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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Hospital Heliópolis tem atendimentos suspensos após falha em elevadores


Os cinco elevadores ficaram paralisados na quarta. Apenas dois voltaram a funcionar, transportando de insumos e comidas a pacientes doentes. Situação coloca segurança hospitalar em risco, diz o SindSaúde

Trabalhadores denunciam que problemas se acumulam na gestão Doria, que “abandonou” a unidade. “Hoje não temos condições mínimas de atendimento”


São Paulo – Profissionais do Hospital Heliópolis, na zona sul da cidade de São Paulo, denunciam que faltam condições de trabalho e atendimento na unidade de saúde. Referência em oncologia, o hospital precisou fechar a agenda do setor na última sexta-feira (15), segundo o Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP), por conta de falhas nos elevadores. 

O problema teve início ainda na tarde de quarta-feira (13), quando os cinco elevadores da unidade ficaram paralisados. Os equipamentos entraram em manutenção mas, até esta segunda-feira (18), apenas dois elevadores voltaram a funcionar, afirma a diretora do SindiSaúde-SP pela região do ABC Paulista, Gilvania Santos Santana. De acordo com ela, a situação forçou que a agenda de atendimentos oncológicos fosse fechada na sexta-feira. “Um elevador em um hospital não é qualquer coisa, não é luxo”, contesta em entrevista à Maria Teresa Cruz, do Jornal Brasil Atual. 

O funcionamento parcial dos elevadores também colocou em risco a segurança hospitalar, aponta. Já que os mesmos equipamentos concentraram o transporte desde comida e insumos a pacientes doentes. “Nesse momento caótico que estamos passando de pandemia, isso é uma incoerência total, porque o governo de São Paulo só faz lobby na televisão e os nossos equipamentos estão todos abandonados”, denuncia a dirigente. 


Sucatear o serviço para privatizar


Também integrante do Conselho Municipal de Saúde de Mauá e secretária de Igualdade Racial da Federação dos Trabalhadores em Seguridade Social (FETSS), Gilvania observa ainda que os problemas de infraestrutura na unidade se arrastam há meses. “Hoje não temos condições mínimas de prestar atendimento de qualidade à população”. 

De acordo com o SindSaúde, a direção do hospital foi procurada, ainda na quarta-feira, para uma reunião com os trabalhadores. Mas os diretores teriam se recusado a recebê-los por conta da pandemia do novo coronavírus. Com gestão direta do Estado, o hospital referência e de orgulho da comunidade Heliópolis estaria, nas palavras da entidade dos trabalhadores de saúde, sendo “sucateado” pelo governo de João Doria (PSDB). Postura comum das gestões tucanas, avaliam, para privatizar.

Gilvânia também contesta a criação de hospitais de campanhas em meio à pandemia, que meses depois foram fechados precocemente. A dirigente defende que os governos deveriam ter investido nos hospitais já existentes. “Temos um sistema de saúde grande, mas os hospitais estão abandonados. Se eles tivessem aparelhado os hospitais, comprado respiradores, hoje a realidade do sistema de saúde seria outra”, declara. “Estamos há quase 10 meses de pandemia e a situação da saúde continua caótica da mesma forma”. 

“O hospital e a comunidade pedem socorro aos governantes, para que olhem não carinho, mas com seu papel de gerência. Gerenciar um serviço público daquele tamanho, um prédio com 10 andares, que hoje está abandonado”, cobra a dirigente. 

Confira a entrevista 



Fonte: RBA


sábado, 2 de janeiro de 2021

Brasil começa 2021 superando marca de 195 mil mortos por Covid-19


Foto: Amazônia Real

Sem plano de vacinação, país segue com números da doença em patamares elevados


O Brasil superou, nesta sexta-feira, primeiro dia de 2021, a triste marca de 195 mil mortos em decorrência da Covid-19, doença causada pelo coronavírus.

Segundo novo balanço sobre a pandemia divulgado pelo Ministério da Saúde, foram registrados nas últimas 24 horas 462 novos óbitos, o que totaliza, desde o início da crise sanitária, 195.411 mortes.

Ainda sem plano de vacinação, o país segue com números em patamares elevados. De ontem para hoje, foram contabilizados 24.605 novos casos de pessoas infectadas. O total de brasileiros que já tiveram contato com o vírus é de 7.700.578.

Mesmo com o fato de que o Brasil enfrenta uma segunda onda da pandemia, boa parte da população tem, nos últimos dias, ignorado totalmente os protocolos de segurança contra a doença, participando de festas, shows, enchendo praias e promovendo aglomerações.

O presidente Jair Bolsonaro faz parte desse grupo que vem desafiando o vírus. Nesta sexta-feira, ele chegou a promover aglomeração dentro d’água, em Praia Grande (SP), ao se lançar ao mar para nadar com apoiadores.

Fonte: Revista Fórum


Estadão

Conforme dados do Ministério da Saúde divulgados nesta sexta-feira, o Brasil registra 7,7 milhões de casos e 195,4 mil mortes devido ao novo coronavírus.

Assista ao VÍDEO



Band Jornalismo

A nova variante do coronavírus detectada na Inglaterra chegou ao Brasil. Segundo especialistas, a nova cepa é de 50% a 74% mais contagiosa do que outras existentes.

Assista ao VÍDEO



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quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

VÍDEO: Elo entre Doria, empresa de Moro e esquema bilionário!



 EMPRESA DE MORO E ESQUEMA BILIONÁRIO COM D0RIA

O desgoverno de SP contratou a empresa de Moro para um caso muito estranho!

Se você quer ajudar na luta contra Bolsonaro e a direita fascista, inscreva-se no canal do Plantão Brasil no YouTube.




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Fonte: Plantão Brasil 


sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Furando a fila: promotores de SP pedem para receber primeiro a vacina da covid


CNS recomenda que a vacinação contra o coronavírus faça parte do calendário brasileiro de vacinação - Ingrid Anne/Semcom

Membros do MPSP querem ser incluídos nos grupos prioritários para a vacinação, como idosos e profissionais da saúde

Um grupo de promotores e procuradores do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) escreveu um abaixo-assinado encaminhado para o gabinete de crise contra a pandemia do governo do estado de São Paulo solicitando que todos os membros do MP recebam a vacina contra a covid-19 antes da população em geral.  

O pleito foi apresentado ao procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, no dia 24 de novembro deste ano, durante reunião do Conselho Superior do Ministério Público do estado. Quem fez formalmente o pedido foi o procurador Arual Martins, um dos membros do conselho.

O pedido consta em ata oficial da referida reunião, à que a reportagem do Brasil de Fato teve acesso. De acordo Martins, a demanda foi levada a ele pelo promotor Roberto Barbosa Alves, que apresentou manifestação que também teria sido assinada por "outros colegas do MP".

Leia também: O coronavírus como balcão: como o dinheiro decide quando e onde a vacina chegará

Durante a reunião, o procurador leu um trecho do abaixo-assinado dos membros do MP, em que os signatários explicam por que querem ser passados na frente do resto da população quando a vacina estiver disponível:

"Não é uma questão de egoísmo em relação a outras carreiras, mas tendo em vista notadamente os colegas do primeiro grau, que trabalham com audiências, atendimento ao público e outras atividades em que o contato social é extremamente grande e faz parte do nosso dia a dia", diz o trecho citado.

Após a apresentação do abaixo-assinado, o procurador-geral Mário Luiz Sarrubbo prontamente apoiou o pleito, informando que "poderia pessoalmente se empenhar em apresentar esse pleito ao Governo do Estado, (...) para ser levado à análise pelo Gabinete de Crise".



Brasil de Fato entrou em contato nesta quarta-feira (2) com a assessoria de comunicação do MPSP, direcionando perguntas para o procurador-geral e para os membros do órgão identificados na ata da reunião como dois dos signatários do pedido. Foi perguntado sobre a justificativa para tal pleito e sobre sua eventual legalidade. 

Em resposta, o MPSP enviou uma nota (veja a íntegra no final desta reportagem) afirmando "estar certo de que as autoridades sanitárias definirão o cronograma de aplicação da vacina com base em critérios científicos, priorizando a imunização das parcelas da população mais vulneráveis, tanto do ponto de vista médico quanto social. Tal definição, evidentemente, será plenamente acatada pela instituição."

Questionado pela reportagem se o pedido dos procuradores e promotores já foi levado ao Gabinete de Crise do Estado de São Paulo, o Ministério Público não respondeu.

Por que prioritários?

Para o professor de Direito Processual e conselheiro da Comissão de Prerrogativas da OAB-SP André Lozano Andrade, o pedido dos promotores e procuradores "é inviável" e não deve prosperar.

Ele explicou que o Ministério da Saúde definiu que irá iniciar a vacinação - quando o medicamento for liberado pela Anvisa -  por grupos prioritários, como idosos, pessoas com doenças crônicas, funcionários da segurança pública e da Educação, indígenas, presidiários e profissionais de saúde. 

 

Não há justificativa para tornar o MP prioridade.

 

"O MP-SP está pedindo para ser incluído nesses grupos prioritários. Mas os promotores não atuam diretamente com as pessoas. As audiências vêm sendo feitas remotamente, mesmo quando presidiários são levados ao fórum para uma audiência, os promotores participam por teleconferência", esclarece Andrade. 

Ele continua: "Mesmo se as audiências passassem a ser presenciais, seria mais do que necessário incluir advogados, juízes e defensores públicos como prioritários na aquisição da vacina, uma vez que eles também fazem parte das audiências e realizam atendimento ao público, todos eles atuando na administração da Justiça. Não há justificativa para tornar o MP prioridade e não fazer o mesmo com os demais".

Ainda que, então, se incluísse todas essas classes profissionais entre o público prioritário, isso aumentaria muito as classes prioritárias. "Isso geraria uma questão de política e de interesse público, sobre o que ou quem priorizar. É muito mais importante a volta às aulas e, por exemplo, a reabertura segura do comércio, do que as audiências judiciais voltarem a ocorrer presencialmente", conclui o especialista.

Leia também: Politização da vacina afasta Brasil do controle da pandemia

Já a advogada criminalista Pollyana Soares, da banca Roberto Pagliuso Advogados, que atua em fóruns de Justiça exatamente da mesma maneira e sob as mesmas exposições que os promotores, só que defendendo a parte acusada, afirma que o pedido de seus colegas operadores do Direito do MP não encontra respaldo legal.

"Do ponto de vista da exposição ao coronavírus, o que faz dos membros do Ministério Público mais vulneráveis à infecção do que advogados, juízes ou serventuários da Justiça? Absolutamente nada. Então, desde essa perspectiva – da igualdade – a preferência não se justifica", explica a advogada.

Soares escuda seu entendimento com base na Lei federal nº 8.906/94, que, em seu artigo 6º, preconiza: "Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos".

Leia, abaixo, o trecho da ata da reunião do Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo referente ao assunto desta reportagem, e, em seguida, a nota enviada pelo MP-SP ao Brasil de Fato

Extrato da Ata da 22ª Reunião Ordinária do Conselho Superior do Ministério Público, Realizada no Dia 24-11- 2020

"Dirigindo-se ao Procurador-Geral, o Conselheiro Arual apresentou manifestação que lhe foi trazida pelo colega Promotor de Justiça Doutor Roberto Barbosa Alves e outros colegas que a subscreveram, e que deve ser tratada no Comitê de combate à Covid-19. Trata-se de sugestão para análise da possibilidade de que os Promotores de Justiça sejam incluídos em uma das primeiras etapas prioritárias da vacinação contra a Covid-19, dada a atividade funcional da carreira.

Realizou a leitura do seguinte trecho de referida manifestação: “não é uma questão de egoísmo em relação a outras carreiras, mas tendo em vista notadamente os colegas do primeiro grau, que trabalham com audiências, atendimento ao público e outras atividades em que o contato social é extremamente grande e faz parte do nosso dia a dia”. O Conselheiro Arual relatou que recebeu essa matéria e respondeu ao colega no sentido de que iria apresentá-la na reunião para que o Comitê da Covid-19, que é integrado por diversos colegas e está realizando um trabalho extremamente valoroso e grandioso, pudesse analisar a questão e verificar essa possibilidade, dentro das análises que o Comitê tem realizado.

4.3. O Conselheiro Sarrubbo afirmou que encaminhará a questão ao Gabinete de Crise e que pode pessoalmente se empenhar em apresentar esse pleito ao Governo do Estado. Registrou que a notícia recebeu na reunião realizada na data de ontem, 23/11, com o Governador, é que terminaram os testes da Coronavac, que será encaminhada para registro na Anvisa, sendo este o próximo passo do protocolo tradicional.

Relatou que assim como a Coronavac, outras vacinas têm se mostrado com eficácia muito boa e há uma perspectiva de que a partir de janeiro comecem as vacinações, inicialmente para a população mais vulnerável, que seriam os idosos, os profissionais de medicina, e assim por diante. De todo modo, considera que é um pleito que pode ser levado a análise pelo Gabinete de Crise."


Nota do Ministério Público de São Paulo sobre o pedido de prioridade dos promotores para o recebimento da vacina contra o coronavírus / MP-SP




quarta-feira, 18 de novembro de 2020

MPF e PF: operação apura esquema criminoso envolvendo desembargadores do TJ-MG


Agentes da Polícia Federal

O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) deflagaram, nesta quarta-feira (18), a Operação Cosme, que cumpre 10 mandados de busca e apreensão em 12 endereços ligados a sete investigados num suposto esquema criminoso envolvendo desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Os policiais cumprem seis mandados em Belo Horizonte, um na cidade de Ipanema (MG), um na cidade de Engenheiro Caldas (MG) e dois no estado de São Paulo. Os mandados foram determinados pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Jorge Mussi.

Segundo a PF, a investigação foi instaurada após provas serem encontradas durante a realização da Operação Capitu, ocorrida em novembro de 2018. Ao analisar o material apreendido, os investigadores encontraram mensagens no telefone celular de um advogado, que indicava prática de diversos delitos, alguns com participação de desembargadores do TJ-MG.

Por causa do envolvimento dos desembargadores, o caso foi para o STJ, foro para processamento e julgamento de processos contra magistrados de segunda instância.

A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo justificou a necessidade de medidas cautelares ao destacar que a autoridade policial listou 17 eventos que, conforme avaliação prévia, deveriam ser apurados no STJ. Os fatos envolveriam pagamentos indevidos a um desembargador para que ele pudesse intervir junto a colegas e até autoridades de órgãos fora do Judiciário para a adoção de medidas de interessados no esquema. Também foi mencionado contratos superfaturados por um advogado, que seria o principal operador do esquema.

O Tribunal de Justiça de Minas se manifestou sobre a operação. Confira nota.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) informa que foram observadas as formalidades legais no cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O TJ-MG confia nas instituições para apuração da verdade e mantém o compromisso com a transparência e valores institucionais.

O TJ-MG observa que as investigações tramitam sob sigilo e que aguarda as apurações e permanece à disposição das autoridades para colaborar no esclarecimento dos fatos. O TJ-MG ressalta que o princípio da presunção de inocência é garantia constitucional e deverá ser observado, pois trata-se de um dos mais importantes pilares do Estado democrático de direito.

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Fonte: CNN Brasil


domingo, 18 de outubro de 2020

Exclusivo: pai conta como Russomanno o enganou após filho ser atropelado e morto pelo motorista do candidato


A senhora Valdete Carneiro Borges e o senhor Nélio Rocha Borges, com a foto do filho Marcelo: morto na estrada onde costumava salvar vidas (Fotos: Luís Simione)

POR VINÍCIUS SEGALLA, de Iguape (SP)
* Com Luís Simione, repórter fotográfico e cinematográfico

Em setembro de 2014, no município de Iguape, no litoral paulista, o então candidato a deputado federal Celso Russomanno prometeu ao avô de uma criança de 4 anos, que acabara de ficar órfã de pai, que faria uma doação em dinheiro e a colocaria em uma conta reservada à criança, para ser resgatada aos 18 anos ou quando ingressasse na universidade.

Quem conta é Nélio Rocha Borges, o avô, que recebeu o DCM em seu restaurante.

Ele afirma que Russomanno prometeu também que iria, dali a alguns dias, batizar a menina (que já era batizada), tornando-se seu padrinho.

Mas, depois da eleição, o candidato desapareceu da vida daquela família.

A criança, hoje com 10 anos, era filha de Marcelo Carneiro Borges, motorista de ambulância da prefeitura de Iguape.

Ele morreu aos 38 anos no dia 9 de setembro de 2014, enquanto ia de moto para um município vizinho. Um carro da campanha de Celso Russomanno atravessou a pista contrária e o atingiu de frente.

Morte instantânea.

O motorista de ambulância Marcelo Carneiro Borges, morto na estrada em 2014 por um carro da campanha de Russomanno

Quem conduzia o veículo era Adriano Anders, que disse à polícia que era garçom. Ainda no local, confessou que dormira ao volante.

Anders foi levado a um hospital para cuidar de ferimentos leves. Foi lavrado um boletim de ocorrência com essas informações, por homicídio culposo.

Essa tragédia e seus desenlaces são de conhecimento público no bairro da Barra do Ribeira, conhecido pelos turistas como Jureia, em Iguape.

Ali só se chega de balsa ou outra embarcação. No dia que fez a promessa aos pais da vítima e avós da órfã – a senhora Valdete Carneiro Borges e o senhor Nélio Rocha Borges – Russomanno antes pousou de helicóptero em Iguape.

Quando chegou de carro, dezenas de pessoas aguardavam na saída da balsa na Barra do Ribeira.

Foi no restaurante Praia e Mar – de propriedade da senhora Valdete e do senhor Nélio – totalmente lotado que o então candidato prometeu não só o investimento para a educação superior da menina, mas também que voltaria à Barra do Ribeira dali uns dias, para (re)batizar a criança como sua afilhada, em cerimônia religiosa pública para a qual todos ali estavam convidados.

O aplauso foi geral.

“No meio da tragédia que a gente estava vivendo, aquilo foi um alívio, foi algum motivo de alegria. A menina (a reportagem não irá publicar o nome da criança) lembra até hoje desse dia. A eleição foi logo depois. Eu votei nele (Russomanno), minha mulher também votou, os amigos do meu filho da prefeitura votaram nele, todo mundo aqui votou nele”, conta Nélio Borges.

Em entrevista concedida ao DCM, Nélio relatou em detalhes todo o episódio (assista ao vídeo no pé desta matéria), que teve início na manhã no dia 9 de setembro, quando recebeu um telefonema em casa e se dirigiu ao quilômetro 78 da rodovia estadual Ivo Zanella, momento em que mais nada poderia ser feito.


Com ferimentos leves, o motorista foi conduzido ao PS local. Já Marcelo teve a perna amputada e morreu na hora (Fonte: Polícia Civil de SP)

“Quando eu cheguei, meu filho já tinha sido levado pro IML (Instituto Médico Legal). Vi o carro da campanha do Celso Russomanno, um gol vermelho lotado de adesivo, e a moto do Marcelo do lado da estrada. O motorista estava sentado junto com uns policiais, com um corte na testa. Fui embora rápido de lá, direto ver meu filho, nem passei na delegacia.

Depois que eu fiquei sabendo que o Celso Russomanno tinha passado na delegacia, queria saber quem eram os familiares da vítima, queria conhecer a gente. Então, no dia seguinte do enterro, ele ligou aqui no restaurante e disse que queria conhecer a gente.

Ele falou que tinha perdido a esposa quando a filha tinha quatro anos, que estava sensibilizado com a nossa tragédia e que queria ajudar a menina. Eu disse que as nossas portas estavam abertas para ele vir encontrar a gente.”

Nélio conta do dia da promessa, a chegada do candidato, a alegria de todos.

Segundo ele, Russomanno lhe pediu que providenciasse uma série de documentos para que se pudesse abrir a conta bancária com as peculiaridades necessárias, uma conta-investimento que receberia a doação do candidato e que só poderia ser movimentada dali a 14 anos, ficando sob tutela do avô até lá.

Depois de tudo providenciado, que enviassem a documentação e ligassem para ele, Russomanno, e então marcariam a data do batismo.

A neta de Nélio Rocha Borges

“Fomos atrás dos documentos todos, chamei advogado, organizamos direitinho e eu liguei no número que ele tinha dado. Atendeu uma moça, que trabalhava com o Celso. Ela disse que não tava sabendo e me passou para outra. Nesse dia não deu certo, eu liguei de novo no outro, e depois no outro.

Um dia, a eleição já tinha passado, me deram um telefone de Brasília. Eu liguei e anotaram meu número. Daí, me ligou um homem e falou que era o doutor Pedro. Era advogado do Celso Russomanno.

Ele me falou para ir para São Paulo, no seu escritório, no bairro do Ipiranga. Um escritório grande, no fundo de uma padaria. Eu fui com minha esposa, minha neta, minha outra filha e um advogado.

O Pedro não saía do telefone, falava com a gente, gesticulava, dizia que não estava conseguindo falar com o Celso. No final, pegou o número do telefone do meu advogado e disse que em 15 dias iria entrar em contato, informando a quantia que ele ia doar e os procedimentos que a gente teria que fazer. Nem nesse dia nem nunca mais o Celso Russomanno falou pessoalmente com a gente.

Passaram os 15 dias e o advogado não ligou. Depois de 20 dias, meu advogado ligou, falou com o doutor Pedro e contou para a gente: o Celso disse que ia dar R$ 300. Eu perguntei, ‘mas como assim? R$ 300 por mês?’ Ele respondeu, ‘não, R$ 300, e acabou por aí. E nenhuma palavra sobre ir batizar a menina.

É claro que eu nem quis esse dinheiro. Eu nunca tinha pedido um real, uma moeda para ele. Foi ele que foi no meu restaurante, pediu para ir lá, prometeu aquilo tudo, levou os votos, me fez viajar para São Paulo, tirar documento. Mas eu sei como é a vida, a gente é adulto, a gente sabe.

O que me dói é a menina. Passaram anos com ela aqui, toda vez que passava um avião ou helicóptero ela dizia que era o padrinho dela, o tio Celso, que estava passando ali.

Ficou com aquilo na cabeça, olha pra você ver. Graças a Deus, nunca faltou nada pra minha neta, a não ser o pai dela. Mas é certo fazer isso com as pessoas?”

Celso Russomanno lidera as pesquisas de intenção de voto para a prefeitura de São Paulo.



Fonte: DCM

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Lula ao EL PAÍS: “Quero que a Justiça diga que eu sou inocente e que Bolsonaro é um lacaio”



Em entrevista, petista afirma que presidente Bolsonaro deu cidadania à extrema direita no Brasil e defende candidatura de Jilmar Tatto à prefeitura de São Paulo. 


O EL PAÍS entrevistou nesta quarta-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ―a íntegra da entrevista, em vídeo, está disponível na página. Na conversa, transmitida ao vivo nos canais do jornal no Facebook e no YouTube, o petista falou sobre as eleições municipais no Brasil, as presidenciais dos Estados Unidos, as forças políticas em ação na América Latina e a situação das democracias na Venezuela e Bolívia. “Quem define a democracia da Venezuela é o povo da Venezuela.” Também comentou o processo que o levou à prisão. “Eu poderia ter ido para uma embaixada, não fui. Mentira tem perna curta e é por isso que o Sergio Moro está acovardado agora”, disse Lula. “Eu quero que a Justiça, que eu acredito que é pra todos, diga que eu sou inocente e que o Bolsonaro é um lacaio”, completou o ex-presidente.

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Um dos políticos mais populares do país, Lula governou o Brasil entre 2003 a 2010 e manteve seu partido na Presidência até 2016, com o impeachment de Dilma Rousseff. Condenado por corrupção no âmbito da Operação Lava Jato, o petista foi impedido pela Justiça de disputar a presidência contra Jair Bolsonaro em 2018 e segue inelegível. Ficou 580 dias preso em Curitiba, até que o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que réus só devem ir para a cadeia se esgotados todos os recursos da defesa. Lula nega todas as acusações e afirma que é vítima de perseguição política da Lava Jato.

Desde que deixou a prisão, Lula tem se dedicado a articulações políticas no PT e na esquerda que tenta se posicionar contra o Governo Bolsonaro. No feriado de 7 de Setembro, o petista lançou um vídeo no qual fortaleceu a polarização com Bolsonaro e fez críticas à política econômica, externa e à gestão da pandemia. O vídeo foi lido como uma senha de que estaria de volta ao ringue político, rumo a 2022, apesar do impedimento da Justiça.

A conversa com Lula faz parte da série multiplataforma do jornal para discutir o Brasil em plena crise da pandemia do coronavírus. Lula é o quinto ex-presidente a ser entrevistado na série multiplataforma do EL PAÍS. Fernando Collor (PROS), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) também passaram pelo programa.


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sábado, 22 de agosto de 2020

Em dois dias de frio intenso, ao menos quatro pessoas em situação de rua morrem em São Paulo


Movimentos têm se preocupado com as condições de pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo em meio à onda de frio


Ao menos três pessoas morreram na região da Praça da Sé, segundo informações do Movimento Estadual da População em Situação de Rua. Outra morte ocorreu na zona norte da capital paulista

São Paulo – Quatro pessoas em situação de rua morreram entre sexta-feira (21) e a madrugada de hoje na cidade de São Paulo. As informações são do Movimento Estadual da População em Situação de Rua do Estado de São Paulo.

Pela manhã, a Secretaria de Segurança Urbana da Prefeitura de São Paulo informou que uma mulher foi encontrada morta, por volta das 8h30, em um barraco improvisado na Praça da Sé. O movimento relata que foram registradas outras duas mortes de pessoas que também viviam na região da Praça da Sé, centro da capital paulista, uma delas um deficiente físico. Outro morador de rua também morreu na região do Tietê, zona norte da cidade.

Robson Mendonça, do Movimento Estadual da População em Situação de Rua, cobra ações do poder público, em especial da administração municipal, para que se evitem mortes decorrentes do frio em meio à população de rua. “Pedimos que a prefeitura organizasse campings, pedimos para que a zeladoria parasse de retirar pertences da população de rua, parasse de desmanchar as barracas, mas nada foi feito. Os campings não devem ser ação de governo, mas poderiam ser uma medida emergencial para o inverno, ali no parque Dom Pedro, por exemplo, para que houvesse alguma organização e a zeladoria não tomasse nossos pertences.”

Ele conta que o Conselho Municipal de Assistência Social (Comas) chegou a aprovar a proposta que previa o erguimento de campings, mas a iniciativa não foi efetivada. “Camping é em espaço aberto, isso é feito em vários países, como ação emergencial”, pontua. “Tememos mais mortes nos próximos dias, porque não está tendo vaga para todo mundo na região central, a demanda está muito alta. As kombis só podem levar cinco pessoas por vez – por causa da pandemia – e estão indo pra longe, Guaianases, zona sul. Aí demora demais e muita gente não consegue atendimento.”

Na quinta-feira (20), a prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), afirmou que iria intensificar abordagens à população de rua para realizar encaminhamentos a abrigos em dias com temperatura abaixo de 13°C. Em caso de recusa, a administração se comprometeu a fornecer um kit lanche e cobertor.

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), as temperaturas mais baixas na cidade de São Paulo foram registradas por volta da meia-noite desta sexta-feira, média de 8,1°C no município.

As temperaturas baixas surpreenderam os paulistanos nesta sexta-feira (21), mas quem sofre mesmo são os moradores de rua, muitas vezes com pouca ou nenhuma proteção.



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sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Agressor de motoboy é identificado e detido pela GCM em Valinhos



Mateus Abreu Almeida Prado Couto é contabilista e teria apenas o ensino médio completo. Ele foi indiciado criminalmente por injúria


A Guarda Civil de Valinhos, no interior de São Paulo, afirmou nesta sexta-feira (7) que deteve por injúria o homem que humilhou um motoboy dentro de um condomínio de luxo da cidade.


Mateus Abreu Almeida Prado Couto, morador do condomínio, insultou o entregador de 19 anos chamando-o de lixo e semianalfabeto. O contabilista também afirmou que o trabalhador tinha inveja do condomínio em que ele mora e da sua cor.

De acordo com nota da GCM, o caso aconteceu no dia 31 de julho, por volta das 16h35, no bairro Chácara Silvânia, em Valinhos.

“Diante das ofensas de maior relevância proferida pelo contabilista de 31 anos contra o motoboy de 19 anos fizeram com que os GCMs encaminhasse o contabilista até a delegacia de polícia civil onde foi indiciado criminalmente por injúria”, afirma a nota da GCM.

Segundo o comandante da GCM da cidade, Aureliano, as agressões começaram após o motoboy comentar que outros entregadores estavam reclamando da maneira “hostil” que são tratados pelo contabilista toda vez que vão até o condomínio. O fato foi confirmado em nota pela Guarda Civil.

“Fato este constatado pelos GCMs no local dos fatos e ainda pela delegacia onde o contabilista continuava ofendendo o motoboy com palavras as quais o constrangiam e ainda transmitia ao motoboy um sentimento de minusvalía”, diz a nota.

De acordo com o repórter do jornal Metrópoles, Tacio Lorran, que teve acesso ao boletim de ocorrência, Mateus Abreu teve apenas o ensino médio completo.


Confira a nota completa da GCM:

O caso aconteceu no dia 31/07/2020 por volta das 16h35 pelo bairro Chácara Silvânia, de acordo com o comandante da GCM de Valinhos Sidnei Aureliano a ROMU foi acionada através do 153 onde segundo informações uma discussão entre um morador e um motoboy se encontravam muito tensa, pelo local os componentes vieram a intervir evitando o confronto entre os dois, porém diante das ofensas de maior relevância proferida pelo contabilista de 31 anos contra o motoboy de 19 anos fizeram com que os GCMs encaminhasse o contabilista até a delegacia de polícia civil onde foi indiciado criminalmente por injúria, caso este que nesta data do dia 07/08/2020 veio á público e esta ganhando repercussão nas redes sociais.

Segundo ainda o comandante da GCM de Valinhos, a motivação de todo desentendimento começou após o motoboy comentar que alguns motoboys estavam reclamando da maneira hostil que são tratados pelo contabilista toda vez que vão até sua residência para fazer qualquer tipo de entregas, fato este constatado pelos GCMs no local dos fatos e ainda pela delegacia onde o contabilista continuava ofendendo o motoboy com palavras as quais o constrangiam e ainda transmitia ao motoboy um sentimento de minusvalía, frisou o comandante Aureliano.




Matheus, o motoboy que foi humilhado e vítima de ofensas racistas dentro de um condomínio de luxo na cidade de Valinhos, no interior de São Paulo, deu uma entrevista exclusiva ao Melhor da Tarde desta sexta-feira e contou a Catia Fonseca detalhes do ocorrido. Confira a entrevista na íntegra.



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terça-feira, 14 de julho de 2020

Paulinho da Força é alvo de operação da PF em São Paulo



A operação, chamada de Dark Side, é primeira fase da operação Lava Jato junto à Justiça Eleitoral de SP


Por Carta Capital

O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade) é alvo, na manhã desta terça-feira 14, de operação da Polícia Federal em São Paulo e Brasília. A ação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A PF está na sede da Força Sindical e em outros endereços ligados ao deputado. São sete mandatos de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de contas bancárias e imóveis dos investigados.

A operação, chamada de Dark Side, é primeira fase da operação Lava Jato junto à Justiça Eleitoral de São Paulo desde o entendimento adotado pelo STF que reafirmou a competência da Justiça Eleitoral para os crimes conexos aos crimes eleitorais.

De acordo com o G1, a operação foi deflagrada após inquérito policial encaminhado à Justiça Eleitoral de São Paulo em meados de 2019, depois da colaboração premiada de acionista e executivos do Grupo J&F.

Segundo as investigações, foi constatada a existência de indícios do recebimento de doações eleitorais não contabilizadas durante as campanhas eleitorais dos anos de 2010 e 2012, no valor total de R$1,7 milhão.

O Ministério Público Eleitoral afirma que os pagamentos teriam ocorrido por meio da simulação da prestação de serviços advocatícios e também com o pagamento de valores em espécie através de doleiros contratados.

O escritório de advocacia, supostamente envolvido, tinha como um dos seus sócios o genro do parlamentar.

Os investigados devem responder pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.


No Twitter


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terça-feira, 7 de julho de 2020

Perdeu a entrevista com Fernando Haddad no Roda Viva? Assista à íntegra



Apresentado por Vera Magalhães, o programa vai ao ar às 22h, na TV Cultura, no site da emissora e nas redes sociais

No programa Roda Viva, da TV Cultura, desta segunda-feira (6), a jornalista Vera Magalhães recebeu o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

Haddad é professor de Ciência Política na Universidade de São Paulo, onde se formou em Direito, fez mestrado em Economia e doutorado em Filosofia. Foi ministro da Educação, entre 2005 e 2012, nos governos dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. Entre 2013 e 2016, foi prefeito de São Paulo e, em 2018, candidatou-se à presidência da República, nas eleições vencidas por Jair Bolsonaro.

Na entrevista, o político falou sobre a viabilidade de uma frente ampla em defesa das instituições e da democracia, as divisões internas no PT em relação a essa frente e o risco de isolamento do partido na esquerda. Haddad também fez críticas ao governo Bolsonaro diante da crise sanitária e econômica, avaliou a postura de Sergio Moro, as perspectivas do PT no campo eleitoral e as questões que envolvem a condenação de Lula.

No Twitter, a hashtag #RodaViva e os termos 'Haddad' e 'Vera Magalhães' ficaram nos Trending Topics do Brasil durante a exibição da entrevista e se mantiveram na lista após do fim do programa.

Participaram da bancada de entrevistadores Bela Megale, colunista do jornal O Globo; Ricardo Balthazar, repórter especial do jornal Folha de S.Paulo; Flávio Costa, escritor e repórter do portal UOL; Andrea Jubé, repórter de Política do jornal Valor Econômico; e Vera Rosa, repórter do jornal O Estado de S.Paulo em Brasília. Há ainda a participação remota do cartunista Paulo Caruso.

Apresentado pela jornalista Vera Magalhães, o Roda Viva vai ao ar às 22h, na TV Cultura, no site da emissora, no canal do YouTube e nas redes sociais TwitterFacebook, e Linkedin.

Assista à íntegra do Roda Viva com Fernando Hadadd:


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segunda-feira, 22 de junho de 2020

Aldeia indígena no Jaraguá está em chamas




Por: DCM

Aldeia Tekoa Itakupe, do povo guarani, que fica no Pico do Jaraguá, extremo noroeste da capital São Paulo, está em chamas.

O local é de difícil acesso para que possa chegar o caminhão de bombeiros, então é urgente que a ajuda a combater o fogo chegue de helicóptero.



Situação está dramática no Jaraguá. A Aldeia Tekoa Itakupe está desamparada pelas autoridades que priorizaram chácaras da região.

Os indígenas que estão lutando contra o fogo como podem e relatam que estão pedindo ajuda e não foram atendidos com a atenção devida.

Acredita-se que o fogo iniciou com a queda de um balão na mata e se espalhou sem controle pelo parque que é um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica da região metropolitana de São Paulo.




No Twitter:


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terça-feira, 16 de junho de 2020

Manifestantes contra o racismo fizeram ato em SP domingo (14)




Por: Sputnik Brasil

Manifestantes contra o racismo voltaram a ocupar as ruas de São Paulo. Domingo (14), a concentração ocorreu na Avenida Paulista.

As torcidas organizadas dos clubes paulistas, juntas no Movimento Somos Democracia, participam do ato. O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto também integra as fileiras da mobilização.



Após o assassinato de George Floyd nos Estados Unidos, manifestações contra o racismo eclodiram em diversas cidades do mundo. 


No último domingo (7), a manifestação contra o racismo em São Paulo aconteceu no Largo da Batata, na Zona Oeste da capital paulista. A Polícia Militar dispersou o ato com bombas de efeito moral. No mesmo dia, a Avenida Paulista recebeu manifestação favorável ao Governo Federal. 

Em Brasília, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, participou de ato em defesa de Jair Bolsonaro (sem partido) neste domingo (14) e pediu orações. O ministro furou o bloqueio na Esplanada dos Ministérios imposto por razões sanitárias pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).


No Twitter:



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segunda-feira, 8 de abril de 2019

BOLSOMINIONS LIXOS AGRIDEM MULHER INDEFESA NO ATO LULA LIVRE NA AV. PAULISTA SOB OLHAR DA PM FASCISTA DO DÓRIA




247 - Uma mulher que participava dos atos que pedia a libertação do ex-presidente Lula, preso há exatamente um ano, foi agredida por vários homens na Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste domingo (7). Os homens participavam de outro ato, contra Lula e em defesa do presidente Jair Bolsonaro (PSL), e a agrediram sob aplausos e gritos de incentivo do carro de som.

A agressão foi assistida de forma completamente passiva pela Polícia Militar, que só interveio quando a mulher, ainda não identificada, recebeu um mata-leão de um dos agressores.


Jornalistas Livres


Olha quem estava na Av. Paulista defendendo Bolsonaro e Sérgio Moro: os covardes, os vermes, os selvagens, os mal-amados, os doentes, os que se juntam pra bater numa mulher que não concorda com eles. O mais interessante: nota-se que a polícia algema quem? A mulher que foi agredida pelos fascistas.

Vídeo - Chico Prado:




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quinta-feira, 14 de março de 2019

Atirador de Suzano era bolsominion, fã de pistolas, facas, games e Bolsonaro




Um bolsominion típico.



DCM-Guilherme Taucci Monteiro, 17 anos, um dos assassinos que atacaram a Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, era fã de Walking Dead, a série sobre zumbis, de pistolas, de facas, de Bolsonaro — e da morte.

Pouco antes do atentado, “Guilherme Alan”, como se identificava no Facebook, publicou trinta fotos em que vestia roupas negras e a máscara de caveira com as quais se suicidou após o massacre.




Ele curtia páginas como “Um amor: Armas”, “Eu Amo Armas” e “Portal Armas de Fogo”.

Compartilhava fotos também de facas, arsenais, bombas e vídeos de atiradores.

Estava num grupo de 13 mil membros dedicado a adeptos da cutelaria. Morreu com os objetos de desejo.

Em 2018, fez campanha para Jair Bolsonaro.

Republicou uma imagem de Bolsonaro abraçado a policiais e a legenda “O meu candidato é apoiado pela polícia, o seu é procurado por ela”.

Entusiasta da página oficial de JB, deu like em várias postagens indigentes e odientas envolvendo Lula.

Compartilhou uma postagem de Eduardo Bolsonaro com um retrato de um cabo morto e, embaixo, homens na cadeia.

“Para quem tem pena de bandido assassino”, escreveu Eduardo.

Numa foto de que Guilherme gostou, Eduardo aparece com o que parece ser um fuzil e os dizeres: “Às vezes me pego pensando, por que o MST nunca invadiu minha propriedade?”.

Seguia contas fascistoides como Bolsonaro Opressor 2.0, especializada em difamação, calúnia e papagaiada raivosa contra “esquerdopatas”.


Mensagem de Guilherme no fórum extremista Dogolachan


Marielle Franco também não era poupada por Guilherme.


Junto com seu comparsa Luiz Henrique de Castro, de 26 anos, frequentou comunidades extremistas para juntar dicas para executar seu plano.

Num fórum chamado Dogolochan, trocaram informações com outras pessoas.

O Dogolochan foi criado em 2013 por um hacker chamado Marcelo Valle Silveira Mello.

Conhecido como Psy ou Batoré, Mello foi a primeira pessoa condenada na Justiça brasileira por crime de racismo na internet em 2009.

Pegou um ano e dois meses de prisão. É criador de uma criptomoeda em homenagem a Bolsonaro.

O fórum de extrema direita é um esgoto aberto para racismo, xenofobia, misoginia e toda espécie de sociopatia.

O administrador deu detalhes de como ajudou os dois a conseguir armas e descreve Guilherme como “um bom garoto que acabou descobrindo da pior forma possível que brincadeiras podem se tornar pesadelos reais”.

O Brasil é um país doente, governado por um adorador da violência, amigo das milícias, que acha normal o filho visitá-lo com uma Glock no hospital, dividir com os brasileiros um vídeo de golden shower, ameaçar levar seus adversários para “a ponta da praia” — noves fora tudo.

Guilherme é sintoma.

Outros Guilhermes estão por aí.

Bem vindo a uma sucursal vagabunda dos EUA — ou ao inferno, dependendo de sua perspectiva.










Armas, violência e Bolsonaro: o culto dos atiradores deSuzano




OLHAR DIGITAL: Justiça determina suspensão do jogo 'Bolsomito 2k18' após pedido de MP

Lançado no dia 5 de outubro, dois dias antes do primeiro turno, o “Bolsomito 2K18” coloca o agora presidente eleito Jair Bolsonaro em luta corporal contra grupos opositores. Entre os alvos, estão pessoas negras, população LGBT, eleitores do Partido dos Trabalhadores (PT), integrantes do MST e outros. No trailer, há inclusive uma cena que insinua que o protagonista atropela e mata seus adversários com um caminhão.


REPERCUSSÃO DO CASO NAS REDES SOCIAIS: 






JORNAIS: 





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