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domingo, 13 de setembro de 2020

MP vê indícios de uso da Igreja Universal para lavar dinheiro de corrupção



Movimentações atípicas realizadas pela Igreja Universal do Reino de Deus, totalizando quase R$ 6 bilhões, chamaram a atenção do Ministério Público do Rio de Janeiro para possíveis crimes envolvendo a IURD.


A informação consta de um documento enviado à Justiça pelo subprocurador-geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos do MPE-RJ, Ricardo Ribeiro Martins, obtido pelo G1. Na petição, a igreja é citada por ter chamado a atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) após movimentar R$ 5.902.134.822 entre o dia 5 de maio de 2018 e 30 de abril de 2019.

As suspeitas sobre a IURD têm relação direta com o escândalo do QG da Propina, que está sendo investigado pelo MP na prefeitura do Rio de Janeiro. Entre os alvos da operação, está o prefeito Marcelo Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal e aliado do empresário investigado Rafael Alves, que ganhou fama por mensagens nas quais ameaçava revelar supostos esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o prefeito, sua família e a igreja. Alves é apontado como um ator influente no governo municipal e suspeito de arrecadar propina com a conivência de Crivella. 


 Segundo o MP, outro nome importante na trama é o de Mauro Macedo, primo do fundador da IURD, Edir Macedo, que coordenou campanhas de Crivella e é suspeito de ter recebido Caixa 2 e de aliciar empresários para diferentes tipos de corrupção.

Para o Ministério Público, ainda de acordo com o G1, seria "verossímil concluir" que a Igreja Universal está sendo "utilizada como instrumento para lavagem de dinheiro fruto da endêmica corrupção instalada na alta cúpula da administração municipal".



Desmascarando

Ministério Público mostra que Igreja Universal do Reino de Deus é foco de lavagem de dinheiro




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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Loja de chocolates de Flávio Bolsonaro recebeu 1.512 depósitos em dinheiro entre 2015 e 2018



Dados bancários revelam depósitos sucessivos, em espécie e com valores repetidos. O documento revelado pelo Jornal Nacional, da TV Globo, mostra que, entre março de 2015 e dezembro de 2018, o estabelecimento do parlamentar recebeu 1.512 depósitos em dinheiro


247 - A loja de chocolates de Flávio Bolsonaro recebeu uma série de depósitos sucessivos que demonstram operações atípicas. A defesa de Flávio Bolsonaro nega qualquer irregularidade nas contas do senador.

A reportagem do portal G1 destaca que “ao fazer o cruzamento dos dados se percebeu que, neste período, foram feitos por exemplo 63 depósitos de R$ 1,5 mil em dinheiro; outros 63 de R$ 2 mil; e mais 74 depósitos no valor de R$ 3 mil.”

A matéria ainda informa que “a tabela mostra que, desses de R$ 3 mil, 12 depósitos foram feitos na boca do caixa e 62 no terminal de autoatendimento.”



Extratos revelam depósitos sucessivos em espécie e com o mesmo valor em conta de franquia de Flávio Bolsonaro


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terça-feira, 14 de julho de 2020

Paulinho da Força é alvo de operação da PF em São Paulo



A operação, chamada de Dark Side, é primeira fase da operação Lava Jato junto à Justiça Eleitoral de SP


Por Carta Capital

O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade) é alvo, na manhã desta terça-feira 14, de operação da Polícia Federal em São Paulo e Brasília. A ação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A PF está na sede da Força Sindical e em outros endereços ligados ao deputado. São sete mandatos de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de contas bancárias e imóveis dos investigados.

A operação, chamada de Dark Side, é primeira fase da operação Lava Jato junto à Justiça Eleitoral de São Paulo desde o entendimento adotado pelo STF que reafirmou a competência da Justiça Eleitoral para os crimes conexos aos crimes eleitorais.

De acordo com o G1, a operação foi deflagrada após inquérito policial encaminhado à Justiça Eleitoral de São Paulo em meados de 2019, depois da colaboração premiada de acionista e executivos do Grupo J&F.

Segundo as investigações, foi constatada a existência de indícios do recebimento de doações eleitorais não contabilizadas durante as campanhas eleitorais dos anos de 2010 e 2012, no valor total de R$1,7 milhão.

O Ministério Público Eleitoral afirma que os pagamentos teriam ocorrido por meio da simulação da prestação de serviços advocatícios e também com o pagamento de valores em espécie através de doleiros contratados.

O escritório de advocacia, supostamente envolvido, tinha como um dos seus sócios o genro do parlamentar.

Os investigados devem responder pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.


No Twitter


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segunda-feira, 3 de junho de 2019

Policiais militares e milicianos do Paraná denunciados por plantar arma após morte de motociclista na BR-277


Imagens são usadas como provas na investigação
Foto: Reprodução/RPC

G1 - Segundo o MP, um dos policiais matou rapaz de 18 anos com um tiro nas costas na Região de Curitiba, no mês de abril.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou dois policiais militares envolvidos na morte de um motociclista na BR-277, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. De acordo com o MP-PR, os PMs plantaram uma arma na cena do crime, após um deles matar o rapaz.

O caso aconteceu em 21 de abril deste ano. No dia, a primeira informação dada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobre a ocorrência foi que o motociclista estava armado e entrou em confronto com os policiais militares.

A denúncia do MP-PR, feita pelo promotor João Milton Salles, foi apresentada à Justiça na quinta-feira (30).


Além de ter acesso à denúncia, a RPC obteve com exclusividade imagens que são usadas como provas da investigação feita pela Polícia Civil, com o apoio do MP-PR.


As imagens mostram o que aconteceu no dia que Leandro Pires morreu depois de ser atingido nas costas por um tiro disparado pelo policial militar Wanderson Teixeira Rigotti.


A denúncia


Rigotti foi denunciado por homicídio e fraude processual. O policial militar Jeferson de França dos Santos, que estava com Rigotti no momento da morte da vítima, foi denunciado por fraude processual.

Na denúncia, o MP-PR apontou que "Rigotti ciente da ilicitude e reprovabilidade de sua conduta, com a inequívoca intenção de matar, efetuou disparos de arma de fogo contra a vítima Leandro Pires Cordeiro".

O promotor afirmou que a Leandro não teve nenhuma possibilidade de defesa.

De acordo com o MP-PR, a motivação de Rigotti foi torpe, pois o PM atirou com a intenção de matar como repreensão porque o jovem não obedeceu a ordem de parada.



As imagens


As imagens da câmera de segurança da concessionária que administra o trecho da BR-277 onde Leandro morreu mostraram como foi a perseguição, que aconteceu por depois das 14h.

Às 14h07, Leandro – de moto – olha para trás e ergue a mão esquerda na altura do capacete. Olha de novo e, então, some da imagem.

  • "Vendo aqui pela imagem já dá para perceber que não havia arma, mas, mesmo assim, a perícia fez a análise e foi categórica em afirmar que ele fazia um movimento em direção ao capacete. Possivelmente, fechando o capacete porque entrou na rodovia", afirmou o promotor.


No momento em que Leandro foi baleado, a câmera monitorava o trânsito e não fez o registro da morte. Às 14h20, as imagens mostram Rigotti e Santos próximos ao corpo do jovem. Um carro da PRF já estava no local.

Outro veículo policial aparece logo depois, e os PMs ficam conversando.

Com a imagem aproximada, dá para ver quando Rigotti chega perto do corpo, se agacha e levanta rapidamente. Nesse momento, segundo a perícia, o PM segura um objeto na mão direita que fica visível quando ele se abaixa. Logo depois, Rigotti se levanta e, de acordo com a perícia, é possível ver os dedos das duas mãos do policial.

  • "A partir daí é que nós começamos a perceber e ficou muito claro para a gente o ato deles em adulterar o local do crime inserindo a arma de fogo sob esse rapaz para justificar a tese deles de que estavam sendo vítimas de uma agressão", disse o promotor.

Rigotti dá três pequenos chutes no corpo, e se vira para conversar com um colega. Um carro com outros PMs chega. Rigotti volta a chutar o corpo na região da cintura e vai cumprimentar os colegas.

Na sequência das imagens, Rigotti volta em direção ao corpo, dá mais um chute no corpo e vai ao encontro de outro PM que tinha acabado de chegar.


O que acontece agora


Agora, cabe a Justiça decidir se aceita a denúncia do MP-PR tornando os policiais réus. Se isso acontecer, os PMs podem ir a júri popular.

"A Polícia Militar lembra que à época dos fatos, tão logo o Comando da unidade (a qual os policiais pertencem) foi informado a respeito, um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado, o qual está em fase de conclusão e será encaminhado à Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual (VAJME) para apreciação.

Institucionalmente, a PM respeita as conclusões as quais chegou o Ministério Público.

A Corporação lembra que para qualquer situação denunciada, busca-se a elucidação de todos os fatos, e, se ficar comprovada responsabilidade para qualquer um dos policiais militares, as medidas são tomadas, conforme a legislação, sendo respeitados os direitos ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório".


Protesto


No dia da morte, amigos de Leandro fizeram um protesto na rodovia, queimaram pneus e fecharam o trecho da BR-277.

Um dos amigos afirmou que nunca viu Leandro com uma arma, nem o ouviu dizendo que mataria alguém.

"Falaram que ele estava armado, trocou tiro com a polícia. E ele estava com a gente antes de a polícia abordar. Ele estava junto com a gente. Não tinha arma, não tinha nada", disse o amigo.

Grupo queimou pneus e fechou um dos sentidos da BR-277, 
no dia 21 de abril, em protesto contra a morte de Leandro
Foto: Divulgação/PRF

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terça-feira, 16 de abril de 2019

Raquel Dodge arquiva ação contra fake news do STF; Moraes reage e nega pedido



Sputnik Brasil - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manifestação informando o arquivamento da ação do Supremo que apura supostas fake news.

A ação havia sido criada por meio de ofício do presidente da Corte, Dias Toffoli, em 14 de março, e sorteada para ser responsabilidade de Moraes.

Nesta semana, Moraes censurou o site Antagonista e a revista Crusoé e também determinou operações de busca e apreensão contra 7 pessoas acusadas de publicar "conteúdo de ódio" contra o Supremo.

  • Na manifestação enviada a Moraes, Dodge afirma que pediu informações sobre o inquérito aberto por Toffoli — mas não recebeu os dados solicitados. Dodge informa que a "a situação é de arquivamento deste inquérito penal".

A procuradora-geral acusa o STF de não observar as determinações da Constituição e coloca em xeque as ações e provas colhidas por determinação de Moraes:


"Nenhum elemento de convicção ou prova de natureza cautelar produzida será considerada pelo titular da ação penal", escreve a PGR. "Também como consequência do arquivamento, todas as decisões proferidas estão automaticamente prejudicadas".

O Antagonista publicou a íntegra da decisão de Dodge.

Moraes nega solicitação da PGR e diz que pedido é 'genérico'

Alexandre de Moraes negou o pedido de arquivamento feito por Dodge. O ministro do Supremo também determinou que as ações ligadas ao processo do inquérito das fake news não serão suspensas.

  • "Na presente hipótese, não se configura constitucional e legalmente lícito o pedido genérico de arquivamento da Procuradoria Geral da República, sob o argumento da titularidade da ação penal pública impedir qualquer investigação que não seja requisitada pelo Ministério Público", afirmou o ministro. "Diante do exposto, indefiro integralmente o pedido da Procuradoria Geral da República", escreveu Moraes em seu despacho, segundo o G1.
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domingo, 24 de março de 2019

A revista veja diz que renda de Flávio Bolsonaro não explica dinheiro em conta, conclui Coaf




Fonte: G1



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quarta-feira, 20 de março de 2019

Coaf confirma: Filha de Queiroz repassou 80% de salário na Câmara para o pai.




G1 - Relatório aponta transações financeiras atípicas enquanto jovem personal trainner trabalhou no gabinete de Jair Bolsonaro

RIO — Um novo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviado ao Ministério Público do Rio (MP-RJ) mostra outras movimentações atípicas na conta corrente de Nathália Melo de Queiroz, filha de Fabrício Queiroz e ex-assessora do presidente Jair Bolsonaro quando ele era parlamentar na Câmara dos Deputados.

Entre junho e novembro do ano passado, a conta de Nathália recebeu o montante de R$ 101 mil, entre o salário na Câmara e outros rendimentos. Deste total, ela repassou para seu pai R$ 29,6 mil, o equivalente a 80% do total de R$ 36,6 mil que ganhou como assessora de Jair Bolsonaro.





Queiroz é investigado pelo MP-RJ em apuração sobre possível prática de “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio — quando servidores devolvem parte dos salários aos deputados que os nomearam. Em fevereiro, o ex-assessor confirmou em depoimento por escrito que servidores do gabinete de Flávio Bolsonaro devolviam parte do salário e que esse dinheiro era usado para ampliar a rede de colaboradores junto à base eleitoral do então deputado.

Câmara confirma ponto de Nathália Queiroz, ao mesmo tempo emque ela trabalhou como personal





Família Queiroz zomba da cara dos bolsominions!



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sexta-feira, 15 de março de 2019

Depósito de R$ 100 mil na conta de Ronnie Lessa; aponta Coaf. MP pede bloqueio de bens




G1 - Transferência, na boca do caixa, foi sete meses após o crime, segundo relatório. PM reformado e o ex-PM Élcio Queiroz devem depor nesta sexta-feira sobre o atentado contra Marielle.

  • Caso Marielle: R$ 100 mil foram depositados na conta de suspeito, diz Coaf ( Vídeo )


Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou um depósito de R$ 100 mil, em dinheiro, na conta do policial reformado Ronnie Lessa, denunciado pelo assassinato de Marielle e Anderson. O Ministério Público citou esse relatório em um pedido de bloqueio dos bens de Lessa e do ex-PM Élcio Queiroz, também preso.

O depósito foi feito na boca do caixa, no dia 9 de outubro de 2018, sete meses depois do crime.

O MP pediu o bloqueio para garantir a indenização por danos morais e materiais às famílias da vereadora e do motorista.

Além do relatório, o MP cita no pedido a lancha, apreendida em Angra dos Reis em nome de uma pessoa que seria “laranja” de Ronnie Lessa, os automóveis do PM reformado (um deles, um Infinity avaliado em R$ 150 mil), e a casa dele, localizada em um “condomínio luxuoso na Barra da Tijuca”. Tudo isso, segundo o Ministério Público, seria incompatível com a renda de um policial militar reformado.

O pedido de arresto foi aceito pelo juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal, na mesma decisão em que recebeu a denúncia do MP e decretou a prisão de Ronnie Lessa e Elcio Queiroz.

Advogado de Ronnie Lessa, Fernando Santana afirmou desconhecer esse depósito e disse que ainda vai conversar com seu cliente sobre o tema.



Depoimento e transferência


Lessa e Queiroz devem ser levados para depor nesta sexta-feira (15) sobre o atentado a Marielle. Na quinta (14), ambos foram levados para audiência de custódia em Benfica por terem sido presos em flagrante, na terça-feira (12), por posse ilegal de arma. Na casa de um amigo de Ronnie a polícia encontrou 117 fuzis incompletos desmontados. Já Queiroz foi preso com uma pistola, e Lessa tinha armas em casa.

Após o depoimento desta sexta, Lessa e Queiroz devem ser levados para Bangu 1, onde aguardarão transferência para um presídio federal, como determinado pela Justiça.

Passo a passo da dupla no dia do crime, de acordo com a investigação:

  • Às 16h59, o celular de Élcio Queiroz é detectado por antenas no condomínio de Lessa, o Vivendas da Barra

  • Entre 17h e 22h não é possível captar sinais dos telefones de Élcio e Lessa;

  • Às 17h24, câmeras filmaram o Cobalt prata utilizado no assassinato de Marielle e Anderson próximo ao Quebra-Mar, na Barra;

  • Às 18h45, câmeras de segurança mostram o Cobalt chegando à Rua dos Inválidos, onde Lessa e Élcio aguardaram pela saída da vereadora de um evento na Casa das Pretas, de acordo com a investigação;

  • Por volta das 21h10, Anderson e Marielle são assassinados na Rua Joaquim Palhares, no Estácio;

  • Às 22h11, antenas de telefonia voltaram a captar um deslocamento do celular de Élcio. O movimento indica que o suspeito foi do condomínio Vivendas da Barra para o restaurante Resenha e Grill, onde chegou às 22h30.

  • Às 23h18, o telefone de Lessa foi detectado no mesmo local que o de Élcio. Para a polícia, essa é uma prova de que os acusados continuaram juntos após o crime.

Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz negam qualquer envolvimento nas mortes de Marielle e Anderson.


Quem são os acusados de matar Marielle Franco?




Bolsonaro e Marielle, Milícias e Coincidências  #meteoro.doc




REDES SOCIAIS:



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terça-feira, 12 de março de 2019

O vizinho de Bolsonaro, suspeito da execução de Marielle e Anderson, tinha um amigo na casa de quem guardava 117 fuzis M-16




Armas estavam numa casa no Méier, na zona norte do Rio. Elas estavam sem o cano e foram encontradas em busca e apreensão nesta manhã de terça-feira.


G1 - A Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou 117 fuzis incompletos, do tipo M-16, na casa de um amigo do policial militar Ronnie Lessa no Méier, na Zona Norte do Rio.

De acordo com investigações da DH e Ministério Público, Lessa foi responsável por atirar na vereadora Marielle Franco e no motorista Anderson Gomes no dia 14 de março de 2018.

As armas, todas novas, estavam desmontadas em caixas em um guarda-roupas - só faltavam os canos. Assista o vídeo das M16 no G1



Segundo o secretário de Polícia Civil, Marcos Vinícius Braga, esta é a maior apreensão de fuzis da história do Rio, superando inclusive a feita no aeroporto Internacional do Rio em 2017 - na ocasião, foramencontradas 60 armas vindas dos EUA dentro de aquecedores de piscinas. Em 2019, a PM apreendeu, de 1º de janeiro até esta segunda, 100 fuzis.

O dono da casa, Alexandre Mota de Souza, afirmou para os policiais que Ronne, seu amigo de infância, entregou as caixas, e pediu para guardá-las e não abrí-las.

"Alexandre é amigo do Lessa há anos e ele fez apenas um favor em colocar essas encomendas, porque ele não sabia do que se tratava, no seu apartamento. Ele ficou surpreso ao saber do conteúdo, mas ele não tem nada a ver com esse episódio lamentável da vereadora", disse seu advogado.


No Méier, os policiais encontraram grande quantidade de armas - incluindo fuzis - e munição em um endereço, segundo a polícia, ligado ao ex-policial Ronnie Lessa.

Os agentes também acharam R$ 112 mil na operação, sendo R$ 50 mil na casa dos pais de Ronnie e R$ 60 mil em seu carro.





"Dá para fazer muito fuzil", diz um dos agentes que participam da ação. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil encontrou o arsenal em caixas, espalhadas em armários e em cômodos de uma casa no Méier, na Zona Norte do Rio. A polícia investiga se Lessa trafica armas e escondia lá o material.










O caso repercute nas redes sociais:






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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Haddad é inocentado das acusações que sofreu durante a disputa presidencial com Bolsonaro



Fonte: G1


Justiça arquiva processo contra Haddad por lavagem de dinheiro e corrupção em suposto pagamento de dívida de campanha

MP havia denunciado o ex-prefeito por suspeita de pedir R$ 2,6 milhões à construtora UTC Engenharia. Desembargador disse que é “descabido falar em ‘perspectiva’ de benefícios oriundos do executivo municipal."

O Tribunal de Justiça de São Paulo arquivou, nesta quarta (27), a ação penal contra o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção passiva.


Em setembro do ano passado, o Ministério Público havia denunciado Haddad por suspeita de pedir R$ 2,6 milhões à construtora UTC Engenharia para pagamento de dívidas de campanha.

Segundo a denúncia, o pedido de recursos ao ex-presidente da UTC Ricardo Pessoa, entre abril e maio de 2013, foi feito por meio do então tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, que pretendia obter inicialmente R$ 3 milhões para o pagamento de trabalhos feitos à campanha por uma gráfica que pertencia ao ex-deputado estadual Francisco Carlos de Souza, conhecido como “Chicão”.

De acordo com o voto do relator, o desembargador Vico Mañas, é “descabido falar em ‘perspectiva’ de benefícios oriundos do executivo municipal, ausência de notícias de favorecimento à empreiteira no período.”

Os advogados Igor Tamasauskas, Pierpaolo Botini e Leandro Raca pediram o trancamento da ação alegando que o ex-prefeito “sofre constrangimento ilegal em razão do indevido recebimento de denúncia por suposta incidência do artigo 317 do Código Penal.”

O relator explica ainda que Haddad cancelou “contrato de construção de túnel estipulado com a UTC, em fevereiro de 2013.”

Leonardo Stoppa e Leonardo Attuch debatem a decisão doTribunal de Justiça de São Paulo de arquivar uma denúncia contra o ex-prefeitoFernando Haddad depois das eleições. Outro tema é o acordo agrícola entreEstados Unidos e China, que prejudica o Brasil



Defesas de Haddad e Vaccari contestam


Em nota, a assessoria de imprensa de Haddad disse que “surpreende que uma narrativa do empresário Ricardo Pessoa, da UTC, sem qualquer prova, fundamente três ações propostas pelo Ministério Público de São Paulo, contra o ex-prefeito e candidato a vice-presidente da República, Fernando Haddad”.

Segundo a defesa de Haddad, “é notório que o empresário já teve sua delação rejeitada em quase uma dezena de casos e que ele conta suas histórias de acordo com seus interesses. Também é de conhecimento público que, na condição de prefeito, Haddad contrariou, no segundo mês de seu mandato, o principal interesse da UTC de Ricardo Pessoa na cidade: a obra confessadamente superfaturada do túnel da avenida Roberto Marinho”.

A defesa de Vaccari informou o que o delator fala "não procede". "O Sr. Vaccari jamais fez essa solicitação. Isso é somente palavra de delator, sem qualquer comprovação, pois não retrata a verdade. Até porque o Sr. Vaccari nunca foi tesoureiro de campanha de quem quer que seja, ele foi tesoureiro do partido", declarou o advogado Luiz Flávio D'Urso.

Promotor vai recorrer


Em nota, o promotor de Justiça, Marcelo Batlouni Mendroni, autor da ação, diz que vai recorrer: "Discordo, lamento, mas respeito a decisão do Tribunal de Justiça de SP. Realizei um trabalho absolutamente técnico com base em conceitos internacionalmente utilizados nos países que conseguem combater de forma eficiente os casos que envolvem corrupção e lavagem de dinheiro. É assim que, um dia, gostaria de ver o Brasil. A Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo vai recorrer da decisão".

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Você já foi feito de TROUXA na política?

Você já foi feito de TROUXA na política?




A Revista Isto É homenageou os brasileiros do ano nesta noite. E o grande eleito foi o presidente-golpista Michel Temer, mas houve outros premiados em categorias. Entre eles, claro, Sérgio Moro. E haviam convidados como Aécio Neves, Geraldo Alckmin e outros tantos que estiveram na linha de frente do impeachment de Dilma.

Tudo seria lindo e maravilhoso se a foto que ilustra esta matéria não fosse tão límpida. Olhem-na com carinho, vejam a intimidade dos dois rapazotes e a cara de próxima vítima de Temer.

Aécio e Moro in love na foto do ano realizada na festa da Isto É

Não, amigos, tudo que está acontecendo não é coincidência.

Agora, fique abaixo com os premiados e as justificativas da revista. Não deixe de ler. Mas lembre-se o tempo todo, o texto não é meu. E eu nunca chamaria isso de jornalismo.

MICHEL TEMER – Brasileiro do Ano

Presidente do Brasil
Em 2016, o presidente Michel Temer (PMDB)  recebeu a missão de assumir o comando do País em um momento conturbado política e economicamente.

SÉRGIO MORO – Justiça

Juiz Federal
Atuando na 13ª Vara Federal em Curitiba (PR), o juiz Sérgio Moro, 44 anos, ganhou notoriedade no Brasil e no mundo ao comandar a Operação Lava Jato, a maior investigação da história sobre uma rede de corrupção no País e que levou à prisão, à investigação e ao julgamento de grandes empresários e políticos envolvidos no esquema dentro da Petrobras. Moro já deu sentenças condenando 93 corruptos a penas de quase mil anos de cadeia, tendo aberto até agora 37 ações penais que já tornaram réus 179 pessoas, incluindo o ex-presidente Lula.

Seu trabalho tem lhe rendido o título de ‘herói brasileiro’, que ele rejeita, mas que beira à celebridade, sendo aplaudido aonde vai, seja no mercado, no restaurante ou no cinema.

Apesar dos apelos da população, o juiz não pretende entrar na carreira política, e, por enquanto, o foco está na Lava Jato, que, com quase três anos, ainda deve se estender por um tempo, principalmente após a esperada delação dos executivos da Odebrecht.

GRAZI MASSAFERA – Televisão

Atriz
Em 2016 Grazi se consolidou como um dos principais nomes da TV brasileira ao interpretar uma modelo que acabou entrando no mundo das drogas viciada em crack na novela Verdades Secretas. Por sua excepcional interpretação, Grazi chegou a ser indicada ao Emmy como Melhor Atriz.

ISAQUIAS QUEIROZ – Esporte

Atleta/canoagem
O canoísta baiano de 22 anos se consagrou em 2016 como o maior medalhista olímpico brasileiro ao conquistar três medalhes na Rio2016, sendo duas de prata e uma de bronze, feito inédito não só para um brasileiro como na história dos jogos olímpicos.

 ANTONIO FAGUNDES – Teatro

Ator

Sucesso na telinha e no palco. Antônio Fagundes, 67 anos, brilhou na TV em 2016 com o personagem Afrânio de Sá Ribeiro, o coronel Saruê, na novela global “Velho Chico”. Além disso, inovou no teatro com a peça ‘Vermelho’, texto de John Logan sobre a vida do pintor norte-americano Mark Rothko (1903-1970), em que, ao final, leiloava uma obra produzida ao longo do espetáculo. A peça ainda ganhou fama ao não recorrer a patrocinadores ou leis de incentivo à cultura, conseguindo atrair centenas de pessoas à plateia antes mesmo de estrear, pois abriu ao público desde a primeira leitura do texto, ação que, aliada ao leilão das obras, ajudou a subsidiar a montagem.

EDUARDO PAES – Gestão

Prefeito do Rio de Janeiro
Eleito prefeito da cidade do Rio de Janeiro em 2009 e reeleito 2012 o peemedebista coroou suas gestões com o sucesso dos Jogos Olímpicos, realizados no Rio de Janeiro este ano.

JOÃO DORIA – Revelação na Política

Prefeito eleito de São Paulo
Um paulistano que surpreendeu no cenário político nacional ao ser eleito no primeiro turno das eleições municipais em outubro com 53% dos votos válidos, ou mais de 3 milhões de votos. João Doria entra para o mundo político após uma trajetória consolidada no meio empresarial.

LAÍS RIBEIRO – Moda

Modelo
A top piauiense de 25 anos é uma das angels da marca mais famosa de lingerie, Victoria´s Secret, sendo a terceira brasileira a desfilar para a grife.

Este ano, Laís abalou Paris dividindo a passarela com as veteranas Alessandra Ambrosio, Adriana Lima e a diva pop Lady Gaga. Laís, que tinha o sonho de ser enfermeira, hoje tem – e já teve – contratos milionários com as principais grifes do mundo como Gucci, Dior, Dolce&Gabbana e Ralph Lauren. Já foi declarada musa do estilista francês Jean Paul Gaultier.

A Brasileira do Ano na Moda, Laís também é embaixadora mundial do Bottletop, projeto de engajamento social e sustentável para ajudar na renda de mulheres artesãs do Brasil e da África, que produzem peças com anéis de latinhas de alumínio.

RICARDO BOECHAT – Comunicação

Jornalista
Colunista de IstoÉ há 10 anos, âncora do telejornal da TV Bandeirantes e da BandNews FM, Ricardo Boechat, 64 anos, se destacou como uma das principais figuras da comunicação em um ano cheio para o jornalismo.

Sua relevância foi além das fronteiras nacionais. Foi o único jornalista latino-americano a participar do terceiro e último debate entre os candidatos à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton e Donald Trump.

No rádio, tem um dos programas de maior audiência do País. Foi reconhecido pelos próprios colegas da imprensa como o melhor apresentador e âncora de rádio ao ganhar o Prêmio Comunique-se.

Com estilo único de informar, Boechat ganhou espaço também nas redes sociais.  Em tempos de polaridade, sua credibilidade fez de Boechat o único profissional de imprensa seguido nas redes tanto por partidários de Dilma Rousseff como por aqueles a favor do impeachment da presidente, segundo pesquisa do jornal El Pais.

LUDMILLA – Música

Cantora
Com apenas 21 anos, Ludmilla, que começou a carreira como MC Beyoncè,  faz uma média de 20 shows por mês apresentando seu funk que a consagrou como uma das maiores vendedoras de hits do país.

O sucesso se estende às redes sociais. Seu novo clipe, “A Danada Sou Eu”, teve, teve 10 milhões de visualizações em apenas um mês. A jovem também arrasou em sua participação na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos no Rio de janeiro.

BENEDITO RUY BARBOSA – Cultura
Autor de novelas
Responsável por clássicos da dramaturgia brasileira, como O Rei do Gado, Benedito Rui Barbosa emplacou mais um sucesso na TV com a produção “Velho Chico”, sucesso no horário nobre da Globo.

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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Prefeitos milionários são eleitos no 1º turno no Brasil




Mais da metade das maiores cidades brasileiras que definiram o vencedor no 1º turno será governada por prefeitos milionários.

Segundo levantamento do G1, dos 37 prefeitos já eleitos para cidades com mais de 200 mil eleitores, 23 declararam ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) patrimônio de R$ 1 milhão ou mais -- o Brasil tem 92 cidades com população nessa casa.

O prefeito mais rico da lista é Vittorio Medioli (PHS), de Betim (MG), que declarou bens no valor total de R$ 352.572.936,23. Em seguida vêm o prefeito de São Paulo João Doria (PSDB), com R$ 179.765.700,69, e o prefeito de Salvador (BA) ACM Neto (DEM), com R$ 27.886.721,62.

Além de São Paulo e Salvador, Natal e João Pessoa são as outras capitais com prefeitos milionários. Já os prefeitos de Rio Branco, Teresina e Boa Vista têm patrimônio abaixo de R$ 500 mil.

Os estados com mais milionários entre os prefeitos eleitos para as maiores cidades brasileiras são São Paulo e Minas Gerais. Onze dos 23 são de municípios paulistas e quatro, de cidades mineiras.

O partido com mais prefeitos milionários da lista é o PSDB, com dez dos 23.

2º turno
O número de prefeitos com patrimônio maior que R$ 1 milhão certamente aumentará quando as urnas forem abertas para apurar o 2º turno.

Das 55 cidades em que haverá votação em 30 de outubro, 30 possuem, pelo menos, um milionário na disputa. Os mais endinheirados ainda na disputa são Udo Dohler (PMDB), em Joinville (SC), com R$ 11.375.509,62; Dr. Hildon (PSDB), em Porto Velho (RO), com R$ 11.261.219,90; Raul (PV), em Bauru (SP), com R$ 5.501.714,06; e Sidnei Rocha (PSDB), em Franca (SP), com R$ 4.731.357,23.

Em seis dessas cidades, os candidatos ainda no páreo pela cadeira de prefeito são dois milionários. Ou seja, com certeza, ao fim da eleição, serão, pelo menos, 29 os prefeitos com patrimônio superior a R$ 1 milhão.

Se todos os milionários na disputa se elegerem, o Brasil terá 59 -- ou seja, mais da metade --, de suas grandes cidades governadas por donos de contas bancárias com valores superiores a seis zeros.

Veja o resultado da apuração pelo Brasil. Veja também o resultado por zona eleitoral.


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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Os segredos da globo e a Lei Rouanet. Por Altamiro Borges






Em mais uma operação cinematográfica, batizada de “Boca Livre”, a Polícia Federal prendeu 14 pessoas na manhã desta terça-feira (28) acusadas de desvio de recursos públicos através das isenções fiscais previstas na Lei Rouanet. Segundo as investigações, o grupo mafioso atuou por quase 20 anos no Ministério da Cultura e conseguiu aprovar R$ 180 milhões em projetos “culturais”. O desvio ocorria por meio de diversas fraudes, como superfaturamento, apresentação de notas fiscais relativas a serviços e produtos fictícios, projetos duplicados e contrapartidas ilícitas feitas às incentivadoras. Entre os presos na Superintendência da PF em São Paulo, estão os donos da produtora Bellini Cultural e o agente cultural Fábio Ralston.

Segundo relato do portal G1, do suspeitíssimo Grupo Globo, “a Polícia Federal concluiu que diversos projetos de teatro itinerante voltados para crianças e adolescentes carentes deixaram de ser executados, assim como livros deixaram de ser doados a escolas e bibliotecas públicas. Os suspeitos usaram o dinheiro público para fazer shows com artistas famosos em festas privadas para grandes empresas, livros institucionais e até a festa de casamento de um dos investigados na Praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis. Além das 14 prisões temporárias, 124 policiais federais cumpriram 37 mandados de busca e apreensão, em sete cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília”.

Ainda de acordo com a reportagem, “entre os alvos da operação, estão o Ministério da Cultura, o escritório Demarest Advogados, as empresas Scania, Roldão, Intermédica Notre Dame, Laboratório Cristalia, KPMG, Lojas 100, Nycomed Produtos Farmacêuticos e Cecil... Os presos devem responder pelos crimes de organização criminosa, peculato, estelionato, crime contra a ordem tributária e falsidade ideológica, cujas penas chegam a doze anos de prisão”. O site explica que a Lei Rouanet foi criada em 1991, no governo Fernando Collor, e permite a captação de recursos para projetos culturais por meio de incentivos fiscais. “A lei permite que uma empresa destine parte do dinheiro que iria gastar com impostos para financiar propostas aprovadas pelo Ministério da Cultura”.

O produtor fascista e o Judas Temer

O portal do Grupo Globo não se preocupou em pesquisar a história dos integrantes desta máfia. Já a revista Fórum foi atrás e descobriu um caso bem curioso. “Júlio Plácido, sócio diretor da J2A Eventos, empresa acusada pela Policia Federal de desviar verbas da Lei Rouanet para bancar casamentos e festas privadas posta com frequência xingamentos e ofensas a Dilma, Lula, ao prefeito Fernando Haddad e frequenta passeatas contra a corrupção... Em alguns posts, Júlio Plácido pede para que Lula seja assassinado e xinga a presidenta afastada de ‘vaca’... Um dos episódios que mais chamou a atenção da PF foi o casamento de Felipe Amorim e Caroline Monteiro, organizado pela empresa de Plácido, que aconteceu na luxuosa Jurerê Internacional em 22 de abril deste ano”.

Há ainda muito mais coisa a se descobrir sobre os desvios criminosos praticados através do uso ilícito da Lei Rouanet. A questão é se o Ministério Público e a Polícia Federal irão investigar a fundo as mutretas, que envolvem interesses poderosos. Como se sabe, a Globo é uma dos maiores beneficiárias das isenções fiscais. Logo após o “golpe dos corruptos”, o ministro interino da Cultura, indignado com os protestos do setor pelo “Fora Temer”, anunciou que reavaliaria a legislação em vigor. Nas redes sociais, os fascistas mirins acusaram os artistas contrários ao impeachment de Dilma de “petralhas” que vivem da Lei Rouanet. No seu cinismo, o mafioso de Jurerê Internacional talvez até tenha reforçado a mentira. Na sequência, porém, os golpistas enterraram o assunto inflamável.

Milhões para a Fundação Roberto Marinho

Já o jornalista Kiko Nogueira, do blog Diário do Centro do Mundo, foi atrás e descobriu que as isenções fiscais beneficiam principalmente grandes empresas. O título da sua postagem é demolidor: “Globo captou, pela Fundação Roberto Marinho, R$ 147 milhões na Lei Rouanet sob o PT”. Vale conferir a reportagem:


A Globo, através da Fundação Roberto Marinho, captou R$ 147 858 580 desde 2003, primeiro ano do governo Lula, até 2015.

Os valores não foram atualizados.

A FRM foi criada nos anos 70 e é uma instituição privada, teoricamente sem fins lucrativos, voltada, diz o site oficial, para “a educação e o conhecimento”. Ela “se dedica à concepção e implementação de museus e exposições”.

Entre outros projetos, estão sob seus cuidados o Museu do Amanhã, o Museu de Arte do Rio, a nova sede do MIS no Rio e o Museu da Língua Portuguesa.

O DCM teve acesso aos dados do Ministério da Cultura. A fundação é apontada na linha dos “maiores proponentes”.

O ano em que mais se captou foi 2011: 35,2 milhões de reais. A destinação era a revitalização da Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, o Paço do Frevo, o MIS e o Museus de Arte do Rio – Mar, todos no Rio de Janeiro. O MIS, sozinho, abocanhou 20,7 milhões.

Refinando, chega-se aos “incentivadores”.


Quem mais doou, segundo a planilha, foi a Globosat, com 9,5 milhões, seguida da Globo Comunicações e Participações. A Infoglobo entra com 700 mil.

Grana para fundações é restituída no Imposto de Renda. Quando a fundação é do próprio grupo, tem-se uma situação ganha-ganha. O dinheiro sai do caixa da companhia, livre do fisco, e entra numa fundação que lhe pertence. É quase lavagem. E é, em tese, legal.

Um ex-diretor do MinC ofereceu uma explicação sobre a generosidade com a Globo na aprovação de projetos. “O MinC foi leniente na gestão. Havia gente muito próxima do mercado em cargos chaves. Para se legitimar no lugar de Gilberto Gil, o ex-ministro Juca Ferreira teve de fazer várias concessões”, diz.

Ele continua: “As prestações de contas são frágeis. Não se analisa nada direito. É uma festa.”

A Lei Rouanet financia boa parte dos institutos e fundações privadas no país — do Itaú Cultural, passando pelo Alfa até o Instituto FHC. É um cipoal de altos interesses.

No final de maio, o DEM entrou com um pedido de CPI, fruto da histeria coletiva de uma direita lelé segundo a qual artistas petralhas tinham ficado milionários com o incentivo. Assim que surgirem os verdadeiros beneficiários e o partido descobrir que deu um tiro no pé, a comissão será enterrada rapidamente.

Assim como ocorreu com a investigação da Polícia Federal dos cem maiores captadores. Sergio Moro mandou anular o requerimento de um delegado ao Ministério da Transparência. Segundo Moro, a apuração, “se pertinente”, deve ser feita em um inquérito à parte na Lava Jato e com “objeto definido”.



A grana para o Rock in Rio

Será que a midiática Operação Boca Livre topa colocar a mão neste vespeiro? Caso vá fundo nas investigações, outros casos sinistros devem surgir. Segundo o Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic), implantado pelo Ministério da Cultura, entre os anos de 1992 e 2011 foram aprovados na Lei Rouanet 34.521 projetos, cujos valores de captação somados totalizaram R$ 11,7 bilhões. É muito dinheiro! Com estes recursos, importantes iniciativas artísticas foram patrocinadas, ajudando a valorizar a cultura nacional. Elas merecem aplausos! Outras, porém, serviram apenas para encher os bolsos dos oportunistas e dos magnatas do setor. No início de junho, a Folha estampou no título: “Rock in Rio pede R$ 8,8 milhões via lei Rouanet para show sem público”.

Segundo matéria de Rodolfo Viana, a empresa “Rock Word”, produtora do Rock in Rio, encaminhou ao Ministério da Cultura o pedido de isenção fiscal no valor total de R$ 8,8 milhões “para custear o Amazônia Live, um show em um palco flutuante montado no rio Negro, em Manaus, agendado para ocorrer em 27 de agosto. O evento será fechado a 200 jornalistas e formadores de opinião, diz o texto do projeto. A assessoria da produtora, contudo, ressalta em nota: o público poderá acompanhar, por telões espalhados por Manaus e pela transmissão do Multishow [pertencente ao Grupo Globo], as apresentações do tenor lírico Plácido Domingo ao lado da Orquestra Amazonas Filarmônica e do Coral do Amazonas”.

A própria reportagem registra: “O caráter restritivo é proibido pela lei Rouanet, que veda a concessão de incentivo a eventos que estabeleçam limitações de acesso, lembra o advogado Fábio de Sá Cesnik, presidente da Comissão de Mídia e Entretenimento do Instituto dos Advogados de São Paulo e membro da Comissão de Direito às Artes da OAB-SP. ‘Mesmo com a transmissão por telões e na TV, eles não poderiam criar restrição de acesso no evento principal’, diz. ‘Se, no show, respeitassem a distribuição estipulada pela lei [em que até 20% dos acessos podem ser destinados a patrocinadores e ações de divulgação, reservando o restante ao público], não teria problema’”. Será que a TV Globo fará algum escarcéu contra este projeto? Quanto ela iria garfar em publicidade com a transmissão do “Amazônia Livre”?



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