso, o próprio responsável pelo canal pode escolher não compartilhar mais determinado conteúdo ou deixá-lo em modo privado. Em casos assim, a plataforma costuma exibir a mensagem ‘Vídeo indisponível’."

  • A primeira versão desta reportagem, publicada às 20h do dia 22 de junho de 2020, afirmava que 2.100 vídeos foram apagados em junho. A segunda, às 20h45m, atualizou esse número para 2.015, a pedido da Novelo Data.



ódio na mira da justiça, movimentos antirracistas e antifascistas, em Washington DC, Estados Unidos  tentam derrubar estátua de ex-presidente genocida e escravagista, Alexandre Moraes derruba sigilo em operação da PF, Wassef planejava sequestro de jornalista, Bolsonaro se aproxima de seu favorito para o Ministério da Educação, batalhão de choque faz operação na casa de familiares de Queiroz em Minas Gerais.




No Twitter



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domingo, 21 de junho de 2020

APÓS ZAMBELLI INCITAR ATAQUES, DEPUTADO RECEBE AMEAÇA DE MORTE E RECORRE AO STF; VEJA PRINT




Por: ÉPOCA

'Não tenho culpa. Ele foi querer mexer com assuntos que não lhe cabem', afirmou Zambelli

O deputado Rogério Correia, do PT de Minas Gerais, recebeu nesta sexta-feira ameaças de morte horas após a deputada Carla Zambelli, do PSL de São Paulo, prometer um "tsunami bolsonarista em suas redes".

O deputado afirmou que levará as ameaças à polícia e ao Supremo Tribunal Federal.

Tudo começou após Correia divulgar, na sexta 19, que enviara a Alexandre de Moraes um pedido de retenção do passaporte de Abraham Weintraub, investigado no inquérito das fake news, por ameaças à democracia e crime de racismo, dizendo haver indícios de que Weintraub queira deixar o país.

Na tarde desta sexta-feira, Carla Zambelli respondeu a uma publicação de Correia nas redes sociais falando sobre o “tsunami”:

"Hoje vc vai sentir o tsunami Bolsonarista em suas redes. Seu ato é uma afronta ao povo brasileiro que votou em Bolsonaro e Vc não respeita o PROCESSO DEMOCRÁTICO! DITADORZINHO!".
Correia começou então a receber uma série de ameaças.

A que considerou mais grave teve 40 mensagens de um mesmo usuário do Facebook. O usuário tentou ligar, pelo chat, várias vezes para o deputado.

Nas mensagens, o responsável pelo ataque cita uma bomba no carro do deputado, tiros e tortura, além de palavrões.

"Não é possível. A deputada faz uma ameaça dessas e depois chegam até ameaças de morte. Recebi ameaças de morte horas depois. Vou pedir uma investigação à polícia e ao STF, para o gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Percebi muitos robôs, muitas mensagens, com muitos xingamentos e ódios. Isso só comprova como os bolsonaristas agem de fato", criticou o petista.

Zambelli é investigada pelo STF no inquérito das fake news e em outro que apura atos antidemocráticos, no qual teve seu sigilo bancário quebrado. No inquérito das fake news, a parlamentar ficou em silêncio ao depor à PF, no começo do mês.

Procurada, a deputada minimizou o fato e disse também ser alvo. Disse que o deputado “quis mexer com assuntos que não lhe cabem”.

"Eu também recebo todo dia um monte de ameaças de petistas. Ninguém mandou ele... Não vou responder isso a essa hora. Mas todos nós estamos sujeitos a isso na profissão que a gente exerce. Não tenho culpa se uma pessoa isoladamente vem ameaçá-lo por uma atitude dele, não minha. Ele que originou. Ele foi querer mexer com assuntos que não lhe cabem. Não cabe a um deputado o que a polícia vai fazer com um passaporte de um ministro".




Deputada Carla zambelli ameaça deputado Rogério Correia hoje você vai sentir o tsunami bolsonarista.  deputada federal Carla Zambelli  PSL-SP uma das defensoras mais ferrenhas de Jair Bolsonaro, ameaçou o deputado Rogério Correia (PT-MG) com um ataque virtual da rede bolsonarista.



No Twitter:





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quarta-feira, 17 de junho de 2020

VIDEO: Alvo da PF, youtuber bolsonarista afirma que divulgou “mentira” que lhe foi passada por Carla Zambelli




Por: DCM

O blogueiro bolsonarista Beto Louco disse que a deputada federal Carla Zambelli foi a fonte de uma informação sobre o Doria, que posteriormente foi desmentida. O apoiador afirmou que ela ‘mentiu’.

Alberto Junio Silva é acusado de operar uma rede de fake news conhecida como Pensa Brasil, ele foi alvo da operação da Polícia Federal que investiga os atos antidemocráticos, na última terça (16).



 Canal Sempre na Luta - Rogério Correia

Este vídeo tem apenas pouco mais de 1min, mas sua importância é enorme. Ele demonstra para quem insiste em negar o enorme mal que as fake news trazem para a democracia e para o Brasil. A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) “denuncia” que as Lojas Havan pertencem à “Paulinha, filha da Dilma”. Dez entre dez pessoas inteligentes sabem que a Havan é do empresário sonegador Luciano Hang, também conhecido como o maior bolsonarista do mundo. Sem um pingo de vergonha na cara, a deputada do PSL gravou o vídeo, compartilhou em suas redes e fez estrago. Depois, a receita de sempre: deleta, culpa um assessor e diz que “foi sem querer”...


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Gerente do Whatsapp admite que eleição brasileira foi fraudada por envio massivo de mensagens




Por: Carta Campinas

Um gerente do WhatsApp admitiu pela primeira vez que a eleição brasileira de 2018 teve o uso em massa de mensagens contratada por empresas privadas em favor de um dos candidatos, o que significa dizer que a eleição foi fraudada por contratação de serviço ilegal. 

“Na eleição brasileira do ano passado houve a atuação de empresas fornecedoras de envios massivos de mensagens, que violaram nossos termos de uso para atingir um grande número de pessoas”, afirmou Ben Supple, gerente de políticas públicas e eleições globais do aplicativo WhatsApp.

A declaração aconteceu, em palestra no Festival Gabo, como informa reportagem do jornal Folha de S.Paulo. O Festival Gabo é um evento que acontece em Medelim na Colômbia para jornalistas e qualquer cidadão. Criado em homenagem ao escritor Gabriel García Márquez , o festival tem uma série de debates, principalmente relacionados à imprensa.

As fraudes do Whatsapp na eleição de 2018 não são novidades. Em junho, o espanhol Luis Novoa, dono da Enviawhatsapps, confirmou que empresários brasileiros contrataram programa de sua agência para fazer disparos de mensagens em massa, pelo Whatsapp, em favor do então candidato Jair Bolsonaro (PSL) durante a campanha eleitoral de 2018. Em gravação obtida pelo jornal Folha de S.Paulo, Novoa afirma que só foi descobrir do uso político quando algumas linhas telefônicas utilizadas passaram a ser cortadas pelo aplicativo de mensagens.

Segundo a reportagem, “empresas, açougues, lavadoras de carros e fábricas” brasileiras contrataram os serviços de Novoa. Até então, ele disse achar normal, pois muitas empresas utilizam os disparos pelo Whatsapp para fazer marketing comercial.

A legislação veta que empresas façam campanha para candidatos, inclusive desde 2016 é proibido o financiamento de empresas, além disso o TSE veta o uso de ferramentas de automatização, como os softwares de disparo em massa.


RedeTVT

O WhatsApp admitiu pela primeira vez que a eleição brasileira de 2018 teve uso de envios maciços de mensagens, com sistemas automatizados contratados de empresas. Entre as suspeitas estão a de que empresários teriam contratos os serviços para impulsionar a campanha do então candidato Jair Bolsonaro contra o candidato do PT, Fernando Haddad. Flavia Lefévre, integrante do Intervozes, e José Carlos Portela, advogado criminalista, comentam o caso.


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segunda-feira, 17 de junho de 2019

A LAVA JATO USOU O JUDICIÁRIO PARA FINS POLÍTICOS




SUSPEITAVA-SE que a Lava Jato era um grupo político articulado entre membros do Ministério Público e o judiciário. Os indícios apontavam um conluio entre procuradores e um juiz que atuava para influenciar o jogo político-partidário e manipular a opinião pública. Faltava o batom na cueca. Não falta mais.

Os diálogos revelados pelo Intercept mostram que a Lava Jato desfilava como uma deusa grega da ética na sociedade, mas atuava à margem da lei na alcova. Em nome do combate à corrupção, o conluio atropelou princípios jurídicos básicos e arrombou o estado de direito. As provas são tão explícitas que não há mais espaço para divergências.



A Lava Jato usou indevidamente o aparato jurídico para atender interesses políticos. O Código de Ética do Ministério Público, o estatuto da magistratura e a Constituição foram todos burlados. É um caso claro de corrupção.
Durante o processo que levou um ex-presidente para a cadeia, o juiz orientou, recomendou alterações de estratégias, antecipou uma decisão e até indicou uma testemunha para acusação. A defesa, que reiteradamente pediu a suspeição do juiz, fazia papel de trouxa enquanto ele e o procurador combinavam estratégias de acusação pelos seus celulares.

No grupo do Telegram batizado de “Incendiários ROJ”, integrado por procuradores da Lava Jato, Dallagnol demonstrava preocupação com a principal prova da acusação. A convicção demonstrada em público contrastava com a insegurança no escurinho do Telegram. As conversas mostram a obsessão de Dallagnol em manter o caso de Lula nas mãos de Moro a qualquer custo. Os “incendiários” tinham plena consciência de que estavam ultrapassando os limites da irresponsabilidade.

Moro e Dallagnol enganavam a opinião pública quando em diversas oportunidades garantiram a lisura do processo. O réu não teve direito a um julgamento justo e imparcial. Os diálogos revelam uma articulação de estratégias para condená-lo mesmo antes da apresentação da denúncia. O processo foi corrompido, comprometendo o julgamento das instâncias superiores. Qualquer interpretação diferente dessa está fadada ao ridículo e cairá na lata do lixo da história.

O juiz e os procuradores se viam como heróis com uma missão: “limpar o congresso”. Mas essa limpeza era seletiva. A Lava Jato criaria aliados na política. O então deputado Onyx Lorenzoni dos Democratas se tornou um deles. Ele foi o principal apoiador das “Dez medidas contra a corrupção” — o projeto de lei criado pelos procuradores lavajatistas disfarçado de iniciativa popular.

Quando perguntado pelo Estadão sobre a intenção de “limpar o congresso”, Sergio Moro se mostrou inseguro. Primeiro não reconheceu a autenticidade da frase. Depois a justificou. E, por fim, afirmou não lembrar se é o autor.

Estadão: Em um diálogo que lhe é atribuído, o sr. fala em limpar o Congresso. O sr. reconhece essa fala como sua?

Moro: Não, não reconheço a autenticidade desse tipo de afirmação. Vamos dizer assim, em uma conversa coloquial, pode ser até algo que se diga “olha, tem um problema”. Vamos dizer que estamos falando de um Congresso que na época tinha o Eduardo Cunha como presidente (da Câmara), uma pessoa que comprovadamente cometeu crimes, tinha contas milionárias na Suíça, então era uma situação bastante diferente. Mas eu não tenho como recordar se há dois, três anos atrás eu tenha efetuado uma afirmação dessa espécie

O uso do poder do Estado para interferir nas eleições também está explícito nas conversas entre procuradores. Faltando 12 dias para a eleição, os lavajatistas traçaram estratégias para impedir a entrevista de Lula e dificultar a vitória de Haddad.

Moro chega a chamar réus de “inimigos” em uma conversa com Dallagnol. Está tudo ali, textualmente. Meses depois, a Lava Jato emplacou um ministro da Justiça no governo Bolsonaro. Onyx acabou virando colega de trabalho de Sergio Moro, que o perdoou publicamente pelos casos de caixa 2 (inclusive o da JBS, uma das empresas investigadas pela Lava Jato).

Haverá alguém capaz de continuar negando as intenções políticas da operação?


Acreditava-se que Moro trabalhava como linha auxiliar da acusação, mas ficou claro que ele era o chefe da Lava Jato. Ele dava broncas, cobrava ações e recomendou a Dallagnol que enquadrasse uma procuradora que apresentou mau desempenho nas audiências. Dallagnol prestava reverências a Moro, muitas vezes usando um tom messiânico: “A sociedade quer mudanças, quer um novo caminho, e espera líderes sérios e reconhecidos que apontem o caminho. Você é o cara”.


Em um dos trechos do vazamento, Dallagnol revela que teve uma conversa — “reservada, é claro” — com o ministro do STF Luiz Fux. Nessa época, Moro tinha sido duramente criticado pelo ministro Teori Zavascki, morto num acidente aéreo em 2017, que questionou sua imparcialidade após a divulgação ilegal do áudio da conversa entre Dilma e Lula.

Dallagnol conta para os procuradores que “Fux disse quase espontaneamente que Teori fez queda de braço com Moro e viu que se queimou”. Ou seja, segundo Fux, na queda de braço entre um juiz de primeira instância que cometeu ilegalidade e um juiz da suprema corte, venceu o primeiro. Esse é o tamanho do poder que Sergio Moro tem sobre o judiciário brasileiro.

Dallagnol revelou ainda que, segundo Fux, os procuradores da Lava Jato podiam contar com ele o que fosse preciso. A força-tarefa contava com um homem de confiança no STF. As palavras de Dallagnol deixam claro que Fux não se debruçaria sobre o mérito no caso, mas atuaria de acordo com o que foi combinado com o conluio lavajatista. Ao saber da conversa, Moro comemorou “In Fux we trust” (No Fux, a gente confia).

As primeiras reações de Moro e Dallagnol com a Vaza Jato foram reveladoras. Nenhum deles negou as conversas, o que sugere uma confissão indireta da autenticidade. Preferiram minimizar o conteúdo dos diálogos e investir na imagem de vítimas de violação de privacidade.

Sergio Moro, chamado de “russo” pelos procuradores, não viu“nada demais” na reportagem, mas considerou “bastante grave” a “invasão e a divulgação”. Em entrevista a Pedro Bial em abril, o ministro da Justiça deu uma opinião diametralmente oposta sobre o vazamento ilegal da conversa entre Lula e Dilma: “o problema ali não era a captação ilegal do diálogo e sua divulgação. O problema era o conteúdo do diálogo.”

O desespero tomou conta da força-tarefa. Três notas foram emitidas após a publicação da reportagem, enfatizando a “ação criminosa de um hacker” — o que era apenas uma suposição. Sem ter como negar os fatos, a Lava Jato iniciou uma guerra de narrativas. Manchetes sobre hackers invadindo celulares de procuradores passaram a pipocar no noticiário, numa tentativa de jogar areia nos olhos da opinião pública. Relacionar essas invasões com o que foi publicado pelo Intercept não serve a outro objetivo senão embaçar a realidade.

Moro e Lava Jato mudaram a versão inicial. Passaram a dizer que os hackers poderiam ter adulterado os conteúdos, mesmo após não terem negado nem uma vírgula. Essa não vai colar. A força-tarefa teria totais condições de comprovar a adulteração. Bastaria resgatar os arquivos das conversas no Telegram e comparar com o que foi publicado. Curiosamente, a maioria dos procuradores que foram alvos de ataque cibernético, incluído Dallagnol, tem relutado em entregar seus celulares para a perícia da Polícia Federal.

A Globo, como tem sido costume da imprensa nos últimos anos, abraçou integralmente a versão lavajatista e atuou como gestora de redução de danos. Uma suposta invasão de hackers ganhou mais relevância no noticiário global que o hackeamento da ordem jurídica comandado pela Lava Jato. Minimizaram um fato e maximizaram uma suposição.

No dia seguinte à publicação da Vaza Jato, O Globo deu o mesmo peso de importância para as “conversas de Moro com procuradores” e para a “ação de hackers”. Diferentemente do que aconteceu em 2016, quando o jornal publicou a conversa entre Lula e Dilma na capa do jornal sem sequer citar a ilegalidade do vazamento. Sergio Moro e Globo estão sintonizados na mesma incoerência.


Capas do jornal O Globo em 17 de março de
 2016 e 11 de junho de 2019.

Carlos Sardenberg, um dos principais colunistas do jornal, não viu nada demais nos diálogos. Em sua última coluna, chamou o conluio entre juiz e acusador de “coordenação formal de trabalho” e os métodos da Lava Jato de “inovação na investigação”. Parece que Sardenberg combinou só com o “russo”. Faltou combinar com a Constituição. Ele termina a coluna dizendo que o “pessoal do Intercept Brasil não faz jornalismo. É pura militância”. Isso me leva a crer que o jornalista não publicaria os diálogos se os tivesse recebido. Se dependesse desse tipo de jornalismo, a população não saberia que funcionários públicos atuaram à margem da lei.

Criou-se agora um falso debate sobre a publicação dos vazamentos. Mas não existe dilema ético quando se publica fatos de interesse público que os poderosos queriam esconder. Essa é a função principal e mais nobre do jornalismo.

É importante esclarecer que as revelações da Vaza Jato não provam a inocência de todos os acusados pela operação. Prova apenas que a Lava Jato não é inocente e que os processos comandados por ela estão contaminados por interesses políticos. Essa não é uma história de mocinhos contra bandidos.

A Lava Jato ganhou poderes imensos. Com apoio da imprensa e da população, conseguiu colocar um ex-presidente na cadeia com provas frágeis, peitou o STF e emplacou um ministro da Justiça. A força-tarefa chegou até a pleitear a administração de um fundo bilionário privado, que seria financiado pelas multas pagas pela Petrobrás.

Em nome de um bem maior, boa parte do jornalismo brasileiro abdicou de fiscalizar esse que hoje é o núcleo político mais poderoso do país. Preferiu atuar como porta-voz da República de Curitiba. A história se encarregará de separar os jornalistas que cumpriram o seu papel fiscalizador do poder dos que preferiram ignorar os fatos e surfar a onda fácil do lavajatismo.

O apoio popular estava ancorado na crença de que esses heróis trabalhavam com máxima transparência e rigor ético. O povo foi enganado. Não foi à toa que Sergio Moro perdeu 10 pontos de popularidade logo após à Vaza Jato.

Mas o ministro da Justiça de Bolsonaro ainda é a figura política mais popular do país. Mesmo com os fatos escancarados, ainda vai demorar para o mito se desfazer. Divindades não são desconstruídas do dia pra noite.

Sergio Moro sonhou entrar para a história como Giovanni Falcone, o juiz que enfrentou a máfia italiana. Mas pode acabar como o justiceiro “russo”, um miliciano jurídico que hackeou a ordem constitucional para combater seus “inimigos”.



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sábado, 15 de junho de 2019

Professor diz que greve geral: 'apenas o começo do processo de mobilizações contra Bolsonaro'



Em mais uma grande ato de nível nacional contra as políticas do governo Bolsonaro, a Greve geral paralisou as vias de inúmeras cidades brasileiras nesta sexta-feira (14). A Sputnik Brasil acompanhou a manifestação no Rio de Janeiro e conversou com participantes da manifestação.

Convocada por centrais sindicais e partidos de oposição ao governo, a greve geral mobilizou trabalhadores e manifestantes de ao menos nove estados no país. Segundo os organizadores, a reivindicação do ato é por mais empregos, defesa da educação e contra a reforma da Previdência.

Para o professor de direito público da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Alexandre Mendes, que conversou com a Sputnik Brasil durante o protesto no Centro do Rio de Janeiro, os protestos deste 14 de junho representam uma continuidade de mobilizações contra as medidas do governo de Jair Bolsonaro - e contra o governo em si -, que não deve parar.
"O ato de hoje foi na verdade foi uma culminação de uma série de atos locais, que aconteceram em vários lugares do Brasil, piquetes, interdições de vias. O dia de hoje foi um dia de greve geral contra a reforma da Previdência, por isso a manifestação de rua era um dos elementos desse quadro, não é o único. Nesse sentido, pelas informações que chegam, foram bastante exitosos os processos em todo o país contra a reforma da Previdência", avalia Mendes.

De acordo com ele, os protestos contra a reforma da Previdência se somam às reivindicações de diversos setores que vêm se mobilizando contra as políticas de Bolsonaro.

  • "É claro que é o começo de um processo de mobilização, porque na verdade há uma desteridade das centrais sindicais, do sindicalismo de uma maneira geral, já não é de hoje.


E se a gente somar essas mobilizações com as mobilizações pela educação e as mobilizações dos movimentos de mulheres, a gente tem vários setores da sociedade que já estão se mobilizando contra as medidas do governo Bolsonaro. Na verdade, contra o governo Bolsonaro, pelo que ele representa, pelo que tem tentado implementar no Brasil", completa o professor de Direito público.

Manifestação contra Reforma da Previdência
termina em tumulto no Rio de Janeiro
Outra pauta que teve bastante destaque nas ruas foi o "Lula Livre", que, no impulso dos vazamentos das conversas entre o ministro Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, encheu as ruas com cartazes e palavras de ordem pedindo a liberdade do ex-presidente e críticas ao Sérgio Moro e a Operação Lava Jato.
É o caso da técnica de enfermagem Ana Cláudia, que participava do ato com um cartaz com a foto de Lula e disse à Sputnik Brasil que foi empregada doméstica durante boa parte da vida e virou técnica em enfermagem graças às políticas do governo Lula.

"Meu ato é contra a reforma da Previdência, sobre o direito do pobre, que tá sendo tirado, sobre o pobre que está sendo sacrificado em função do privilégio dos milionários. Eu sou pobre, empregada, fiz curso técnico de enfermagem, e eu não quero que os meus direitos sejam tirados. Nem o meu, nem o de ninguém", afirmou Ana Cláudia.

"Contra o Moro também. E contra o ministro. Contra esse governo inteiro. Tá tudo errado, é uma bandidagem só. Muita mentirada, as pessoas estão vivendo iludidas em prol deste governo", acrescentou.

Ao ser questionada se as manifestações são capazes de alterar algo nas política do país, a técnica de enfermagem completa:

"A gente está tentando, não posso garantir nada, porque eles estão no poder. Mas a gente tem que fazer alguma coisa. Se eu estou insatisfeita eu tenho que fazer alguma coisa", afirmou.





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quinta-feira, 6 de junho de 2019

'Amigo do Bozo' vira assessor da chefia da Petrobras com salário de R$ 55 mil



Funcionário de carreira da estatal, Carlos Victor Nagem trabalhava na área de segurança da empresa em Curitiba

Reprovado em fevereiro na avaliação para assumir uma gerência executiva da Petrobras, o "amigo particular" do presidente Jair Bolsonaro, Carlos Victor Guerra Nagem foi nomeado no início do mês assessor da presidência da estatal.

O cargo tem salário em torno de R$ 55 mil. Ao contrário da gerência executiva, não tem como pré-requisito a experiência em cargos de chefia.

Funcionário de carreira da Petrobras, Nagem trabalhava na área de segurança da empresa em Curitiba e nunca assumiu função comissionada na empresa.

Sua indicação para a gerência em janeiro foi defendida publicamente por Bolsonaro, mas barrada pelo comitê interno que analisa as nomeações por não cumprimento dos pré-requisitos mínimos para a função.

Gerências executivas são o segundo cargo na hierarquia da estatal, abaixo apenas da diretoria executiva. A nomeação causou polêmica e chegou a ser questionada por sindicatos, que alertaram sobre descumprimento do plano de cargos da companhia.

Na época, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco negou motivação política e disse que o escolhido tinha currículo adequado para o cargo.

Nesta terça (4), a empresa disse em nota que ele atuará em projetos especiais da área de Inteligência e Segurança Corporativa, entre os quais programa de proteção de dutos.

No texto, a estatal afirma que Nagem é mestre em administração pela Coppead/UFRJ e leciona há dez anos no ensino superior. Ele é capitão tenente reserva da Marinha.

Nagem já se candidatou pelo PSC duas vezes sob a alcunha Capitão Victor, mas não conseguiu votos suficientes para se eleger. Em 2002, disputou vaga de deputado federal pelo Paraná e, em 2016, se candidatou a vereador em Curitiba.

Nessa última campanha, recebeu o apoio do atual presidente da República, que aparece em vídeo pedindo votos para aquele que chamou de "amigo particular".

"É um homem, um cidadão que conheço há quase 30 anos. Um homem de respeito, que vai estar à disposição de vocês na Câmara lutando pelos valores familiares. E quem sabe no futuro tendo mais uma opção para nos acompanhar até Brasília", disse Bolsonaro no vídeo, à época.

Em meio à polêmica por sua indicação, em janeiro, Bolsonaro foi ao Twitter defender o amigo. "A era do indicado sem capacitação técnica acabou, mesmo que muitos não gostem. Estamos no caminho certo!", escreveu o presidente em um primeiro momento.

Depois, ele apagou o tuíte e publicou apenas o currículo do amigo: "A seguir o currículo do novo gerente-executivo de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras, mesmo que muitos não gostem, estamos no caminho certo".

Essa gerência foi um dos primeiros alvos de Castello Branco que, ainda durante a transição, determinou a demissão da gerente anterior, Regina de Luca, que é ligada ao PT e havia sido nomeada por Pedro Parente no governo Michel Temer.

O cargo é hoje ocupado pelo coronel Ricardo Silva Marques, que era responsável pela área de segurança da empresa que administra o bondinho do Pão de Açúcar.


Fonte: Folha de S. Paulo  
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terça-feira, 4 de junho de 2019

MIRIAM DESABAFA: DEU TUDO ERRADO, MAS BOLSONARO ACHA QUE ESTÁ TUDO CERTO



247 – "Está tudo dando errado, mas ele acha que fez tudo certo, apenas não está sendo entendido. A economia encolheu no primeiro trimestre, a máquina pública está parada em várias áreas estratégicas, como a educação, a relação do governo com o Congresso é tumultuada e a popularidade presidencial caiu nos primeiros meses de mandato. Apesar disso, Jair Bolsonaro diz que é o único presidente que conseguiu "nomear um gabinete técnico, respeitar o parlamento e cumprir o compromisso constitucional de independência dos poderes". Mostra desconexão com fatos passados e presentes", escreve a jornalista Miriam Leitão, em sua coluna no Globo.

"A crise do país é grave, sair dessa paralisia econômica exigirá empenho e competência. O presidente parece envolvido demais com questões irrelevantes ou com interpretações duvidosas da realidade. O risco de uma nova recessão é real. Pode não acontecer no próximo trimestre, mas é ela que está à espreita."

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sábado, 1 de junho de 2019

MPF DÁ DEZ DIAS PARA MEC CANCELAR NOTA SOBRE MANIFESTAÇÕES PELA EDUCAÇÃO




247 - O Ministério Público Federal deu dez dias para o MEC cancelar a nota inédita de policiamento das atividades docentes nas instituições federais de ensino. A nota dizia que professores, pais e responsáveis de alunos não poderiam divulgar informações sobre as manifestações contra a política educacional de Jair Bolsonaro. Para o órgão, a nota é inconstitucional.

A reportagem do portal Uol destaca que "além de pedir o cancelamento da nota, o MPF quer que o MEC se abstenha de cercear a liberdade de manifestação e a 'divulgação do pensamento' de professores, servidores, estudantes, pais e responsáveis em unidades de ensino, sejam elas públicas ou privadas. O MPF pede ainda uma retratação do MEC em relação à nota divulgada ontem."

A matéria explica o que diz a constituição: "a recomendação diz que a Constituição Federal prevê a liberdade de reunião e qualquer tentativa de impor obstáculos a esse direito é uma violação à legislação. 'Qualquer tentativa de obstar a abordagem, a análise, a discussão ou o debate acerca de quaisquer concepções filosóficas, políticas, religiosas, ou mesmo ideológicas, inclusive no que se refere à participação de integrantes da comunidade escolar em atos públicos --o que não se confunde com propaganda político-partidária--, desde que não configurem condutas ilícitas ou efetiva incitação ou apologia a práticas ilegais, representa flagrante violação aos princípios e normas acima referidos', diz um trecho da recomendação."



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quarta-feira, 29 de maio de 2019

Senado aprova MP de reforma ministerial sem alterações, e Moro perde Coaf



VEJA - Por prazo apertado, governo havia pedido aos senadores que não alterassem o texto que passou pela Câmara. MP segue à sanção presidencial

Senado Federal vota a MP 870,
 sobre a reforma administrativa -  
(Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
Atendendo a um apelo do presidente Jair Bolsonaro, o plenário do Senado aprovou na noite desta terça-feira, 18, o texto da Medida Provisória 870, que trata da reforma administrativa do governo, sem alterações em relação ao que a Câmara dos Deputados havia aprovado na semana passada. O presidente chegou a enviar uma carta aos senadores pedindo que a MP fosse votada sem mudanças. O texto segue à sanção presidencial.

Com a decisão dos senadores, o Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf) deixa o Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Sergio Moro, e passa a ser responsabilidade do Ministério da Economia, ocupado por Paulo Guedes. O órgão investiga crimes de lavagem de dinheiro.

O texto-base do relator da medida provisória, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que prevê a redução do número de ministérios de 29 para 22, teve 70 votos favoráveis no Senado e apenas quatro votos contrários.

Já a situação do Coaf, que os deputados decidiram tirar de Moro, foi analisada em um destaque, isto é, uma votação à parte e simbólica. Dos 78 senadores presentes, 48 votaram pela ida do órgão de inteligência financeira à pasta da Economia e 30, pela manutenção na Justiça.

O Congresso tinha até dia 3 de junho para aprovar a medida provisória da reforma administrativa. Se isso não ocorresse, ela caducaria e Bolsonaro seria obrigado a retomar a estrutura do governo de Michel Temer, com 29 pastas. Caso os senadores fizessem qualquer mudança em relação ao texto aprovado pela Câmara, a MP voltaria a ser apreciada pelos deputados, que teriam apenas as sessões desta quarta-feira, 29, e da quinta-feira, 30, para analisar as alterações – o Congresso não tem sessões às segundas e sextas-feiras.

O prazo apertado para a votação e o risco de um impasse caso a MP voltasse à Câmara levaram Bolsonaro, Moro, Guedes e o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a desistirem do Coaf na Justiça e enviarem uma carta ao Senado na qual pediam que a MP aprovada na Câmara não fosse alterada.

Na carta enviada ao Senado, assinada por Bolsonaro, Moro, Onyx e Guedes, o presidente ressalta que “95% da integralidade” da medida provisória foi aprovada pelos deputados, incluindo a redução de ministérios de 22 para 29, e afirma que “respeita e acata” as alterações feitas na Câmara.

A posição do governo Bolsonaro de não insistir veio dois dias depois das manifestações de rua que defenderam o presidente e tiveram como um dos principais motes a permanência do órgão de inteligência financeira na pasta comandada pelo ex-juiz da Lava Jato.

Diante do pedido do governo, até mesmo o líder do PSL, partido de Bolsonaro, que pretendia apresentar uma emenda para manter o Coaf com Moro, desistiu. Os quatro senadores da legenda tiveram uma reunião com o presidente na tarde de hoje, na qual se decidiu que o destaque não seria apresentado.



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segunda-feira, 27 de maio de 2019

Flavio Bolsonaro é investigado pela compra irregular de 37 imóveis e lavagem de dinheiro



ESTADÃO - Promotoria já apontou indícios de lavagem de dinheiro em transações do senador

RIO E SÃO PAULO - A investigação sobre o gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) atinge um total de 37 imóveis supostamente ligados ao senador do PSL, sua família, além da empresa Bolsontini Chocolates e Café. São 14 apartamentos e 23 salas comerciais em Copacabana, Botafogo, Barra da Tijuca e Jacarepaguá. O parlamentar afirma que não cometeu nenhum crime e se diz vítima de perseguição.

Flávio Bolsonaro diz possuir patrimônio
 compatível com sua renda
 Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
No pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal de Flávio e outras 94 pessoas e empresas, de 15 de abril, o Ministério Público afirmava já ter reunido informações de que ele investira R$ 9,4 milhões na aquisição de 19imóveis. “As vendas declaradas entre 2010 e 2017 representariam uma lucratividade de R$ 3 milhões.” Em 21 de março, no entanto, relacionou os 37 imóveis em um pedido de informações a cartórios do Rio.

O documento sobre os imóveis é assinado por três promotores estaduais, que requisitaram cópias das certidões para verificar se existe algum tipo de dívida ligada ao imóvel, quem são seus proprietários e quando e como eles foram adquiridos. A devassa patrimonial é uma das linhas de investigação do Ministério Público no caso dos supostos pagamentos irregulares detectados no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro e das movimentaçõesbancárias atípicas nas contas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz.


‘Arrecadação’


A apuração começou após reportagem do jornal Folha de S.Paulo sobre a evolução do patrimônio da família Bolsonaro em janeiro de 2018. Ela envolvia negociações de 19 imóveis e foi aberta em 20 de fevereiro, no Grupo de Atuação Originária em Matéria Criminal.

Em 26 de abril, o parlamentar entregou sua defesa. Disse que os imóveis não valiam o que era estimado pela prefeitura, pois “qualquer habitante da terra sabe que estes valores são superfaturados pelo poder público para aumentar a arrecadação com impostos como IPTU e ITBI e que um imóvel jamais seria vendido se anunciado pelo valor estimado pela prefeitura”.

De acordo com ele, a acusação desconsiderava as formas e o contexto com que os imóveis haviam sido negociados e confundia as datas de “compra e venda dos mesmos”. Flávio disse ter adquirido o imóvel de Botafogo quando era solteiro, em 2005, por R$ 350 mil e o vendido nove anos depois por R$ 1,45 milhão, valores, segundo ele, “compatíveis com a valorização imobiliária ocorrida no Rio durante o período”.

Com esse dinheiro, o então deputado comprou o imóvel na Barra da Tijuca, onde mora, avaliado em R$ 2,55 milhões. Flávio afirma na manifestação ter feito financiamento no banco Itaú para pagá-lo e confirm ter comprado em 2008 salas comerciais na Barra da Tijuca. Pagou “parcelas da compra com muita dificuldade até a cessão de direitos ser adquirida pela MCA Participações Ltda em 2010”. Houve ganho de R$ 210 mil para Flávio. “Nenhuma mágica na operação”, diz ele. “Apenas um arriscado, mas bem-sucedido negócio legal, transparente e devidamente declarado.”

Sobre os apartamentos em Copacabana, ele afirmou que em 2012 vislumbrou outra “oportunidade de investimento em imóveis”. Comprou as “quitinetes em péssimo estado de conservação e com dívida de condomínio”. Disse ter pago R$ 140 mil por um e R$ 170 mil por outro aos proprietários americanos. Revendeu os imóveis “às vésperas da Copa do Mundo de 2014, o que os valorizou bastante”. Ele também negou irregularidades relacionadas ao imóvel em Laranjeiras e pediu o arquivamento da investigação.

Em 17 de maio, o promotor Tulio Caiban Bruno solicitou o arquivamento do caso por não vislumbrar “quaisquer elementos informativos alusivos à prática de infração penal antecedente pelo parlamentar Flávio Bolsonaro da qual o produto ou resultado financeiro estaria sendo ocultado ou dissimulado mediante a aquisição de imóveis”. Em 18 de maio, o subprocurador-geral de Justiça, Alexandre Araripe Marinho, aprovou o relatório.

Em 28 de fevereiro de 2019, o Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc) do MP do Rio pediu o desarquivamento do caso, o que ocorreu em 14 de março em razão da investigação sobre a apropriação de dinheiro de funcionários da Alerj no gabinete de Flávio.

A assessoria do senador informou que “não são verdadeiras as informações vazadas acerca do patrimônio do parlamentar”. “Continuo sendo vítima de seguidos e constantes vazamentos de informações contidas em processo que está em segredo de Justiça”, diz a nota. “Sempre declarei todo meu patrimônio à Receita Federal e tudo é compatível com a minha renda. Tenho meu passado limpo e jamais cometi qualquer irregularidade em minha vida.”


Inquérito


Investigação criminal feita por promotores do Rio quebrou o sigilo bancário fiscal do senador Flávio Bolsonaro (PSL), de seu ex-assessor Fabrício Queiroz e de outras 93 pessoas e empresas


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